Santana Lopes avalia Belém e ‘afasta’ Gouveia e Melo

  • ECO e Lusa
  • 8 Setembro 2024

Santana Lopes considera ter as qualidades para ser Presidente, mas ainda não decidiu se será candidato. E Gouveia e Melo? "Uma coisa é organizar um sistema de vacinação, outra coisa é ser Presidente".

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes considera ter as qualidades para “exercer bem a função” de Presidente da República, mas remeteu para mais tarde a decisão sobre uma eventual candidatura às eleições presidenciais em 2026. Mas faz questão de excluir quem já sinalizou estar disponível para avaliar candidatar-se a Belém, como o almirante Gouveia e Melo.

Pedro Santana Lopes foi o orador convidado do último jantar-conferência da 10.ª edição da Escola de Quadros do CDS-PP, que decorre em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro. “Tenho a certeza de que sei o suficiente para poder exercer bem essa função”, defendeu.

O antigo líder do PSD lembrou o seu percurso como autarca, secretário de Estado, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e primeiro-ministro, dizendo conhecer “muito bem o país todo”. “Já fui dissolvido” pelo antigo Presidente Jorge Sampaio, acrescentou no sábado à noite, indicando que, se for candidato, espera não fazer a outros o que lhe fizeram a si.

O atual presidente da Câmara da Figueira da Foz mostrou-se também “muito preocupado” com quem vai ser o próximo chefe de Estado: “O que me faz impressão é ir para lá alguém que não tem esta experiência toda”, afirmou. “É por isso que a escolha do próximo Presidente da República, seja ele quem for, não estou a falar de mim, não estou a falar de ninguém, é tão importante, e choca-me tanto ver as pessoas dizerem ‘porque não o almirante não sei quê, porque não o comentador não sei quê’… Isto não se escolhe assim, não vamos eleger um sabonete. Já elegemos alguns, mas não vamos eleger um sabonete, porque depois as pessoas arrependem-se“, considerou.

Com todo o respeito pelo almirante [Gouveia e Melo], não se escolhe assim. Uma coisa é organizar um sistema de vacinação, outra coisa é ser Presidente da República“, sustentou o autarca da Figueira da Foz, defendendo que um chefe de Estado “tem que ter categoria”.

Questionado sobre que outro candidato poderia condicionar a sua decisão, o presidente da Câmara da Figueira da Foz disse que “há pessoas com quem ficava mais tranquilo”, nomeadamente Leonor Beleza ou Pedro Passos Coelho, mas referiu que nenhum dos dois tem intenção de se candidatar a Belém. Também Durão Barroso tem currículo para ser candidato a Belém, na ótica de Santana Lopes, apesar de “hoje em dia não ser uma pessoa popular” no país.

Pedro Santana Lopes referiu que o “caminho normal” será recandidatar-se à liderança Câmara da Figueira da Foz em 2025 e confidenciou que “ainda ontem” (sexta-feira), foi convidado para “ser candidato a outra câmara de uma terra muito grande”.

Correr por correr tenho mais que fazer, já corri muito, não preciso de notoriedade, graças a Deus. Agora, preocupo-me muito, se não for eu, hei de fazer tudo para que seja eleito alguém que tenha bom senso“, indicou.

Há um ano, Pedro Santana Lopes atirou a decisão para meados deste ano. Sobre um eventual regresso ao PSD, respondeu: “Não me apetece nada”.

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Governo prevê crescimento de 4% na despesa e na receita fiscal em 2025

  • Lusa
  • 7 Setembro 2024

A publicação deste Quadro Plurianual de Despesa Pública foi uma das exigências feitas pelo Partido Socialista para que possa negociar o Orçamento do Estado para 2025.

O Orçamento do Estado para o próximo ano deverá prever um aumento da despesa pública e da receita fiscal a rondar os 4%, segundo um esclarecimento do Ministério das Finanças divulgado este sábado.

Depois de ter entregado na Assembleia da República o Quadro Plurianual de Despesa Pública, que reflete a despesa e fontes de financiamento da Administração Central e Segurança Social não consolidada e também a gestão da Dívida Pública, o ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento veio esclarecer que a despesa pública na Administração Central, sem contar com os reembolsos e emissão de dívida, vai crescer 4,1% no próximo ano.

Serão mais 6,4 mil milhões de euros, de acordo com os valores que constam no Quadro Plurianual de Despesa Pública. “O crescimento da despesa pública nas Administrações Públicas deverá, em sede orçamental, crescer num valor próximo deste”, esclarece ainda o Governo na nota enviada este domingo às redações.

Do lado dos impostos, as previsões de Joaquim Miranda Sarmento apontam para que a receita fiscal no próximo ano registe um crescimento, “mitigado pelas propostas de redução de IRS do Governo, também em torno do valor referido”, ou seja, dos 4%.

Na mesma nota, o Ministério das Finanças explica ainda que o Quadro Plurianual de Despesa Pública que esta semana chegou ao Parlamento “é construído com base na despesa efetiva, mas também na despesa não efetiva (ativos e passivos financeiros) e é não consolidado (não elimina as transferências orçamentais entre entidades e setores)”.

A publicação deste Quadro Plurianual de Despesa Pública foi uma das exigências feitas pelo Partido Socialista como condição para que possa negociar o Orçamento do Estado para 2025.

A lei também determina que o quadro seja publicado aquando a divulgação das Grandes Opções do Plano.

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Flexibilizar o PRR além de 2026. A arte do possível<span class='tag--premium'>premium</span>

A data-limite para executar o Plano de Recuperação e Resiliência é 2026. Segundo a Comissão Europeia, é um prazo absoluto e inflexível. Está escrito na pedra. Estará?

Este artigo integra a 8.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Alterar o prazo de execução do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), previsto para 2026, exige que a decisão seja aprovada pela unanimidade dos Estados-membros da União Europeia e que a nova data seja ratificada pelos parlamentos nacionais. Mas, se não for possível estender o prazo de endividamento há outras soluções, de compromisso, que podem ajudar a cumprir o objetivo último da ‘bazuca’: recuperar e dar resiliência às economias europeias. “ A Comissão Europeia não pode decidir prolongar o prazo de execução até 2027”, sublinha Margarida Marques, recordando que o regulamento determina que Bruxelas “só pode ir aos mercados na certeza daquilo que é o financiamento necessário”. “E o limite é emitir dívida até 31

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ECO Quiz. Digi, pensionistas e Greenvolt

  • Tiago Lopes
  • 7 Setembro 2024

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com o ECO Quiz.

Terminada mais uma semana, chegou o momento de testar o seu conhecimento. A Digi anunciou estar a preparar a presença no mundo físico em Portugal e quer captar voluntários para testarem a sua rede de fibra. O programa é gratuito e pressupõe a instalação em casa por um técnico. O ECO quis saber quais são as condições que a empresa de telecomunicações oferece aos clientes espanhóis e desenvolveu um trabalho sobre o tema.

Na semana que agora termina também foi anunciado que no mês de outubro os pensionistas que recebem 1.500 euros vão ter direito a um “brinde”. A Zara inaugurou uma loja nova no centro de Lisboa, tornando-se na terceira maior do grupo. Outra notícia que mereceu destaque no site do ECO foi o lançamento de um serviço que propõe-se a tratar de tudo pelo consumidor e a trocar de comercializador sempre que exista uma oferta mais vantajosa no mercado, um serviço que não existia no país até ao momento. A poupança pode chegar aos 60%, garante a empresa.

O ECO publica todas as semanas um quiz que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este quiz do ECO.

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BdP quer Governo a mudar lei para evitar subida de comissões do MB Way

BdP recomenda que Governo mude lei para evitar subida de comissões do MB Way. A SIBS vai passar a permitir a associação de contas bancárias ao MB Way, em vez da associação apenas de cartões.

A SIBS vai passar a permitir a associação de contas bancárias ao MB Way, em vez da associação apenas de cartões, como acontece atualmente.

Os custos associados a este serviço poderão aumentar substancialmente. Em causa está a formulação do Decreto-Lei 3/2010, que regula (e limita) a cobrança de comissões pela prestação de serviços de pagamento, avança o jornal Público.

A alteração à estrutura da solução de pagamentos não traz alterações substanciais para os utilizadores – pelo menos, na forma de funcionamento do serviço. Mas a mudança poderá, na prática, significar um aumento de custos para os consumidores, tal como alertou a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor – Deco no mês passado.

Em comunicado, a Deco manifesta “a sua preocupação, uma vez que poderá haver um aumento de comissões neste novo regime de transferências entre contas de pagamentos”.

“A associação do MB Way a contas irá significar que as transferências entre utilizadores serão consideradas transferências imediatas”, pelo que “poderão estar sujeitas ao preçário aplicável a essas transferências e não sujeitas aos limites aplicáveis a transferências entre cartões, como acontece presentemente, e em caso de ultrapassar as transações gratuitas, de 0,2% em caso de cartão de débito e 0,3% em caso de cartão de crédito”, explica.

Agora, é o Banco de Portugal (BdP) quem o diz, numa recomendação enviada ao Governo, onde o regulador confirma que, se a lei em vigor não for alterada, os bancos poderão aumentar as comissões cobradas pela utilização do MB Way.

 

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Luís Montenegro reeleito presidente do PSD com 97,45% dos votos

  • Lusa
  • 7 Setembro 2024

O presidente do PSD e recandidato único ao cargo, Luís Montenegro, foi eleito com 97,45% dos votos, anunciou o Conselho de Jurisdição Nacional do partido.

O presidente do PSD e recandidato único ao cargo, Luís Montenegro, foi eleito com 97,45% dos votos, anunciou o Conselho de Jurisdição Nacional do partido.

O presidente do PSD, que foi reeleito por mais dois anos como líder dos sociais-democratas, prometeu “continuar o espírito reformista e transformador”, vencer as autárquicas e “colaborar para a eleição” do próximo Presidente da República.

Num vídeo divulgado nas redes sociais, Montenegro começa por deixar “uma palavra de profundo agradecimento à confiança” que os militantes depositaram na sua liderança e no trabalho da sua equipa.

“Nos próximos anos, vamos continuar o espírito reformista e transformador que trouxemos ao Governo de Portugal, com muita sensibilidade social, a atender à resolução de cada problema concreto de cada portuguesa e de cada português”, assegurou o também primeiro-ministro.

O presidente do PSD prometeu que o partido continuará a ser “grande e dinâmico” e reafirmou os compromissos para os atos eleitorais que já tinha traçado na sua moção de estratégia global para os próximos atos eleitorais.

“Já no próximo ano, nas eleições autárquicas, onde queremos recuperar a Associação Nacional de Municípios e a Associação Nacional de Freguesias e as suas lideranças. E depois, em janeiro de 2026, onde queremos colaborar para a eleição de um Presidente da República para os cinco anos seguintes”, afirmou.

“Contem com o PSD, contem com este espírito de reformismo e transformação e sempre, sempre, ao lado das pessoas”, concluiu.

De acordo com o comunicado do órgão jurisdicional do PSD, votaram na sexta-feira nas eleições diretas para presidente da Comissão Política Nacional (CPN) 16.602 militantes, de um universo de 41.863 militantes com capacidade eleitoral (com as quotas em dia), uma taxa de abstenção de cerca de 60%.

Luís Montenegro venceu as diretas com 16.179 votos (97,45%) e viu renovado o seu mandato como 19.º presidente do PSD para mais dois anos.Registaram-se 326 votos brancos e 97 votos nulos.

A eleição dos restantes órgãos nacionais realiza-se no 42.º Congresso do partido, marcado para 21 e 22 de setembro, em Braga. A última vez que o PSD tinha tido um candidato único à liderança foi em 2016, nas sétimas eleições diretas, as últimas em que Pedro Passos Coelho – já na qualidade de líder da oposição – foi reeleito presidente do partido com mais de 95% dos votos, até então o melhor resultado de sempre.

Antes disso, as eleições internas no PSD com candidato único foram em 2006 – a primeira que consagrou Marques Mendes por este método, e em que obteve 90,9% dos votos – e as reeleições de Pedro Passos Coelho, que em 2012 conseguiu 94,6% dos votos, em 2014 88,8% e em 2016 95,1%.

Luís Montenegro foi eleito pela primeira vez presidente do PSD em 28 de maio de 2022, numa eleição em que teve como adversário interno o antigo vice-presidente do PSD e atual secretário-geral adjunto das Nações Unidas Jorge Moreira da Silva, e que venceu com mais de 72% dos votos.

Desde 02 de abril, Luís Montenegro lidera o XXIV Governo constitucional, executivo minoritário apoiado por 80 deputados (78 do PSD e dois do CDS-PP), contra 78 do PS, numa Assembleia da República em que o Chega tem 50 parlamentares.

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📹 Conheça os países mais e menos seguros para viajar em 2024

São na Europa, 12 dos 15 países mais seguros do mundo para viajar em 2024. A Islândia é atualmente o país mais seguro do mundo. Veja em que lugar está Portugal.

A segurança e a sensação de proteção são critérios importantes para quem gosta de viajar. A HelloSafe publicou um índice de segurança com base em cinco critérios: risco de desastres naturais, violência na sociedade, envolvimento em conflitos armados, infraestruturas de saúde e militarização.

Doze dos 15 países mais seguros do mundo para viajar estão na Europa. Saiba mais no vídeo.

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Marcelo pressiona Montenegro na sucessão da PGR. PS em ‘sintonia’ com Governo

  • ADVOCATUS
  • 7 Setembro 2024

Marcelo Rebelo de Sousa terá uma reunião, na próxima semana, com o primeiro-ministro onde a escolha do próximo Procurador-Geral da República (PGR) será abordada.

Marcelo Rebelo de Sousa terá uma reunião, na próxima semana, com o primeiro-ministro onde a escolha do próximo Procurador-Geral da República (PGR) será abordada. O Chefe de Estado recusou-se a divulgar publicamente qual considera ser o perfil ideal para o sucessor de Lucília Gago, cujo mandato termina em 11 de outubro, mas avisou que tem sempre a palavra final sobre a escolha.

“A palavra final tenho sempre, porque sem assinatura do Presidente não há procurador ou procuradora”, afirmou, realçando que tem de concordar com a proposta do primeiro-ministro. “Considero mais importante ou tão importante como o nome, o perfil“, vincou.

Sobre a forma como o processo será gerido pelo Governo, Marcelo Rebelo de Sousa remeteu para Luís Montenegro a decisão. “O primeiro-ministro é que decidirá se a proposta é partilhada com os outros partidos ou não, se é a solução final que é partilha, se é apenas um perfil que é partilhado com outros partidos ou se, como aconteceu no passado, é uma escolha do Governo que depois é apresentada ao Presidente”, apontou.

“Nuns casos o Presidente aceitou, noutros casos não aceitou”, recordou, acrescentando que “está fora de questão” a recondução de Lucília Gago, porque seria no seu entendimento contra a lei. “[A lei] é muito clara”, afirmou, salientando que “o mandato é de seis anos”.

PS em sintonia com Governo

Este sábado, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu estar em sintonia com o Governo no que diz respeito ao perfil da ou do futuro procurador-geral da República.

“É muito importante que o próximo ou a próxima procuradora-geral da República tenha a capacidade de liderança e a capacidade de comunicação, entre outras, estas duas qualidades são muito importantes”, destacou Pedro Nuno Santos.

O líder socialista afirmou saber que “são duas qualidades também que a senhora ministra da Justiça entende serem necessárias no perfil do procurador ou da procuradora” que sucederá a Lucília Gago e sobre isso “existe sintonia”.

“Quanto ao nome, nós não somos parte”, disse, quando questionado quem apontaria para o cargo e lembrou que o que está previsto na Constituição é que seja apresentada uma proposta pelo Governo e a nomeação seja do Presidente da República.

Pedro Nuno Santos falava ao jornalistas à chegada à Feira de São Mateus, em Viseu, onde se reuniu com diversos autarcas e militantes num jantar no interior do certame que este ano realiza a 632.ª edição.

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PSD admite “modelar” IRC e IRS Jovem para dar “margem” às medidas do PS no OE2025

Sociais-democratas acreditam que haverá folga para acomodar propostas dos socialistas desde que haja acordo com o Governo. Maior partido da oposição parte cético para as negociações.

Os muros erguidos, esta semana, pelo Governo e por PS na antecâmara das negociações para o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) parecem estar a ceder, depois de o Presidente da República ter insistentemente apelado à viabilização do plano orçamental. O PSD está disponível para “modelar” as propostas da descida transversal de IRC e do IRS Jovem – linhas vermelhas insanáveis para os socialistas – para dar “margem” às medidas do maior partido de oposição e, com isso, obter um acordo para a viabilização do Orçamento, revelou ao ECO o vice-presidente da bancada do PSD, Hugo Carneiro.

Aliás, o deputado social-democrata até admite que, “se houver um acordo com o PS para a viabilização do Orçamento do Estado, o Governo pode deixar cair as duas propostas de autorização legislativa para a descida do IRC e IRS Jovem e negociá-las no âmbito do Orçamento do Estado”.

Mas o PS parte cético para a reunião da próxima terça-feira e insiste que, sem o cenário orçamental, pedido há mais de um mês, não é possível negociar.

Sem uma maioria confortável no Parlamento, o Governo precisa ou do voto favorável do Chega ou da abstenção do PS. Tendo em conta que o partido de André Ventura bateu com a porta, não estará presente nos encontros da próxima semana e que “com toda a probabilidade votará contra”, resta a Luís Montenegro agarrar-se ao PS para ter efetivamente um Orçamento viabilizado.

O presidente do Partido Social Democrata (PSD) e primeiro-ministro, Luís Montenegro, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, 1 de setembro de 2024. NUNO VEIGA/LUSANUNO VEIGA/LUSA

“Portugal precisa de ter um Orçamento do Estado para 2025, precisa de concretizar os projetos que são muitos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que têm um calendário que não pode ser ultrapassado sob pena de perdermos essa fonte de financiamento”, defendeu esta sexta-feira o primeiro-ministro.

Para isso, o diálogo terá de ser mais profícuo. E o PS já acusou o Governo de “falta de boa fé” por ainda não ter enviado a margem orçamental para 2025. “O cenário solicitado pelo PS ainda não foi entregue e isso impossibilita que se possa fazer uma negociação que garanta o equilíbrio orçamental”, criticou o vice-presidente da bancada socialista, António Mendonça Mendes, em declarações ao ECO.

No entanto, Luís Montenegro já garantiu que, “seguramente, este Governo apresentará mais informação do que os anteriores governos apresentaram às oposições na altura”. “O que é necessário é que o Governo fale com os partidos políticos”.

Se o Governo tem ou não folga para acomodar propostas do PS ainda vai depender do fecho de contas deste ano e de reajustes a iniciativas suas com impacto orçamental, designadamente a redução de impostos. O quadro plurianual das despesas públicas (QPDP), enviado esta sexta-feira ao Parlamento, ainda não tem informação sobre a margem, solicitada pelo PS. O ECO já questionou o Ministério das Finanças sobre o montante que poderá destinar a projetos de outros partidos a incluir no Orçamento do Estado e aguarda resposta.

Portugal precisa de ter um Orçamento do Estado para 2025, precisa de concretizar os projetos que são muitos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que têm um calendário que não pode ser ultrapassado sob pena de perdermos essa fonte de financiamento.

Luís Montenegro, primeiro-ministro

No entanto, fonte oficial do gabinete de Joaquim Miranda Sarmento adiantou ao ECO que se mantém a previsão de excedente para este ano e o próximo. “Como anteriormente referido, a estimativa do Governo é de um saldo orçamental, em 2024 e 2025, entre 0,2% e 0,3% do PIB“. Tendo em conta que o PIB, no final deste ano, deverá atingir os 280 mil milhões de euros, significa que, à cabeça, o Executivo tem logo uma almofada entre 560 milhões e 840 milhões de euros, respetivamente, este ano, e montantes idênticos, em 2025.

A convicção no grupo parlamentar do PSD é que essa almofada poderá ainda ser alargada desde que o PS se sente à mesa para conversar com o Executivo. “Se o Governo modelar as suas propostas, reduzindo o seu impacto na despesa e na receita, haverá margem orçamental”, afirmou ao ECO o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Hugo Carneiro.

O PS mantém-se de pé atrás, porque, desde o debate do Estado da Nação, que se realizou em julho, e “em que o secretário-geral socialista desafiou o primeiro-ministro a repensar a estratégia do IRC e Luís Montenegro disse para se sentarem à mesa, que não houve mais novidades”, lamentou António Mendonça Mendes, membro do secretariado nacional e vice-presidente da bancada socialista.

Como anteriormente referido, a estimativa do Governo é de um saldo orçamental, em 2024 e 2025, entre 0,2% e 0,3% do PIB.

Ministério das Finanças

“Estamos disponíveis para negociar mas essas propostas tal como estão, do IRC e IRS Jovem, se não forem alteradas, não poderão contar com o apoio do PS. Defendemos descidas seletivas de IRC e defendemos o modelo de IRS Jovem que já existe e que pode ser aprofundado”, vincou.

As duas propostas para a redução do IRC, de 21% para 15%, até ao final da legislatura, e do IRS para todos os que têm até 35 anos, para um terço do imposto qualquer que seja o nível de rendimento, deram entrada no Parlamento sob a forma de pedidos de autorização legislativa. Isto é, serão debatidas e votadas independentemente do debate do Orçamento do Estado.

Como são pedidos de autorização não podem ser alvo de propostas de alteração de outros partidos, ou seja, o seu âmbito e objeto estão cristalizados, não podem ser alterados. O Chega já anunciou que iria votar favoravelmente os dois diplomas, o que levará à sua aprovação. Neste cenário, o PS não aceitará deixar passar um OE que com tais descidas de IRC e de IRS Jovem, que, embora votadas à parte, têm de ter cabimento orçamental.

Mas o deputado do PSD, Hugo Carneiro, ressalvou que, “se houver um acordo com o PS para a viabilização do Orçamento do Estado, o Governo pode deixar cair essas duas propostas e negociar, modelar a redução do IRC e IRS Jovem, no âmbito do Orçamento do Estado”.

Chega votará contra e IL prefere ir para eleições a um “péssimo orçamento”

O presidente do Chega já anunciou que que se vai manter afastado das negociações do próximo Orçamento do Estado e não vai comparecer nem à próxima, nem a mais nenhuma reunião com o Governo, acusando o executivo de provocar o partido.

André Ventura considerou que o Governo “desbaratou a hipótese de uma maioria de direita” e disse que transmitirá ao Governo “por nota própria e oficial que [o Chega] se considera excluído das negociações” do Orçamento do Estado indicando que, “com toda a probabilidade votará contra” o documento, garantindo que “nada” o fará “mudar de ideias”. O presidente do Chega garantiu que a decisão de o partido “é mesmo irrevogável”, mas admitiu aprovar propostas relativas a IRC e IRS se estiverem fora desse contexto.

Eventuais aproximações do Governo ao PS são vistas com maus olhos pela IL que prefere ir para eleições antecipadas a “um péssimo Orçamento”, ameaçou o presidente do partido, Rui Rocha. “Para o PS, descer impostos, sejam eles para empresas ou pessoas, é uma linha vermelha, e o PS não quer que se desçam impostos. Nós entendemos que há margem e é imperioso que se desçam impostos. (…) Quanto mais a AD [Aliança Democrática, coligação PSD/CDS] se aproximar destas pretensões do PS mais distantes estaremos nós dessa posição que a AD possa vir a assumir”, vincou.

Rui Rocha considerou que “o país perdeu muitos anos com a gestão socialista” e que os portugueses escolheram uma mudança nas legislativas de março, fazendo um balanço negativo da governação do executivo minoritário PSD/CDS seis meses após a tomada de posse. “Se a AD não tem essa energia ou capacidade política de fazer essa mudança, então para mais do mesmo eu prefiro eleições a ter mais do mesmo”, salientou.

Livre mais próximo do chumbo e PAN ainda sem posição definida

O diálogo não é algo que convence o Livre. Fonte do partido liderado por Rui Tavares diz-se pouco convencido das intenções de dialogar com os restantes líderes da oposição, ao contrário das garantias que têm sido dadas pelo Executivo.

“As reuniões não têm tido grande conteúdo. Sentimos que têm feito parte de uma estratégia de propaganda do Governo que se diz muito dialogante mas que depois diz-nos que não há grande margem para negociar”, acusa fonte do partido, admitindo que essa tem sido a perceção “desde o primeiro encontro”, em julho. E mesmo depois de o Governo ter adotado uma medida do Livre, o passe ferroviário, isso não serviu para construir uma ponte com o partido.

Não houve qualquer referência que esta proposta” do passe ferroviário “já existia, que já tinha sido aprovada no Parlamento e a que partido pertencia a medida. Achamos que as boas ideias são para roubar e é importante que as pessoas vejam as suas vidas melhoradas, mas em termos de relação interpartidária isso não adiantou nada. Piorou. Teria ficado bem ao PSD reconhecer que o passe ferroviário não foi uma ideia original deles”, lamenta fonte do partido.

O Livre admite ter, para já, “muitas dificuldades em pronunciar-se sobre um documento do qual não conhece” nada, mas considerando os últimos meses de governação social-democrata, o partido vê com muita dificuldade a possibilidade de haver aproximação” às suas propostas. “Parece-nos complicado haver convergência”, diz a mesma fonte. No entanto frisa, que o sentido de voto não está “totalmente fechado”.

A líder e deputada única do PAN não tem, para já, uma posição definida sobre como votará o Orçamento do Estado para 2025. Isso só ficará definido quando o documento for entregue na Assembleia da República no dia 10 de outubro. Até lá, Inês de Sousa Real mantém-se aberta a dialogar com o Governo mas traça também as suas linhas vermelhas: a tauromaquia, financiamento aos combustíveis fósseis ou retrocessos em matéria de proteção animal.

“Quando sistematicamente recusam a descida do IVA dos serviços médico veterinários e da alimentação dos animais de companhia, uma medida que muito ajudaria as famílias com animais e as associações, não se aceita um retrocesso como beneficiar mais uma vez a tauromaquia”, defendeu a líder do partido ao ECO.

Bloco de Esquerda e PCP já anunciaram que iriam votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2025.

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Montenegro traça objetivo do PSD de reassumir liderança da ANMP e ANAFRE

  • Lusa
  • 6 Setembro 2024

No dia das diretas no PSD, em que só há um candidato à liderança, Montenegro espera que esta eleição possa continuar a dar "corpo, vitalidade e dinâmica" ao partido.

O líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou esta sexta-feira ser objetivo do partido reassumir a liderança da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE). “O nosso objetivo está definido na nossa moção de estratégia: é reassumir a liderança da ANMP e ANAFRE, o que quer dizer que temos muito trabalho para apresentar candidaturas fortes, que se identifiquem com as comunidades a que querem dar representatividade politica”, afirmou o líder do PSD.

Em declarações aos jornalistas, depois de votar em Espinho na eleição direta para a liderança do partido, à qual se recandidata, Montenegro disse esperar que, apesar de existir apenas uma candidatura, esta eleição possa continuar a dar “corpo, vitalidade e dinâmica” ao partido.

É uma honra e privilégio liderar este partido e ter alcançado nos últimos dois anos praticamente todos os objetivos que tínhamos em mente, sendo que um deles, a assunção da governação do país, acabou por ser mais precipitado do que tínhamos previsto, uma vez que quando tomei posse a expectativa era que as legislativas só fossem em 2026″, lembrou.

Montenegro disse ainda que o partido continuará “a conseguir intervir em todas as frentes da governação do país” e a “dar resposta aos verdadeiros problemas” dos portugueses, seja a nível autárquico ou nas regiões autónomas. Perto de 42.000 militantes podem votar esta sexta na eleição direta para o presidente da Comissão Política Nacional do PSD, que tem como candidato único o atual líder e primeiro-ministro, Luís Montenegro.

A última eleição direta sem disputa interna no PSD aconteceu há oito anos, em 2016, quando Pedro Passos Coelho concorreu ao seu último mandato e já não era primeiro-ministro. As 12.ªs eleições diretas no PSD realizam-se em todo o país entre as 18:00 e as 23:00, em simultâneo com a eleição dos delegados ao 42.º Congresso Nacional e com eleições para as lideranças das distritais de Aveiro, Braga, Bragança, Guarda, Porto, Santarém e Beja (apenas nesta última há dois candidatos) e de muitas concelhias.

Os resultados oficiais serão divulgados pelo Conselho de Jurisdição Nacional do PSD. De acordo com informação de quinta-feira à tarde do site do PSD, estão em condições de votar 41.835 militantes, com as quotas em dia (o prazo de pagamento terminou a meio de agosto), num universo total de 90.564 militantes ativos (com uma quota paga nos últimos dois anos).

Luís Montenegro foi eleito pela primeira vez presidente do PSD em 28 de maio de 2022, numa eleição em que teve como adversário interno o antigo vice-presidente do PSD e atual secretário-geral adjunto das Nações Unidas Jorge Moreira da Silva, e que venceu com mais de 72% dos votos.

Neste mandato de dois anos, disputou e venceu legislativas antecipadas em 10 de março (em coligação com CDS-PP e PPM), com a mais curta vitória de sempre sobre o PS (cerca de 50.000 votos), e perdeu as europeias de 9 de junho, nas quais os socialistas bateram a AD também por uma curta margem, cerca de 38 mil votos. Sob a sua liderança, o PSD disputou ainda e venceu duas eleições regionais na Madeira e umas nos Açores.

Na moção de estratégia global com que se candidata à liderança, “Acreditar em Portugal”, Montenegro traça como objetivo para o próximo mandato de dois anos vencer as autárquicas, apoiar um candidato presidencial abrangente e de preferência militante do PSD, num texto sem qualquer referência ao Orçamento do Estado para 2025, ainda com aprovação incerta.

Desde 02 de abril, Luís Montenegro lidera o XXIV Governo constitucional, executivo minoritário apoiado por 80 deputados (78 do PSD e dois do CDS-PP), contra 78 do PS, numa Assembleia da República em que o Chega tem 50 parlamentares.

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Pedro Nuno com “alguma desconfiança” sobre salto muito elevado nas receitas fiscais

  • Lusa
  • 6 Setembro 2024

O Secretário-Geral do PS considerou, após Montenegro criticar "birras", que “não é sério fazer uma negociação sobre o orçamento sem conhecer a margem orçamental”.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, voltou esta sexta-feira a exigir que o Governo disponibilize informação sobre o Orçamento de Estado (OE) para poder apresentar propostas e manifestou “alguma desconfiança” no salto “muito elevado” nas receitas fiscais. Sobre os números apresentados pelo Governo, o líder do PS acabou por dizer que constatou que “há um salto muito elevado na receita fiscal” que inspira ao PS “alguma desconfiança sobre a credibilidade das contas para 2025”.

“Mas ainda precisamos de tempo para as analisar e precisamos de mais informação para podermos fazer este debate”, acrescentou. Já sobre o OE, Pedro Nuno considerou “essencial” que o Governo passe informação sobre a margem orçamental para o próximo ano para que o PS possa apresentar propostas de forma a manter o equilíbrio nas contas em 2025.

Não é nenhuma birra por parte do PS. Nós precisamos de saber qual é a margem orçamental para 2025 para sabermos quais são as propostas que podemos apresentar, porque para nós é uma condição essencial garantir que o próximo orçamento de Estado seja equilibrado, que nós mantínhamos equilíbrio nas contas públicas”, defendeu.

Neste sentido, e de forma a que possa fazer as suas propostas, o PS precisa de “saber qual é o cenário orçamental para 2025, com o respetivo saldo para perceber qual é o espaço que existe para apresentar propostas”. “Queremos estar de forma séria e responsável neste processo e daí a nossa necessidade de ter informação transparente que já pedimos, aliás, em julho”, apontou.

Pedro Nuno Santos considerou que “não é sério fazer uma negociação sobre o orçamento sem conhecer a margem orçamental” e, neste sentido, disse que no partido estão “convictos de que até à próxima terça-feira o Governo vai dar” essa informação, já que, “não existe nenhuma razão de fundo” para que não o faça.

“Não são detalhes, porque se quisermos ter uma relação negocial séria, quem não está no Governo precisa de ter essa informação, isso não é um detalhe, não é um pormenor, é uma questão de responsabilidade. Queremos garantir que o próximo OE é equilibrado e não queremos começar a fazer propostas que não tenham cabimento orçamental”, acrescentou.

Pedro Nuno Santos assumiu ainda que o PS “está disponível para viabilizar o OE do PSD”, e é uma “disponibilidade séria”, mas o documento “não são duas medidas” e, nesse sentido, mostrou o “profundo desacordo com a estratégia que o Governo tem para a Saúde”.

“Mas nem por isso nos colocamos de fora da possibilidade de viabilizar o OE que traduz essa política e isto já é pedir muito ao PS. A única coisa que estamos a pedir é que não sejam introduzidas no Orçamento medidas que violentem o quadro de princípios programáticos do PS”, sublinhou.

Sobre a reunião de terça-feira, o líder do maior partido da oposição disse não dar “excessiva importância” à ausência do primeiro-ministro. Quanto ao PS, terá uma equipa para fazer a negociação, mas se Luís Montenegro não vai estar, ele próprio também não estará.

PS responsabiliza Governo por saúde estar “muito pior” que em 2023

O secretário-geral do PS criticou ainda o estado da saúde e alegou que o verão deste ano foi “muito pior” do que o de 2023. “Não é só o meu ponto de vista. Tivemos desde logo um verão muito pior que no ano passado e isso resulta de opções ou de falta de capacidade de coordenação e de competência deste Governo no que diz respeito ao verão de 2024”, acusou.

Em declarações aos jornalistas à chegada à Feria de São Mateus, em Viseu, onde juntou socialistas num jantar “da praxe” no evento que vai na sua 633.ª edição, o secretário-geral do PS sustentou que o seu diagnóstico que “não é opinião”.

Sabemos que os números de serviços obstétricos que estiveram fechados é muito superior ao do ano passado e as soluções que vão sendo apresentadas são soluções de um Governo que desistiu de um Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, apontou.

Pedro Nuno Santos considerou que o Governo, “agora, quer investir no setor privado, desviando recursos públicos para o negócio privado da Saúde”. “Esse não é o nosso caminho. O nosso caminho é investir no SNS. Quando o Governo opta pelas unidades tipo ‘C’, a nossa opção era diferente, era do tipo ‘B’. Investir no SNS, não em investir em serviços privados”, rematou.

 

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 148 milhões

  • ECO
  • 6 Setembro 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 148 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 148 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 6 de setembro:

Números: 12, 14, 34, 41 e 47

Estrelas: 3 e 4

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