CS’Associados assessorou o Groupe BPCE no processo de aquisição do Novo Banco

A CS’Associados assessorou o Groupe BPCE na celebração do Memorando de Entendimento para a aquisição do Novo Banco, atualmente detido pela Lone Star Funds.

A CS’Associados assessorou o Groupe BPCE no processo de aquisição do Novo Banco, em conjunto com a sociedade de advogados francesa Darrois Villey Maillot Brochier.

A CS’Associados assessorou o Groupe BPCE na celebração do Memorando de Entendimento para a aquisição do Novo Banco, atualmente detido pela Lone Star Funds.

A transação, que representa um montante que ascende a aproximadamente 6,4 mil milhões de euros (para 100% do capital social), constitui a maior aquisição bancária transfronteiriça na zona euro em mais de 10 anos e uma das maiores transações de aquisição realizadas em Portugal.

A equipa da CS’Associados foi liderada pelo sócio David Oliveira Festas e integrou advogados de diversas áreas, incluindo os sócios Maria Castelos, Bernardo Abreu Mota, António Rocha Mendes, António Rocha Alves, André Salgado Matos, bem como vários associados, incluindo Francisco Albuquerque Reis e Maria Almeida Garrett.

O Groupe BPCE, o segundo maior banco francês e o quarto maior europeu, confirmou em comunicado que “a transação, representando um montante de aproximadamente (para 100% do capital) e um múltiplo de cerca de nove vezes os ganhos anuais, é a maior aquisição transnacional na zona euro em mais de 10 anos“.

“O Novo Banco, S.A. («novobanco» ou o «Banco») anuncia que o seu acionista maioritário, a Nani Holdings S.à r.l. («Nani Holdings»), assinou um Memorando de Entendimento para a venda do novobanco à BPCE, por um valor em dinheiro a pagar no momento do fecho da transação, que avalia 100% do capital social em cerca de 6,4 mil milhões de euros no final de 2025“, informou, em comunicado publicado no site da CMVM.

O BPCE adiantou que está “em conversações com o Governo português e o Fundo de Resolução Bancária com vista à aquisição das suas participações no Novobanco (11,5% e 13,5%, respetivamente), em condições idênticas”. Algo que já foi, entretanto, confirmado pelo Ministério das Finanças.

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Israel diz que Irão ultrapassou “linhas vermelhas” ao atacar centros urbanos

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Ministro da Defesa israelita disse que o país continuará a "defender os cidadãos de Israel e a assegurar que o regime dos 'ayatollah' pague um preço muito elevado pelas suas ações hediondas".

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, advertiu o Irão que ultrapassou as “linhas vermelhas” ao disparar mísseis contra centros urbanos esta sexta à noite, após um ataque de Israel contra o Irão durante a madrugada.

“O Irão ultrapassou as linhas vermelhas ao ousar disparar mísseis contra centros urbanos em Israel”, afirmou Katz em comunicado.

Continuaremos a defender os cidadãos de Israel e a assegurar que o regime dos ‘ayatollah’ pague um preço muito elevado pelas suas ações hediondas“, acrescentou.

Israel iniciou na madrugada desta sexta uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares que mataram vários altos oficiais iranianos, bem como cientistas e outros civis.

Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).

O Governo israelita afirmou que a operação militar vai continuar e as autoridades iranianas prometeram uma resposta sem limites aos ataques israelitas.

Em resposta, o Irão lançou hoje à noite um ataque com mísseis contra “dezenas de objetivos, centros militares e bases aéreas” israelitas como resposta aos bombardeamentos.

Sirenes de ataque aéreo soaram em todo o território de Israel após um ataque com mísseis iranianos ao país.

O estrondo das explosões pôde ouvir-se em toda a cidade de Jerusalém, e as estações televisivas israelitas mostraram imagens de colunas de fumo denso a subir em Telavive.

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Irão inicia resposta a ataques israelitas com lançamento de centenas de mísseis

Foram ouvidas explosões em Israel, com o Irão a confirmar o lançamento de centenas de mísseis contra território israelita, numa retaliação aos ataques desta sexta-feira.

O Irão iniciou a resposta aos ataques israelitas realizados contra instalações militares e nucleares no país, com o lançamento de mísseis contra Israel. Foram ouvidas explosões em Telavive e Jerusalém e tocaram as sirenes, avisando a população para se proteger de ataques aéreos.

Segundo avançou a agência de notícias iraniana, citada pela Reuters, foram disparadas centenas de mísseis balísticos em retaliação ao maior ataque israelita contra o Irão em 40 anos. Entretanto a Guarda Revolucionária iraniana confirmou o lançamento de um ataque com mísseis contra “dezenas de objetivos, centros militares e bases aéreas” israelitas como resposta aos bombardeamentos que visaram o Irão na madrugada passada.

Israel afirmou que os ataques foram o início da “Operação Leão em Ascensão”. O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, acusou Israel de ter iniciado os ataques e uma guerra.

Já o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não era tarde demasiado tarde para Teerão interromper os bombardeamentos, chegando a um acordo sobre seu programa nuclear. Noutras declarações, Trump adiantou que tinha conhecimento dos ataques de Israel.

O presidente dos EUA afirmou ter conversado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na quinta-feira e anunciou que planeava voltar a falar com ele esta sexta-feira.

O líder republicano classificou a operação israelita como “um ataque muito bem-sucedido” e sugeriu que a ação estava relacionada com o fim do prazo de 60 dias que o Governo norte-americano tinha dado ao Irão para chegar a um acordo nuclear.

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Marcelo lamenta falta de peso geopolítico da Europa que não foi informada sobre ofensiva israelita

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Marcelo alertou para a necessidade de a União Europeia reforçar a sua capacidade de defesa e segurança, face a um contexto internacional marcado por instabilidade.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta sexta-feira que a Europa tem um peso geopolítico reduzido por falta de capacidade militar, e lamentou que os líderes europeus não tenham sido informados previamente da ofensiva israelita.

O problema é que a Europa precisa de mais peso militar, para poder aumentar o seu peso geopolítico. O Sr. Netanyahu comunicou ao Presidente Trump que ia atacar. Não foi para nenhum dos líderes da Europa”, referiu o chefe de estado à margem de uma visita à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém.

Marcelo alertou para a necessidade de a União Europeia reforçar a sua capacidade de defesa e segurança, face a um contexto internacional marcado por instabilidade e “decisões unilaterais de potências globais”.

A Europa não pode manifestar muito mais do que preocupação se não tiver poder militar“, afirmou, defendendo um aumento faseado do investimento na área da Defesa, de 2% para 5% do PIB, com o objetivo de garantir maior peso político e estratégico à União.

O chefe de Estado considerou prudente a decisão da Comissão Europeia de permitir uma derrogação orçamental temporária para acomodar este esforço, mas advertiu que será necessário garantir que os fundos tradicionais da União não sejam sacrificados.

Sobre o ataque de Israel contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares que mataram vários altos oficiais iranianos, bem como cientistas e outros civis, Marcelo Rebelo de Sousa classificou a ação militar israelita como uma “demonstração de poder” com vários objetivos estratégicos, entre eles travar o programa nuclear iraniano, enfraquecer a liderança militar do país e condicionar negociações internacionais.

“Israel, com esta atuação, consegue vários objetivos ao mesmo tempo”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, destacando ainda que a ofensiva serve para “desviar a atenção da questão palestiniana”.

Confrontado com o aumento de episódios de violência em Portugal, incluindo um ataque recente a um ator de teatro por um grupo neonazi, o chefe de Estado alertou para a influência do clima internacional de guerra e instabilidade.

Estamos a assistir, infelizmente, a uma normalização da violência, mesmo em países tradicionalmente pacíficos”, afirmou. E acrescentou: “Portugal ainda é, felizmente, muito diferente daquilo que vemos à nossa volta”.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que a paz e a democracia se constroem diariamente e apelou aos atores políticos para que promovam a estabilidade e evitem alimentar a conflitualidade. “A democracia verdadeiramente estável é uma democracia pacífica”, afirmou.

Depois de ter sido homenageado pela Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) no início da visita, o Presidente da República alertou também para os riscos na proposta de um “envelope único” para os fundos europeus destinados à agricultura.

O chefe de Estado sublinhou que a proposta de concentrar os apoios num único pacote pode ser “burocraticamente fácil, mas substancialmente injusta”, por não refletir as diferentes realidades dos Estados-membros. “Meter tudo no mesmo envelope não é uma boa ideia”, referiu.

Marcelo considerou esta uma “luta europeia” que Portugal deve travar com aliados, incluindo outros países e federações do setor. O Presidente destacou ainda a presença de um comissário europeu na feira, o que não acontecia há uma década, como sinal de empenho e solidariedade da União Europeia com o setor agrícola português.

Marcelo Rebelo de Sousa classificou o próximo ano como “decisivo” para o futuro da política agrícola europeia, sublinhando que a discussão do novo quadro financeiro plurianual será “a questão” central para Portugal e para a Europa.

“Estamos a falar em questionar uma política que tem décadas. Mudou, mas continua a ser essencial”, afirmou, apelando à mobilização do setor e à ação política para garantir uma solução equilibrada.

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Melgaço ganha hub tecnológico para captar talento e dinamizar economia

Câmara de Melgaço, UTAD e Politécnico de Viana do Castelo unem esforços para criar hub de inovação e tecnologia no concelho minhoto, tornando-o mais competitivo.

Melgaço13, junho 2025

Melgaço vai ter um hub de inovação e transferência de conhecimento e tecnologia, no âmbito de uma parceria estratégica do município do Alto Minho com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). Este equipamento vai permitir “reforçar a ligação entre a investigação científica e o desenvolvimento tecnológico”, além de dinamizar o tecido económico e tornar a região mais competitiva, segundo avança a autarquia.

Com grande enfoque no setor agroalimentar e vitivinícola, em particular na valorização da casta Alvarinho, a instalação deste novo hub em Melgaço ainda será objeto de candidatura a financiamento ao Programa Operacional Norte 2030 até ao final deste mês de junho.

“Este é um projeto estruturante para o concelho e para a região. Estamos a criar as condições para atrair talento, promover a inovação e valorizar os nossos recursos endógenos, reforçando a competitividade do território e projetando Melgaço no mapa europeu da inovação”, assinala o presidente da câmara minhota, Manoel Batista, citado num comunicado.

Cabe à autarquia assegurar a cedência das instalações e a execução do projeto de adaptação, além de assumir um papel ativo na articulação e apoio ao funcionamento do hub. Este equipamento será dinamizado pelos Centros de Valorização e Transferência de Tecnologia (CVTT) “ITV2 – Infraestrutura Tecnológica da Vinha e do Vinho” e “3AR – Agricultura, Ambiente, Alimentação e Recursos”, geridos cientificamente pela UTAD e pelo IPVC, respetivamente.

Estamos a criar as condições para atrair talento, promover a inovação e valorizar os nossos recursos endógenos, reforçando a competitividade do território e projetando Melgaço no mapa europeu da inovação.

Manoel Batista

Presidente da Câmara Municipal de Melgaço

O futuro hub terá espaços laboratoriais, gabinetes técnicos, áreas de prototipagem e residências para investigadores nacionais e internacionais. Deverão trabalhar, em permanência, neste centro cerca de nove investigadores, além de doutorandos, técnicos e parceiros internacionais.

Esta comunidade “altamente qualificada” vai trabalhar com empresas e empresários que desenvolvem a sua atividade no terreno minhoto, “permitindo a troca de conhecimentos, a adoção de novas tecnologias, a experimentação e o desenvolvimento de soluções inovadoras para melhorar a produtividade e a qualidade”, conclui o município.

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Alijó ganha nova associação para valorizar Azeite D´Ouro

"Queremos valorizar o setor olivícola, o nosso azeite que tem excelentes propriedades e a marca Douro que deve ser devidamente promovida e valorizada”, diz o autarca José Paredes.

É em Alijó (distrito de Vila Real) que nasce a Associação de Produtores de Azeite D’Ouro com olivicultores, produtores e comercializadores, para valorizar o setor oleícola e qualificação do azeite do Douro. Pretendem ainda desenvolver subprodutos e derivados do azeite e da azeitona em colaboração com a comunidade científica e académica.

A qualificação do azeite do Douro, através da formação especializada para olivicultores, também faz parte dos objetivos desta associação que é oficialmente apresentada, durante a Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos, que acontece entre esta sexta-feira e domingo.

Acresce a criação da identidade “Azeite D ´Ouro”, envolvendo em rede diversas empresas e instituições ligadas à olivicultura. O objetivo passa pela dinamização de projetos comuns que estimulem a inovação, o desenvolvimento sustentável e a competitividade do setor a nível regional e nacional.

Queremos valorizar o setor olivícola, o nosso azeite que tem excelentes propriedades e a marca Douro que deve ser devidamente promovida e valorizada”, começa por afirmar o presidente da Câmara de Alijó, José Paredes.

Queremos valorizar o setor olivícola, o nosso azeite que tem excelentes propriedades e a marca Douro que deve ser devidamente promovida e valorizada.

José Paredes

Presidente da Câmara Municipal de Alijó

“Com esta iniciativa, Alijó reforça o seu papel como território estratégico na produção de azeite de qualidade e afirma-se como um centro ativo de inovação e valorização do olival português“, prossegue José Paredes. O município calcula que haja cerca de um milhar de olivicultores e aproximadamente duas dezenas de produtores e comercializadores de azeite no concelho de Alijó.

Ainda segundo a autarquia, grande parte das oliveiras do concelho são centenárias, o que contribui para a diferenciação e qualidade do azeite produzido nesta região duriense.

Entretanto, a Câmara de Alijó e a associação vão celebrar um protocolo para que esta passe a dinamizar o Centro Interpretativo do Olival ao Azeite D ´Ouro, localizado em Castedo do Douro, que é propriedade municipal.

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Crise no Médio Oriente faz soar alarme nas bolsas. Ouro a caminho de novo máximo e dólar volta a ser “refúgio”

Ataques israelitas a alvos no Irão estão a provocar um sell-off nas ações e uma corrida a ativos considerados de refúgio, com os investidores a anteciparem uma escalada do conflito na região

Os ataques israelitas a instalações nucleares e militares no Irão estão a provocar uma nova onda de receios nos investidores mundiais. Depois de meses marcados pela incerteza em torno da imposição de novas tarifas, a ameaça de um conflito de larga escala no Médio Oriente está a afundar as ações mundiais e a acelerar a procura por ativos mais seguros, como o ouro, ou o dólar.

Israel lançou esta sexta-feira o pior ataque dos últimos 40 anos contra o Irão, ataques que Teerão considerou “uma declaração de guerra”, adiantando que estes ataques não ficariam sem resposta. Já Donald Trump garantiu que “os Estados Unidos estão preparados para se defender e defender Israel caso o Irão responda”, ainda que tenha entretanto afirmado que o Irão ainda pode fazer um acordo nuclear.

Estes acontecimentos estão a suscitar uma onda de receio entre os investidores, que temem que o conflito se estenda a outros países na região, assumindo uma escala maior. As ações estão a ser o rosto do medo, com os principais índices acionistas, dos EUA, à Europa, passando pelos emergentes, a perderem terreno.

Na Europa, o índice Stoxx 600 recuou 0,9%, enquanto o alemãos Dax perdeu mais de 1% e o britânico Footsie, que ontem bateu um novo recorde, sucumbiu às quedas, ao ceder 0,4%. Já o americano Dow Jones caía 0,9%, enquanto o S&P 500 cedia 0,34%. Na Ásia, a maioria dos índices terminou a sessão com perdas superiores a 1%.

As quedas não foram tão “pesadas” devido às subidas das petrolíferas, que estiveram a beneficiar com a escalada de quase 7% dos preços do petróleo, e das empresas do setor da defesa, na Europa e nos EUA.

Os preços do petróleo estão a viver a melhor sessão desde 2022, quando os preços da matéria-prima escalaram devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, com o Brent a negociar próximo dos 74 dólares por barril.

Segundo os analistas do ING, uma escalada do conflito, ameaçando a produção iraniana — Teerão produz 3,3 milhões de barris de petróleo por dia e exporta 1,7 milhões de barris por dia — poderia suportar a subida das cotações do Brent para cerca de 80 dólares por barril.

No entanto, num cenário mais grave, que afete o fornecimento pelo Estreito de Ormuz, com impacto no petróleo do Golfo Pérsico — quase um terço do comércio marítimo global de petróleo passa por essa região — “uma interrupção significativa nesses fluxos seria suficiente para elevar os preços para 120 dólares por barril”, estima o ING.

Ouro e Dólar sobem

Ouro perto de máximo histórico.EPA/MANJUNATH KIRAN

O conflito no Médio Oriente está a intensificar a procura por ativos de refúgio. O ouro seguia a valorizar 1,1% para 3.422 dólares por onça, aproximando-se do máximo histórico de 3.500,05 dólares registado em abril.

Já o dólar, que tem sido pressionado pela política comercial dos EUA e pelos ataques de Donald Trump ao presidente da Reserva Federal dos EUA — ainda esta sexta voltou a chamar “imbecil” a Jerome Powell, o responsável máximo da política monetária norte-americana — , esteve a valorizar, com os investidores a voltarem a confiar na nota verde como um ativo de refúgio.

A divisa dos EUA segue a ganhar 0,46% face ao iene e a subir 0,23% face ao franco suíço. “O dólar está a voltar ao papel tradicional de ativo de refúgio, algo que não víamos há meses”, comentou a estratega Fiona Cincotta à Reuters.

Apesar da subida desta sexta, o índice do dólar, que inclui o desempenho da moeda contra seis divisas, desce cerca de 10% desde o dia 2 de abril, o chamado Dia da Libertação.

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Espaço aéreo do Médio Oriente encerrado após ataques. Companhias cancelam voos

Irão, Iraque e Jordânia fecharam o espaço aéreo e Israel fecha aeroporto após ataques. El Al Airlines, Air France, Ryanair e Delta suspendem voos.

As companhias aéreas foram obrigadas a cancelar ou a desviar milhares de voos, depois de Israel ter bombardeado o Irão durante a madrugada desta sexta-feira, o que originou a morte de vários líderes militares.

O aeroporto Ben Gurion de Telavive foi encerrado e as unidades de defesa aérea de Israel estão em alerta máximo para possíveis ataques de retaliação do Irão. A companhia aérea israelita El Al Airlines também informou que tinha suspendido todos os voos de e para Israel, tal como a Air France, a Ryanair e a Wizz. Já a Delta Air Lines suspendeu os voos até ao final de agosto, avança a Reuters.

Os dados do FlightRadar mostraram que o espaço aéreo sobre o Irão, o Iraque e a Jordânia estava vazio, com os voos direcionados para a Arábia Saudita e o Egito.

Esta sexta-feira foram afetados 1.800 voos de e para a Europa, incluindo cerca de 650 voos cancelados, de acordo com o Eurocontrol.

O exército israelita atacou esta sexta-feira de madrugada cerca de 100 alvos no Irão, incluindo altos comandos militares e cientistas nucleares, mas também instalações sensíveis como a principal central de enriquecimento de urânio em Natanz, no meio da controvérsia sobre o programa nuclear iraniano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considera o ataque de Israel “uma declaração de guerra” contra a República Islâmica do Irão” por parte do “regime mais terrorista do mundo”, que já ultrapassou “todas as linhas vermelhas”.

Várias explosões foram ouvidas esta sexta-feira ao início da noite em Teerão e nos arredores da capital iraniana. Há relatos de explosões ouvidas na província ocidental de Teerão”, nas cidades de Shahriar e Malard e perto de Chitgar, em Teerão, avançou a IRNA.

Numa publicação na rede X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal elencou que “Portugal segue com enorme preocupação o agravamento da situação no Médio Oriente. Exorta à máxima contenção, evitando uma perigosa escalada e reabrindo canais diplomáticos. Estamos em contacto com as nossas missões diplomáticas para assegurar a proteção dos portugueses na região”.

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´Rei dos Frangos´ tem nova proposta para vender ações do Benfica

  • ECO
  • 13 Junho 2025

Empresário diz que nova oferta pela participação de 16,38% na SAD benfiquista cumpre quase todos os critérios: vender tudo, pelo preço mínimo de 12 euros, e com pagamento imediato.

José António dos Santos, empresário conhecido como “Rei dos Frangos” que detém 16,38% do capital da Benfica SAD (entre participação individual e o conjunto de ações pertencentes ao Grupo Valouro), admitiu à Rádio Renascença que recebeu esta semana uma nova proposta para vender ações do Benfica. Negócio poderá render 37 milhões de euros.

O empresário não revela quem está interessado no capital do clube da Luz, mas garante que não é o grupo norte-americano Lenore Sports Partners, que já detém cerca de 5% do capital, incluindo os 3% de Luís Filipe Vieira. O “Rei dos Frangos” garante que não vende por menos de 12 euros a ação, como já tinha sido noticiado em maio.

Nesta entrevista, o empresário diz estar ainda a avaliar a nova proposta, mas admite que cumpre quase todas as condições: vender tudo, pelo preço mínimo de 12 euros e com pagamento imediato, acrescentando que “a única coisa que neste momento pode impedir o negócio é acertar a forma de pagamento”.

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Mercado de Lamego acolhe salas e laboratórios do Politécnico de Viseu

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

"A ampliação das instalações da ESTGL para o Mercado Municipal permitirá consolidar o ensino superior público em Lamego e dinamizar a atividade económica do centro da cidade", diz autarca de Lamego.

O segundo piso do Mercado Municipal de Lamego, que atualmente se encontra desocupado, vai ser reabilitado para acolher salas de aulas e laboratórios da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTGL), anunciou esta sexta-feira a autarquia.

Segundo a Câmara Municipal de Lamego (distrito de Viseu), já foi publicado em Diário da República o procedimento referente à empreitada, sendo o valor base do concurso público de 2.345.733,56 euros.

O presidente da autarquia, Francisco Lopes, explicou que “a ampliação das instalações da ESTGL para o Mercado Municipal permitirá consolidar o ensino superior público em Lamego e dinamizar a atividade económica do centro da cidade, incluindo os projetos dos bairros comerciais digitais, que impulsionarão a zona comercial de Almacave e da Avenida 5 de Outubro”.

Estamos empenhados em aprofundar a parceria com o Instituto Politécnico de Viseu (IPV), numa estratégia de aproximação traduzida na cedência de instalações, na criação da nova residência universitária na Praça do Comércio e no reforço da incubadora de empresas.

Francisco Lopes

Presidente da Câmara Municipal de Lamego

Estamos empenhados em aprofundar a parceria com o Instituto Politécnico de Viseu (IPV), numa estratégia de aproximação traduzida na cedência de instalações, na criação da nova residência universitária na Praça do Comércio e no reforço da incubadora de empresas”, sublinhou.

Depois de concluídas as obras de adaptação, ficarão no segundo piso do mercado novas salas de aula e laboratórios, que têm “equipamentos com diferenciação tecnológica para dar resposta aos novos cursos da ESTGL e às parcerias tecnológicas que esta instituição tem estabelecido com as empresas Deloitte Technology, Softinsa, Claranet e Orbcom”.

Este projeto — promovido pelo IPV e financiado pelo município e por fundos comunitários — prevê também um auditório e uma cantina, “com o objetivo de reforçar o apoio social escolar e melhorar a atratividade de Lamego como polo de acolhimento de excelência destinado a alunos do ensino superior”, acrescentou a autarquia.

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PCP diz que venda do Novobanco é “assalto” e avança com iniciativa para travar

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

O PCP vai avançar com uma iniciativa na Assembleia da República para recuperar o controlo público do Novobanco.

O PCP disse esta sexta-feira que a venda do Novobanco ao grupo francês BPCE é um assalto aos portugueses e anunciou que vai avançar com uma iniciativa legislativa para recuperar o controlo público da instituição.

“A anunciada venda do Novobanco a um grupo francês da banca de investimento é o culminar de um processo que representa um inaceitável assalto aos recursos do povo português“, referiu, em comunicado, o Partido Comunista Português (PCP).

A Lone Star chegou a acordo com o grupo bancário francês BPCE para a venda do Novobanco por um montante equivalente a uma valorização de 6.400 milhões de euros para 100% do capital social.

A conclusão da transação está prevista para o primeiro semestre de 2026.

O PCP insistiu que a história do Banco Espírito Santo (BES) e do Novobanco é de assalto aos recursos nacionais, sublinhando que as opções do Governo PSD/CDS nos tempos da troika foram no sentido de salvaguardar os grandes acionistas do BES/GES, cuja propriedade não foi ameaçada.

Conforme apontou, seguiram-se “opções de abdicação do interesse nacional” por parte dos governos do PS, que decidiram a venda e o acordo de capital contingente, levando à “venda ao desbarato dos ativos”.

Para o PCP, o Governo mentiu sobre o valor da resolução, que não foi realizada por 3.900 milhões de euros, e o acordo de capital contingente constituiu uma garantia para “caucionar negócios obscuros e limpeza de dívidas”.

O partido disse que o interesse nacional não foi tido em conta em nenhuma fase do processo e acrescentou que o atual Governo PSD/CDS limitou-se a observar a entrega do Novobanco a um grupo estrangeiro, tornando-se “cúmplice deste assalto aos recursos nacionais”.

O PCP vai assim avançar com uma iniciativa na Assembleia da República para recuperar o controlo público do Novobanco.

O Governo vai vender ao BPCE o capital do Novobanco controlado diretamente pelo Ministério das Finanças, acompanhando a alienação dos 75% da Lone Star, num negócio que valoriza o banco em 6.400 milhões de euros.

“Esta venda, associada à distribuição de dividendos do Novobanco que ocorreu este ano, permite ao Estado recuperar quase 2.000 milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição”, salientou, em comunicado.

O Ministério das Finanças controla diretamente 11,46% do capital do Novobanco, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, estando os restantes 13,54% nas mãos do Fundo de Resolução.

O Fundo de Resolução anunciou já, em comunicado, que a venda da sua participação de 13,54% lhe permitirá um encaixe bruto de cerca de 866 milhões de euros.

Este valor, referiu o Fundo, acresce às verbas já recebidas do Novobanco a título de distribuição de dividendos relativos aos resultados de 2024 (valor bruto: 30 milhões de euros) e no âmbito da redução de capital realizada já em 2025 (149 milhões de euros)”.

Quanto à posição no Novobanco detida pela Direção-Geral do Tesouro, deverá render cerca de 733 milhões de euros.

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Greve parcial na Airbus Atlantic Portugal com 80% de adesão

  • Lusa
  • 13 Junho 2025

Sindicato adianta que em causa está "um aumento de 150 euros, negociável, para todos os trabalhadores”.

A greve parcial dos trabalhadores da fábrica da Airbus Atlantic Portugal, em Santo Tirso, no distrito do Porto, contou esta sexta-feira com uma adesão “de cerca de 80%”, avançou à Lusa o SITE Norte.

“Podemos considerar uma adesão de perto de 80% em termos de chão de fábrica, isto numa empresa com cerca de 270 trabalhadores, muitos quadros administrativos (…). As linhas de produção estão praticamente paradas”, disse Miguel Ângelo Pinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE Norte).

À Lusa, cerca das 14:00, enquanto decorria um desfile de trabalhadores nas redondezas da fabricante de aviões instalada na Zona Industrial da Ermida, Miguel Ângelo Pinto apontou que “as principais reivindicações passam pelo aumento do salário e uma negociação efetiva do Caderno Reivindicativo.

“Reivindicamos um aumento de 150 euros, negociável, para todos os trabalhadores”, resumiu, admitindo que os responsáveis da empresa “chegaram a reunir com os trabalhadores nos primeiros tempos”.

“Mas falta assumir um compromisso”, disse.

Segundo o responsável do SITE Norte, os trabalhadores também exigem um subsídio de deslocação.

“Estamos a falar de uma empresa que realmente tem um transporte aqui, mas que poucos trabalhadores usam. É um caderno reivindicativo composto por várias matérias”, concluiu.

Esta paralisação decorre em dois turnos, o primeiro das 11:00 às 15:00 e o segundo das 15:00 às 19:00, e no pré-aviso de greve aparece como tendo “horário central” das 13:00 às 17:00, prolonga-se no sábado com greve todo o dia ao trabalho extraordinário.

A agência Lusa contactou a empresa que, por email, garantiu que “tem mantido um diálogo aberto e construtivo com os representantes dos trabalhadores e reúne com estes representantes regularmente e quando solicitado”.

“A prioridade da Airbus Atlantic Portugal é garantir um ambiente de trabalho justo, seguro e de respeito para todos os seus colaboradores. Continuaremos a acompanhar a situação e tomaremos as medidas necessárias para minimizar quaisquer perturbações operacionais, num contexto de entendimento entre todas as partes envolvidas”, lê-se na resposta ao pedido de esclarecimento.

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