Ataque aos Montes Golã aumenta receio de guerra mais vasta. Netanyahu diz que Hezbollah “pagará um preço elevado”

  • Lusa
  • 28 Julho 2024

Ataque aos Montes Golã, em Israel, matou 11 crianças. Benjamin Netanyahu advertiu que o Hezbollah "pagará um preço elevado". Organização nega responsabilidade pelo lançamento dos 'rockets'.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu hoje que o Hezbollah “pagará um preço elevado por este ataque, um preço que não pagou até agora”, após um ataque aos Montes Golã ter matado 11 crianças.

Este foi o ataque mais mortífero contra um alvo civil israelita ao longo da fronteira norte do país desde o início dos combates entre Israel e o grupo militante libanês Hezbollah, no dia seguinte ao ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro. O ataque suscita o receio de uma guerra regional mais vasta.

Israel culpou o Hezbollah pelo ataque, mas o grupo islamita apressou-se a negar qualquer responsabilidade através de um comunicado em que afirmou não ter “qualquer ligação com o incidente” e negou “categoricamente todas as falsas alegações”.

O ataque com foguetes este sábado num campo de futebol na cidade de Majdal Shams – na fronteira entre o norte de Israel, sul do Líbano e a Jordânia – matou, pelo menos, 11 crianças e adolescentes, segundo as autoridades israelitas.

As forças armadas israelitas consideraram o acontecimento “muito grave” e afirmaram que agiriam em conformidade.

“O Hezbollah disparou um foguete contra crianças que jogavam futebol no norte de Israel. Depois mentiu e afirmou que não tinha sido ele a efetuar o ataque”, declarou o porta-voz principal do exército, o contra-almirante Daniel Hagari.

Não há dúvida de que o Hezbollah ultrapassou todas as linhas vermelhas e a resposta refletirá isso“, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, ao Canal 12 de Israel. “Estamos a aproximar-nos do momento em que enfrentaremos uma guerra total“, acrescentou.

O porta-voz principal do Hezbollah, Mohammed Afif, disse à The Associated Press que o grupo “nega categoricamente a realização de um ataque a Majdal Shams”. É invulgar o Hezbollah negar um ataque.

O ataque no campo de futebol, pouco antes do pôr do sol, seguiu-se a outros incidentes violentos hoje na região transfronteiriça entre Israel e o Líbano, nos quais o Hezbollah diz ter perdido três dos seus combatentes, sem especificar onde.

Os militares israelitas afirmaram que a sua força aérea tinha como alvo um depósito de armas do Hezbollah na aldeia fronteiriça de Kfar Kila, acrescentando que os militantes libaneses se encontravam no seu interior na altura.

O Hezbollah afirmou que os seus combatentes levaram a cabo nove ataques diferentes, utilizando foguetes e drones explosivos contra postos militares israelitas, o último dos quais teve como alvo o comando militar da Brigada Haramoun, em Maaleh Golani, com morteiros Katyusha.

O gabinete de Benjamin Netanyahu, que se encontra em visita aos Estados Unidos, anunciou que o chefe de Governo irá encurtar a sua viagem em várias horas, sem especificar quando regressará a Israel. Netanyahu irá reunir o Gabinete de Segurança após a sua chegada.

Imagens transmitidas pelo Canal 12 israelita mostraram uma grande explosão num dos vales junto a Majdal Shams, que Israel conquistou à Síria na guerra do Médio Oriente de 1967 e anexou em 1981.

Israel e o Hezbollah têm vindo a trocar ataques desde o dia seguinte ao ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro. Nas últimas semanas, a troca de tiros ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel intensificou-se, com os ataques aéreos israelitas e os ataques com foguetes e drones do Hezbollah a atingirem vários locais cada vez mais longe da fronteira.

A violência de hoje ocorre num momento em que Israel e o Hamas estão a ponderar uma proposta de cessar-fogo que ponha termo à guerra de quase 10 meses e liberte os cerca de 110 reféns que permanecem em cativeiro em Gaza.

O ataque do Hamas em 07 de outubro matou cerca de 1.200 pessoas e fez 250 reféns. Israel lançou uma ofensiva que m

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Governo avança com nova reprogramação do PRR em 2025

  • ECO
  • 28 Julho 2024

Ministro Adjunto e da Coesão admite que, na componente dos empréstimos, poderá ser necessário substituir projetos para evitar atrasos. Um dos projetos em causa poderá ser o Hospital de Lisboa Oriental

Portugal vai avançar em 2025 com uma reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), revelou o ministro Adjunto e da Coesão, em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, aproveitando a janela que a Comissão Europeia abriu nas orientações publicadas a semana passada. A reprogramação visa evitar perdas de financiamento europeu nos projetos atrasados e que não seja possível concluir nos prazos previstos.

Reiterando que há “atrasos graves” no PRR, o ministro que tem a tutela dos fundos europeus quer acelerar a execução mantendo os objetivos de chegar ao fim de 2024 com uma execução de 40% e de 100% no final de 2026. “Quando chegar dezembro de 2026, no final do PRR, não vai haver um euro das subvenções do PRR por executar“, garante. Mas, na componente dos empréstimos, poderá ser necessário substituir projetos para evitar atrasos. “Se e quando chegarmos à conclusão que há um certo investimento que não vai poder ser executado dentro do prazo, temos de reprogramar o PRR, retirar esse investimento e colocar um outro equivalente”, explicou. Um dos projetos em causa poderá ser o Hospital de Lisboa Oriental.

Nesses casos será necessário avançar com dinheiro do Orçamento do Estado para concluir as obras. Mas sem acréscimo de despesa, garante. Apenas haverá substituição de financiamento entre obras. “Se um investimento se mostrar impossível vamos substituí-lo”, frisou. Castro Almeida recorda que o OE também será chamado a financiar despesas que não têm cabimento no PRR, como é o caso da construção e renovação de 26 mil casas, uma situação cuja responsabilidade é do PS, acusa.

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📹 O que é o Invest EU?

  • ECO
  • 27 Julho 2024

O Programa InvestEU com mais de 372 mil milhões pretende dar um impulso adicional ao investimento, à inovação e à criação de emprego na Europa entre 2021-27.

O InvestEU é o programa da União Europeia que apoia investimentos públicos e privados em tecnologia verde, inovação, infraestruturas sociais e empresas mais pequenas. Juntamente com as instituições financeiras europeias e internacionais, a União Europeia ajuda as empresas a obter um melhor acesso ao financiamento e aos investimentos.

Há já muitas histórias de sucesso de projetos que beneficiaram do programa InvestEU. Veja o vídeo.

http://videos.sapo.pt/jyRgR1VuWV5ncIiuNm9W

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Como evitar o “abismo” do greenwashing<span class='tag--premium'>premium</span>

Volkswagen, Coca-Cola, Nestlé, Danone ou FIFA… O que têm estas marcas em comum? Todas já foram acusadas da prática de greenwashing. Quais os riscos e como evitar este dano de reputação?

Este artigo integra a 7.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.A sustentabilidade tem assumido uma relevância cada vez maior junto dos consumidores — principalmente entre as gerações mais jovens — e as marcas têm apostado de forma crescente numa comunicação mais “verde”. Foi o que fez a Volkswagen, quando, durante anos, comunicou sobre as emissões menos poluentes dos seus veículos. Mas a realidade era outra. Afinal, havia um software que falsificava os dados dos testes de emissões. É um dos exemplos mais mediáticos degreenwashing - comunicação imprecisa, insustentadaou desvirtuada de alegações ‘amigas do ambiente’- com a mentira a prejudicar o grupo automóvel em mais de 30 mil milhões de euros. E não é caso único. A Coca-Cola, a Danone e a Nestlé foram acusadas, por um organismo

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Bugalho ofendido e “preocupado com o que possa acontecer” nas eleições da Venezuela

  • Lusa
  • 27 Julho 2024

Como português estou magoado, ofendido, preocupado com o que possa acontecer na Venezuela", afirmou o eurodeputado depois de ver negada a entrada na Venezuela.

O eurodeputado português Sebastião Bugalho afirmou hoje estar “magoado, ofendido e preocupado com o que possa acontecer” nas eleições presidenciais venezuelanas de domingo, depois de a comitiva do Partido Popular Europeu (PPE) que integrava ter sido expulsa daquele país.

Como português estou magoado, ofendido, preocupado com o que possa acontecer na Venezuela amanhã [domingo]. Porque eu, como eurodeputado português, tenho que defender a democracia, os direitos humanos e eleições livres e transparentes. Que país livre e transparente expulsa visitantes antes das eleições? Nenhum”, afirmou Sebastião Bugalho, em declarações à imprensa espanhola, em Madrid, transmitidas pela RTP.

Na sexta-feira, uma delegação do Partido Popular Europeu (PPE) que ia acompanhar as eleições presidenciais venezuelanas na sequência de um convite da oposição política daquele país, ficou primeiro retida no aeroporto de Caracas e foi depois expulsa da Venezuela, noticiou a agência espanhola EFE, citando fontes do PPE.

Nas declarações à imprensa espanhola, Bugalho negou que a delegação do PPE se tenha deslocado na qualidade de “observadores eleitorais”.

Fontes do PPE afirmaram à agência espanhola EFE que a razão pela qual não foram admitidos foi o facto de terem votado uma série de resoluções no Parlamento Europeu. “Fui expulso por uma votação quando fui eleito há um mês, é profundamente ridículo”, considerou Sebastião Bugalho.

Hoje, à chegada a Madrid, a delegação de eurodeputados, deputados e senadores do Partido Popular (PP) espanhol criticou o Governo do socialista Pedro Sánchez e a postura do ex-primeiro-ministro socialista Zapatero face ao governo venezuelano.

“Observámos uma ditadura que apodrece e cai”, afirmou em declarações aos jornalistas o eurodeputado Esteban González Pons, responsável pelos assuntos internacionais do PP.

O líder do PP explicou que viajavam três grupos diferentes — uma do Parlamento Europeu, outra do Congresso e outra do Senado — em resposta a “convites formais” da oposição venezuelana para “acompanhá-los” nas eleições presidenciais de domingo.

Não iam como “observadores internacionais”, o que, segundo a legislação venezuelana, exige o reconhecimento como autoridade eleitoral, sublinhou González Pons, indicando que informou da viagem tanto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros como ao embaixador espanhol em Caracas e aos embaixadores da Venezuela em Bruxelas e Madrid.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol explicou na sexta-feira que a Venezuela não autorizou a visita de uma delegação do Senado espanhol como missão de observação eleitoral e que apenas o PP [Partido Popular] decidiu efetuar a viagem, informaram fontes oficiais.

Várias delegações internacionais, além do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) em que estava integrado o eurodeputado eleito pela Aliança Democrática (AD, coligação PSD/CDS-PP) Sebastião Bugalho, foram impedidas de entrar na Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais no domingo, noticiou hoje a EFE.

Mais de 21 milhões de venezuelanos estão habilitados a votar nestas eleições presidenciais, cuja campanha eleitoral ficou marcada por um clima de grande tensão no país, em plena crise económica, social e política.

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Departamento de Justiça dos EUA acusa TikTok de recolher informações ilegalmente

  • Lusa
  • 27 Julho 2024

Segundo a acusação, o TikTok e a empresa-mãe ByteDance, com sede em Pequim, usaram uma plataforma interna para enviar informações sobre os utilizadores norte-americanos para a China.

O Departamento de Justiça dos EUA acusou a rede social TikTok de recolher ilegalmente informações dos utilizadores com base em opiniões sobre questões sociais delicadas, como controlo de armas, aborto e religião, foi hoje conhecido.

Em documentos apresentados ao tribunal federal de recurso em Washington, na sexta-feira, os advogados do governo norte-americano escrevem que a TikTok e a empresa-mãe ByteDance, com sede em Pequim, usaram uma plataforma interna para trocar dados confidenciais.

De acordo com as autoridades federais, os funcionários da TikTok falavam diretamente com os engenheiros da ByteDance na China, enviando informações sobre os utilizadores norte-americanos.

As informações eram armazenadas em servidores chineses e acessíveis aos funcionários da ByteDance, sustentam.

Uma das ferramentas de pesquisa do Lark, segundo documentos, permite aos funcionários da ByteDance e do TikTok — nos EUA e na China — recolher informações sobre o conteúdo ou as expressões dos utilizadores, incluindo opiniões sobre temas sensíveis, como o aborto ou a religião.

Os novos documentos judiciais representam a primeira grande defesa dos EUA contra a TikTok, que é utilizada por mais de 170 milhões de norte-americanos.

Segundo uma lei assinada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em abril, a rede social poderá ser banida dentro de alguns meses se não abandonar a sinergia com a ByteDance.

O Departamento de Justiça alertou para a “manipulação secreta de conteúdos” por parte do governo chinês, dizendo que o algoritmo poderia ser concebido para moldar o conteúdo que os utilizadores recebem.

“Ao instruir a ByteDance ou o TikTok a manipular secretamente este algoritmo, a China poderia, por exemplo, promover as suas operações de influência maligna existentes e amplificar os seus esforços para minar a confiança na nossa democracia e exacerbar as divisões sociais”, diz o documento.

As autoridades federais pedem ao tribunal que permita uma versão confidencial do seu documento jurídico, que não estará acessível às duas empresas.

Nada no documento redigido “muda o facto de a Constituição estar do nosso lado”, obsservou o porta-voz da TikTok, Alex Haurek, citado comunicado.

“A proibição do TikTok silenciaria as vozes de 170 milhões de americanos, violando a 1.ª Emenda”, disse Haurek.

“Como dissemos antes, o governo nunca apresentou provas das suas reivindicações, incluindo quando o Congresso aprovou esta lei inconstitucional. Hoje, mais uma vez, o governo está a dar este passo sem precedentes, escondendo-se atrás de informações secretas. Continuamos confiantes de que iremos prevalecer em tribunal”, acrescentou.

O Departamento de Justiça argumentou que a TikTok não levantou quaisquer reivindicações válidas de liberdade de expressão, dizendo que a lei aborda questões de segurança nacional sem visar o discurso protegido, e argumenta que a China e a ByteDance, como entidades estrangeiras, não estão protegidas pela 1.ª Emenda.

Na versão editada dos documentos judiciais, o Departamento de Justiça disse que outra ferramenta desencadeou a supressão de conteúdos com base no uso de determinadas palavras.

Algumas políticas da ferramenta aplicam-se aos utilizadores do ByteDance na China, onde a empresa opera uma aplicação semelhante chamada Douyin, que segue as rigorosas regras de censura de Pequim.

O Departamento de Justiça, no entanto, disse que podem ter sido aplicadas outras políticas aos utilizadores do TikTok fora da China.

As alegações do caso estão marcadas para setembro.

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Líder da IL diz que Governo está a “criar um país armadilha” com IRS Jovem (C/ÁUDIO)

  • Lusa
  • 27 Julho 2024

Rui Rocha afirmou este sábado que o desemprego nas novas gerações "continua a ser elevado", os salários "continuam a ser baixos" e as creches "continuam a faltar".

O líder da Iniciativa Liberal defendeu hoje que as medidas direcionadas para os jovens “não resolvem os problemas essenciais” e que o Governo ao acenar com o IRS Jovem está a “criar um país armadilha” para as novas gerações.

“As últimas medidas que são de facto direcionadas para os jovens são medidas que não resolvem os problemas essenciais. Acenar com um IRS Jovem é criar um país armadilha para os jovens“, afirmou o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha.

Na segunda edição do evento Jovens ao Interior, que decorreu no Peso da Régua, no distrito de Vila Real, Rui Rocha destacou que, apesar de o IRS ser mais baixo para os jovens até aos 35 anos, o desemprego nas novas gerações “continua a ser elevado”, os salários “continuam a ser baixos” e as creches “continuam a faltar”.

“Este país não é para jovens”, observou, questionando que país pode estar satisfeito quando “um em cada quatro jovens vai estar desempregado”.

“A remuneração dos portugueses em geral é insuficiente, mas se olharmos aos jovens é particularmente preocupante”, acrescentou, lamentando ainda a falta de condições para os jovens que querem construir família em Portugal. “Uma das formas mais fáceis de em Portugal se empobrecer é ter filhos”, destacou.

Aos jovens presentes no encontro, o líder dos liberais afirmou ser intenção do partido “trazer e incentivar” o crescimento do país, garantindo que não irá abdicar de ter “um Portugal a crescer economicamente”.

O líder da IL criticou ainda algumas das decisões do Governo, como por exemplo “o medo de baixar o IRC” ou de baixar o IVA para o setor da construção, considerando que tal “vai correr mal”.

O Governo vai aprovar novas tabelas de retenção na fonte que refletirão a redução de taxas do IRS, após a promulgação do diploma pelo Presidente da República, para entrar vigor em setembro e com retroativos.

Na sequência da promulgação do Decreto da Assembleia da Rública, pelo Presidente da República, que altera a tabela de taxas do IRS, “o Governo irá aprovar novas tabelas de retenção na fonte que refletirão a redução de taxas do IRS”, indicou o Ministério das Finanças em comunicado na sexta-feira.

Na sexta-feira, durante uma visita à Feira de Santiago, em Setúbal, Rui Rocha considerou normal a decisão do Governo de aplicar já este ano as novas tabelas de retenção na fonte para reduzir o IRS, mas defendeu ser pouco o alívio para os portugueses.

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“Ásia será o centro dominante do mundo” nas próximas décadas ou mesmo séculos, diz Viktor Orbán

  • ECO
  • 27 Julho 2024

"Está a chegar uma mudança que não se via há 500 anos. O que estamos a enfrentar é, de facto, uma mudança na ordem mundial", afirmou o Presidente húngaro.

“Nas próximas longas décadas, talvez séculos, a Ásia será o centro dominante do mundo”, afirmou este sábado o Presidente húngaro. Viktor Orbán considera que um Oeste “irracional” irá continuar a perder poder.

O presidente húngaro apontou a China, a Índia, o Paquistão e a Indonésia como os grandes poderes do futuro, que farão da Ásia “o centro dominante do mundo”, afirmou durante um discurso na vizinha Roménia, citado pela agência Reuters.

O Presidente húngaro contrastou ainda a liderança “hiper-racional” da Rússia com a “irracional” do Ocidente, considerando que este comportamento leva à perda de influência face à Ásia. “E nós, ocidentais, também empurramos os russos para este bloco”, disse.

“Tudo o que a Europa faz hoje é seguir incondicionalmente a política externa pró-democrata dos Estados Unidos, mesmo à custa da autodestruição”, declarou, citado pela agência Lusa. “Está a chegar uma mudança que não se via há 500 anos. O que estamos a enfrentar é, de facto, uma mudança na ordem mundial

A Hungria ocupa desde 1 de julho a presidência rotativa da União Europeia, condição que tem sido aproveitada por Orbán para cimentar laços com Moscovo e Pequim, reunindo-se com Vladimir Putin e Xi Jinping, apesar dos protestos da Comissão Europeia e do Alto Representante para a Política Externa. Esteve também em Kiev, onde se encontrou com Volodymyr Zelensky.

O presidente húngaro afirmou ainda no discurso que a Ucrânia nunca se tornaria membro da UE ou da NATO porque “nós, europeus, não temos dinheiro suficiente para isso”.

“A UE precisa de abandonar a sua identidade como projeto político e tornar-se num projeto económico e de defesa”, defendeu também.

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📹 Portugal é um dos 10 países que mais milionários irá captar em 2024

O número de milionários no país deverá aumentar 10% até 2028 e parte dessas fortunas chegará de fora, dado o crescimento da popularidade do país junto dos homens e mulheres mais ricos do mundo.

Portugal está bem presente no radar dos homens e mulheres mais ricas do mundo. Segundo o mais recente relatório “Global Wealth Report 2024” da UBS, o número de milionários em Portugal cresceu 3% no último ano para quase 172 mil, e deve aumentar 10% até 2028 para perto de 189 mil.

Para este ano, a consultora Henley & Partners coloca também Portugal entre os 10 países com maior procura por milionários estrangeiros, estimando que o país receba até ao final do ano cerca de 800 novos milionários de outras paragens.

Este fenómeno não é apenas um reflexo das belezas naturais e da qualidade de vida oferecida por Portugal, mas também por conta das políticas estratégicas que têm sido implementadas para atrair riqueza, como o programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), também conhecido como Golden Visa.

http://videos.sapo.pt/SWM87KcraliRd8hC38S5

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Regime híbrido nem sempre é o mais amigo do planeta<span class='tag--premium'>premium</span>

Consumo energético dos escritórios cai e deslocações pendulares diminuem, mas trabalho híbrido tem também desafios ao nível da sustentabilidade ambiental.

Este artigo integra a 7.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Dos cinco dias de trabalho semanais, só dois são passados obrigatoriamente no escritório pelos trabalhadores da Zurich Portugal. Esta seguradora está, pois, entre as empresas que praticam o regime híbrido, modelo que continua a conquistar terreno em Portugale que chegou a prometer tornar o trabalho mais amigo do ambiente. Não é, porém, certo que assim seja em todos os casos. Sim, o consumo energético dos escritórios tende a diminuir. Em contrapartida, com menos deslocações ao escritório, os trabalhadores parecem ver o automóvel individual como mais atrativo, até porque os passes dos transportes públicos (desenhados para quem os usa todos os dias) deixam de ser tão compensadores. Voltemos à Zurich Portugal. A

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G20 prevê “aterragem suave” da economia e promete “resistir ao protecionismo”

Guerras e escalada conflitos, fragmentação económica, inflação mais persistente e eventos climáticos extremos são os principais riscos negativos apontados.

Os países do G20 acreditam que a economia irá aguentar o impacto das taxas de juro mais elevadas e que a inflação deverá continuar a baixar. Comprometem-se em adotar políticas orçamentais sustentáveis e resistir ao protecionismo.

Sentimo-nos encorajados pela crescente probabilidade de uma aterragem suave da economia global, embora subsistam vários desafios”, refere o comunicado final da reunião de ministros das finanças e banqueiros centrais do G20, que terminou sexta-feira. A inflação continua “a descer de níveis elevados devido a uma política monetária bem calibrada”, acrescenta.

As última estimativas do Banco Mundial, divulgadas em junho, apontam para uma estabilização do crescimento económico mundial este ano, nos 2,6%, em linha com 2023. A instituição alertou, no entanto, que a evolução do PIB irá manter-se abaixo dos níveis anteriores à pandemia até 2026, nota a agência Reuters.

Os ministros das Finanças salientam que “a atividade económica revelou-se mais resiliente do que o esperado em muitas partes do mundo, mas a recuperação tem sido altamente desigual entre países, contribuindo para o risco de divergência económica”.

Do encontro, realizado no Rio de Janeiro, saiu o compromisso de adotar políticas que salvaguardem a sustentabilidade orçamental e “reconstruir os amortecedores”, bem como de “resistir ao protecionismo” e apoiar um sistema comercial multilateral “baseado em regras, não discriminatório, justo, aberto, inclusivo, equitativo e sustentável” em conjunto com a OMC.

Promessas que esbarram na adoção crescente de medidas protecionistas em algumas das maiores economias, como o aumento das taxas aduaneiras. E que se podem acentuar no futuro caso, por exemplo, Donald Trump vença as Presidenciais americanas. O candidato do Partido Republicano tem na agenda subir as tarifas sobre os produtos chineses para 60% e aplicar uma taxa mínima de 10% aos restantes países.

Olhando para a frente, o G20 vê “riscos globalmente equilibrados”. Como riscos negativos são apontados: “guerras e escalada conflitos, fragmentação económica, inflação mais persistente do que o esperado levando a taxas de juro mais elevadas durante mais tempo, eventos climáticos extremos, excesso de despesa pública e endividamento privado, reservas financeiras limitadas no setor privado de vários países, crescimento da produtividade abaixo do esperado e os possíveis impactos negativos de novas tecnologias”.

Como positivo, os ministros das Finanças veem “uma melhoria da cooperação global, desinflação mais rápida do que o esperado e aumentos de produtividade devido a inovações tecnológicas, incluindo o desenvolvimento e implementação de tecnologias seguras e Inteligência Artificial (IA) responsável“.

Os países do G20 comprometeram-se ainda a cooperar para evitar que os super-ricos fujam das obrigações fiscais no documento aprovado na sexta-feira pelos ministros das Finanças do fórum.

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Governo venezuelano impede a entrada de várias delegações internacionais no país. Sebastião Bugalho integrava grupo do PPE

  • Lusa
  • 27 Julho 2024

O Governo venezuelano bloqueou a entrada de várias delegações estrangeiras que pretendiam acompanhar as eleições presidenciais de domingo, incluindo vários ex-chefes de Estado latino-americanos.

Várias delegações internacionais, além do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) em que estava integrado o eurodeputado Sebastião Bugalho, foram impedidas de entrar na Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais no domingo, noticiou hoje a agência de notícias EFE.

Entre esses grupos, está aquele formado por antigos Presidentes latino-americanos e uma ex-Vice-Presidente, que não puderam viajar para a Venezuela na sexta-feira depois de o avião da companhia aérea Copa Airlines em que viajavam ter sido impedido de descolar do Panamá, segundo a agência de notícias EFE. O grupo esclareceu que participavam nas eleições venezuelanas como “convidados” da oposição, uma vez que não podiam se registar legalmente como observadores.

“Dissemos claramente que íamos, ou queríamos chegar, à Venezuela como convidados de Edmundo (González Urrutia) e María Corina Machado. Era um acompanhamento, (…) não íamos como observadores, porque obviamente não tivemos essa possibilidade de inscrição perante o Conselho Nacional Eleitoral” venezuelano, disse a ex-Vice-Presidente da Colômbia Marta Lucía Ramírez, na capital panamiana.

A ex-Vice-Presidente colombiana fez as suas declarações numa conferência de imprensa no Palácio Presidencial com os ex-Presidentes Mireya Moscoso do Panamá, Miguel Ángel Rodríguez da Costa Rica, Jorge Quiroga da Bolívia e Vicente Fox do México, poucas horas depois de abandonarem o avião da Copa Airlines.

Segundo o Governo do Panamá, o impedimento de voar deveu-se ao facto de o Governo da Venezuela “bloquear o espaço aéreo” do país e “reter aviões” da companhia aérea Copa, incluindo aqueles em que viajavam estes ex-Presidentes, “pelo período de várias horas”, devido a “questões políticas alheias” e após uma decisão “unânime” do Executivo venezuelano.

Esses dirigentes fazem parte do grupo Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA) e iam às eleições desse domingo em apoio à candidatura de Edmundo González Urrutia, líder da coligação de oposição Mesa de Unidade Democrática Unitária (MUD).

De Caracas, a principal coligação de oposição da Venezuela, a MUD, condenou o impedimento imposto aos mandatários latino-americanos de viajarem para o seu país.

“Condenamos veementemente este facto porque, reiteramos, se há uma coisa que nós, democratas, queremos no nosso país, é que haja um processo de votação limpo, imaculado e transparente, do qual todos nos possamos orgulhar”, disse a membro da oposição Delsa Solórzano, numa teleconferência.

A delegação do Partido Popular Europeu (PPE) de acompanhamento das eleições presidenciais venezuelanas, onde está integrado o eurodeputado português Sebastião Bugalho, ficou primeiro retida no aeroporto de Caracas e foi depois expulsa do país, adiantaram na sexta-feira fontes do PPE.

A Venezuela impediu também a entrada de uma delegação de parlamentares do Partido Popular espanhol (PP) que também tinha sido convidada pela oposição para estar presente nas eleições de domingo.

Deputados, eurodeputados e senadores do PP, liderados pelo eurodeputado Esteban González Pons e pelo porta-voz do PP no Congresso, Miguel Tellado, deslocaram-se à Venezuela para assistir às eleições presidenciais deste domingo. Segundo fontes do PP, as autoridades locais informaram que foram proibidos de entrar no país e foram deportados, pelo que tiveram de regressar a Espanha.

A senadora colombiana Angélica Lozano e a ex-presidente da Câmara de Bogotá Claudia López denunciaram na sexta-feira que foram deportadas da Venezuela, país onde chegaram para se encontrarem com a líder da oposição María Corina Machado, e que os seus passaportes foram retidos durante uma hora e meia.

O Governo chileno enviou uma nota de protesto ao Governo venezuelano por ter impedido a entrada no país dos senadores Felipe Kast (centro-direita) e José Manuel Rojo Edwards (extrema-direita), convidados pela oposição venezuelana.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador venezuelano no Chile, Arévalo Méndez, para entregar uma nota de protesto porque os senadores José Manuel Rojo Edwards e Felipe Kast não foram autorizados a entrar naquele país”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros num breve comunicado.

Kast, do partido Evópoli, informou nas suas redes sociais que seriam deportados por não reunirem “o perfil ou as condições de entrada no país”.

A Presidência do Senado chileno assegurou que os acontecimentos são “antidemocráticos” e “denotam a maior gravidade” porque “os senadores chilenos têm todas as condições normalmente exigidas pela República Bolivariana da Venezuela para entrar no seu território”.

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