#10 Rei Portugal e a Herdade Turquia: Uma noite especial

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Há quem diga que o seu objetivo diário é melhorar 1%. Portugal melhorou mais desde o jogo com a Chéquia, mudando o sistema, o onze inicial e certas dinâmicas. A seleção nacional soube lidar com a pressão de uma grande massa de adeptos turcos e uma postura agressiva por parte dos seus jogadores. No fundo, há dois pontos centrais: qualificação em primeiro lugar à próxima fase e progresso no futebol. Não é surpresa para ninguém que continua a haver potencial para muito mais, mas, desde que se perceba e aprenda com os erros, o caminho é para a frente. Sabe-se também que Portugal vai jogar os oitavos-de-final em Frankfurt no dia 1 de julho (segunda-feira). O adversário será o terceiro lugar do Grupo A, B ou C. A definir ainda.

Mudanças de Roberto Martínez

A mudança que salta mais à vista foi a utilização de João Cancelo. Desta vez o lateral não jogou como médio (com bola) e voltou à posição de origem, ainda que tenha continuado a procurar zonas interiores. O objetivo terá passado por dar maior dinamismo ao corredor direito e maior conforto a Bernardo Silva, que foi o homem do jogo. Observou-se também a entrada de mais um médio no onze: João Palhinha, com tarefas mais defensivas, e uma pressão na saída turca para condicionar e forçar erros. Mencionar que Rafael Leão perdeu pontos (arriscou pouco ou quase nada em movimentos de rutura/rasgos, tendo impacto mínimo no jogo).

Turquia com mais espaço que herdades no Alentejo

Face às dificuldades da Turquia nas transições defensivas, Portugal aproveitou o grande espaço existente através de transições rápidas e verticais, sobretudo na primeira parte. Na conferência de imprensa, em resposta ao Bola na Rede, Roberto Martínez confessou que deviam ter gerido melhor as transições na segunda parte, pois venciam confortavelmente e justificava-se mais uma posse controlada. Uma vez que Portugal já está qualificada, esperam-se muitas mais mexidas no onze inicial frente à Geórgia.

Os Reis do Europeu e quebra de jejum

O objetivo do futebol é marcar golos e ganhar. Nenhuma novidade. Em Campeonatos da Europa, quais são as seleções com mais vitórias de sempre? Alemanha (29), Espanha (23, Itália (22), França (22) e Portugal (21 e igualada com os Países Baixos). Após baterem a Turquia por 3-0, Portugal soma a 21.ª vitória, entra no top-5 de mais triunfos em Europeus e garante o primeiro lugar do grupo – algo que não acontecia há 16 anos (2008).

Uma noite especial

Bernardo Silva foi o homem do jogo no Portugal x Turquia, mas há um aspeto que pode ter passado despercebido: o médio português nunca tinha marcado em fases finais (Mundiais + Euros). Além de Bernardo Silva, foi uma noite especial para uma série de jogadores, como Pepe (41 anos e com uma exibição imperial), Bruno Fernandes (estreia a marcar em Europeus), António Silva e João Neves (estreias no Euro) e, claro, Cristiano Ronaldo, após se ter tornado no jogador com mais assistências em Europeus. Tem sete.

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Economia circular subiu na fama, mas caiu na prática. “Nunca precisámos tanto dela”, alerta estudo

A contínua aceleração do consumo, sobretudo nos países mais ricos, “já não garante melhorias no bem-estar”, assinala um estudo desenvolvido pela Deloitte e pela Circle Economy Foundation.

A economia circular está em declínio a nível global: já só representa 7,2% da produção mundial, abaixo dos mais de 9% que se verificavam em 2018, detetam a Deloitte e a Circle Economy Foundation. Apontam o dedo às nações mais ricas e deixam alertas para os países em desenvolvimento, ao mesmo tempo que sugerem a criação de incentivos para as empresas implementarem práticas de economia circular e a adaptação da política fiscal.

Nunca precisámos tanto de uma economia circular”, defendem os autores do estudo global Circularity Gap Report 2024, uma colaboração entre a Deloitte e a Circle Economy Foundation, a que o ECO/Capital Verde teve acesso em primeira mão. Apesar de os autores reconhecerem que a evolução do consumo global foi importante para elevar a qualidade de vida, a contínua aceleração do mesmo, sobretudo nos países mais ricos, “já não garante melhorias no bem-estar”, defendem.

O mesmo estudo aponta que, apesar de se falar cada vez mais em economia circular — o volume de discussões, debates e artigos sobre o tema triplicou –, esta tendência não é acompanhada por ações concretas. A circularidade, aliás, está em declínio a nível global.

A percentagem de materiais secundários usados na produção, em vez de materiais virgens, caiu de 9,1% em 2018 para 7,2% em 2023. E, nos últimos seis anos, foram consumidos mais de 500 mil milhões de toneladas de materiais — 28% de todos os materiais que a humanidade consumiu desde o início do século XX.

O declínio efetivamente existe. Mas isso não significa que se faça menos circularidade em termos absolutos: o que acontece é que continuamos num crescimento muito grande de extração de materiais virgens no nosso planeta, e esse crescimento é superior à injeção na nossa economia de materiais já utilizados.

Afonso Arnaldo

Líder de Sustentabilidade e Clima na Deloitte

“O declínio efetivamente existe. Mas isso não significa que se faça menos circularidade em termos absolutos: o que acontece é que continuamos num crescimento muito grande de extração de materiais virgens no nosso planeta, e esse crescimento é superior à injeção na nossa economia de materiais já utilizados”, explica, em declarações ao Capital Verde, Afonso Arnaldo, líder de Sustentabilidade e Clima na Deloitte. “Temos no fundo de conseguir consumir menos e reutilizar mais”, indica.

Se um terço daquilo que é produzido ao dia de hoje na Europa fosse feito de materiais previamente utilizados, ou seja numa lógica de economia circular, os ganhos seriam “muito significativos”, avalia Afonso Arnaldo. Por exemplo, as novas políticas de “Direito à Reparação” na União Europeia, as quais estimulam que se dê uma segunda vida aos equipamentos, deverão permitir poupanças de 176,5 mil milhões de euros ao longo de 15 anos, ao mesmo tempo que se evitam 18,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono. O mercado da economia circular deverá situar-se entre 2 a 3 mil milhões de dólares até 2026 e, ao permitir a redução da extração de materiais, aumenta também a resiliência das cadeias de abastecimento.

Países ricos são maiores culpados. Europa deverá ir na frente

Os países de maiores rendimentos “consomem muito acima da sua quota-parte de materiais”, já que, apesar de albergarem 17% da população global, consomem 25% das matérias-primas virgens. Ao mesmo tempo, geram 43% das emissões globais. Nesse sentido, este grupo de países deve reduzir o seu consumo, defende o estudo.

Os países de médios rendimentos, de que são exemplo o Brasil, México ou o Vietname, devem continuar a apostar na melhoria da qualidade de vida das respetivas populações mas “de uma forma mais sensível aos limites do planeta”. As emissões destes países estão alinhadas com as dos mais ricos — 41% — mas têm o dobro da população.

Provavelmente o que vai acontecer é a União Europeia querer estar à frente neste tema, como está no tema climático.

Afonso Arnaldo

Líder de Sustentabilidade e Clima da Deloitte

Já no caso dos países de mais baixos rendimentos, como a Nigéria, Etiópia ou as Filipinas, têm uma pegada em termos de consumo de materiais de apenas 5 toneladas por pessoa, abaixo das 8 toneladas que são apontadas como um nível sustentável. Nesse sentido, o estudo prevê que estes países aumentem o consumo de materiais, de forma a aumentar a qualidade de vida da população.

O relatório tenta demonstrar que existem caminhos [no sentido de uma maior de circularidade] que podem ser tomados, também com valor económico”, e que é possível as economias em desenvolvimento continuarem a crescer adotando uma lógica mais circular, remata o líder de Sustentabilidade da Deloitte.

No entanto, admite, uma maior circularidade pode conduzir a maiores custos num primeiro momento, pelo que Afonso Arnaldo considera ser uma “visão romântica” pensar que pode haver um esforço simultâneo globalmente: “Provavelmente o que vai acontecer é a União Europeia querer estar à frente neste tema, como está no tema climático, uma vontade que aliás já manifestou“. Nesse caso, existirá um período de transição no qual há que ter cuidado com aquilo que é exigido às empresas, e em que situação estas ficam em termos concorrenciais face a outras que estão fora da União Europeia, alerta.

O caso português não deverá ser muito diferente do europeu. “Nós não somos um peso pesado na economia mundial e, tal como acontece nas alterações climáticas, deveremos ser um pouco arrastados”, prevê Arnaldo. Esse empurrão deverá também ser dado através da cadeia de valor, já que “grandes marcas europeias” vão começar a exigir determinadas metas de circularidade, “e isso com certeza terá reflexo aqui também na nossa esfera”, prevê a Deloitte.

Taxas e fiscalidade a favor da circularidade

Feito o diagnóstico, o estudo apresenta três linhas orientadoras que considera a base necessária para que governos e indústria façam a transição para uma economia mais circular: criar condições equitativas, que promovam a circularidade em determinado território sem o prejudicar em relação a outros concorrentes; ajustar as políticas fiscais de forma a canalizar o investimento da melhor forma e, finalmente, formar na área.

Tal como no tema das alterações climáticas, também o da circularidade deve ser uma responsabilidade, em grande parte, das empresas, pela introdução de materiais usados nos novos produtos que vão sendo produzidos“, avalia o responsável da Deloitte. No entanto, os Governos terão um papel relevante na orientação dos investimentos. Por exemplo, sugere o estudo, devem ser criados incentivos que beneficiem empresas que apostem em economia circular em detrimento daquelas que não o fazem, permitindo também preços mais atrativos para o produto final que tem uma componente de circularidade.

Afonso Arnaldo, partner da Deloitte.

De forma a não desequilibrar a balança e a prejudicar os negócios europeus, Arnaldo Afonso vê como possibilidade a criação de um mecanismo equivalente ao Mecanismo de Ajustamento Carbónico Fronteiriço (CBAM, na sigla em inglês), mas focado na circularidade. No caso do mecanismo de carbono o objetivo é medir melhor as emissões de CO2 associadas às importações da UE, e depois pôr-lhes um preço. “Mecanismos como esse que tentam colocar em igualdade de circunstâncias aquilo que é o produtor dentro da União Europeia, com o produtor de fora da União Europeia”, defende o representante da consultora.

Em paralelo, a fiscalidade é mais uma ferramenta que os autores do estudo defendem como adequada para promover a circularidade, pois por esta via podem penalizar-se os produtos que não têm em atenção estes fatores. As economias devem “assegurar que os preços refletem e incluem todos os custos, incluindo os relacionados com o impacto no ambiente e saúde”, lê-se no texto.

Outra forma de os Governos promoverem economias mais sustentáveis é medirem a riqueza de outra forma, não olhando apenas ao produto interno bruto (PIB), mas também a fatores como o bem-estar humano. “Muitas vezes um país cresce economicamente mas não cresce necessariamente o bem-estar das pessoas”, explica Afonso Arnaldo, que acredita que estes fatores que devem ser introduzidos pelos governos e pelas grandes instituições financeiras globais.

Por fim, os autores propõem medidas específicas para três setores: da construção, alimentar e dos bens de consumo. No caso da construção, apontam para o reforço de princípios de circularidade no desenho dos edifícios, para que estes possam ser melhor aproveitados no futuro, assim como a aposta na eficiência energética e em materiais secundários, reduzindo o cimento e o aço.

No setor alimentar, os autores defendem uma transição na dieta de carne, peixe e laticínios para cereais, fruta, vegetais e nozes, mas também que seja dada prioridade à produção e consumo locais e que se invista no uso de organismos geneticamente modificados. Em paralelo, defendem a eliminação do desperdício alimentar, com melhorias no transporte, refrigeração e planeamento

Para os bens de consumo, circularidade implica melhorias de processo e sinergias com outros atores industriais, estender o tempo de vida dos equipamentos e comprar apenas o necessário. Quanto ao setor têxtil em particular, o estudo sugere priorizar a confeção têxtil natural e local.

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Portugal nos ‘oitavos’ do Euro2024 como vencedor do Grupo F ao bater Turquia

  • Lusa
  • 22 Junho 2024

Bernardo Silva, aos 21 minutos, Samet Akaydin, aos 28, na própria baliza, e Bruno Fernandes, aos 56, selaram o triunfo da seleção lusa.

Portugal garantiu o apuramento para os oitavos de final do Campeonato da Europa de futebol de 2024 e assegurou a vitória no Grupo F, ao bater a Turquia por 3-0, no segundo jogo na prova, em Dortmund.

Bernardo Silva, aos 21 minutos, Samet Akaydin, aos 28, na própria baliza, e Bruno Fernandes, aos 56, selaram o triunfo da seleção lusa, que na primeira jornada tinha batido a República Checa por 2-1.

Após duas jornadas, Portugal soma seis pontos e já ganhou o Grupo F, pois tem mais três pontos e vantagem no confronto direto face à Turquia, segunda, enquanto República Checa e Geórgia, que hoje empataram 1-1, partilham o terceiro posto, com um ponto.

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Portugal vence a Turquia no Euro2024 por 2-0 ao intervalo

  • Lusa
  • 22 Junho 2024

Bernardo Silva, aos 21 minutos, e Samet Akaydin, aos 28, na própria baliza, faturaram para a seleção lusa.

Portugal terminou hoje a primeira parte a vencer a Turquia por 2-0, em encontro da segunda jornada do Grupo F do Campeonato da Europa de futebol de 2024, no Signal Iduna Park, em Dortmund, na Alemanha.

Bernardo Silva, aos 21 minutos, e Samet Akaydin, aos 28, na própria baliza, faturaram para a seleção lusa.

Se conseguir segurar o triunfo, a formação das ‘quinas’ garante o apuramento antecipado para os oitavos de final do Euro2024 e assegura também a vitória no Grupo F

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Morreu presidente da administração do Metro de Lisboa, Vitor Domingues dos Santos

  • Lusa
  • 22 Junho 2024

Nascido em 1952, Vítor Domingues do Santos presidia ao Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa desde 2017.

O presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Vitor Domingues dos Santos, morreu vítima de doença, informou hoje a empresa que liderava desde 2017.

Nascido em 1952, Vítor Domingues do Santos presidia ao Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa desde 2017, funções que acumulava com o cargo de presidente do Conselho de Administração da Ferconsult e da Metrocom.

Foi ainda presidente do Conselho Diretivo da Associação Metropolitana de Operadores de Transporte de Lisboa (AMOLIS) e representou, entre outras entidades, os membros portugueses da União Internacional dos Transportes Públicos (UITP).

Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e com MBA (grau de pós-graduação) em Gestão Internacional pela Universidade Católica Portuguesa e Programa de Alta Direção de Empresas (PADE) pela AESE — Escola de Negócios, Vitor Domingues dos Santos desenvolveu o seu percurso profissional na gestão de infraestruturas e transportes, construção civil e obras públicas.

“O Conselho de Administração endereça à família de Vitor Domingues dos Santos, neste momento difícil, as mais sentidas e sinceras condolências”, refere o Metropolitano de Lisboa, em comunicado.

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João Palhinha em vez de Dalot no ‘onze’ com a Turquia do Euro2024

  • Lusa
  • 22 Junho 2024

O médio João Palhinha, que não tinha saído do banco na estreia, frente à República Checa, que Portugal venceu por 2-1, entra num 'onze' que deverá mudar de '3-5-2' para '4-3-3'.

A titularidade de João Palhinha, no lugar de Diogo Dalot, é a única alteração de Roberto Martínez na seleção portuguesa para o jogo de hoje frente à Turquia, da segunda jornada do Grupo F do Euro2024 de futebol.

No Signal Iduna Park, em Dortmund, o médio João Palhinha, que não tinha saído do banco na estreia, frente à República Checa, que Portugal venceu por 2-1, entra num ‘onze’ que deverá mudar de ‘3-5-2’ para ‘4-3-3’.

Na baliza vai voltar a estar Diogo Costa, com as laterais ocupadas por João Cancelo e Nuno Mendes, que no primeiro encontro atuou como central à esquerda, num esquema com três centrais.

No eixo defensivo vão estar Rúben Dias e Pepe, com João Palhinha a ser o escolhido para jogar à frente dos centrais, num meio-campo ainda com Vitinha, eleito o melhor em campo no jogo de estreia, e Bruno Fernandes. Na frente, deverão ficar Bernardo Silva, Rafael Leão e o ‘capitão’ Cristiano Ronaldo.

Do lado da Turquia, destaque para a titularidade do médio Orkun Kokçu, que alinha no Benfica, enquanto a jovem estrela Arda Guler, do Real Madrid, vai ficar no banco de suplentes, uma vez que está a contas com problemas físicos.

O Turquia-Portugal está agendado para as 18:00 locais (17:00 em Lisboa), no Signal Iduna Park, e terá arbitragem do alemão Felix Zwayer.

Já hoje, em Hamburgo, a Geórgia empatou 1-1 frente à República Checa, resultado que permite a Portugal garantir já hoje não só o apuramento com o primeiro lugar do agrupamento.

Portugal fecha o Grupo F em 26 de junho, em Gelsenkirchen, frente à Geórgia.

 

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PS insiste com Aguiar-Branco por falta de resposta do ministro das Finanças

  • Lusa
  • 22 Junho 2024

Além da lista detalhada dos diplomas identificados pelo Governo, o PS pedia ainda o mapeamento das despesas extraordinárias aprovadas pelo anterior governo e referidas pelo atual executivo.

O PS questionou o presidente da Assembleia da República sobre o atraso da resposta das Finanças ao requerimento para obter a lista dos diplomas aprovados pelo anterior Governo que, segundo o executivo PSD/CDS-PP, representam despesa sem cabimento orçamental.

De acordo com o ofício a que Lusa teve acesso, datado de sexta-feira, os socialistas insistem junto de José Pedro Aguiar-Branco por causa do requerimento submetido em 10 de maio e que pedia a fundamentação do ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, sobre “as alegadas despesas aprovadas e não cabimentadas pelo Governo cessante“.

De acordo com o PS, este pedido da lista detalhada dos diplomas aprovados pelo anterior Governo que, segundo o atual executivo, implicam realização de despesa sem cabimento orçamental, ainda não foi respondido pelo Governo do PSD/CDS-PP.

Os socialistas recorrem ao Regimento da Assembleia da República para referir que a resposta a este tipo de requerimentos “não deve exceder os 30 dias”, o que dizem que já aconteceu.

Tendo em conta o mesmo regimento que estabelece que, sempre que não for possível responder no prazo, deve ser apresentada a fundamentação para esse atraso ao presidente da Assembleia da República, o PS pergunta isso mesmo a Aguiar-Branco.

Os deputados socialistas António Mendonça Mendes e Carlos Pereira — que tinham assinado o requerimento original — querem assim saber se o gabinete de Miranda Sarmento fez alguma comunicação sobre a “impossibilidade de responder ao solicitado no prazo regimental, acompanhando essa comunicação da devida fundamentação”.

Na origem deste requerimento estava, segundo os socialistas, a “informação trazida a público” pelo ministro das Finanças de “que essas supostas despesas ‘não cabimentadas’ teriam sido assumidas através de 40 resoluções do Conselho de Ministros e decretos aprovados entre a demissão do anterior primeiro-ministro e a tomada de posse do novo Governo, ascendendo a 1.200 milhões de euros”, a que “se somam 1.080 milhões de euros de despesas extraordinárias e 240 milhões de euros já comprometidos da reserva provisional”.

Além da lista detalhada dos diplomas identificados pelo Governo, o PS pedia ainda o mapeamento das despesas extraordinárias aprovadas pelo anterior governo e referidas pelo atual executivo.

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Geórgia e República Checa empatam a um golo no Euro2024

  • Lusa
  • 22 Junho 2024

No Grupo F, Geórgia e República Checa partilham o terceiro lugar, com um ponto, em dois jogos, enquanto Turquia (3-1 à Geórgia) e Portugal (2-1 à República Checa) lideram com três.

A estreante Geórgia e a República Checa pontuaram este sábado pela primeira vez no Campeonato da Europa de futebol de 2024, ao empatarem a um golo em Hamburgo, em encontro da segunda jornada do Grupo F.

Os georgianos adiantaram-se nos descontos da primeira parte, aos 45+3 minutos, por intermédio de Georges Mikautadze, de grande penalidade, para o seu segundo golo na prova, e os checos empataram aos 59, após um canto, por Patrik Schick.

Na classificação no Grupo F, Geórgia e República Checa partilham o terceiro lugar, com um ponto, em dois jogos, enquanto Turquia (3-1 à Geórgia) e Portugal (2-1 à República Checa) lideram com três, antes de se defrontarem em Dortmund.

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ECO Quiz. Buscas em Oeiras, IMT e milionários

  • Tiago Lopes
  • 22 Junho 2024

Tem a certeza que sabe o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este ECO Quiz.

A semana que agora termina ficou marcada pela estreia de Portugal no Euro 2024, as buscas na Câmara Municipal de Oeiras, os falsos recibos verdes, as palavras de Luís Montenegro para António Costa, os recados de Mário Centeno para os bancos, entre outras notícias que estiveram no topo da atualidade.

A partir de hoje, o ECO vai publicar todas as semanas um quiz que vai desafiar a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento com este quiz do ECO.

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Dortmund é dos turcos, mas há uma ‘mini-aldeia’ portuguesa

  • Lusa
  • 22 Junho 2024

A UEFA divulgou que iriam estar cerca de 30 mil adeptos turcos nas bancadas do Signal Iduna Park, e 'apenas' 10 mil de Portugal.

Os adeptos da Turquia tomaram este sábado conta de Dortmund, na Alemanha, enquanto os portugueses ‘refugiaram-se’ num parque e fizeram a festa perto do estádio, antes do encontro da segunda jornada do Grupo F do Euro2024 de futebol.

Quando ainda faltavam quatro horas para o início da partida, já Dortmund ‘pertencia’ aos turcos, com grande parte dos carros que circulavam na cidade enfeitados com bandeiras – alguns tinham mesmo três ou quatro -, ao som de intensas buzinadelas, e com adeptos espalhados por quase todas as ruas, também todos eles vestidos a ‘rigor’.

Na véspera da partida, a UEFA divulgou que iriam estar cerca de 30 mil adeptos turcos nas bancadas do Signal Iduna Park, e ‘apenas’ 10 mil de Portugal, números comprovados pelo que se via nas ruas, na estação de comboios e até em vários estabelecimentos comerciais, com a Al Sancak, a bandeira turca, de fundo vermelho e com uma lua e estrela branca, a estar exposta nas montras.

No meio desta ‘invasão’ turca, até agora pacífica, era possível encontrar um ou outro adepto de Portugal, mas sempre tímido nos festejos ou nos gritos de apoio.

Com Dortmund a pertencer hoje à Turquia, parte dos 10 mil portugueses que vão assistir ao vivo ao jogo acabaram por se juntar no Westpark, um parque a cerca de dois quilómetros do estádio e que transformou numa ‘mini-aldeia’ lusa, com música popular ao vivo, comida típica e muita cerveja e sangria à mistura.

“Vim aqui para a festa e, depois, sigo para o estádio. Vai ser um jogo difícil. Portugal tem de jogar mais do que jogou no primeiro jogo para ganhar à Turquia. Vamos ver. Apesar das dificuldades, acredito que vamos ganhar 2-1”, disse à Lusa Paulo Sousa, emigrante que vive na cidade de Witten, enquanto estava numa das muitas longas filas para conseguir comprar uma bifana.

Há muita festa no Westpark, com famílias, grupos de amigos e até pessoas de outras nacionalidades (duas norte-americanas por exemplo, com chapéus e bandeiras), mas também com a presença em peso da Polizei de Dortmund, a polícia local.

“Não consegui bilhete. Era muito caro e muito difícil ter acesso. Vou ver o jogo aqui. Nestas competições, as equipas mais fracas muitas vezes batem as mais fortes, mas, apesar de tudo, acredito na vitória”, disse à Lusa Frederico Mira, que vive precisamente em Dortmund. “Dortmund tem uma grande comunidade turca, mas hoje é uma verdadeira invasão”, confessou.

O Turquia-Portugal está agendado para as 18:00 (17:00 horas de Lisboa), no Signal Iduna Park, e terá arbitragem do alemão Felix Zwayer. Portugal fecha o Grupo F em 26 de junho, em Gelsenkirchen, frente à Geórgia

 

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No “jogo” da economia, Portugal vence a Turquia por 3-1

  • Tiago Lopes
  • 22 Junho 2024

Depois da estreia vitoriosa no Europeu de 2024, Portugal enfrenta agora a Turquia. Nos vários indicadores económicos analisados, Portugal leva vantagem em quase todos. Veja a comparação.

Portugal estreou-se no Campeonato da Europa de 2024 com uma vitória pela margem mínima frente à Chéquia, ainda que no campo económico tenha saído derrotado por 4-2.

Segundo a análise realizada pelo Instituto Mais Liberdade, do qual o ECO é parceiro de media, Portugal leva vantagem em três indicadores: salário médio líquido, riqueza líquida per capita e poder de compra. O único “golo” apontado pela Turquia nesta análise refere-se ao desemprego de longa duração.

Ao longo deste campeonato europeu de futebol que se realiza na Alemanha, o Instituto Mais Liberdade vai analisar o bem-estar económico das várias seleções participantes, avaliando vários indicadores. Pode acompanhar aqui.

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Taxas, publicidade ou dinheiros públicos. Como são financiados os serviços públicos de rádio e televisão?

No caso português, a contribuição audiovisual e a publicidade permitem o funcionamento da RTP, serviço público de rádio e televisão. Mas e em outros mercados, como é assegurado esse financiamento?

Na última semana o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, confirmou que o governo quer rever o contrato de concessão da RTP, “algo que está atrasado há muitos anos”. Por outro lado, Nicolau Santos, presidente da RTP, defendeu que com os valores atuais da Contribuição Audiovisual (CAV) não vai ser possível continuar a manter oito canais de televisão e sete de rádio.

Periodicamente, algumas vozes, principalmente entre os operadores privados, levantam-se na defesa de que a RTP não devia concorrer por publicidade com os operadores privados, tal como defenderam os CEO da Impresa, Media Capital e Medialivre no Estado da Nação dos Media, debate organizado pela APCD no âmbito do 33.º Congresso das Comunicações em maio.

Há também algumas críticas quanto à obrigatoriedade do pagamento de uma taxa pelo serviço da RTP por todos os contribuintes, quer sejam ou não utilizadores dos seus serviços.

Recorde-se que o financiamento de toda a estrutura do operador público (canais de televisão e rádios) é assegurado através da CAV – que representa 80% do financiamento e cujo valor não é atualizado desde 2016 – e das receitas provenientes de publicidade (20%). A CAV é uma taxa que surge discriminada na fatura da eletricidade e que tem o valor mensal de 2,85 euros (3,02 euros, com IVA). Ou seja, por ano, são 36,24 euros.

Celebrado entre o Estado e a RTP, o contrato de concessão do serviço público de rádio e televisão atualmente em vigor data de 2015. Por altura da apresentação do Livro Branco sobre o serviço público de media, em maio do ano passado, a sua coordenadora Felisbela Lopes defendeu que o enquadramento legal e o contrato de concessão estão “desajustados da realidade”.

A RTP tem futuro, se quem tem responsabilidade política – tutela e parlamento – reunir as condições necessárias para o efeito, nomeadamente alterando o respetivo enquadramento legal e o contrato de concessão, hoje desajustados da realidade”, disse Felisbela Lopes na altura.

O serviço público na Europa

Mas e noutros países? Como é assegurado o financiamento das empresas responsáveis pelo serviço público audiovisual?

Em termos de publicidade, no caso da espanhola RTVE e da britânica BBC, os serviços não dispõem desta receita. Já a France Télévisions e a italiana RAI – caso mais parecido com o português, onde a taxa paga pelos consumidores também está indexada à fatura da eletricidade – contam com a publicidade para se financiarem, assim como acontece no caso das emissoras de serviço público na Alemanha.

Em França foi abolido recentemente o pagamento de uma taxa pelos contribuintes (financiamento da France Télévisions é feito através da alocação de uma parte da receita de IVA recolhida pelo governo francês). Em Espanha é o governo quem assegura o financiamento da RTVE, que conta ainda com um financiamento feito através de uma taxa sobre as receitas dos operadores de televisão paga sediados em Espanha. Já o financiamento da BBC é assegurado, essencialmente, através de contribuições dos cidadãos.

RTVE (Espanha)

No caso geograficamente mais próximo do português, a Corporación de Radio y Televisión Española (RTVE), em Espanha, conta desde 2010 com um financiamento feito exclusivamente através de subsídios públicos. Antes disso, o operador público espanhol beneficiava de um sistema de financiamento misto, composto por receitas provenientes da publicidade e por uma compensação do Estado espanhol para o cumprimento da sua missão de serviço público.

Com as alterações ao modelo de financiamento aprovadas em 2009 pelo governo espanhol, a publicidade deixou de constar no modelo de financiamento da RTVE, tendo sido estabelecidas medidas fiscais visando a compensação da perda dessa quantia, como a implementação de uma taxa sobre as receitas dos operadores de televisão paga sediados em Espanha.

Além disso, a lei instituída em 2009 prevê também que, caso as fontes de financiamento sejam insuficientes para cobrir a totalidade dos custos da RTVE no cumprimento da sua missão de serviço público, o Estado é obrigado a colmatar essa falta.

Em 2022, o El Economista referia que a RTVE – que integra sete canais de televisão e seis emissoras de rádio – estava cada vez mais cara e que “custava” mais de 20 euros anuais a cada espanhol. Já o La Vanguardia referia que as compensações do Estado pelo cumprimento de obrigações de serviço público ascendiam a um total de 530 milhões de euros para 2023, num aumento de 85 milhões face a 2022.

BBC (Reino Unido)

No caso da BBC (British Broadcasting Corporation), operadora pública de rádio e televisão do Reino Unido, primeiro país onde surgiu o conceito de serviço público de televisão, em 1926, o financiamento é assegurado, maioritariamente, através de contribuições dos cidadãos.

Por lei, e segundo a própria BBC, cada residência no Reino Unido deve pagar uma “licence fee”, anual e obrigatória para quem assiste a qualquer canal por meio de um serviço de televisão ou de streaming. Este ano o valor foi aumentado para 169 libras (cerca de 200 euros) e os consumidores podem optar por pagar esta licença de forma parcelada ao longo de 12 meses.

Esta licença deve ser paga por cada agregado familiar no Reino Unido que “assista ou grave programas enquanto eles são exibidos ao vivo em qualquer canal de televisão, assista a programas ao vivo em qualquer serviço de televisão online – por exemplo, Canal 4, YouTube ou Amazon Prime Video – faça o download ou assista a qualquer programa da BBC no BBC iPlayer”. No entanto, se não for usado o BBC iPlayer, o agregado não precisa de uma licença para assistir a conteúdos em canais de streaming como Netflix ou YouTube, desde que não sejam transmitidos ao vivo.

Estas regras são aplicadas independentemente de qual o dispositivo em que o conteúdo é visto, como televisão, computador, telemóvel ou tablet.

O pagamento desta licença representou cerca de 65% do total de 5,73 mil milhões de libras de receita da BBC em 2023, sendo que o restante foi resultado de atividades comerciais, doações, royalties e rendas. A BBC também recebe mais de 90 milhões de libras por ano do governo, quantia que visa apoiar o funcionamento do seu departamento.

A BBC, que conta com 13 canais de televisão, 17 rádios nacionais, oito rádios na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte e 40 rádios locais, não conta com a publicidade como método de financiamento no Reino Unido.

O governo britânico já anunciou uma revisão quanto ao método de financiamento do operador para o futuro, sendo que o atual acordo em vigor expira no final do ano de 2027.

France Télévisions (França)

No caso Francês, a “redevance audiovisuelle“, ou seja a contribuição para o audiovisual que representava um encargo de 138 euros anuais para as famílias francesas, foi abolida em 2022. Esta contribuição era feita por todos aqueles que estivessem sujeitos ao imposto habitacional e que possuíssem uma televisão.

A abolição deste imposto foi uma promessa de campanha do presidente Emmanuel Macron, tendo a medida enfrentado diversas críticas por parte da oposição mais à esquerda. O montante amealhado através desta taxa passou a ser substituído pela alocação de parte da receita de IVA recolhida pelo Estado.

A France Télévisions, empresa responsável pelo fornecimento do serviço público de televisão em França (com cinco canais de televisão nacionais e 24 canais regionais), conta também com publicidade como forma de financiamento. A dotação pública para 2024 ascende a 2,57 mil milhões de euros num orçamento total de três mil milhões, segundo o Le Figaro.

RAI (Itália)

Em Itália, o financiamento da RAI (Radio Audizioni Italiane) é também suportado através de uma taxa aplicável sobre quem é possuidor, no local da sua residência, de um “dispositivo adequado ou adaptável à receção de emissões televisivas, ou qualquer dispositivo equipado com sintonizador para receção do sinal da antena”.

Esta taxa, conhecida como “Canone RAI” e que atualmente tem o valor de 70 euros, é cobrada na conta da luz de forma parcelada sempre que um membro da família em causa for titular de contrato de fornecimento de energia elétrica na casa onde reside. O valor de 70 euros é dividido em 10 parcelas de sete euros na fatura de eletricidade de janeiro a outubro (no caso das faturas mensais) ou de 14 euros em faturas bimestrais.

A RAI – que disponibiliza 13 canais de televisão e oito de rádio conta também com publicidade como forma de financiamento. Em 2022, enquanto a receita total da taxa de licença da RAI foi de quase dois mil milhões de euros (1.946 milhões), a publicidade gerou um retorno total de cerca de 700 milhões.

Alemanha

Na Alemanha, as emissoras de serviço público incluem aquelas pertencentes à ARD (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Direito Público da República Federal da Alemanha), o canal ZDF (Zweites Deutsches Fernsehen) e a Deut­schlandradio. Estas emissoras de “direito público” são financiadas através de receitas com origem em publicidade e de uma contribuição obrigatória por parte da população alemã, com a chamada “taxa de transmissão” (Rundfunkbeitrag).

No contexto alemão, cada casa tem assim de pagar um valor equivalente a 18,36 euros mensais, naquela que é vista como uma garantia de que estas emissoras mantenham a sua independência face a empresas privadas ou ao próprio Estado. Este valor pode ser pago de forma trimestral (55,08 euros), semestral (110,16 euros) ou anual (220,32 euros).

A taxa é paga diretamente à entidade responsável pelo serviço de contribuições (Der Beitrags­service) do serviço público de radiodifusão, que depois distribui as receitas entre as emissoras ARD (composta por nove canais), ZDF e Deutschlandradio. Em 2022, estas receitas totalizaram 8,4 mil milhões de euros.

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