Europ Assistance amplia canais de distribuição com a Habit

  • ECO Seguros
  • 7 Maio 2025

Nos próximos meses, “as empresas trabalharão em conjunto para expandir a presença dos produtos da Europ Assistance através da capacidade multi-canal oferecida pela Habit aos parceiros comuns".

A Europ Assistance Portugal estabeleceu uma parceria com a Habit para integrar os seus produtos de assistência e seguros em novos canais de distribuição, através de um modelo B2B2C. A colaboração começa no setor das viagens e mobilidade, com planos de expansão para outras áreas.

João Horta e Costa, Chief Commercial Officer da Europ Assistance Portugal e Domingos Bruges, CEO da Habit: A colaboração começa no setor das viagens e mobilidade.

Segundo comunicado conjunto das empresas, a tecnologia da Habit permite a integração direta de seguros em plataformas de empresas com grandes bases de clientes, sem necessidade de desenvolvimento interno pela seguradora. O objetivo é tornar a subscrição mais simples e acessível aos clientes finais, com produtos incorporados nas experiências digitais dos utilizadores.

“Na Europ Assistance, estamos continuamente à procura de novas formas de aproximar os nossos serviços das pessoas, garantindo que tenham a proteção certa no momento certo. A parceria com a Habit representa um passo significativo nesse caminho, trazendo inovação, agilidade e novas oportunidades de crescimento”, afirma João Horta e Costa, Chief Commercial Officer da Europ Assistance Portugal.

Nos próximos meses, “as empresas trabalharão em conjunto para expandir a presença dos produtos da Europ Assistance através da capacidade multi-canal oferecida pela Habit aos parceiros comuns, e desenvolver novas ofertas adaptadas às necessidades emergentes do mercado”, lê-se no comunicado.

“Este acordo com a Europ Assistance é mais do que uma parceria – é a combinação perfeita entre expertise em assistência e tecnologia. Estamos entusiasmados com o potencial de crescimento e inovação que podemos desbloquear juntos,” destaca Domingos Bruges, CEO da Habit.

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Bruxelas já tira lições do apagão ibérico. Quer interconexões, armazenamento e modernizar a rede

O Executivo assegurou às ministras da Energia de Portugal e Espanha que terão "todo o apoio" nas investigações que estão a ser desenvolvidas sobre as causas do apagão.

O comissário europeu com a pasta da Energia, Dan Jorgensen, afirma que o Executivo comunitário está disponível para ajudar a investigar as causas do apagão ibérico. No entanto, enquanto estas não são claras, já tira algumas lições desta falha no sistema ibérico: diz ser necessária uma “verdadeira união energética”, pelo que é urgente investir numa maior integração, interconexões e na modernização da rede.

De acordo com o comissário, o executivo europeu assegurou às ministras da Energia de Portugal e Espanha que terão “todo o apoio” nas investigações que estão a ser desenvolvidas de momento sobre as causas do apagão. A rede europeia de operadores de sistemas de transporte de eletricidade (ENTSOE) vai complementar a investigação ao nível ibérico. O resultado deverá ser discutido nas instâncias europeias por um grupo especializado em matérias de eletricidade, no qual a Comissão Europeia participará.

Já se podem retirar as primeiras lições daquilo que o apagão significa para a Europa.

Dan Jorgensen

Comissário Europeu com a pasta da Energia

Já se podem retirar as primeiras lições daquilo que o apagão significa para a Europa“, afere Jorgensen. Nos próximos meses, o comissário espera que se continue a reforçar a segurança energética do bloco de forma “a construir uma verdadeira união energética”.

Além disso, no início do próximo ano, vai ser lançada uma proposta legislativa para rever o enquadramento de segurança de fornecimento. Neste âmbito, deverá refletir-se sobre o papel que a flexibilidade e armazenamento terão no sistema, adiantou, assim como em relação a ameaças físicas e cibernéticas.

Há três áreas nas quais a Comissão Europeia entende que deve focar-se: integração, criando por exemplo um grupo de trabalho que reforce a coordenação; interconexões, que podem ajudar a melhorar a resiliência, prevenindo e respondendo a este tipo de falhas.

Neste campo, “temos de ir mais longe”, defende. E, finalmente, é necessário um foco nos investimentos, para que as redes do século XXI estejam aptas a responder a problemas deste século. “Temos de trabalhar em conjunto para construir uma União Europeia sustentável“, defendeu.

 

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Grupo espanhol Masaveu que é acionista da EDP compra posição de 5% na REN

Empresa controlada por uma das maiores fortunas espanholas, que é o terceiro maior acionista da EDP, adquiriu uma participação de relevo na REN, tornando-se o quinto maior acionista.

A Corporación Masaveu, controlada por uma das famílias mais ricas de Espanha, tornou-se acionista de referência em mais uma empresa do setor da energia nacional. O grupo, que controla 6,82% da EDP, através da Oppidum, adquiriu uma participação de 5,001% do capital da REN, tornando-se assim o quinto maior acionista da empresa portuguesa.

O conglomerado empresarial das Astúrias passou a controlar 33.365.398 ações da REN, representativas de 5,001% do capital e dos direitos de voto da rede elétrica nacional, adianta a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Com este investimento, os Masaveu passam a ser acionistas de referência em duas grandes cotadas da energia: EDP e REN. O grupo é o terceiro maior acionista da EDP, com uma posição de 6,82%, abaixo dos chineses da China Three Gorges (21,4%) e da BlackRock (6,85%).

Já na REN, o grupo espanhol vai assumir a quinta maior participação na capital, atrás da State Grid of China (25%); da Pontegadea Inversiones (12%), da Lazard AM (7,7%) e da Fidelidade (5,3%), de acordo com os dados das participações disponibilizados no site da empresa. Há ainda outra posição de 5% detida pela Redeia Corporación.

Contabilizando as três participações detidas por investidores espanhóis na REN – apenas é obrigatório divulgar posições acima de 5% – , 22% do capital da companhia lusa está nas mãos de espanhóis.

O conglomerado empresarial espanhol detém interesses em várias áreas de atividade, que vão da indústria ao vinho, passando pelo imobiliário, pelos parques de estacionamento e pela arte.

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Mais de 241 mil eleitores já se inscreveram no voto antecipado

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Os distritos com maior número de inscritos são Lisboa (72.904), seguido do Porto (39.220) e Setúbal (20.843).

Cerca de 241 mil eleitores inscreveram-se até às 08:00 desta quarta-feira na modalidade de voto antecipado em mobilidade, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).

Fonte da Administração Eleitoral da SGMAI disse à Lusa que desde domingo 241.138 eleitores inscreveram-se na modalidade de voto antecipado em mobilidade e os distritos com maior número de inscritos são Lisboa (72.904), seguido do Porto (39.220) e Setúbal (20.843).

As inscrições para o voto antecipado em mobilidade para as legislativas de 18 de maio começaram no domingo e terminam na quinta-feira, podendo apenas fazer este registo os eleitores recenseados em Portugal.

Para o fazer, o eleitor tem que comunicar a sua intenção através de meio eletrónico em www.votoantecipado.pt ou por via postal, dirigida à Administração Eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, localizada na Praça do Comércio, Ala Oriental, 1149-015 LISBOA.

No pedido via postal devem constar os seguintes dados: Nome completo; Data de nascimento; Número de identificação civil; Morada; Mesa de voto antecipado em mobilidade onde pretende exercer o direito de voto; Contacto telefónico e sempre que possível endereço de correio eletrónico.

O voto em mobilidade realiza-se no domingo, uma semana antes das eleições, num local escolhido pelo eleitor em qualquer município do continente ou das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, devendo identificar-se e indicar a freguesia onde está recenseado.

Caso o eleitor se inscreva para votar antecipadamente em mobilidade e não consiga fazê-lo, pode votar no dia da eleição na assembleia ou secção de voto onde se encontra recenseados. Mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro podem votar a 18 de maio na eleições legislativas antecipadas.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessora produtora audiovisual Station

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão envolvida na operação foi coordenada pelo sócio fundador Nuno Cerejeira Namora e contou com o apoio dos advogados Zita Xavier Medeiros e Tiago Morais Rocha

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou a produtora audiovisual Station Productions no âmbito de um litígio contratual e de direitos de autor.

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão envolvida na operação foi coordenada pelo sócio fundador Nuno Cerejeira Namora e contou com o apoio da associada sénior Zita Xavier Medeiros e do associados Tiago Morais Rocha.

A Station Productions é uma produtora audiovisual criada em 2015 com sede em Vila Nova de Gaia, responsável por várias curtas-metragens.

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IA é a nova revolução na banca que pode trazer escala e consistência

  • Rita Atalaia
  • 7 Maio 2025

O setor financeiro vai ser um dos mais impactados pela IA, numa viagem que está no início e que representa muitos desafios, como é o caso dos dados, mas também oportunidades de melhorar o serviço.

Depois da digitalização, a inteligência artificial (IA) é a nova revolução no setor financeiro, um dos que será mais afetado por esta mudança. Uma viagem que ainda está no início, mas que será incontornável. A adoção desta tecnologia traz desafios, nomeadamente a nível da gestão e privacidade dos dados, mas muitas oportunidades de escala e de consistência que os humanos não conseguem proporcionar. Conseguem, sim, garantir que a relação com os clientes vai continuar a ser de proximidade.

“A IA é incontornável e vai ser disruptiva”, afirmou Rui Gonçalves, Partner Head of Technology Consulting da KPMG Portugal, na conferência Banking on Change, organizada em Lisboa pelo ECO com a KPMG e a PLMJ. Para todos os setores, mas sobretudo para a banca. “Estamos no início da viagem e claramente esta vai ser uma nova revolução dentro do setor financeiro. O setor tecnológico é o que vai ser mais impactado, o segundo é o setor financeiro. Depois temos outros setores que também vão sofrer uma grande disrupção, como os setores farmacêutico, saúde e educação”, disse Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal. “Há pessoas que acham que é apenas mais um hype. Acho que estamos a viver a revolução em termos de todos os modelos de negócio”, frisou.

O trabalho de integração desta tecnologia está a ser feito nos bancos lá fora, mas também cá dentro. “A generalidade dos bancos com que trabalhamos estão no estágio da experimentação, da sofisticação das plataformas que permitem escalar a utilização de IA”, havendo muitos outros que já estão a tentar “perceber onde é que a IA pode acrescentar eficiência e eficácia” ao negócio, referiu Rui Gonçalves, notando que a “IA poderá promover a resolução de muitos problemas, como qualquer tecnologia nova, mas vai criar outros”. O responsável da KPMG alertou também que “ainda há muitos temas estruturantes para resolver, como é o caso dos dados”, antes de se conseguir alcançar a eficiência prometida por esta revolução.

O desafio dos dados

“A IA é um problema de perceção, conhecimento e ação. Envolve a capacidade de processar dados, todo o tipo de informação que vem dos documentos, dos números, das conversas, e depois tem a capacidade de elaborar sobre a informação e, eventualmente, atuar. A IA está a evoluir para esta parte em que de facto queremos captar os dados dos processos e a atuação. Não estamos lá ainda”, afirmou Manuela Veloso, Head JP Morgan Chase AI Research.

O desafio é grande no setor financeiro, uma vez que a “atividade bancária continua a ser intermediação financeira. Para isto acontecer de forma eficiente, tem de se basear em confiança. Quando estamos a partilhar dados, tem de haver do lado de quem presta o serviço a garantia que esses dados estão a ser partilhados com segurança”, sublinhou, por sua vez, Rui Gonçalves.

Além da questão da privacidade, há o elevado volume de dados mas também de regras. “A indústria financeira é de processamento contínuo. Tem de se estar sempre a responder, a ter a certeza que estamos de acordo com a regulamentação. Os humanos não são muito bons a fazerem isto consistentemente. Portanto, a grande oportunidade da IA é a escala, a robustez e a consistência”, apontou Manuela Veloso, referindo que a “parte difícil da IA é as pessoas financeiras pensarem no que se pode fazer” perante uma revolução que o setor considera representar uma oportunidade.

Reorganizar e criar novas funções

“Há enormes oportunidades em termos de qual é a estratégia do banco, da relação dos bancos com os seus clientes e da alteração de comportamento dos seus clientes. Não acho – ao contrário de muitas pessoas – que seja uma ameaça”, referiu, por outro lado, Pedro Castro e Almeida, considerando que a adoção de IA “pode ajudar a oferecer um serviço completamente diferente aos nossos clientes”.

O banqueiro tem, porém, “dúvidas que haja grande poupança de custos porque para haver a automação tem de haver um investimento enorme em termos de tecnologia e novos perfis”. Esta reorganização de funções já está em curso.

“Tudo o que está relacionado com processos que podem ser automatizados e rotineiros, esses têm vindo a desaparecer. Não estou a falar de pessoas, estou a falar de funções que tendem a desaparecer”, disse o CEO do Santander Portugal. “Depois, há pessoas que eram data scientist ou data analyst e que evoluíram para especialistas em ética digital, designers conversacionais, engenheiros de prompts, que dão instruções aos modelos de IA, auditores de algoritmos. São pessoas que se reinventaram para ter estas novas funções”, continuou, garantindo que, apesar da adoção de IA, a relação de proximidade com os clientes vai continuar a ser uma prioridade e uma ferramenta altamente distintitva dos bancos.

“O que vai sair sobrevalorizado, e que a tecnologia vem trazer, é exatamente a componente humana, da proximidade, da empatia”, disse, garantindo que isto vai permitir melhorar o serviço prestado, ao tornar-se mais rápido e eficiente.

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Marinha Grande investe 3,5 milhões de euros em residência estudantil com 76 camas

Residência de estudantes, que vai nascer em 2026 na antiga albergaria da Marinha Grande, vai custar mais de 3,5 milhões.

Reabilitação da antiga albergaria da Marinha Grande para dar lugar a residência de estudantes.7 maio, 2025

Num investimento superior a 3,5 milhões de euros, a Câmara Municipal da Marinha Grande já avançou com a reabilitação da antiga Albergaria Nobre, que irá dar lugar à primeira residência de estudantes do concelho, com capacidade para 76 camas.

Com um prazo de execução de 300 dias, esta obra na Rua Alexandre Herculano conta com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do programa NextGeneration UE.

O futuro espaço surge para “responder à crescente necessidade de alojamento estudantil no concelho, promovendo a dinamização urbana, a ligação entre a academia e a economia local, e a revitalização do centro da Marinha Grande”, explana o município liderado por Aurélio Ferreira, que se recandidata a um segundo mandato nas próximas eleições autárquicas pelo movimento independente +MpM.

A nova residência estudantil vai criar 50 unidades de alojamento, com um total de 76 camas, distribuídas por quartos individuais, duplos, estúdios e adaptados. Já as zonas comuns abrigam cozinhas, salas de convívio, biblioteca e terraços exteriores.

O programa arquitetónico “valoriza a identidade local, mantendo a fachada original com um acabamento em verde-garrafa e elementos em vidro, evocando a tradição vidreira da cidade”, descreve a autarquia na mesma nota.

O futuro edifício estabelece igualmente uma ligação simbólica com o Pinhal do Rei, através dos materiais e do design escolhidos.

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Início do julgamento da deputada Cristina Rodrigues adiado para depois das legislativas

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

A deputada, agora do Chega, Cristina Rodrigues é acusada de um "crime de dano relativo a programas ou outros dados informático", em coautoria com a ex-funcionária do PAN Sara Fernandes.

O arranque do julgamento da deputada do Chega Cristina Rodrigues, no âmbito do processo em que é acusada pelo “apagão informático” de emails do PAN, foi adiado para 12 de junho, depois das eleições legislativas. O julgamento arranca no dia 12 de junho, pelas 09:30, com declarações das arguidas e a audição de duas testemunhas da acusação.

A decisão foi tomada esta quarta-feira pela juíza, em acordo com as defesas, no processo que corre no Juízo Local Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, em Lisboa. As alegações finais ficaram marcadas para 2 de julho, a última data agendada antes da sentença. Cristina Rodrigues é acusada de um “crime de dano relativo a programas ou outros dados informático”, em coautoria com a ex-funcionária do PAN Sara Fernandes, e de um “crime de acesso ilegítimo” aos ficheiros informáticos do partido.

Em causa neste processo está um “apagão informático” nos emails de dirigentes do PAN em 2020, quando Cristina Rodrigues ainda era deputada do partido, tendo depois passado a deputada não inscrita, quando se desfiliou do PAN, e concorrido depois pelas listas do Chega, nas quais foi eleita, e pelas quais se recandidata, pelo círculo do Porto, nas legislativas de 18 de maio.

No despacho de acusação, de 2022, a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público (MP) classificou como “muito elevada” a “ilicitude da conduta” de Cristina Rodrigues, embora considere não lhe dever ser aplicada pena superior a cinco anos, atendendo a que não tem antecedentes criminais.

No despacho, o Ministério Público considerou que “as arguidas agiram de forma deliberada, livre e consciente, de acordo com um plano previamente traçado, com o objetivo de vedar o acesso ao partido PAN e seus militantes ao conteúdo das mensagens de correio eletrónico” do partido.

“As arguidas removeram da referida caixa de mensagens milhares de mensagens de correio eletrónico dali constantes, o que sabiam não ter autorização para fazer. Visavam as arguidas – e conseguiram – impedir o partido PAN de prosseguir a sua atividade política”, lê-se no despacho. A procuradora Maria José Magalhães determinou, contudo, o arquivamento do crime de “sabotagem informática”, porque apesar de terem eliminado dados, não perturbaram o funcionamento do sistema informático do PAN.

Em novembro de 2021, a Assembleia da República aprovou o levantamento da imunidade parlamentar da então deputada não inscrita Cristina Rodrigues, que se desfiliou do PAN em junho de 2020, para a constituir arguida no processo relativo ao “apagão informático” do PAN.

O PAN tinha apresentado uma queixa-crime “contra desconhecidos” após um “apagão informático” que resultou na eliminação de emails dos seus dirigentes, referindo que o inquérito apurou o alegado envolvimento de Cristina Rodrigues. Na altura da queixa, Cristina Rodrigues negou as “acusações graves e atentatórias da sua honra”, a propósito de um comunicado sobre o processo divulgado pelo PAN.

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Sinttav denuncia empresas que exigem aos trabalhadores que compensem paragem no apagão

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Sinttav defende que "em nenhuma circunstância apagão deve de servir de pretexto para as empresas 'castigarem' os trabalhadores com a obrigação de adicionarem tempo extra ao período normal".

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav) denunciou hoje “o oportunismo” de “algumas empresas” que estão a obrigar os funcionários a compensar com trabalho extraordinário o tempo em que não puderam laborar devido ao apagão.

“Segundo denúncias dos trabalhadores que vão entrando nos serviços do Sinttav, estão a ser notificados para a ‘obrigação’ de compensarem com trabalho extraordinário todo o tempo que, por motivo de falha de energia, estiveram impedidos de laborar”, refere o sindicato em comunicado.

Rejeitando a legitimidade legal desta pretensão, o Sinttav argumenta que “em nenhuma circunstância” o “apagão” deve “servir de pretexto” para as empresas penalizarem os trabalhadores e garante que “tomará as devidas diligências” junto das entidades competentes.

“Naturalmente que, naquelas empresas não equipadas com soluções alternativas, o ‘apagão’ dificultou nalguns casos o pleno funcionamento da sua atividade, mas em nenhuma circunstância deve de servir de pretexto para as empresas ‘castigarem’ os trabalhadores com a obrigação de adicionarem tempo extra e gratuito ao período normal de trabalho“, sustenta.

De acordo com o sindicato, para justificar esta imposição as empresas em causa estão a citar “de forma destorcida” a legislação, “recorrendo erradamente a algumas figuras jurídicas no Código do Trabalho que não se enquadram no contexto do ‘apagão'”.

Contudo, argumenta, o facto é que “não se tratou de uma catástrofe”, nem as empresas entraram “em situação de crise” ou em “situação económica difícil”, pelo que não estão cumpridos os requisitos para aplicação da medida de “encerramento e diminuição temporária de atividade” ou ‘lay-off’, como tem vindo a ser argumentado junto dos trabalhadores. “É, de facto, um oportunismo”, acusa o Sinttav.

Segundo o sindicato, o artigo 197.º do Código do Trabalho “considera tempo de trabalho a interrupção de trabalho por motivos técnicos […] ou falha de energia”, estabelecendo que a violação deste princípio “constitui contraordenação grave, sujeita a punição”.

“Não é admissível que as empresas procurem distorcer o disposto na lei, para tomarem uma atitude de imposição aos trabalhadores em obrigá-los a assumir uma interrupção no trabalho sobre a qual não tiveram nenhuma responsabilidade”, remata.

Em 28 de abril, um corte generalizado no abastecimento elétrico deixou Portugal continental, Espanha e Andorra praticamente sem eletricidade, bem como uma parte do território de França.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou a criação de um comité para investigar as causas deste apagão, que classificou como “excecional e grave” e que deixou Portugal e Espanha às escuras.

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Corticeira Amorim transfere produção de cortiça expandida de Silves para Vendas Novas

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

A "decisão baseou-se unicamente na eficiência operacional, considerando exclusivamente questões de mercado, capacidade instalada versus dimensão do mercado e a localização do montado de sobro".

A Corticeira Amorim vai transferir em junho a unidade de produção de cortiça expandida localizada em Silves para a unidade de Vendas Novas, para assegurar uma “maior competitividade” do negócio, anunciou esta quarta-feira a empresa.

Após uma avaliação das capacidades produtivas existentes em várias unidades industriais da Amorim Cork Solutions, foi decidida a transferência, a partir de 09 de junho, da unidade industrial de Silves para a unidade industrial de Venda Novas (que também produz produtos de isolamento)”, lê-se numa informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Contactada pela agência Lusa, fonte da Corticeira Amorim adiantou que irá propor a “possibilidade de transferência dos 31 colaboradores atualmente em Silves para Vendas Novas”, mas reconheceu que “esta solução poderá não ser viável para todos”, pelo que “está disponível para negociar condições justas de indemnização com os trabalhadores” que optem por não o fazer.

Segundo salientou, a centralização da operação em Vendas Novas “beneficiará da maior proximidade da produção às matérias-primas utilizadas e da concentração dos investimentos necessários à obtenção de maior produtividade e competitividade no relançamento do negócio de cortiça expandida”.

No documento enviado ao mercado, a corticeira refere que “a decisão baseou-se unicamente na eficiência operacional, considerando exclusivamente questões de mercado, capacidade instalada versus dimensão do mercado e a localização do montado de sobro”.

Indica ainda que a transferência acontece no âmbito de “importantes investimentos em novas tecnologias” em curso “com vista ao relançamento do negócio de cortiça expandida”, que, no início deste ano, foi integrado na nova unidade de negócio Amorim Cork Solutions.

 

Esta nova unidade de negócio foi criada para incorporar as atividades de pavimentos e isolamentos da empresa, concentrando as atividades da Amorim Cork Flooring, Amorim Cork Composites e Amorim Cork Insulation, de forma a assegurar “uma gestão mais integrada das operações e potenciará sinergias industriais, comercias e de suporte, fortalecendo o negócio ‘não rolha'”.

No comunicado, o presidente e presidente executivo (CEO) da Corticeira Amorim afirma que a criação da Amorim Cork Solutions “marca uma nova etapa na história da empresa”.

António Rios de Amorim considera que a “melhoria significativa da rentabilidade desta unidade de negócio, já no final de março, evidencia os efeitos de uma gestão mais eficiente das operações e de otimização de ativos existentes, bem como das sinergias decorrentes da partilha de meios e recursos”.

O lucro da Corticeira Amorim aumentou 2,1%, para 16,4 milhões de euros, no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2024, tendo as vendas recuado 2,2% para 229,4 milhões de euros, anunciou também esta quarta-feira a empresa. Num comunicado enviado à CMVM, a corticeira refere que, excluindo o efeito de alteração do perímetro de consolidação decorrente da venda da participação na Timberman Denmark, as vendas teriam subido 1,3%.

(Notícia atualizada às 16h40 com reação da empresa)

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Politécnico da Guarda candidata projeto de 2,5 ME de rádios locais à Comissão Europeia

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

O Instituto Politécnico da Guarda pretende angariar fundos europeus do projeto Newaves, destinado a introduzir inovação e aumentar as audiências das rádios na Europa.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) candidatou à Comissão Europeia a segunda fase do projeto Newaves, no valor de 2,5 milhões de euros, para introduzir inovação e aumentar as audiências das rádios na Europa.

O Newaves é uma parceria entre instituições de ensino superior e 30 rádios de Portugal, Croácia, Macedónia do Norte e Eslováquia, liderada pelo IPG, para criar uma plataforma digital de rádios locais e combater a desinformação.

O projeto permite a comunicadores, jornalistas, alunos e instituições de ensino superior partilharem conhecimento, fazer formação e aumentar a competitividade no setor dos média, principalmente em zonas europeias de baixa densidade populacional e de recursos limitados.

“Com a transição digital, os media dos territórios de baixa densidade populacional estão a enfrentar em toda a Europa inúmeros desafios que têm um impacto significativo na forma como as pessoas se relacionam com as rádios e como consomem os seus conteúdos”, afirmou o presidente do IPG, Joaquim Brigas, numa nota enviada à agência Lusa.

Para o responsável, o Newaves vai contribuir para introduzir inovação, ajudar a aumentar as audiências das rádios na Europa e tornar o setor mais competitivo.

A conferência de encerramento da primeira fase do projeto está a decorrer desde terça-feira em Osijek, na Croácia, onde foram apresentados os resultados dos testes-pilotos já realizados.

Para Joaquim Brigas, “foi muito compensador ouvir dos parceiros internacionais o elogio aos bons resultados deste projeto concebido para criar uma plataforma digital para rádios locais, ajudando-as a compartilhar conteúdos, a combater notícias falsas e desinformação e a tornarem-se mais sustentáveis”.

“A navegação na plataforma foi considerada ‘fácil’ (38%) ou ‘muito fácil’ (62%) por quem a utiliza, obtendo a sua usabilidade geral a classificação de ‘satisfatória’ (63%) ou ‘muito satisfatória’ (37%)”, adiantou o Politécnico.

Já os utentes e profissionais entrevistados “expressaram a vontade de continuar a usar a plataforma e disseram que a recomendariam a outras rádios”.

“Um bom indicador do sucesso desta primeira fase do projeto é o facto de outras universidades da Espanha, Suécia, Roménia e Itália se terem juntado a nós na candidatura apresentada a Bruxelas para uma segunda fase”, acrescentou Brigas.

Com um financiamento de 2,5 milhões de euros, a segunda fase do projeto designa-se Newaves+ e contemplará mais recursos de Inteligência Artificial, de marketing, de recursos humanos e de novos modelos de negócios.

Além da plataforma colaborativa e dos cursos gratuitos de ‘e-learning’ já implementados, vão agora ser partilhados conteúdos radiofónicos locais e regionais, de forma a tornar o jornalismo “mais cooperativo entre as rádios aderentes, mais sustentável e mais resiliente”, realçou o Politécnico da Guarda.

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+M

Bruxelas leva Portugal a tribunal por não aplicar totalmente lei de serviços digitais

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

O executivo comunitário intentou uma ação junto do Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) contra Portugal, República Checa, Espanha, Chipre e Polónia.

A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira ter levado Portugal ao Tribunal de Justiça da União Europeia por não aplicar na totalidade a nova Lei dos Serviços Digitais, dado que não conferiu poderes supervisores nem definiu regras sobre sanções.

No âmbito do pacote de infrações do mês de maio, divulgado, o executivo comunitário anunciou ter intentado uma ação junto do Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) contra Portugal, República Checa, Espanha, Chipre e Polónia “devido à falta de aplicação efetiva da Lei dos Serviços Digitais”.

Em concreto, “por não terem designado e/ou habilitado um coordenador nacional dos serviços digitais ao abrigo do ato legislativo sobre os serviços digitais”.

A Lei dos Serviços Digitais da UE, adotada em 2022, visa criar um ambiente ‘online’ mais seguro e transparente, estabelecendo regras mais rigorosas para grandes plataformas digitais que operam no espaço comunitário, como as redes sociais Instagram, Facebook e TikTok.

A nova legislação obriga à remoção de conteúdos ilegais e nocivos por parte destas plataformas.

No âmbito desta nova lei, os Estados-membros da UE tinham até 17 de fevereiro para designar um coordenador nacional com a tarefa de garantir uma supervisão e aplicação eficazes das regras. Apesar de Portugal o ter feito, não lhe “conferiu os poderes necessários para desempenharem as suas funções”.

A Lei dos Serviços Digitais prevê ainda que os Estados-membros estabeleçam regras relativas às sanções aplicáveis às infrações a esse regulamento, o que Portugal não fez.

Ainda hoje, no âmbito do pacote de maio, a Comissão Europeia decidiu enviar um parecer fundamentado a Portugal e outros 18 Estados-membros (Bulgária, Chéquia, Dinamarca, Alemanha, Estónia, Irlanda, Espanha, França, Chipre, Letónia, Luxemburgo, Hungria, Países Baixos, Áustria, Polónia, Eslovénia, Finlândia e Suécia) por não terem notificado a transposição integral da diretiva relativa à cibersegurança.

Estes países têm agora dois meses para responder ao executivo comunitário, podendo avançar depois para tribunal.

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