Empresas portuguesas não deviam tanto à banca desde novembro de 2016

Endividamento das empresas privadas à banca sobe para 113,3 mil milhões de euros em junho, o valor mais elevado em quase oito anos. Dívida das grandes empresas aumenta 19% face a junho de 2023.

As empresas portuguesas privadas estão a contrariar a tendência de redução do endividamento junto da banca registada nos últimos anos, com o stock da dívida a atingir 113,3 mil milhões de euros em junho, o nível mais elevado desde novembro de 2016, de acordo com uma análise do ECO a dados do Banco de Portugal (BdP). Os dados do regulador bancário revelam um salto de 1,4 mil milhões de euros face a maio e de cerca de 2,7 mil milhões de euros face a junho do ano passado na dívida das empresas (não inclui o setor público empresarial, nem empresas financeiras) junto do setor financeiro.

Ao longo da última década, o setor empresarial privado tem reduzido a sua alavancagem com uma contenção do endividamento junto do setor financeiro e um aumento dos capitais próprios. Esta tendência foi interrompida durante a pandemia, com a dívida ao setor financeiro a disparar neste período, um movimento que teve fim a partir de meio de 2022.

O fim da pandemia permitiu voltar gradualmente a uma redução do endividamento, cenário que tem vindo a alterar-se ligeiramente desde final do ano passado e que se intensificou entre maio e junho deste ano.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Desde setembro de 2023 que a taxa de variação anual do endividamento das empresas privadas junto do setor financeiro tem vindo a subir, apesar de um ligeiro recuo entre março e maio deste ano. Em junho situou-se em 1,1%. O stock registado a meio do ano representa mesmo o mais elevado desde que em novembro de 2016 se cifrou em 114.652 milhões de euros. A maior parte do passivo está concentrado em empréstimos, que atingiram 92.785 milhões de euros em junho.

Destes, cerca de 76.835 milhões de euros eram referentes a empréstimos de longo prazo e 15.694 milhões de euros a empréstimos de curto prazo. Paralelamente, o endividamento das empresas junto da banca com títulos de dívida ascendeu em junho a 20.218 milhões de euros.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Endividamento das grandes empresas sobe 19%

O endividamento das grandes empresas privadas junto da banca aumentou 19% em junho face a igual período do ano passado. Segundo os dados do BdP, o stock do endividamento destas empresas a meio deste ano era de cerca de 21,5 mil milhões de euros, quando em junho do ano passado se cifrava em cerca de 18 mil milhões de euros.

Em sentido contrário, a dívida das médias empresas caiu 5% face ao período homólogo, para cerca de 21,6 mil milhões de euros. Já a dívida das microempresas junto do setor financeiro caiu cerca de 2,9% face ao mês homólogo, para 25,5 mil milhões de euros em junho, enquanto a das pequenas empresas reduziu-se 2,8% para 21,8 mil milhões de euros.

As empresas na área das indústrias são as que registam o maior passivo perante a banca (19,6 mil milhões de euros em junho), seguidas pelas da construção civil e atividade imobiliários (18 mil milhões de euros) e do comércio e reparação de veículos (17,5 mil milhões de euros).

A um nível global, considerando não apenas as empresas privadas, mas também as públicas, o endividamento à banca era de 115,3 mil milhões de euros.

Endividamento das famílias continua a subir

O endividamento dos particulares também está a aumentar. Há seis meses consecutivos que sobe e atingiu 152.544 milhões de euros em junho, o valor mais elevado desde julho de 2013. A diferença não é substancial face aos 152.121 milhões de euros registados em maio, mas significa um aumento do passivo sob a forma de empréstimos, títulos de dívida e créditos comerciais de de cerca de 1,7 mil milhões de euros face a junho do ano passado.

O endividamento dos particulares, que inclui famílias, empresários em nome individual e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias, foi reduzindo-se ligeiramente ao longo do último ano, totalizando 150,6 mil milhões de euros em dezembro de 2023. Contudo, desde o arranque do ano que tem vindo a aumentar.

O endividamento dos particulares junto do setor financeiro ascendeu a cerca de 137,5 mil milhões de euros. A maioria do stock da dívida corresponde a empréstimos (147,5 mil milhões de euros em junho), com 103,3 mil milhões de euros referentes créditos da casa e 49,2 mil milhões de euros a crédito ao consumo e outros fins. Já os créditos comerciais significavam cerca de cinco mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fogos causam impacto “tremendo” na animação turística na Madeira. Há 90% dos serviços cancelados

Presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal fala em "tremendo" e "avultado" impacto dos fogos nas atividades de animação turística da Madeira. Há 80 a 90% de cancelamentos registados.

Os fogos que lavram há mais de uma semana na Madeira estão gerar “um impacto tremendo” e a “penalizar” as atividades de animação turística que já registam entre 80 a 90% de cancelamentos dos serviços, apesar de o alojamento turístico manter a normalidade. A garantia é dada ao ECO/Local Online pelo presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), Jorge Veiga França, que diz, para já, não ser possível calcular o valor dos prejuízos.

“O setor que está a ser severamente penalizado, neste momento, é o da animação turística, pois grande parte das nossas atrações turísticas terrestres realiza-se nas zonas montanhosas que foram fortemente fustigadas pelos incêndios”, sublinha o presidente da ACIF em declarações ao ECO/Local Online.

Os incêndios deflagram há dez dias e já destruíram cerca de 5.000 hectares do território da Madeira. Esta sexta-feira, o presidente do Governo Regional deu conta de apenas uma frente ativa, a norte do Pico Ruivo, concelho de Santana. Miguel Albuquerque considerou, por isso, a situação “mais calma”.

Sem, contudo, conseguir avançar com o valor dos prejuízos, uma coisa é certa para Jorge Veiga França: “Temos um impacto grande no setor da animação turística, com cancelamentos avultados nas atividades de animação turística programadas para as nossas serras desde 18 de agosto, sem possibilidade de reagendamento”.

Aliás, detalha, “no que concerne à animação turística os cancelamentos rondam os 80% a 90%, só não sendo mais porque as empresas conseguiram desviar alguns dos programas agendados para locais não atingidos pelos fogos”.

No que concerne à animação turística, os cancelamentos rondam os 80% a 90%, só não sendo mais porque as empresas conseguiram desviar alguns dos programas agendados para locais não atingidos pelos fogo.

Jorge Veiga França

Presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF)

“Pela informação recolhida junto dos nossos associados, nesta semana apenas foi possível realizar entre 10% a 20% dos serviços, havendo percursos totalmente devastados [pelos fogos]”, detalhou. Como é o caso, elenca, “do percurso da Trompica, muito utilizado pelos turistas dos navios de cruzeiro para passeios de todo o terreno“.

A somar a estes programas, o setor regista avultados cancelamentos dos passeios pedestres por causa dos incêndios, designadamente “o percurso PR1 Pico do Areeiro que irá estar encerrado por muitos meses, sendo o mais vendido e insubstituível“. Aliás, lamenta, “com a cordilheira central queimada não é possível fazer travessias na ilha, o que tem um impacto tremendo na atividade turística“.

Um dos grandes atrativos para os turistas é igualmente a área de floresta Laurissilva, património mundial natural da UNESCO desde 1999, que está a ser afetada pelas chamas. “Esta é uma das principais atrações turísticas. Se a floresta Laurissilva for destruída [pelo fogo], demorará 180 a 200 anos até recuperar completamente“, alerta, por sua vez, o investigador Jorge Capelo, considerando tratar-se de uma “perda biodiversidade seríssima”.

Com o setor de mãos atadas, o presidente da ACIF acredita que, por enquanto, só resta encontrar alternativas aos programas que estão a ser cancelados por causa do fogo, para o setor sobreviver. “Para já, a palavra de ordem é reinventar, dentro do possível, os serviços”, frisa Jorge Veiga França.

O percurso PR1 Pico do Areeiro, que irá estar encerrado por muitos meses, é o percurso mais vendido e insubstituível.

Jorge Veiga França

Presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF)

A associação vai manter-se atenta à situação e “a acompanhar os representantes do setor para obter uma avaliação mais atualizada, após a extinção dos fogos, sobre o impacto no território e percursos mais procurados, de forma a mobilizar todos os recursos para a recuperação do património afetado“.

Neste momento não é, contudo, possível apurar o valor dos prejuízos resultantes dos fogos. “Não temos elementos que nos permitam quantificar, para já, o impacto desta catástrofe“, afirma este responsável. “Há que ter em conta que o impacto económico na atividade turística dependerá do tempo de inoperacionalidade dos percursos, o que ainda não é possível determinar.”

Ainda assim, nota o líder da ACIF, “tendo vido a público que a área ardida ultrapassa já os 5.000 hectares, depreende-se que o impacto no património e consequentemente económico será extremamente avultado“.

Já em relação ao alojamento e à atividade das agências de viagens, a Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura da Madeira “não perspetiva qualquer impacto económico”, como o ECO noticiou esta sexta-feira. Sob a tutela de Eduardo Jesus, este organismo refere apenas “cancelamentos residuais” e, assegura, que nada têm a ver com os fogos.

Mais do que os incêndios, o maior desafio para as operações turísticas tem sido os condicionamentos no Aeroporto do Funchal, principalmente devido aos limites de vento impostos, que já deveriam ter sido revistos,

Pedro Costa Ferreira

Presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT)

Posição corroborada pelo líder da ACIF: “Por agora, não temos conhecimento de cancelamentos de estadas, mas sim de atividades turísticas na ilha”. Mas há relatos do aumento dos pedidos de informação da parte dos turistas antes de viajarem, receosos com a sua segurança. “Neste momento, tem havido muitos pedidos de informação de clientes com reservas para próximas semanas que estão, naturalmente, apreensivos com estas últimas notícias, o que futuramente poderá, ou não, ditar alguns cancelamentos”.

A situação é confirmada ao ECO/Local Online pelo presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira: “Houve, naturalmente, muitas questões e preocupações levantadas pelos clientes que tinham férias reservadas, assim como pelos operadores internacionais junto às agências de incoming“. Mesmo assim, os clientes não cancelaram as viagens, “continuando as operações a decorrer com normalidade”.

A APAVT também não registou cancelamentos em alojamentos turísticos. “Com base no inquérito realizado aos nossos capítulos de distribuição e de incoming, que reúnem, respetivamente, as agências de viagens retalhistas de outgoing e as agências de viagens de incoming (recetivas), os associados confirmaram que não há cancelamentos para a Madeira, exceto alguns casos pontuais e residuais”, detalha Pedro Costa Ferreira.

Aliás, justifica, “os agentes de viagens são profundos conhecedores do destino turístico Madeira e têm bem a noção de que o foco principal do incêndio está em zonas inacessíveis, quer a residentes quer a turistas, não afetando a essência do produto turístico oferecido, nem a satisfação obtida pela extraordinária experiência que representa passar uns dias de lazer na ilha”.

Para Pedro Costa Ferreira, “mais do que os incêndios, o maior desafio para as operações turísticas tem sido os condicionamentos no Aeroporto do Funchal, principalmente devido aos limites de vento impostos, que já deveriam ter sido revistos”.

Em relação à inoperacionalidade do Aeroporto Internacional da Madeira, este “já está a funcionar em pleno, e as situações de passageiros afetados por voos cancelados têm vindo a ser resolvidas”, avança, por sua vez, o presidente da ACIF. Ventos fortes concionaram a operação no Aeroporto da Madeira.

Para atenuar os constrangimentos inerentes aos frequentes episódios que se verificam, a ACIF sugere como a alternativa a solução “Madeira + 1”, utilizando as infraestruturas e transporte marítimo para o Porto Santo. Aliás, propõe, “a médio/longo prazo, deverá ser equacionada uma maior integração entre os dois aeroportos da RAM, eventualmente com recurso a um ferry mais rápido”.

Dotar um local nas imediações do aeroporto, de equipamento e infraestruturas básicas, para abrigar as pessoas desalojadas em virtude destas situações é outra das sugestões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PDM de Grândola mantém foco no “desenvolvimento equilibrado e harmonioso”, diz autarca

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

“Agora, com a alteração do PDM em consulta pública é o momento para todos contribuírem e enriquecerem o futuro do nosso concelho”, defendeu o autarca.

O presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, disse esta sexta-feira que a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) mantém o foco no “desenvolvimento equilibrado e harmonioso” do concelho e apelou à participação na consulta pública. “O foco da autarquia continua a ser o desenvolvimento equilibrado e harmonioso de todo o concelho, sempre em prol da melhoria da qualidade da população”, afirmou o autarca deste concelho alentejano, no distrito de Setúbal.

António Figueira Mendes afiançou que, “independentemente da atividade económica, existem limites que não devem ser ultrapassados para não comprometer a sustentabilidade do território”. De acordo com o autarca, que falava à agência Lusa à margem da Feira de Agosto naquela vila, a revisão do PDM, em consulta pública até 7 de outubro, “é de extrema importância”.

“Esta revisão foi pensada para garantir que o crescimento do concelho seja sustentável e trabalhando com os promotores turísticos do litoral para reduzir as áreas de construção e número de camas e para colaborarem na implementação de processos alternativos à captação de água, como a dessalinização”, realçou. Em paralelo, o município está “empenhado em assegurar solos para construção de habitação acessível para toda a população do concelho”, prosseguiu, defendendo que “a riqueza gerada deveria ser revertida em benefício do serviço público”.

“Agora, com a alteração do PDM em consulta pública é o momento para todos contribuírem e enriquecerem o futuro do nosso concelho”, defendeu. A revisão do PDM é “um processo vital” para garantir que Grândola “continua a ser um exemplo de desenvolvimento harmonioso”, respeitando a sua “história e identidade” e “preparando” o município “para os desafios duros” do futuro.

A proposta de alteração do PDM de Grândola, consultada pela Lusa, prevê o aumento da intensidade turística em mais 2.859 camas, fruto de um acordo com os municípios de Santiago do Cacém e Odemira. O documento atualiza a intensidade turística efetiva (ITCE) do concelho de Grândola de 14.294 para 17.153 camas, graças à celebração de um acordo de redistribuição interconcelhia da intensidade turística.

Este acordo, que assenta numa norma do Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (PROTA), pode ser estabelecido “sempre que é ultrapassada a intensidade turística concelhia efetiva”, ou seja, camas executadas, em execução ou aprovadas. E, neste caso, dá à Câmara de Grândola a possibilidade de “proceder à negociação para a redistribuição interconcelhia da intensidade turística” através de acordos com os restantes municípios do litoral alentejano, segundo o documento.

A proposta de alteração do PDM estabelece ainda a “possibilidade de licenciamento de estabelecimentos hoteleiros e empreendimentos de Turismo de Habitação (TH), localizados em todos os aglomerados urbanos, e o licenciamento de empreendimentos de Turismo em Espaço Rural (TER) e TH em solo rústico (incluindo os aglomerados rurais), com critérios e parâmetros distintos, em função da sua localização”.

“Quanto às camas previstas para empreendimentos turísticos que correspondam à execução de planos territoriais de âmbito municipal, anteriores à data da entrada em vigor do PROTA, estabelece a norma 170 que a intensidade turística definida para cada concelho não prejudica as ações validamente autorizadas, as informações prévias favoráveis válidas [e] os projetos que tenham sido objeto de declaração de impacte ambiental favorável”, lê-se no documento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Super Powell dá gás às bolsas, euro, petróleo e ouro

Mercados seguiram o guião esperado depois de o presidente da Fed ter praticamente anunciado que vai cortar as taxas de juro em setembro.

Bolsas, euro, petróleo e ouro em forte alta: os mercados seguiram o guião esperado depois de o presidente Jerome Powell ter praticamente anunciado que a Reserva Federal americana vai cortar as taxas de juro na reunião de setembro.

“O momento chegou”, declarou um ‘super Powell’ em Jackson Hole num dos mais aguardados discursos do ano.

“A direção a seguir é clara e o momento e o ritmo dos cortes nas taxas dependerão dos dados recebidos, da evolução das perspetivas e do equilíbrio dos riscos”, acrescentou.

Para os analistas não há dúvidas de que Powell “confirmou” que vem aí uma descida das taxas de juro no encontro agendado para 17 e 18 de setembro face aos níveis mais elevados em mais de duas décadas.

“O mercado aposta num corte de 25 pontos base, mas o relatório do emprego do dia 6 de setembro vai determinar o que vai acontecer”, explicou o economista chefe do banco ING, James Knightley. “A Fed não quer um enfraquecimento adicional, por isso um aumento da taxa de desemprego para 4,4% ou 4,5% poderá desencadear um corte de 50 pontos”, salientou o responsável.

Para os investidores também já não existe grande incerteza em relação ao rumo da política monetária nos EUA depois da intervenção de Powell.

Reflexo desse otimismo: o S&P 500, que integra as maiores empresas dos EUA, acelerou os ganhos e avança mais de 1% para 5.627,86 pontos, na perspetiva de que o corte de juros vai beneficiar os resultados empresariais, ou pelo menos evitar um abrandamento da economia ou mesmo recessão.

Por cá, o PSI fechou com ganhos de 0,80% para 6.698,07 pontos, com 14 cotadas em alta e os pesos pesados EDP Renováveis, EDP e BCP a avançarem mais de 1%. A bolsa de Lisboa acompanhou os ganhos do Stoxx 600, que somou 0,5%.

Lisboa fecha semana em alta

Fonte: Reuters

Também o mercado cambial colocou a teoria na prática: uma previsível descida das taxas de juro tira força a moeda (dando força à contraparte). Após as palavras de Powell, o euro disparou para 1,1191 dólares, valor mais elevado desde julho do ano passado.

Euro dispara

Fonte: Reuters

Idem aspas para o mercado do petróleo: como é negociado em dólares, o enfraquecimento da nota verde representa um impulso comprador – para lá do que uma descida de juros contribuiu para o aumento da atividade económica e, consequentemente, da procura de petróleo.

O crude WTI negociado em Nova Iorque valoriza 1,88% para 74,39 dólares por barril e, em Londres, o Brent aprecia 1,79% para 78,58 dólares. Resta saber se irá interromper a tendência decrescente que o ouro negro vem registando nas últimas semanas.

Brent sobe 2%

Fonte: Reuters

O ouro, que já estava em tendência de subida com a hipótese de a Fed começar a descer os juros, reforçou essa trajetória: a onça aprecia mais de 1% para 2.516,5 dólares e quebra novo recorde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ikea chama a atenção para a importância do sono. Ida à loja em pijama vale 15% de desconto

  • + M
  • 23 Agosto 2024

A Ikea vai também tentar entrar no Guinness World Records, através de uma iniciativa na Suécia, onde vai tentar promover o maior encontro de pessoas vestidas com pijamas de duas peças num único local.

O sono é a principal prioridade comercial da Ikea para o próximo ano fiscal, pelo que a marca vai apostar em diversas ações e iniciativas para chamar à atenção para a importância de uma boa noite de descanso. Em Portugal, uma ida de pijama a uma das lojas vai valer 15% de desconto em artigos relacionados com o sono.

No fim de semana de 31 de agosto e 1 de setembro os clientes Ikea (que sejam membros da Ikea Family) que visitem uma das lojas da marca sueca vestidos de pijama podem beneficiar de um desconto direto de 15% em edredões e almofadas, bem como de 15% de desconto em compras superiores a 250 euros em camas e colchões. Além disso podem ainda contar com um pequeno-almoço sueco (Fika) gratuito.

Alguns clientes vão ser ainda selecionados para passarem uma noite na loja de Matosinhos ou de Loures, “onde poderão aceder a uma série de atividades exclusivas, como uma sessão de cinema, jogos, sessões de yoga, entre outros”, adianta a marca em nota de imprensa.

As iniciativas surgem numa altura em que a Ikea divulga dados de um inquérito da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que revelam que 52% dos Portugueses sentem que dormem muitas vezes mal, enquanto 24% dos inquiridos afirmam acordar cansado. Já 75% dos inquiridos afirmam dormir menos de sete horas por noite.

“Em tempos como os que vivemos, de grande instabilidade política, económica e social, com rotinas cada vez mais complexas e agitadas, o sono tem um peso tremendo na nossa saúde e nós temos a responsabilidade de ajudar os portugueses. Queremos que os portugueses durmam melhor, e temos o conhecimento e a experiência acumulada ao longo de mais de 80 anos para tornar isso possível, com soluções que impactam todos os fatores que contribuem para o sono: Conforto, luz, temperatura, som, ar e organização”, diz Erin Shi, commercial manager na IKEA Portugal, citada em comunicado.

A Ikea vai também tentar entrar no Guinness World Records, através de uma iniciativa em Älmhult, na Suécia, no dia 28 de agosto, onde vai tentar promover o maior encontro de pessoas vestidas com pijamas de duas peças num único local.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra desvaloriza recorde de interdições nas praias. “Os números são muito baixos”

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

"São casos pontuais que são imediatamente detetados e que são resolvidos em 24 horas", assinalou a ministra, apontando "origens diversas".

Este está a ser “um ano recorde” em interdições nas praias, “mas os números são muito baixos”, assinalou esta sexta-feira a ministra do Ambiente e Energia, reconhecendo que é preciso investir na requalificação do sistema de saneamento básico. Em declarações aos jornalistas na Praia de São Pedro do Estoril, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa, que visitou ao início da tarde, Maria da Graça Carvalho assinalou que, hoje, das 642 praias do país só duas costeiras e três fluviais estão desaconselhadas

“São casos pontuais que são imediatamente detetados e que são resolvidos em 24 horas”, assinalou a ministra, apontando “origens diversas”. No caso recente registado no concelho de Cascais, na Praia das Moitas, a situação “deverá ter sido provocada” – ainda sem “absoluta certeza” – por “uma quantidade anormal” de “algas estranhas”, apontou.

Já no caso do Algarve, onde há uns dias foram interditadas as praias de Quarteira e Vilamoura, tal ficou a dever-se a “uma avaria numa estação elevatória”, referiu. “Foi uma coisa muito rápida e passadas 24 horas já estavam aconselhados os banhos outra vez”, recordou a ministra, destacando o “grande esforço” de monitorização da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

“Sabe-se que está desaconselhado porque alguém está a medir […]. Há muita gente a trabalhar para que se possa vir à praia em segurança e com uma total proteção da saúde pública”, frisou, admitindo que há melhorias a fazer, nomeadamente na monitorização online, de forma a não desfasar os tempos entre a interdição e as análises.

A ministra frisou que “Portugal é um dos países com melhor água”, o segundo em praias fluviais e o sexto em praias costeiras, reconhecendo que é preciso investir na injeção de areias e na monitorização da qualidade da água. Maria da Graça Carvalho recordou que a última “grande intervenção” no sistema de saneamento básico aconteceu há 30 anos e, por isso, “há muitos equipamentos que precisam de ser melhorados”.

Ora, “infelizmente no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência, fundos europeus] isso não foi tido em conta”, lamentou. “Temos pouco financiamento europeu […], tanto para a água como para saneamento básico e também, já agora, para resíduos. São três áreas em que Portugal precisa de muito investimento”, constatou a ministra, adiantando que o Governo está “a tentar arranjar uma solução”.

A modernização do sistema de saneamento, nomeadamente a recuperação das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), poderá passar por “financiamentos mais inovadores”, por exemplo recorrendo ao Banco Europeu de Investimento. “Estamos a tentar arranjá-lo [o financiamento] e vamos arranjá-lo”, garantiu a ministra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rússia vai processar jornalistas de mais países ocidentais por entrada ilegal em Kursk

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Os jornalistas que a Rússia diz terem entrado ilegalmente no território são de Espanha, França e Bélgica.

A Rússia vai adotar medidas de retaliação contra jornalistas de Espanha, França e Bélgica por terem entrado ilegalmente no seu território, na região de Kursk, palco da operação militar ucraniana, declarou esta sexta-feira a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

Temos assistido a casos de jornalistas italianos e norte-americanos. Lamentavelmente, foram apanhados a fazer isso [entrar em território russo] jornalistas de outros países: Espanha, França, Bélgica”, disse Zakharova à imprensa, à margem de um fórum de jovens.

A Rússia já abriu processos criminais contra um jornalista norte-americano (da estação televisiva CNN) e dois italianos (da televisão pública RAI) por terem atravessado ilegalmente a fronteira para fazer a cobertura noticiosa da ofensiva das Forças Armadas ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk.

“Agora, o nosso pessoal, incluindo diplomatas e especialistas que se ocupam desta questão, está a identificar os chamados jornalistas ocidentais que atravessaram a fronteira do nosso país sem qualquer autorização”, sublinhou Zakharova.

A porta-voz acrescentou ainda que os jornalistas não tinham vistos ou autorizações de residência no país, nem estavam acreditados junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o que é obrigatório para realizar trabalho jornalístico na Rússia.

“Agora, os órgãos encarregados de fazer cumprir a lei estão a identificar os factos relevantes, com base nos quais serão tomadas as decisões adequadas”, indicou.

A Rússia, que em junho bloqueou o acesso aos ‘sites’ da Internet de 81 meios de comunicação social europeus, convocou nos últimos dias a embaixadora de Itália e o encarregado de negócios dos Estados Unidos em Moscovo para protestar contra o comportamento de jornalistas dos respetivos países.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo dá “luz verde” ao suplemento de pensões sem reparos

O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que determina o pagamento de um bónus entre 100 e 200 euros a reformados suja soma de prestações totalizem 1.527,78 euros por mês.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu “luz verde” ao decreto-lei do Governo que determina o pagamento de um suplemento extra entre 100 e 200 euros aos reformados cujo somatório de pensões não exceda os 1.527,78 euros por mês, segundo uma nota publicada esta sexta-feira no site de Belém.

“O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que cria um suplemento extraordinário de pensões”, de acordo com o comunicado. Marcelo dá luz verde ao diploma do Executivo de Luís Montenegro sem fazer reparo algum e apenas um dia depois de ter sido aprovado em Conselho de Ministros.

O cheque vai ser pago em outubro, juntamente com a pensão regular e será sujeito a retenção na fonte em sede IRS, mas de forma autónoma, para não fazer aumentar o escalão dos descontos. No caso dos reformados da Segurança Social, o suplemento será transferido no dia 8. Já os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações vão receber a 18 de outubro.

Os reformados bancários também terão direito a este apoio, uma vez que os fundos de pensões da banca foram transferidos para o sistema previdencial, os advogados pensionistas ficam de fora, porque estão enquadrados em fundos privados. “Os advogados e solicitadores têm um regime obrigatório fora da Segurança Social. Não estão abrangidos pela Segurança Social”, começa explicou ao ECO fonte do gabinete da ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho.

Os portugueses com pensões (brutas) até 509,26 euros (o equivalente ao Indexante dos Apoios Sociais) receberão um “brinde” de 200 euros. Para quem recebe reformas entre 509,26 euros e 1.018,52 euros, o suplemento será de 150 euros. E as pensões entre 1.018,62 euros e 1.527,78 euros terão direito a um “cheque” de 100 euros.

De notar que o suplemento vai ser atribuído por pensionista e não por pensão, isto é, quem recebe várias pensões (por exemplo de velhice e de sobrevivência) verá os montantes somados para se apurar se tem ou não direito ao “bónus”. Este suplemento é um bónus que será pago apenas uma vez. Não é, portanto, um aumento permanente das pensões.

Este “suplemento extraordinário não vai ser contabilizado para efeitos do complemento solidário para idosos (CSI)”, de acordo com o comunicado do Conselho de Ministros. Ou seja, mesmo que nesse mês fiquem com rendimentos totais acima de 600 euros por causa do “brinde”, os idosos vão receber o complemento habitual da Segurança Social.

Tal como o nome indica, o CSI serve para complementar os rendimentos dos idosos em situações mais vulneráveis. São apurados os rendimentos do idoso, que passa a receber a diferença entre esses rendimentos e 600 euros (o valor de referência). Por exemplo, em julho, a prestação média foi de 231,09 euros, como escreveu o ECO.

(Notícia atualizada às 16h23)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Aumento da pressão” sobre Taiwan na agenda da visita de representante da Casa Branca a Pequim

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Nas conversações da próxima semana, Jake Sullivan irá manifestar “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan”.

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, desloca-se a Pequim na próxima semana para se reunir com altos funcionários, levando uma mensagem conciliatória, mas também preocupação com o aumento da pressão sobre Taiwan. Um alto funcionário da Casa Branca afirmou à imprensa que, nas conversações da próxima semana, serão manifestadas “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan”.

Essas são atividades “desestabilizadoras” e coloca-se o “risco de uma escalada”, pelo que os norte-americanos vão continuar a instar Pequim a “encetar um diálogo significativo com Taipé”, afirmou a mesma fonte, reiterando que Washington continua a seguir a “política de uma só China”.

“Opomo-nos a alterações unilaterais do ‘status quo’ por qualquer das partes. Não apoiamos a independência de Taiwan e esperamos que as diferenças entre as duas margens do Estreito sejam resolvidas facilmente”, acrescentou.

Desde maio, após a tomada de posse do Presidente taiwanês, William Lai (Lai Ching-te) – descrito como um agitador por Pequim -, a China tem apertado ainda mais o cerco militar em torno da ilha, um território governado autonomamente desde 1949 e considerado pelas autoridades de Pequim como uma “província rebelde” e cuja “reunificação” não exclui o uso da força.

A viagem de Sullivan a Pequim decorre entre 27 e 29 de agosto e deverá incluir uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, naquele que será o quinto encontro entre os dois. A viagem foi programada há meses e integra uma série de reuniões entre altos funcionários dos dois países para reforçar as relações, depois de momentos turbulentos após a visita a Taipé, em agosto de 2022, da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

“A diplomacia e os canais de comunicação dos EUA não indicam uma mudança de abordagem em relação à República Popular da China. Esta é uma relação intensamente competitiva (…) mas estamos empenhados em gerir esta competição de forma responsável e evitar que se transforme em conflito”, acrescentou hoje o alto funcionário. Além de Taiwan, outros pontos da reunião passam por “questões-chave” como o tráfico de droga, a segurança e a inteligência artificial.

Sullivan irá também abordar o apoio da China à base industrial de defesa da Rússia, as tensões no Mar do Sul da China, o Irão e a crise no Médio Oriente. Desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, Washington impôs sanções específicas, incluindo a empresas chinesas que vendem semicondutores a Moscovo, como parte de um esforço para enfraquecer a máquina militar russa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Afinal, passe ferroviário não é “para todos os comboios urbanos”. Áreas metropolitanas de Lisboa e Porto excluídas

Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas esclarece que os comboios urbanos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto não serão abrangidos pela novo passe ferroviário.

O novo passe ferroviário anunciado pelo primeiro-ministro, afinal, não vai abranger “todos os comboios urbanos” tal como sugerido por Luís Montenegro. Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) confirma ao ECO que a revisão deste passe ferroviário vai deixar de fora os comboios urbanos da Área Metropolitana de Lisboa e do Porto (AML e AMP), uma vez que estes utentes já beneficiam do passe intermodal.

O passe ferroviário não se destina a deslocações dentro das Áreas Metropolitanas, onde existem títulos intermodais, que asseguram a mobilidade a todos os meios de transporte público coletivo disponíveis, a baixo custo”, informa ao ECO fonte oficial do gabinete de Miguel Pinto Luz.

Assim, os utentes que paguem o passe mensal combinado de 30 euros (Navegante Municipal) ou de 40 euros (Navegante Metropolitano) para as deslocações dentro da AML e AMP não poderão beneficiar do novo passe ferroviário, que passará a ter um custo de 20 euros por mês, dado que estas duas zonas não serão abrangidas pela nova modalidade. Até porque, este novo passe ferroviário não permitirá acumular viagens de metro e de autocarro, ao contrário do passe intermodal, tal como já tinha avançado o Jornal de Notícias.

“Os passes intermodais permitem que os utentes possam deslocar-se nas respetivas áreas metropolitanas em vários transportes, nomeadamente em empresas privadas. Nesse sentido, o passe ferroviário aplica-se aos comboios da CP, em todo o país, exceto no Alfa Pendular e nos passes intermodais”, explica fonte oficial do MIH.

“Nós vamos decidir a criação de um passe ferroviário que tem um custo de 20 euros mensais e dará a possibilidade de acesso, durante um mês, a todos os comboios urbanos, a todos os comboios regionais, a todos os comboios inter-regionais e também à rede do intercidades“, anunciou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a 14 de agosto, na festa do Pontal. “Não é uma benesse. É um investimento nas pessoas, no ambiente, no futuro”, acrescentou o chefe do Governo.

As informações sobre este novo passe ferroviário são escassas, para já, mas deverão ser conhecidas “em breve” quando o Governo apresentar “um pacote de medidas sobre mobilidade” que está, neste momento, “em preparação”.

Do pouco que se sabe, é que quando entrar em vigor (não se sabe se será já este ano), esta medida revogará o passe ferroviário de 49 euros, que passa a ser de 20 euros, e abrangerá, além dos comboios regionais, os comboios inter-regionais, urbanos e intercidades, com exceção do Alfa Pendular. O serviço será “alargado a algumas zonas atualmente não abrangidas pelos passes intermodais”, mas ao ECO, fonte oficial do MIH não avançou mais detalhes. Atualmente, o passe ferroviário nacional conta com cerca de 13 mil passageiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucro do setor empresarial do Estado sobe 69% no segundo trimestre

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Os resultados são suportados, sobretudo, pelas empresas do setor financeiro, sendo que as não financeiras registaram, no segundo trimestre, prejuízos agregados de 350 milhões de euros.

O setor empresarial do Estado registou, no segundo trimestre deste ano, resultados líquidos de 582,5 milhões de euros, um aumento homólogo de 69%, segundo dados divulgados pela Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM).

Os resultados são suportados, sobretudo, pelas empresas do setor financeiro, sendo que as não financeiras registaram, no segundo trimestre, prejuízos agregados de 350 milhões de euros, um agravamento de 13% em relação a 2023. As sociedades da área financeira, por sua vez, obtiveram lucros de 932,6 milhões de euros, um crescimento de 43%, detalhou a UTAM.

O organismo, que analisou, no segundo trimestre, 108 empresas financeiras e não financeiras, face às 117 que tinha analisado no trimestre anterior, devido a problemas com a informação das restantes, deu ainda conta de uma receita total de 9,7 mil milhões de euros, um aumento de 33% em relação ao segundo trimestre de 2023.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu 1,5 mil milhões de euros, crescendo 25% em relação ao período homólogo. Segundo a UTAM, o endividamento destas sociedades desceu 17%, para 19,3 mil milhões de euros, sendo que as empresas não financeiras são responsáveis pela maior parte deste valor, que, ainda assim, desceu 21%, para 16,5 mil milhões de euros.

No caso das financeiras, o endividamento aumentou 24%, para 2,7 mil milhões de euros. A UTAM revelou ainda os resultados do primeiro trimestre, no qual analisou 117 sociedades, com um lucro agregado de 461,6 milhões de euros, quase o quádruplo face ao registado no primeiro trimestre de 2023.

Nos primeiros três meses do ano, o setor não financeiro conseguiu obter lucros, de 33,7 milhões de euros, recuperando face aos prejuízos de mais de 200 milhões de euros do trimestre homólogo. A área financeira, por sua vez, registou lucros, no primeiro trimestre, de 427,8 milhões de euros, um aumento de 31%.

A informação usada pela UTAM é a que consta do Sistema de Recolha de Informação Económica e Financeira (SiRIEF), da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), que cobre a totalidade das empresas do setor empresarial do Estado, em que este “tem influência dominante e o acionista é a DGTF ou uma empresa por si detida, direta ou indiretamente”, tendo sido atualizada em 19 de agosto de 2024, segundo o site da UTAM.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Travessia entre Trafaria e Porto Brandão suspensa por dois meses a partir de sábado

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

A Transtejo Soflusa explica que a suspensão do serviço até 22 de outubro se prende com obras de requalificação da Estação Fluvial da Trafaria.

A travessia fluvial entre a Trafaria e o Porto Brandão, concelho de Almada, vai estar suspensa a partir de sábado, durante dois meses, ficando assegurada a travessia de passageiros e veículos entre Porto Brandão e Belém (Lisboa).

Em comunicado, a transportadora Transtejo Soflusa (TTSL) explica que a suspensão do serviço até 22 de outubro se prende com obras de requalificação da Estação Fluvial da Trafaria, infraestrutura que a empresa considera “fundamental no garante da operacionalidade da ligação fluvial Trafaria – Porto Brandão – Belém”, e que tiveram início no dia 5 de agosto.

Para minimizar o impacto desta alteração será ativada uma rede de transportes alternativos – o transfer rodoviário entre a Trafaria e Porto Brandão, com capacidade para 50 passageiros e com partida 30 minutos antes de cada carreira fluvial de Porto Brandão-Belém.

Entre Porto Brandão e a Trafaria o transfer terá partida após o desembarque de cada carreira fluvial Belém – Porto Brandão. A empresa adianta que existem ainda o serviço regular da Carris Metropolitana (linhas 3034 e 3038) e a ligação fluvial Cacilhas (concelho de Almada) – Cais do Sodré (Lisboa).

O título de transporte válido na ligação fluvial Trafaria- Porto Brandão-Belém é igualmente válido na ligação fluvial de Cacilhas. A Transtejo Soflusa é responsável pelas ligações fluviais no Tejo entre os distritos de Lisboa e Setúbal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.