Tribunal de Paris pede cinco anos de prisão para Marine Le Pen

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

"O objetivo do Ministério Público é privar os franceses da possibilidade de votarem em quem querem" e "arruinar o partido", disse a líder da extrema-direita à saída da audiência.

O Ministério Público francês pediu esta quarta-feira cinco anos de prisão e uma pena de inelegibilidade em futuras eleições contra os arguidos do processo de assistentes parlamentares fictícios da extrema-direita, incluindo a sua líder Marine Le Pen.

Tal sentença “interditaria os arguidos de se candidatarem a futuras eleições locais ou nacionais”, afirmou o procurador perante Marine Le Pen, que poderá ficar impedida de se candidatar pela terceira vez às presidenciais francesas previstas de 2027, após o suposto desvio de fundos do Parlamento Europeu (PE) pelo seu partido União Nacional (RN, sigla em francês).

Le Pen já criticou a “violência” e o “ultraje” das acusações. “Penso que o objetivo do Ministério Público é privar os franceses da possibilidade de votarem em quem querem” e “arruinar o partido”, disse a líder da extrema-direita à saída da audiência.

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Pelo menos duas listas candidatas à direção da Casa do Douro

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

Rui Paredes, presidente da Federação Renovação do Douro, e Sérgio Soares, produtor de vinho, submeterem as respetivas candidaturas à direção da Casa do Douro.

As eleições para a direção da Casa do Douro, marcadas para 22 de dezembro, poderão vir a ser disputadas por Rui Paredes e Sérgio Soares, que confirmaram à Lusa que submeterem as respetivas candidaturas na terça-feira. As eleições para a direção e Conselho Regional da Casa do Douro, reinstituída como associação pública de inscrição obrigatória, estavam inicialmente previstas para 19 de dezembro e foram reagendadas para o dia 21 de dezembro.

O prazo para a submissão de listas à direção e conselho terminou na terça-feira. O processo está a ser coordenado pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) que, contactado pela agência Lusa, apenas disse ter recebido documentos de candidatura à direção e ao conselho, que terá agora que validar e publicitar até à próxima segunda-feira.

Rui Paredes, 57 anos, é presidente da Federação Renovação do Douro, vice-presidente do conselho interprofissional do IVDP e diretor da Adega Cooperativa de Favaios. Como o nosso slogan diz somos ‘Douro Unido’ e o que nós não queremos é divisões”, afirmou, enaltecendo o facto de haver mais do que uma lista apresentada a este que é o primeiro ato eleitoral depois da restauração da Casa do Douro como associação pública.

Sérgio Soares, produtor de vinho de 47 anos, confirmou também ter submetido uma candidatura à direção da Casa do Douro. “Fui escolhido porque acharam que podia ser o rosto dos pequenos e médios produtores no Douro. Eu acho que a Casa do Douro pode ser um elo de ligação entre os setores intervenientes na região, o que pode levar a uma melhoria significativa da uva e da venda da uva e os viticultores terem um maior rendimento”, salientou.

O parlamento aprovou em janeiro a restauração da Casa do Douro como associação pública de inscrição obrigatória, com os votos a favor do PS, PCP, BE e do então deputado social-democrata Artur Soveral de Andrade. O diploma que restaura a Casa do Douro determinou a entrega da sede à nova entidade e a realização de eleições 240 dias após a entrada em vigor da nova lei, cuja publicação aconteceu a 28 de fevereiro em Diário da República.

A direção da instituição vai ser eleita por sufrágio direto, pelo universo dos associados singulares, numa eleição que decorre em simultâneo com a do conselho regional, órgão perante o qual tomará, depois, posse. O mandato dos órgãos da Casa do Douro é de três anos e a direção vai ser composta por um presidente e dois vogais.

Com sede instalada no Peso da Régua, distrito de Vila Real, a Casa do Douro foi criada em 1932 para defender os viticultores e a viticultura duriense e viu alterados os seus estatutos para associação com gestão privada e inscrição facultativa em 2014, durante o Governo PSD/CDS-PP de Pedro Passos Coelho.

Em 2020, entrou em vigor a lei que a reinstitucionalizou como associação pública e inscrição obrigatória e chegaram a ser marcadas eleições, mas, em 2021, o Tribunal Constitucional apontou inconstitucionalidades à lei, nomeadamente, uma insuficiência na definição de competências de natureza pública.

O processo regressou ao parlamento em 2023 e, a nova lei, aprovada em janeiro, procedeu à restauração da Casa do Douro enquanto associação pública de inscrição obrigatória. Até à realização de eleições e início de funções dos novos órgãos, a gestão corrente do edifício-sede da Casa do Douro mantém-se a cargo da Federação Renovação do Douro.

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Depois do Senado, Partido Republicano conquista maioria na Câmara dos Representantes

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Novembro 2024

A câmara baixa do Congresso norte-americano mantém-se em mãos republicanas, o que, a par com o controlo do Senado, dá amplos poderes a Trump para implementar a sua agenda a partir da Casa Branca.

Depois de ter vencido a corrida à Casa Branca e recuperado o controlo do Senado, o Partido Republicano conseguiu também manter a maioria dos 435 lugares da Câmara dos Representantes, avança a imprensa norte-americana.

A contagem dos votos ainda decorre em alguns estados, mas o Grand Old Party (GOP) – como também é conhecido o Partido Republicano – já tem pelo menos 218 deputados na câmara baixa do Congresso norte-americano, com 435 assentos, segundo uma projeção da Edison Research citada pela Reuters. A projeção da CNN também dá a vitória aos republicanos, bem como a da CBS News, que aponta para pelo menos 211 assentos para os democratas, embora ainda haja lugares por atribuir.

No Senado, em que só um terço dos lugares foi a votos, ainda está em disputa um assento. Porém, a derrota do Partido Democrata na Virgínia Ocidental e no Ohio permitiu aos republicanos recuperar o controlo da câmara alta, que tinham perdido em 2020, garantindo pelo menos 52 dos 100 lugares.

O controlo das duas câmaras do Congresso deixa Donald Trump, eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, mais próximo de poder implementar a sua agenda, além de poder ampliar a maioria conservadora de juízes do Supremo Tribunal de Justiça se alguma das três juízas nomeadas por democratas se aposentar durante o seu mandato presidencial – a mais velha, Sonia Sotomayor, tem 70 anos.

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Mais de 100 deputados alemães pedem proibição do partido de extrema-direita AfD

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

Os deputados pediram ao Tribunal Constitucional alemão que se pronuncie o mais rapidamente possível sobre a eventual violação da Constituição por parte da AfD.

Mais de uma centena de deputados do parlamento alemão (Bundestag) solicitaram esta quarta-feira a proibição do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), um pedido que surge a poucos meses das eleições antecipadas previstas para 23 de fevereiro. A petição, apresentada num momento em que as sondagens mostram um aumento do apoio ao partido nas intenções de voto, foi redigida pelo deputado conservador Marco Wanderwitz, da União Democrata-Cristã da Alemanha (CDU).

Wanderwitz disse ter o apoio de 113 deputados de vários grupos políticos na Câmara Baixa do Parlamento, com um total de 733 lugares. Os deputados pediram ao Tribunal Constitucional alemão que se pronuncie o mais rapidamente possível sobre a eventual violação do artigo 21.º da Constituição por parte da AfD e a consequente ameaça à democracia no país.

Para isso, no entanto, é necessário provar que o partido está a agir de forma “agressiva” e em claro contraste com a Constituição, ainda que os serviços secretos alemães suspeitem de que o partido pratica atividades de extrema-direita. O parlamento alemão tem o poder de recorrer aos tribunais e pedir a proibição de movimentos políticos. Os deputados signatários estão a pedir uma resolução para proibir o partido, embora ainda não seja claro, nesta fase, se a moção irá receber uma maioria de votos favoráveis.

Os principais partidos alemães acordaram na terça-feira que as próximas eleições legislativas terão lugar a 23 de fevereiro, um compromisso entre o calendário inicial proposto pelo chanceler, o social-democrata Olaf Scholz, e a data antecipada exigida pelo principal líder da oposição, o conservador Friedrich Merz. Antes das eleições, Scholz submete-se a uma moção de confiança no parlamento federal em 16 de dezembro.

As eleições antecipadas realizam-se depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner (do Partido Liberal, FDP), que precipitou o fim da coligação governamental no poder na Alemanha. Inicialmente, o chanceler alemão pretendia convocar uma moção de confiança para 15 de janeiro, o que levaria a Alemanha a votos no final de março, apenas seis meses antes do previsto, mas, depois da pressão de outros partidos e da opinião pública, mostrou mais flexibilidade.

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, já aprovou, na terça-feira, o calendário para as eleições legislativas antecipadas na Alemanha acordado pelos principais partidos, considerando o dia 23 de fevereiro uma data “realista” para o escrutínio. Após a saída dos liberais e até às eleições antecipadas, Scholz liderará um Governo minoritário formado pelo seu partido, o SPD, e pelos Verdes.

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Neve fecha estradas na Serra da Estrela

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

Desde as 16:00 que já não se circula nas ligações Piornos-Torre, Torre-Torre, Torre-Lagoa Comprida, Portela de Arão-Lagoa Comprida e Lagoa Comprida-Sabugueiro.

Vários troços da Estrada Nacional (EN) 339, que atravessa o maciço central da Serra da Estrela, estão encerrados ao trânsito devido à queda de neve.

Desde as 16:00 desta quarta-feira que já não se circula nas ligações Piornos-Torre, Torre-Torre, Torre-Lagoa Comprida, Portela de Arão-Lagoa Comprida e Lagoa Comprida-Sabugueiro, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

De acordo ainda com o Comando Sub-regional das Beiras e Serra da Estrela, mais tarde foi também encerrada a circulação entre Manteigas e os Piornos, na EN338.

A neve continua a cair com intensidade no maciço central da Serra da Estrela, onde os veículos do Centro de Limpeza de Neve já foram acionados, acrescentou.

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Lucro da Sonae cresce 11% para 149 milhões até setembro

A empresa da Maia fechou os primeiros nove meses do ano com vendas de sete mil milhões de euros, impulsionadas pelo retalho e pela integração da nórdica Musti e da Druni.

O resultado líquido da Sonae subiu 10,6% para 149 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, impulsionados pela “robusta performance operacional dos negócios, os fortes investimentos realizados e o crescente reforço da internacionalização“. Já o volume de negócios aumentou 15,4%, para sete mil milhões de euros, ajudado pelo “desempenho sólido dos negócios de retalho e pela inclusão da Musti e da Druni no portefólio”.

Já o EBITDA consolidado cresceu 21,7%, para 706 milhões de euros, beneficiando pela evolução do negócio do retalho e de telecomunicações, e da integração dos novos negócios – a MC concluiu a operação para a combinação da Druni e da Arenal no terceiro trimestre.

“A Sonae continua a demonstrar um crescimento robusto em todos os negócios do grupo. Fortalecemos as nossas posições competitivas nos principais mercados em que atuamos, acelerando a nossa evolução digital e fazendo progressos constantes nos nossos compromissos ESG”, adianta Cláudia Azevedo, numa mensagem na apresentação de resultados.

A líder da empresa realçou que a “MC apresentou um desempenho impressionante neste trimestre. No retalho alimentar, o Continente continuou a reforçar a sua quota de mercado, um sinal claro da atratividade da sua proposta de valor para os consumidores portugueses num mercado muito competitivo”.

Já no segmento de saúde, beleza e bem-estar, Cláudia Azevedo destaca que “este é o primeiro trimestre em que o contributo da Druni se reflete totalmente nos nossos resultados, uma aquisição que representa um marco importante no atingimento de uma posição de liderança num mercado em crescimento.”

A Worten, diz a gestora, “continua a ganhar quota de mercado em Portugal, registando um forte desempenho nas categorias de eletrónica e eletrodomésticos, complementado por progressos notáveis na sua oferta de serviços de reparação, com a iServices a expandir a sua presença em França e na Bélgica”.

Ainda no campo das aquisições, a CEO do grupo diz que a Musti, cuja aquisição foi concluída este ano, a empresa “continuou a aumentar a sua quota de mercado nos países nórdicos e chegou a acordo para adquirir a Pet City nos países Bálticos, um primeiro passo na expansão para novas geografias e no posicionamento da empresa como uma plataforma de crescimento no dinâmico setor de cuidados para animais de estimação.”

No retalho alimentar, a MC registou um volume de negócios de 5.384 milhões de euros até setembro, um resultado impulsionado pela transação da Druni, cuja integração com a Arenal posicionou a “MC como líder do mercado ibérico no segmento de saúde, beleza e bem-estar e reforçando a sua estratégia de crescimento a longo prazo em Portugal e Espanha.”

Já a Worten registou um volume de negócios de 942 milhões de euros, um aumento de 7% em termos homólogos. Nos cuidados para animais, a “Musti reportou que, no período de 1 de julho a 30 de setembro, as vendas cresceram 1%, alcançando 112 milhões”.

O investimento realizado pela empresa nos últimos 12 meses superou os 1,6 mil milhões de euros, com uma grande fatia deste valor destinado a aquisições: 1.071 milhões de euros.

A empresa tem vindo a reforçar a aposta na internacionalização através da aquisição da Musti, da Arenal/Druni e da BCF Life Sciences, tendo ainda investido, em Portugal, na expansão e remodelação do parque de lojas da MC.

“Olhando para o futuro, continuo confiante na nossa capacidade de manter esta trajetória de crescimento e de exceder os nossos objetivos”, refere a CEO Cláudia Azevedo.

“Dispomos dos recursos certos e temos equipas talentosas e dedicadas, comprometidas em criar valor a longo prazo sem nunca esquecer as nossas responsabilidades para com o planeta e a sociedade. Com este ímpeto, acredito firmemente que o resto do ano trará novas conquistas e um impacto positivo para todos os nossos stakeholders“, remata a líder do grupo.

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Distribuidor do Norte acusa Danone de abuso de direito e pede indemnização de 5,5 milhões

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

A Gresfresco acusa a Danone de utilizar a sua posição de poder ou ascendente sobre a empresa para impor rotas, preços e investimentos, o que a multinacional contesta.

Um distribuidor de produtos alimentares, sedeado em Alfena, no distrito do Porto, reclama, em tribunal, uma indemnização de 5,5 milhões de euros à Danone, que acusa de abuso de direito e de dependência económica, alegando “favorecimento” às grandes superfícies.

No processo a que a Lusa teve acesso esta quarta-feira, e cujo julgamento se iniciou esta tarde no Tribunal Judicial da Comarca do Porto, o distribuidor local, atualmente designado por Gresfrescos, Lda, acusa a ré – a Danone – de utilizar a sua posição de poder ou ascendente sobre a empresa para impor rotas, preços e investimentos, o que a multinacional contesta.

“Esta denúncia vem expor uma situação de poder ou ascendente que a Ré detém em relação à autora que se encontra em relação a ele num estado de dependência, por não dispor de alternativa equivalente para fornecimento dos bens em causa no contrato, o que configura abuso de dependência económica”, lê-se na petição inicial.

Segundo a autora, em 1990, a Danone estabeleceu consigo um acordo verbal, no qual esta passava a adquirir os iogurtes à Ré para revenda no mercado em parte dos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo, em regime de exclusividade, factos que foram hoje confirmados pelas duas testemunhas arroladas pela acusação.

Em troca, refere a autora na ação, “a empresa auferia uma remuneração que consistia numa comissão sobre o valor das vendas, sendo que na área de influência da Autora, até 2010, nenhuma outra empresa assegurava com preços mais favoráveis que a Autora a compra e revenda dos produtos da marca Danone”.

Esta quarta, ao tribunal, os dois ex-funcionários da Gesfrescos chamados a depor afirmaram que esta empresa atuava como um distribuidor local, designação que foi atribuída pela Danone, vendendo, faturando e entregando produtos aos clientes por si angariados, contrariando a tese da defesa que alega que a empresa sediada em Alfena era apenas “responsável pela operação logística subjacente à entrega dos produtos” e não a sua venda.

A partir de 2011, a Danone, alega o distribuidor, começou a incumprir o contrato que mantinha, excluindo, mesmo na área de atuação do distribuidor, “as grandes superfícies comerciais e os mais relevantes – como a Sonae, Jerónimo Martins entre outros– Cash & Carry, tudo entidades que a Autora já fornecia”.

Condição que a empresa, alega a autora, foi “obrigada a aceitar” tendo em conta “o ascendente económico da Danone, e o elevado grau de dependência”. Contudo, “nunca aceitou” que a multinacional “passasse a praticar preços mais baixos nos produtos que vendia junto dessas grandes superfícies comerciais, do que aqueles que fixava para a Autora” e que conduziram, entre os anos de 2010 e 2012, a uma redução média das vendas na ordem dos 15%.

Esta situação, alega ainda, manteve-se nos anos seguintes, traduzindo-se, em 2018, numa quebra de 47,5% quando comparado com o ano de 2010. A conduta da Ré causou um prejuízo direto de cerca de 4,3 milhões de euros, lê-se na petição inicial. “As vendas começaram a descer, depois de a Danone passar a vender diretamente aos supermercados grandes, como o minipreço ou Pingo Doce”, indicou um ex-chefe de armazém da Gesfresco, questionado pelo advogado de acusação.

A testemunha disse em tribunal que esta decisão prejudicou o distribuidor que teve de dispensar trabalhadores. Na ação, o distribuidor pede ainda ao tribunal que condene a Danone ao pagamento de cerca de 340 mil euros por “pré-aviso em falta” referente ao fim do contrato, 856 mil euros por indemnização de clientela e 50 mil euros por danos de imagem, totalizando, quando somados os 4,3 ME por incumprimento do contrato, um valor na ordem dos 5,5 ME.

Na contestação, a Danone defende que “ao contrário do alegado pela Autora, a cessação do contrato [em 02 de maio de 2021] não foi abrupta ou inesperada”, tendo sido comunicada por carta a 02 de novembro de 2020, com seis meses de antecedência. Segundo a defesa, a relação das partes foi-se “deteriorando consecutivamente, sobretudo devido à insistência reiterada e permanente da Autora de que a Ré estava a incumprir o contrato”, o que, defendem, “não tem qualquer cabimento legal e/ou factual”.

A Danone sublinha ainda que desde 2015 que é apenas uma parte da operação da Gesfrescos que “está a trabalhar com Lactogal Produtos Alimentares, S.A., empresa “pelo menos parcialmente concorrente da Ré e que é líder em quota do mercado na zona Norte”. A multinacional recusa ainda ter vinculado “quer oralmente quer por escrito, a fixar-lhe os melhores preços de venda dos seus produtos no mercado nacional, e sublinha que a autora apenas “recebe e entrega [os produtos] aos clientes da Danone, a quem esta define preços e condições”, argumento contestado pela autora.

Explica ainda que foram as cadeias de distribuição como a Sonae, Auchan, Jerónimo Martins, entre outros, que requereram à Danone que esta passasse a entregar os seus produtos num ponto de entrega único a nível nacional.

 

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APS lança livro para jovens sobre igualdade de género

  • ECO Seguros
  • 13 Novembro 2024

Essencialmente dedicado ao público infanto-juvenil, a obra explora importantes questões como o que realmente significa igualdade de género e quais aspetos podem ser alcançados de forma efetiva.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) apresentou na passada quinta-feira o livro “Mulheres e homens. Igualdade ou desigualdade?”, da autoria das escritoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.

A APS lança novo livro de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, focado na sensibilização dos mais jovens para a igualdade de género.

Segundo comunicado pela APS, esta obra, que faz parte da coleção “Seguros e Cidadania”, tem como objetivo educar o público infanto-juvenil sobre a igualdade de género.

O livro aborda a evolução histórica da igualdade entre homens e mulheres e também as suas implicações nos seguros. “Explora de forma lúdica a temática da igualdade de género, através de um conjunto de narrativas e informações que dão a conhecer episódios e protagonistas de uma longa história, transversal à evolução da sociedade, como aliás a própria história dos seguros”, lê-se no comunicado.

Essencialmente dedicado ao público infanto-juvenil, a obra explora importantes questões como o que realmente significa igualdade de género e quais aspetos podem ser alcançados de forma efetiva. Com um enfoque acessível, as autoras pretendem informar os jovens leitores, promovendo uma compreensão crítica do tema e incentivando a formação de uma sociedade mais justa e equitativa.

O lançamento do livro teve lugar no Liceu Camões, em Lisboa, e contou com a presença das autoras, que interagiram com os alunos numa conversa sobre a temática da obra. A cantautora Ana Bacalhau também participou com a sua abordagem musical e artística.

“Mulheres e homens. Igualdade ou desigualdade?” está disponível na plataforma O risco espreita, desenvolvida em parceria com o SAPO, e no site da APS, onde é possível aceder outros volumes da coleção “Seguros e Cidadania”. .

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Há 20 seguradoras entre as melhores multinacionais para mulheres

  • ECO Seguros
  • 13 Novembro 2024

Fazem parte do ranking 400 multinacionais e entre as melhores seguradoras em termos de igualdade de género, meia dúzia operam em Portugal.

O Grupo Generali, CNP Assurance e o Grupo Axa são as três primeiras seguradoras autorizadas a operar em Portugal que contam no ranking da Forbes “As melhores empresas do mundo para as mulheres” na 9.ª, 44.ª e 71.ª posição, respetivamente.

De seguida, surge a Allianz (no 110.º lugar), MetLife (203.º), Helvetia Holding (223.º), UnitedHealth Group (238.º), Liberty Mutual (283.º), Swiss Re (284.º) Aviva (321.º), Aegon (326), Uniqa Group (340.º) no ranking ordena as multinacionais que lideram na aceleração progresso de alcance da igualdade entre homens e mulheres.

Quanto às seguradoras que não operam em território nacional, destaque para a MAIF que ocupa a 2.ª posição do ranking. Seguem a Amica Mutual Insurance (82.º), Progressive (151.º), Sompo Japan Nipponkoa Insurance (216), Allstate (225.º), Intact Financial (230.º), Power Crop of Canada (256.º).

Para chegarem a estes dados, a Forbes e a empresa de pesquisa de mercado Statista realizaram um inquérito a mais de 100.000 mulheres que trabalharam em multinacionais, distribuídas por mais de 37 países. Para serem consideradas, cada grupo empresarial tinha de operar em pelo menos duas das seis regiões continentais do mundo (África, Ásia, América Latina e Caraíbas, América do Norte e Oceânia). Os inquéritos foram recolhidos através de painéis de acesso anónimo, permitindo aos participantes responder livremente.

As inquiridas responderam se recomendariam o empregador a amigos ou família e avaliaram a empresa quanto às suas políticas de trabalho e problemas relacionados especificamente com questões de género (como a resposta das equipas de gestão às preocupações com discriminação de mulheres e se homens e mulheres têm as mesmas oportunidades para subir na carreira, por exemplo). Outra categoria “pontuação da opinião pública” baseou-se na perceção das mulheres relativamente à relação das companhias com questões de género. Por fim, as empresas elegíveis foram avaliadas quanto à percentagem de mulheres em posições de liderança.

Os dados foram agregados com aqueles recolhidos nos últimos três anos, dando mais peso aos atuais. A pontuação da marca do empregador foi responsável por 50% da pontuação de cada empresa; a pontuação da opinião pública representou 30%; e a pontuação da liderança 15%.

Após reunidos os dados, fazem parte do ranking 400 empresas com pontuações mais elevadas.

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“Estamos a trabalhar para criar uma solução pan-europeia de pagamentos”

  • BRANDS' ECO
  • 13 Novembro 2024

A espanhola Bizum, que integra o projeto de interoperabilidade entre Portugal, Espanha e Itália, quer que as transferências instantâneas sejam uma realidade generalizada na Europa.

Foi esta manhã concretizada a primeira transferência instantânea entre as aplicações MB WAY, Bizum (Espanha) e Bancomat (Itália) perante uma plateia preenchida num dos palcos da Web Summit Lisboa. A iniciativa, que pode conhecer em detalhe no ECO, é a primeira a garantir interoperabilidade entre sistemas de pagamentos na Europa e algo que os operadores querem expandir a todos os mercados da Zona Euro. “O que nos une são os pagamentos digitais. A possibilidade de nos podermos identificar num serviço digital com o número de telefone é essencial”, assinalou Fernando Ferrer.

O responsável por desenvolvimento de negócio na Bizum identifica a integração de cada vez mais casos de uso como uma prioridade para a empresa, que confirma estar a trabalhar no lançamento, já no próximo ano, de uma carteira digital semelhante às da Apple ou Google. “O objetivo é que o mercado bancário possa ser competitivo nesta área”, sublinhou.

Sobre a iniciativa euroPA – European Payments Alliance, apresentada esta manhã, Fernando Ferrer diz querer que os utilizadores da Bizum “saibam que podem usar os nossos serviços quando estão a viajar” e isso implica um trabalho complexo em várias áreas. “Estamos a trabalhar em diferentes frentes, desde o legal ao operacional, desenvolvimento técnico e de negócio, para criar uma solução pan-europeia de pagamentos”, detalhou o responsável.

Ferrer não tem dúvidas de que este será o futuro dos pagamentos digitais e transferências imediatas no contexto europeu, esperando que “mais iniciativas se juntem a este projeto para podermos ter impacto local e global”. Prevê-se que o serviço de interoperabilidade das três soluções digitais esteja disponível em 2025, sendo esperada uma expansão pelo restante território comunitário.

Continue a acompanhar no ECO a atividade e presença da SIBS na Web Summit Lisboa 2024.

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Una reúne 250 agentes e aponta para expansão com 100 agências em 2025

  • ECO Seguros
  • 13 Novembro 2024

O objetivo do encontro era "consolidar a confiança e o orgulho em pertencer à equipa Una Seguros", bem como fazer o balanço de 2024 e apontar o rumo para o próximo ano.

A UNA reuniu agentes com o grupo “mais próximo” desses profissionais: José Almaça, vice-presidente, Eurico Amaral, diretor de IT, Nuno David, CEO, Eduardo Dias, CTO, Nuno Catarino, CCO, Kevin Qiao, COO, Tiago Gomes, Diretor Comercial, Luís Carvalho, Diretor de Sinistros e Teresa Mendonça, Diretora de Marketing Estratégico.

O encontro anual das equipas da Una Seguros reuniu cerca de 250 agentes de todo o país num só lugar. Segundo comunicado pela seguradora, a 25.ª Convenção de Agentes da Una focou-se em reforçar “dois valores centrais da seguradora: proximidade e confiança”.

“Proximidade e Confiança são valores essenciais para o sucesso da empresa e para a qualidade das relações com os agentes. Foi nesse sentido que se estruturou o programa do evento, que incluiu a participação inspiradora de Tiago Forjaz, Coach Executivo, Facilitador de Transformação e Consultor de Desenvolvimento de Liderança.”, afirmou Nuno Catarino, administrador comercial da Una.

“Na sua palestra sobre confiança, Tiago Forjaz destacou o papel crucial que este valor tem na construção de relações duradouras e produtivas – um princípio que está no centro da nossa cultura organizacional”, acrescentou.

Ao longo do evento, fez-se ainda o balanço dos resultados da Una este ano e os seus objetivos para 2025. Este ano abriram 11 novas agências atingindo 72 a operar em território nacional e tem o objetivo que chegar às 100 no próximo ano, garantiu também a a sua estratégia passa pelo apoio do desporto nacional

De acordo com a seguradora, dois terços dos participantes estiveram pela primeira vez na conferência, “o que reflete o crescimento e evolução da rede”.

O diretor comercial da Una refere que o objetivo do encontro era “consolidar a confiança e o orgulho em pertencer à equipa Una Seguros”, meta que assinala ter sido alcançada. “A avaliação média de satisfação dos participantes foi de 4,5 e a elevada partilha de conteúdos ao longo do evento espelha o orgulho e a confiança dos agentes na companhia”, refere.

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Ministra da Saúde compromete-se a incluir enfermeiros do Amadora-Sintra nos aumentos salarias

  • Lusa
  • 13 Novembro 2024

"Temos de encontrar um processo que seja juridicamente adequado para que não fiquem prejudicados", afirmou Ana Paula Martins, após uma visita ao hospital Amadora-Sintra.

A ministra da Saúde comprometeu-se esta quarta-feira a encontrar uma solução jurídica, o mais rapidamente possível, para que os enfermeiros do Hospital Fernando Fonseca beneficiem dos aumentos salariais aplicados aos restantes colegas do Serviço Nacional de Saúde. “Temos de encontrar um processo que seja juridicamente adequado para que não fiquem prejudicados”, afirmou Ana Paula Martins, após ter visitado o Hospital Fernando Fonseca (HFF), que está integrado na Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra.

Os enfermeiros dessa ULS não foram abrangidos pelo acordo assinado em setembro entre o Ministério da Saúde e uma plataforma de cinco sindicatos e que prevê um aumento salarial de cerca de 20% até 2027 (300 euros), que começará a ser pago este mês. Isto porque o HFF, apesar de estar há vários anos integrado no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e com gestão pública, mantém em vigor o Acordo de Empresa assinado na altura em que funcionava no regime de Parceira Público-Privada (PPP).

Depois de salientar que a reunião com os enfermeiros “foi muito positiva”, Ana Paula Martins adiantou que “foi assumido o compromisso” de tudo fazer para, o mais rapidamente possível, “encontrar uma solução” para esta situação. Recentemente, a ULS Amadora-Sintra anunciou que está a trabalhar com a tutela para encontrar uma solução que garanta aos seus enfermeiros condições salariais iguais aos restantes enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“O conselho de administração está a trabalhar em articulação com a tutela, tendo também já agendadas reuniões com as estruturas sindicais, de modo a encontrar uma solução que procure salvaguardar os direitos dos enfermeiros (…) e garanta a igualdade com os restantes enfermeiros do SNS”, referiu a ULS.

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