RTP negoceia saídas voluntárias de 80 trabalhadores no início de 2025

  • ECO
  • 31 Dezembro 2024

O objetivo é cortar 250 trabalhadores dos quadros até ao final do ano. Primeira fase do plano arranca no primeiro trimestre com trabalhadores em situação de pré-reforma.

O plano de saídas voluntárias de até 250 trabalhadores da RTP vai ter início no início do próximo ano, a começar pelos trabalhadores em situação de pré-reforma.

De acordo com a notícia avançada pelo Diário de Notícias esta terça-feira, a primeira etapa irá arrancar no primeiro trimestre do ano e vai abranger até 80 quadros, aos quais acrescem mais cerca de 35 em idade de reforma. Estas saídas terão um custo estimado de cinco milhões de euros, que serão suportados pelo orçamento da empresa.

Já no último trimestre do ano poderá ainda ser realizada uma segunda fase que prevê a rescisão voluntária de até 135 pessoas e que irá carecer de um financiamento extraordinário de 14,9 milhões de euros do Estado. Recorde-se que a RTP e o Governo têm travado negociações, nos últimos meses, para a saída voluntária de até 250 trabalhadores com o objetivo de cortar despesa com a massa salarial.

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Hoje nas notícias: Saúde, RTP e eficiência energética

  • ECO
  • 31 Dezembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Direção da Unidade Local de Saúde do Alto Minho à espera de ser demitida pelo Ministério da Saúde. RTP avança com programa de saídas voluntárias de 80 trabalhadores no início de 2025. Programa de eficiência energética do Fundo Ambiental anula quase 7.000 candidaturas. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta terça-feira.

Dirigentes de unidades locais de saúde estão à espera de mais demissões

Depois de nos últimos dias ter demitido as Unidades Locais de Saúde (USL) da Lezíria, do Alto Alentejo e de Leiria, o Governo deverá avançar com demissões na direção da administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Minho. Tal só não aconteceu ainda porque, embora o presidente do Conselho de Administração da ULS do Alto Minho tenha sido convocado para ir ao Ministério da Saúde, o encontro não se concretizou por estar de férias. Além da USL do Alto Minho, noutras unidades locais de saúde do país vive-se atualmente um clima de grande apreensão e de expectativa. Desde o início do ano, o Governo já demitiu nove ULS.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

RTP avança com programa de saídas voluntárias de 80 trabalhadores no primeiro trimestre

A RTP vai arrancar com um plano de saídas voluntárias dos trabalhadores em situação de pré-reforma em 2025. A primeira etapa, no primeiro trimestre do ano, irá abranger até 80 quadros — aos quais acrescem mais cerca de 35 em idade de reforma — e terá um custo estimado de cinco milhões de euros, a serem suportados pelo orçamento da empresa. Já no último trimestre do ano poderá ainda ser realizada uma segunda fase que prevê a rescisão voluntária de até 135 pessoas e que irá carecer de um financiamento extraordinário de 14,9 milhões de euros do Estado. Recorde-se que a RTP e o Governo têm travado negociações, nos últimos meses, para a saída voluntária de até 250 trabalhadores com o objetivo de cortar despesa com a massa salarial.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Programa de apoio à eficiência energética anula quase 7.000 candidaturas

A gestão das candidaturas da segunda edição do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAE+S) tem gerado descontentamento entre as famílias que investiram na eficiência energética das suas habitações e acabaram por ver os seus pedidos de reembolso anulados. No total, mais de 6.700 submissões receberam o selo de “não elegíveis ou anuladas” desde que o Fundo Ambiental (FA) começou o processo de avaliação em julho. O programa lançado pelo Governo anterior, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), recebeu mais de 78 mil candidaturas. Cerca de 14 mil já foram ou estavam prestes a ser ressarcidas na última semana de 2024, com um valor elegível aprovado de 24,4 milhões de euros. Houve três mil desistências.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Cabaz de alimentos básicos recua para preços de 2022

A inflação registada em 2022 e 2023 no setor alimentar baixou em 2024 e, apesar de não se estar perante um cenário de deflação generalizada, este alívio tem permitido que o preço de alguns produtos alimentares básicos recue para valores de 2022. Desde esse ano que o Jornal de Notícias monitoriza dois cabazes de 25 produtos cada, dos hipermercados Continente e Pingo Doce. Depois da subida generalizada dos preços em 2022 e 2023, o custo total do cabaz de produtos alimentares essenciais recuou, em 2024, para valores de há dois anos. O cabaz do hipermercado online do Continente custava 86,42 euros, em 2022, e recuou 0,09%, para 86,34 euros, em 2024. No Pingo Doce, o cabaz custava 84,65 euros, em 2022, e inflacionou 1,43% para 85,86 euros.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

Depois do fim das portagens, utentes exigem retirada dos pórticos

A partir desta quarta-feira, 1 de janeiro de 2025, os utentes vão deixar de pagar pelas portagens em sete ex-SCUT do país, as vias sem custos para o utilizador. A medida, aprovada pelo PS à revelia do Governo, gerou satisfação por parte dos automobilistas que lutavam há 13 anos pela abolição deste pagamento, mas a Comissão de Utentes do Médio Tejo (CUSPMT) e a Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) pede que se vá mais longe e que retire os pórticos das autoestradas. “A luta ainda não acabou. Agora, exigem a retirada de todos os pórticos ao longo da via para impedir a tentação de qualquer Governo de querer impor de novo portagens” afirma a CUVI, em declarações ao Jornal de Notícias.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 31 de dezembro

  • ECO
  • 31 Dezembro 2024

Ao longo desta terça-feira, 31 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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APECOM espera “estabilidade” e “ano histórico” com a regulamentação do lóbi para 2025

Domingas Carvalhosa, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação (APECOM), espera que 2025 seja um “ano histórico” para o setor, com a regulamentação do lóbi a “ver a luz do dia".

Maria Domingas Carvalhosa, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação (APECOM)

Apesar das incertezas, o setor da consultoria de comunicação “lida relativamente bem com as crises”, pelo que Domingas Carvalhosa prevê que 2025 será um “ano de estabilidade”. “Não acreditamos que o setor cresça muito em termos de vendas, mas também não nos parece que vá sentir perdas”, diz a presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação (APECOM).

Do ponto de vista legislativo, Domingas Carvalhosa espera que 2025 seja um “ano histórico” para o setor, com a regulamentação da representação legítima de interesses (lobbying) a “ver a luz do dia” e com Portugal a “fazer parte do lote de países desenvolvidos que optaram pela transparência de processos, no que diz respeito ao relacionamento entre entidades públicas e privadas”.

Em relação a este tema a APECOM, que integra 95% das consultoras que desenvolvem esta atividade no país, “vai continuar a contribuir ativamente para a clarificação de todas as questões pendentes junto do legislador e aguardará pelo final do processo legislativo”.

Domingas Carvalhosa espera que sejam integradas as “sugestões de adoção de um único registo de interesses, online, público e gratuito e da criação de um Código de Conduta, no sentido de contribuir para uma maior transparência e dignificação da relação dos poderes públicos com a sociedade civil e empresarial”.

Recorde-se que o lóbi — tema caro ao setor da comunicação, que luta pela sua regulamentação há quase uma década — esteve perto de ser regulamentado com o anterior Governo. Apesar de ter sido aprovado na generalidade a dez dias de o Parlamento ter sido dissolvido, o tema foi adiado para ser apreciado pelo novo Governo, que entretanto já o inclui no pacote anticorrupção que aprovou em Conselho de Ministros em junho.

Na altura, Domingas Carvalhosa considerou que esse foi um “primeiro passo positivo, mas ainda curto“. “Esperamos que, com a quantidade de informação já existente, devido às muitas tentativas de regulamentação, o Governo não precise de muito tempo para aprofundar as medidas e criar um diploma que regulamente a representação legítima de interesses”, comentou.

À regulamentação do lóbi, junta-se também a do marketing de influência e a das boas práticas de comunicação da sustentabilidade enquanto os três desafios em que a APECOM se vai empenhar no próximo ano.

“Esperamos também, em 2025, ter finalizado um documento — já em fase final — que nos permita reunir com a Direção Geral do Consumidor e com o legislador para lhes apresentar as nossas sugestões de boas práticas no que se refere ao marketing de influência de forma a harmonizar este mercado em ampla expansão“, adianta Domingas Carvalhosa.

Já quanto à questão da sustentabilidade, que se podem “resumir como a tomada de decisão para a realização de melhores resultados nos pilares sociais, ambientais e de governança”, o objetivo passa por garantir as empresas têm um “discurso e uma prática coerentes e consistentes com o propósito das organizações”.

“Mas a coerência só é possível se a comunicação cumprir com os níveis éticos exigidos pelas boas práticas. Neste sentido, em 2025, a APECOM irá também apresentar um conjunto de informação sobre boas práticas na comunicação da sustentabilidade“, avança a responsável.

Em termos internacionais, a APECOM deverá também, a partir do próximo ano, assumir a liderança de um novo grupo de trabalho de public affairs, a criar pela ICCO (The International Communications Consultancy Organisation), entidade internacional da qual a APECOM é associada e que representa associações congéneres de 82 países.

A APECOM olha, apesar de tudo, para 2025 com otimismo“, conclui Domingas Carvalhosa.

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Subida de preços não dá tréguas no próximo ano. O que fica mais caro em 2025?

Em 2025, com aumento dos salários e pensões sobem também os alimentos, medicamentos, transportes e serviços. Saiba o que fica mais caro no ano novo.

Se 2024 foi sinónimo de aumento de preços para muitas famílias, o ano de 2025 deverá acompanhar a tendência, algo que para muitas famílias vai significar mais um aperto no cinto. Laticínios, café ou pão são alguns dos alimentos na lista de compras que vão ficar mais caros no próximo ano. Mas não só: as faturas mensais da água e luz também prometem aumentos, à semelhança de serviços e transportes. Irá a subida do salário mínimo, dos salários na função pública e das pensões conseguir compensar estes agravamentos?

Alimentação

  • Laticínios

O preço do leite e dos produtos lácteos registou um aumento ao longo 2024 e no próximo ano a trajetória devera manter-se. Pelo menos, essa é a projeção da Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenelac) partilhada com a Lusa. Segundo a associação, as subidas “têm a ver com a lei da oferta e da procura”. Além do leite, esperam-se aumentos também no queijo, manteiga e natas.

De acordo com a análise da Deco Proteste, o queijo curado e o queijo flamengo verificaram um aumento de preços de cerca de 7% e 10%, respetivamente, entre janeiro e novembro de 2024. Os ovos, no final deste ano, estavam 7% mais caros face a janeiro e o preço dos iogurtes variaram entre 4% e 20%.

  • Pão

O preço do pão deverá voltar a subir em 2023, em função do aumento dos custos das matérias-primas e da energia, mas também impactado pela atualização do salário mínimo nacional, segundo as perspetivas da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação (ACIP), em resposta à Lusa.

De acordo com a associação, apenas uma parte dos aumentos tem sido refletida no preço pago pelo consumidor, o restante tem sido suportado pelos produtores que, por sua vez, registam uma quebra nas margens de lucro. À RTP, a ACIP estima que o aumento seja de, pelo menos, 5%.

Em 2024, a Deco Proteste não acompanhou a evolução do preço de pão vendido em pasteleiras, mas no caso do pão de forma sem côdea a variação de preços foi de 22,29%, entre janeiro e novembro de 2024.

Um funcionário coloca o pão no forno na empresa Padarias Reunidas do Torrão (na freguesia com o mesmo nome), que produzem a marca Pão do Torrão, vendido no litoral alentejano, distritos de Évora e Beja mas também margem sul e Lisboa, em Alcácer do Sal, 11 de março de 2022. O ‘duplo impacto’ do aumento do preço dos combustíveis e da farinha está a ‘sufocar’ empresas de panificação do Alentejo, que se ‘veem obrigadas’ a fazer contas e já pensam em nova subida do custo do pão. (ACOMPANHA TEXTO DA LUSA DO DIA 15 DE MARÇO DE 2022). NUNO VEIGA/LUSANUNO VEIGA/LUSA
  • Bacalhau

Este ano, o preço do bacalhau para o comércio, sobretudo tradicional, voltou a subir por força da guerra na Ucrânia, disrupções nas cadeias de abastecimento e os acréscimos nos custos de transporte e energia. Mas também devido à redução das quotas de pesca no mar do Norte, que no próximo ano, deverá voltar a reduzir-se. Os operadores de importação e tratamento de bacalhau falam de aumentos na casa dos 25%.

Entre janeiro e novembro de 2024, o preço do bacalhau graúdo também sofreu alterações, mas pouco expressivas. Se no início do ano o preço deste alimento era de 13,34 euros o quilo, no final o seu preço já se situava nos 13,95 euros o quilo, ou seja, uma variação de 4,58% naquele período, segundo os dados da Deco Proteste.

  • Café

O café será outro dos produtos que vai aumentar no próximo ano.

Depois de o preço do grão ter atingido o nível mais alto de sempre nos mercados internacionais, este ano, as marcas de café estão a considerar aumentar os preços em 2025. Os motivos são variados. Sejam ambientais – a falta de chuva tem prejudicado as produções no Brasil e no Vietname – ou legislativas – a União Europeia adotou novas regras de combate à desflorestação, a nível mundial –, o mais certo será que os consumidores sintam um acréscimo nos preços, seja nos estabelecimentos comerciais ou nos supermercados.

  • Carne

Se sentiu que a ida ao talho este ano foi ficando mais cara, então prepare a carteira: para o ano a tendência deverá manter-se. Sobretudo no que toca à carne de novilho.

“Tudo indica que os preços irão subir face ao aumento dos fatores de produção”, indica fonte oficial da APIC ao ECO, acrescentando que “os preços no mercado são o resultado da lei da procura e oferta, e também dos aumentos sofridos na produção”. No caso do novilho, “um dos produtos que tem estado a subir” em 2024 a trajetória manter-se-á também em 2025.

Rendas

A partir do dia 1 de janeiro de 2025, os senhorios vão ter a liberdade de aumentar as rendas em 2,16%. Apesar do novo aumento, trata-se de um abrandamento significativamente em relação aos últimos dois anos, em que a escalada da inflação levou mesmo o Governo a impor travões.

Mas com o fim dos travões, as subidas podem subir até 11% em 2025. Assim, no próximo ano, embora as rendas possam aumentar até 2,16%, se o senhorio não tiver atualizado a renda nos últimos três anos, pode aplicar os coeficientes de atualização desses anos resultando num aumento de 11,1%.

Prédios Apartamentos habitação casas

Portagens

Viajar nas autoestradas nacionais também vai ficar mais caro no próximo ano. As taxas das portagens vão subir 2,21% a 1 de janeiro de 2025. O valor é apurado pela taxa inflação – excluindo a parcela da habitação – referente ao mês de outubro para o continente que se fixou em 2,11%, a que se soma 0,1% de compensação às concessionárias.

Por exemplo, a Brisa anunciou que a partir de 1 de janeiro de 2025 vai entrar em vigor o novo tarifário de portagem nas autoestradas. Isto significa que “52 das 93 taxas de portagem aplicadas na classe 1 (66% do total) serão atualizadas”.

No caso do percurso Lisboa-Porto pela A1, o preço das portagens para a classe 1 sobe 70 cêntimos e passa a custar 24,60 euros. Já o percurso Lisboa-Algarve, pela A2, vai custar mais 60 cêntimos, para 23,30 euros. No percurso Marateca-CaiaA2/A6a atualização será de 35 cêntimos para 15,05 euros.

Não obstante, entrará em vigor em 2025 o fim da cobrança de portagens nas antigas vias sem custo para o utilizador (SCUT). A partir de 1 de janeiro acaba a cobrança de portagens na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1, A22, A23, A24, A25 e nos lanços da A28 entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

Telecomunicações

A dona da Meo vai aumentar preços em janeiro de 2025, confirmou fonte oficial ao ECO. “A Altice Portugal vai proceder à atualização de preços em 2025, conforme contratualmente previsto e já divulgado, com exceção dos serviços da marca digital Uzo e da marca para o segmento jovem, Moche, que não vão ser atualizados”, respondeu a empresa.

Em sentido contrário, a Nos promete não mexer na tabela de preços em 2025.

Transportes públicos

Em 2025, a taxa de atualização tarifária (TAT) para o serviço público de transporte de passageiros vai aumentar. Isto é, o preço dos títulos de transporte ocasionais, ou seja, aqueles que são válidos apenas para uma viagem ou para um período curto, vai aumentar 2,02%, a partir de 1 de janeiro.

Contudo, este aumento não se vai refletir nos passes mensais, seja do Metro de Lisboa, Navegantes ou Metropolitano de Lisboa. Esses deverão ver os preços congelados.

Caso contrário serão os dos títulos ocasionais. O bilhete Carris Metro vai passar a custar 1,85 euros, à semelhança do bilhete Viva Go. Já o bilhete Zapping passará a custar 1,66 euros.

Relativamente aos bilhetes diários com a duração de 24 horas, o bilhete Carris/Metro custará sete euros, o título diário Carris/Metro/Transtejo (Cacilhas) passará a ter um custo de 10 euros e o bilhete da Carris/Metro/CP fica um euro mais caro, para um total de 11 euros.

Estação do Cais do Sodré durante o dia de greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas dos Transportes Ferroviários Portugueses, em Lisboa, 06 de dezembro de 2024. A greve convocada pelo Sindicato abrange sete empresas: CP – EPE, Fertagus, MTS – Metro do Sul do Tejo, ViaPorto, Captrain, Medway e IP – Infraestruturas de Portugal. FILIPE AMORIM/LUSAFILIPE AMORIM/LUSA

Medicamentos

Os medicamentos com preço de venda ao público (PVP) até aos 16 euros poderão sofrer aumentos de 2,6% em 2025, segundo a portaria para revisão anual dos preços publicada em Diário da República. Autorização para o aumento de preço é explicada com a tentativa de “evitar a erosão dos medicamentos com preços mais baixos”, ou seja, para impedir ruturas.

Luz e gás

2025 chega com boas perspetivas, mas apenas quanto à conta da luz. Embora a maioria dos comercializadores ainda não tenham revelado as suas ofertas, a indicação dada pelo regulador é de descida no preço. Os preços no mercado regulado vão aliviar entre 0,85 e 0,91 euros no início de 2025, e a EDP já confirmou que vai seguir a tendência, e os seus clientes deverão sentir, em média, uma redução de 7% nas suas contas da luz.

no gás natural, o movimento é oposto: o preço regulado subiu e os restantes operadores seguiram a batuta, ainda em outubro, quando são normalmente atualizados os preços desta energia. No início de 2025, apenas a EDP deu a indicação de que deverá manter os preços, depois de em outubro os ter elevado, na sequência de o regulador ter ditado o encarecimento de uma das componentes do preço. Em outubro, Goldenergy e Endesa também passaram aos clientes o custo mais elevado desta componente, enquanto a Galp anunciou uma subida média de 16% nos preços.

Água e resíduos

Na água e nos resíduos, a tendência é mesmo de subida, embora os tarifários ainda não estejam finalizados. Espera-se que aumentos no abastecimento de água, em média, se situem entre os 2,1% (entidades municipais) e 4,4% (concessões), enquanto no saneamento estarão entre os 5,9% (concessões) e os 6,4% (entidades municipais), consoante o tipo de entidade gestora (de gestão municipal ou em regime de concessão).

Na gestão dos resíduos urbanos, que está integrada na conta da água, as subidas devem posicionar-se entre os 4,8% e os 11,4%, novamente dependendo da entidade gestora em questão – nos regimes de concessão, o aumento é mais baixo.

Enquanto no caso das entidades com concessão, os preços respeitam uma fórmula, e portanto é certo que assim evoluam os preços, nos casos municipais esta é apenas uma estimativa de acordo com as propostas que já pediram parecer do regulador. Contudo, ainda não foram entregues todas as propostas e, em última instância, a decisão final é dos municípios.

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Montenegro quer mais investimento em 2025. PRR e melhoria das condições financeiras dão ajuda

Instituições económicas estimam que investimento aumente no próximo ano. Execução do PRR, menor restritividade das condições financeiras e IDE deverão ajudar.

“A palavra de ordem em 2025 é investimento, investimento, investimento”. Luís Montenegro lançou o mote e as previsões apontam para que o “desejo” de ano novo do primeiro-ministro se cumpra, graças sobretudo à execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas também à melhoria das condições de financiamento e à captação de Investimento Direto Estrangeiro (IDE).

Em entrevista ao Diário de Notícias, publicada no domingo, Luís Montenegro defendeu que “o esforço principal tem de ser o de estimular o investimento e o de atrair investimento direto estrangeiro“, considerando que estas “são duas faces da mesma moeda”.

Um objetivo que, de acordo com as principais instituições económicas e internacionais, o país deverá alcançar. No Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o Ministério das Finanças estima que o investimento acelere ligeiramente, passando de uma taxa de variação de 3,2% em 2024 para 3,5% em 2025. Na ótica do Governo, esta evolução irá resultar sobretudo da crescente absorção dos fundos do PRR e outros instrumentos de financiamento europeu, bem como da menor restritividade das condições de financiamento, com impacto para o investimento privado.

A perspetiva do Governo para o próximo ano é, ainda assim, menos otimista do que a das restantes entidades, fixando-se abaixo do intervalo entre 8,7% (Conselho das Finanças Públicas) e 3,7% (Comissão Europeia).

O investimento será, caso as previsões se concretizem, um dos motores do crescimento económico, em larga medida influenciado pelo PRR. No Boletim Económico de dezembro, o Banco de Portugal destacou que em 2024 o crescimento da economia sustentou-se sobretudo no consumo, com o contributo do investimento a dever ser nulo. No entanto, prevê que será positivo em 2025 e 2026, voltando a ser nulo em 2027, refletindo neste ano a queda da componente pública.

À semelhança do Governo, também o Banco de Portugal espera que o investimento recupere dinamismo em 2025 e 2026 com a melhoria das condições financeiras e das perspetivas globais e o estímulo dos fundos europeus. “Em 2024, o crescimento de 0,5% da FBCF [Formação Bruta de Capital Fixo, correspondendo na prática ao investimento] decorre sobretudo da componente pública, com o investimento empresarial e das famílias em habitação a continuarem a ser penalizados pela restritividade das condições financeiras e pela baixa confiança”, pode ler-se na análise do regulador.

À semelhança do Governo também o Banco de Portugal espera que o investimento recupere dinamismo em 2025 e 2026 com a melhoria das condições financeiras e das perspetivas globais e o estímulo dos fundos europeus.

A instituição liderada por Mário Centeno espera que a situação melhore entre 2025 e 2027, “refletindo a redução adicional das taxas de juro”, enquanto “o investimento público acelera em 2025–26 com a maior execução esperada dos fundos europeus“.

Montenegro sublinhou, em entrevista, que o investimento público segue uma “boa trajetória”, mas o país está sujeito “a prazos muito apertados“. “Desse ponto de vista, recuperaremos nos próximos dois anos muito do investimento que se perdeu nos últimos oito. Agora, investir é a palavra de ordem”, vincou.

Subida do investimento público seria de apenas 4,8% sem o efeito do PRR, calcula o Conselho das Finanças Públicas.

Na análise ao OE2025, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) assinalou que o acréscimo previsto para o investimento público de 16,7% – fortemente impulsionado por investimentos ao abrigo do PRR – seria de apenas 4,8% sem o efeito do PRR.

O investimento público deverá assim subir 0,4 pontos e atingir 3,7% do PIB em 2025, o rácio mais elevado desde 2010 (sem o efeito do PRR, estabilizaria nos 2,6% do PIB), assinala o CFP. A instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral alerta, porém, que a previsão das Finanças deve ser “interpretada com prudência, tendo em conta que esta despesa tem ficado bastante aquém do previsto nos sucessivos” Orçamentos do Estado.

Investimento Direto Estrangeiro continua a subir

O primeiro-ministro quer “atrair grandes empresas e grandes projetos” e segundo o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal – AICEP, o país prepara-se para bater um novo recorde na atração de investimento este ano. Em entrevista ao ECO, divulgada em novembro, Ricardo Arroja revelou que até àquele momento foram contratualizados cerca de 50 milhões de euros, mas, até ao final de 2024, esse valor poderá subir para as centenas de milhões de euros.

Um valor esmagadoramente de origem estrangeira, segundo o responsável da AICEP. É certo que Portugal perdeu um lugar no ranking europeu de atratividade de investimento direto estrangeiro, ocupando o 7º lugar em 2023, de acordo com o EY Attractiveness Survey Portugal, divulgado em setembro. O país foi ultrapassado pela Polónia, que conquistou um maior investimento por parte dos Estados Unidos da América, porém, 84% dos investidores inquiridos têm planos para estabelecer ou expandir operações no país em 2025. Esta percentagem situa-se acima da média europeia, que não vai além dos 72%.

84% dos investidores estrangeiros têm planos para estabelecer ou expandir operações no país em 2025. Esta percentagem situa-se acima da média europeu que não vai além dos 72%.

Paralelamente, 77% dos inquiridos antecipam a melhoria da atratividade do país nos próximos três anos, percentagem que superam os 49% registado em 2021. De acordo com dados do Banco de Portugal, no final do terceiro trimestre de 2024, o stock de IDE em Portugal era de 196,5 mil milhões de euros, o correspondente a 70% do PIB português. Quer isto dizer que, entre o final de 2008 e o terceiro trimestre de 2024, este indicador mais do que duplicou e quando medido em percentagem do PIB aumentou 25 pontos percentuais.

E parece que irá continuar a subir, de acordo com os anúncios mais recentes de investimento com capital estrangeiro, entre os quais se inclui o da Lufthansa Technik sobre a construção de uma nova unidade de 54 mil metros quadrados em Santa Maria da Feira. A futura fábrica de reparação de peças de motores e componentes de aviões deverá estar concluída até ao final de 2027 e vai criar “mais de 700 empregos” na região.

Entre outros, a este soma-se o do grupo francês PGS, um dos maiores fabricantes e restauradores de paletes de madeira da Europa, que acaba de expandir a atividade para o mercado português com a construção de duas fábricas em Loulé e na Póvoa de Santa Iria (Vila Franca de Xira), num investimento avaliado em 2,5 milhões de euros. Ou o da Cimpor, que pretende investir 1,4 mil milhões de euros em Portugal até 2030, grande parte para fazer face ao “desafio número um” da descarbonização, com infraestruturas, tecnologia e novos produtos.

O país tem atualmente 60 projetos de Potencial Interesse Nacional (PIN) em acompanhamento, o que inclui projetos com capital estrangeiro ou nacional, mais cinco do que em agosto. Para ser considerado um projeto de PIN tem de, cumulativamente, representar um investimento global igual ou superior a 25 milhões de euros, criar um número de postos de trabalho diretos igual ou superior a 50, ter comprovada viabilidade económica, ser sustentável e ser apresentado por promotores de reconhecida idoneidade e credibilidade.

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Do subsídio de desemprego ao apoio na doença, prestações sociais sobem em janeiro. Veja o que muda

Subsídio de desemprego, apoio na doença, subsídio por morte e até escalões do abono de família. Janeiro trará uma série de atualizações às prestações sociais, à boleia da inflação e da economia.

O indexante que guia as prestações sociais vai subir em janeiro, à boleia da inflação e do crescimento da economia, o que significa que, nomeadamente, os limites do subsídio de desemprego e os escalões do abono de família vão ser atualizados. No caso do subsídio de desemprego, a Segurança Social passa a pagar, no máximo, 1.306 euros mensais, o que corresponde a um aumento de mais de 30 euros face ao teto praticado este ano.

Por lei, o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) é atualizado em janeiro de cada ano com base em dois indicadores: a média do crescimento económico dos últimos dois anos e a variação média dos últimos dois meses do Índice de Preços no Consumidor (sem habitação).

O Instituto Nacional de Estatística (INE) já deu a conhecer estes números, o que permite calcular que o IAS passará dos atuais 509,26 euros para 522, euros, em janeiro.

Esta subida é relevante, uma vez que puxa por uma série de prestações sociais, como o próprio nome indica. Desde logo, impacta os limites do subsídio de desemprego.

De acordo com a informação disponibilizada pela Segurança Social, o montante mínimo desse subsídio é o equivalente a 1,15 vezes o IAS (nas situações em que as remunerações que serviram de base ao cálculo do subsídio correspondam, pelo menos, ao valor do salário mínimo nacional). E o máximo a 2,5 vezes o IAS.

Por isso, em 2024, o subsídio de desemprego variou entre 585,65 euros e 1.273,15 euros. Já em 2025 o montante mínimo subirá cerca de 15 euros para 600,88 euros, enquanto o teto aumentará cerca de 33 euros, atingindo os 1.306,25 euros.

Limites do subsídio de desemprego sobem

Mínimo em 2024: 585,65 euros
Mínimo em 2025: 600,88 euros

Máximo em 2024: 1.273,15 euros
Máximo em 2025: 1.306,25 euros

Já para quem tenha esgotado o subsídio de desemprego ou não tenha feito as contribuições suficientes para o recente, há o subsídio social de desemprego, prestação que também será reforçada à boleia da atualização do IAS.

Hoje, esse subsídio está em 509,26 euros (ou seja, o valor do IAS) para os beneficiários com agregado familiar e de 407,41 euros (80% do IAS) para os beneficiários a viver sozinhos. A partir de janeiro, o subsídio social de desemprego passará para 522,5 euros para os beneficiários com família e para 418 euros para aqueles que vivem sozinhos.

Subsídio de doença e RSI também mudam

No caso do subsídio de doença, o IAS serve de orientação ao valor mínimo diário assegurado pela Segurança Social. Ao longo de 2024, esse patamar esteve fixado em 5,09 euros, mas em 2025 passará para 5,23 euros.

Já o subsídio por morte — que corresponde a três vezes ao IAS — vai crescer dos atuais 1.527,78 euros para 1.567,50 euros, o que reflete um aumento de quase 40 euros. Em causa está um apoio que é pago de uma só vez aos familiares do beneficiário, com vista a compensar o acréscimo de encargos decorrente da morte deste. O objetivo é “facilitar a reorganização da vida familiar”, segundo a Segurança Social.

Subsídio de doença

Mínimo diário em 2024: 5,09 euros
Mínimo diário em 2025: 5,23 euros

Também no caso do Rendimento Social de Inserção (RSI) — que se destina a proteger as pessoas “que se encontrem em situação de pobreza extrema” –, o Indexante dos Apoios Sociais influencia o montante pago pela Segurança Social. Mas esse peso é definido anualmente pelo Governo em portaria.

Por exemplo, em 2024, o valor do RSI foi o correspondente a 46,587% do IAS, ou seja, 237,25 euros. Em 2023, tinha sido o equivalente a 43,525% do IAS, isto é, 209,11 euros.

A portaria para 2025 ainda não foi publicada, mas se o Governo mantiver a lógica implementada em 2025, o valor do RSI subirá para 243,42 euros. Haverá, portanto, uma subida de cerca de seis euros, por efeito da atualização anual do IAS.

Escalões do abono de família

No caso do abono de família, o IAS não impacta diretamente o valor a ser pago às famílias de cada escalão de rendimentos. Antes, determina os limites desses escalões.

Para calcular o rendimento de referência de uma família, soma-se o total (anual) de rendimentos de cada agregado familiar, divide-se pelo número de crianças e jovens e soma-se um. Apurado esse valor, compara-se com os escalões para perceber que valor terá a Segurança Social de pagar.

Ora, o limite máximo do primeiro escalão (aquele que dá acesso ao apoio mais expressivo) passa em 2025 para 3.657,51 euros. Já o segundo escalão, passa a ser para rendimentos entre 3.657,51 euros e 7.315,01 euros. Segue-se o terceiro escalão, cujo limite máximo sobe para 12.435,52 euros.

Já no quarto escalão, encaixarão os rendimentos entre 12.435,52 euros e 18.287,53 euros. As famílias com rendimentos superiores ficam no quinto escalão, sendo que apenas está previsto o pagamento de apoio até ao quarto escalão.

Importa explicar que para os pedidos iniciais efetuados em 2025 referentes aos rendimentos de 2024, serão tidos em conta não estes patamares, mas aqueles calculados com base no IAS deste ano. Os patamares referidos acima aplicam-se, antes, aos pedidos de reavaliação do escalão de rendimento.

Complemento solidário para idosos volta a aumentar

No caso do Complemento solidário para idosos (CSI), o Indexante dos Apoios Sociais não vai ter influência em 2025, mas convém lembrar que também esta prestação subirá em janeiro, no âmbito do Orçamento do Estado. O aumento será de 30 euros, puxando o valor de referência para 630 euros.

Como o próprio nome indica, o CSI serve para complementar os outros rendimentos do beneficiário. São apurados os rendimentos do beneficiário, que são confrontados com o valor de referência. A diferença entre esses dois montantes corresponde ao valor da prestação que é paga pela Segurança Social.

Em junho de 2024, o montante de referência desta prestação passou de 550 euros para 600 euros.

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Novo ano arranca com alívio de até 100 euros na prestação da casa

Novo ano termina como o velho: com a prestação da casa a cair. Famílias com empréstimos de 150 mil euros vão beneficiar de uma redução da mensalidade na ordem dos 100 euros.

O novo ano chega com um novo alívio na prestação da casa. Os contratos de empréstimo à habitação cujas condições vão ser revistas em janeiro vão ter uma baixa na mensalidade que as famílias pagam ao banco que poderá atingir os 100 euros, de acordo com as simulações realizadas pelo ECO.

Há um ano que a prestação da casa tem vindo a cair por conta da redução das Euribor, taxas que servem de indexante para a maioria dos contratos de empréstimo à habitação em Portugal.

Por exemplo, no caso da Euribor a seis meses, que é a mais usada, a taxa caiu esta segunda-feira para o valor mais baixo dos últimos dois anos.

Em termos práticos, isto significa que, depois de um forte aperto nos últimos dois anos, as famílias continuarão a sentir um alívio no bolso quando chegar a hora de pagar o crédito da casa ao banco… que se vai prolongar ao longo de 2025.

Com a inflação em situação de controlo e a economia da Zona Euro num estado de saúde periclitante, é expectável que o Banco Central Europeu (BCE) continue a baixar as taxas de juro oficiais – e que guiam todo o mercado, influenciando o comportamento das Euribor. Até que nível? Não se sabe muito bem, mas deverão rondar os 2% no final deste processo de normalização das taxas de juro.

Neste cenário, também se espera que as Euribor convirjam para níveis mais baixos do que os atuais, o que resultará, no final de contas, numa redução da prestação da casa. Assim apontam os contratos forward sobre as Euribor, que deixam antecipar que as taxas a três e seis meses baixem para os 2% ao longo do próximo ano.

Euribor em queda

Fonte: Refinitiv

Quanto é que a prestação desce em janeiro?

Para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos e com um spread de 1%, as contas para janeiro são as seguintes:

  • Euribor a três meses: a prestação que vai pagar nos próximos três meses irá descer para 701,5 euros, menos 52,66 euros (-6,98%) relativamente à prestação que pagava desde setembro;
  • Euribor a seis meses: a prestação que vai pagar nos próximos seis meses rondará os 685,01 euros, uma descida de 94,3 euros (-12,1%) em relação à prestação que pagava desde junho;
  • Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar nos próximos 12 meses irá cair para 668,14 euros, menos 107,92 euros (-13,91%) face à prestação que pagou no último ano.

Para o ajudar a calcular a prestação do seu crédito à habitação, o ECO preparou um simulador. Faça as contas para o seu caso e se o seu contrato for revisto agora, saiba quanto irá pagar a menos.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o simulador.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 31 Dezembro 2024

No último dia do ano, chegam ao fim alguns apoios do Estado. O INE mostra como cresceu a atividade turística em novembro e a bolsa portuguesa negoceia em sessão mais curta.

Em vésperas de ano novo, as negociações na bolsa portuguesa terminam mais cedo. O Banco de Portugal e o INE divulgam indicadores e os trabalhadores da Portway voltam a entrar em greve. Com o final do ano, chegam também ao fim alguns apoios do Estado.

Bolsa portuguesa negoceia em sessão mais curta

É véspera de Ano Novo até no mercado bolsista português. Tanto aqui como na maioria das congéneres europeias, a sessão desta terça-feira será mais curta antecipando o encerramento das bolsas no dia 31 de dezembro, dia de passagem de ano, com a bolsa de Lisboa a fechar por volta das 13h. No entanto, Wall Street mantém o seu fecho às 21h.

Banco de Portugal divulga indicadores de estabilidade financeira

O dia fica ainda marcado, por parte do Banco de Portugal, pelos indicadores de estabilidade financeira, referentes ao terceiro trimestre. A instituição divulga ainda informação sobre o sistema bancário português, também relativa ao terceiro trimestre, sendo que o sistema bancário nacional continua a apresentar uma evolução favorável, segundo dados recentes do BdP.

Como cresceu a atividade turística em novembro?

Já o Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta a sua estimativa rápida sobre a atividade turística de novembro. Até outubro, os proveitos totais do alojamento turístico aumentaram 10,6% e os de aposento 10,7%, em termos homólogos, para 5.969,1 e 4.619,4 milhões de euros, respetivamente, sobretudo impulsionados pelas dormidas de não residentes.

Terminam apoios do Estado ao crédito à habitação e à compra de carros elétricos

Com o final do ano, terminam também alguns apoios concedidos do Estado. Além da extinção das alterações temporárias para quem tem empréstimos à habitação, acabam também com o dia de hoje as candidaturas aos apoios à compra de carros 100% elétricos ou outros veículos verdes, que chegavam aos quatro mil euros, para veículos até 38.500 euros.

Greve nos aeroportos

Depois da greve na véspera de Natal, a contestação setorial vai continuar a fazer-se também na véspera de ano novo. Esta terça-feira, os trabalhadores da Portway voltam a entrar em greve, numa iniciativa que se traduz numa paralisação de 24 horas, entre as 00:00 e as 23:59. Além disso, está em curso uma paralisação de todo o trabalho suplementar desde as 00:00 do dia 24 de dezembro e que se estende até às 23:59 de dia 1 de janeiro de 2025.

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Galp identifica dois novos reservatórios na Namíbia com “boa qualidade”

Sétima atualização aos investidores sobre esta exploração petrolífera perto da fronteira com a África do Sul volta a mostrar resultados promissores aos investidores.

A Galp Energia GALP 0,51% deu novas informações aos investidores esta terça-feira, 31 de dezembro, acerca da prospeção de petróleo na Namíbia, informando da descoberta de “uma coluna de hidrocarbonetos de gás condensado” e de uma nova “coluna de hidrocarbonetos de petróleo leve num reservatório mais pequeno”. Segundo a empresa, “ambos os reservatórios apresentaram areias de boa qualidade”, com o consórcio liderado pela Galp a prever realizar novas perfurações já nos primeiros dias de janeiro. Ainda assim, as ações abriram a cair mais de 4,5%.

No último dia do ano, a Galp, que detém 80% do consórcio que está a explorar petróleo numa área de quase 10.000 quilómetros quadrados ao largo daquele país africano, perto da fronteira com a África do Sul, dá assim novas informações promissoras que voltam a sugerir estar-se na presença de um importante bloco petrolífero, conhecido atualmente por Licença de Exploração de Petróleo 83 (PEL 83, na sigla original em inglês), segundo tem sido transmitido pela companhia.

A atualização desta terça-feira, num comunicado submetido aos mercados, resulta da perfuração “com sucesso” de mais um poço petrolífero nesta localização no passado dia 2 de dezembro, explica a empresa. Foi neste poço petrolífero, apelidado de Mopane-2A, que a Galp encontrou a referida “coluna de gás condensado”, designada por AVO-3, bem como um segundo reservatório mais pequeno de petróleo leve, designado por AVO-4.

“Ambos os reservatórios apresentaram areias [petrolíferas] de boa qualidade, com boas porosidades e permeabilidades, altas pressões e características de baixas viscosidades de fluidos, com concentrações mínimas de CO2 [dióxido de carbono] e zero de H2S [ácido sulfúrico]”, refere a Galp no comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Além disso, em linha com todos os poços Mopane anteriores, não foram descobertos contactos com água”, sublinha ainda a petrolífera nacional.

“A Galp continuará a avaliar a viabilidade comercial das descobertas”, informa, nesta que é já a sétima atualização sobre a exploração de petróleo na Namíbia, onde tem em curso uma campanha de prospeção, em conjunto com dois parceiros, a Namcor e a Custos, ambos com 10% do consórcio, desde novembro de 2023. O consórcio também “continuará a analisar e a integrar todos os novos dados adquiridos para melhor entender o completo Mopane”.

As três empresas vão acelerar a campanha de prospeção nesta localização na Bacia Laranja, com as perfurações a prosseguirem numa nova localização, com início previsto para os primeiros dias do ano novo, “em torno do dia 1 de janeiro”.

Galp desliza em bolsa após anúncio

A prospeção da Galp na Namíbia tem atraído muita atenção por parte dos investidores, desde que, no dia 21 de abril de 2024, a empresa indicou, na quinta atualização sobre a campanha, poder estar perante uma “importante descoberta comercial” de petróleo. Em reação a essa notícia, as ações da Galp dispararam 20,64% num só dia, a 22 de abril, o melhor dia de sempre para os títulos da empresa.

Estas atualizações positivas também têm dado alento aos títulos da empresa ao longo de ano de 2024, acumulando ganhos de mais de 20%.

No entanto, esta terça-feira, numa sessão mais curta do que o habitual devido à passagem de ano, e marcada por menor liquidez, as ações da Galp abriram com uma queda significativa, a recuar mais de 4,5%, para 15,9 euros, naquela que caminhava para ser a pior sessão para a empresa desde o dia 28 de outubro de 2024. Enquanto isso, as negociações estavam a ser positivas para outras petrolíferas na Europa, incluindo a norueguesa Equinor e a italiana Eni.

Em outubro, o CEO da Galp, Filipe Silva, afirmou que a Galp deverá manter a posição de 80% no consórcio pelo menos até terminarem os trabalhos de exploração, o que está previsto acontecer no final de 2025.

Em julho, a Reuters noticiou que “mais de 12 petrolíferas”, incluindo a norte-americana Exxon, a britânica Shell e a brasileira Petrobrás, estão interessadas em comprar uma posição de 40% na exploração da Galp na Namíbia.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h34)

Evolução das ações da Galp em Lisboa:

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Departamento do Tesouro dos EUA revela ter sido alvo de ciberataque e acusa Pequim

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

O ataque, no início de dezembro, foi executado "de acordo com as indicações disponíveis, por um ator apoiado financeiramente pela China", adiante o Tesouro dos EUA, liderado ainda por Janet Yellen.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos revelou esta segunda-feira, numa carta aos congressistas da Câmara dos Representantes, que foi vítima de um ciberataque no início de dezembro, sem risco para dados confidenciais, acusando Pequim de financiar a operação.

Segundo a carta, consultada pela agência France-Presse (AFP), o ataque afetou vários postos de trabalho do Tesouro, utilizando software de um parceiro, o BeyondTrust.

Segundo a mesma fonte, o ataque foi executado “de acordo com as indicações disponíveis, por um ator apoiado financeiramente pela China”.

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Rui Paredes ganha eleições para a direção da Casa do Douro por 71 votos

  • Lusa
  • 30 Dezembro 2024

A lista (B) de Rui Paredes obteve 1.508 votos contra 1.437 conseguidos pela lista (A) de Manuela Alves, num ato eleitoral marcado pela abstenção.

A lista encabeçada por Rui Paredes ganhou as eleições para a direção da Casa do Douro com 1.508 votos, mais 71 do que a lista liderada por Manuela Alves, segundo os resultados oficiais divulgados esta segunda-feira.

De acordo com os resultados finais, publicados na página da Internet eleiçõescasadodouro.pt, a lista (B) de Rui Paredes obteve 1.508 votos contra 1.437 conseguidos pela lista (A) de Manuela Alves, num ato eleitoral marcado pela abstenção.

No sábado realizaram-se as eleições para a direção e conselho regional da Casa do Douro, as primeiras depois da restauração, pelo Parlamento, como associação pública de inscrição obrigatória. A instituição tem como missão a defesa dos viticultores e da viticultura duriense.

Rui Paredes tem 57 anos, é gestor, pequeno viticultor, diretor da Adega Cooperativa de Favaios, presidente da Federação Renovação do Douro e é vice-presidente do conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). Manuela Alves, de 66 anos, é natural de Carlão (Alijó), viticultora e inspetora da Inspeção-Geral de Educação.

O número de viticultores/eleitores inscritos neste ato eleitoral era de 18.655 e o número de votos contabilizados para as duas listas cifrou-se em 2.945 votos, havendo ainda 93 votos em branco e 97 nulos. O mandato é de três anos e a direção eleita tomará posse, em princípio, em janeiro, perante o conselho regional de viticultores.

O mandato da direção só pode ser renovado duas vezes. O conselho é composto por 51 membros eleitos por sufrágio direto dos associados singulares, sendo depois designados representantes das adegas cooperativas, cooperativas agrícolas e associações de viticultores.

Criada em 1932 para defender os viticultores, a organização viu alterados os estatutos para associação privada de inscrição voluntária em 2014 e, dez anos depois, volta a ter uma dimensão pública.

A nova lei foi aprovada em janeiro deste ano, com os votos a favor do PS, PCP, BE, PAN, Livre e do então deputado social-democrata Artur Soveral de Andrade, a abstenção do PSD e os votos contra do Chega, Iniciativa Liberal (IL) e do deputado socialista Capoulas Santos.

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