Deputado liberal Bernardo Blanco despede-se do parlamento

  • ECO
  • 24 Março 2025

Bernardo Blanco diz que regressa ao setor privado para continuar a desenvolver a sua empresa e "ajudar outras a crescer", começando pela Noxus, uma startup de IA fundada por portugueses.

Bernardo Blanco, deputado da Iniciativa Liberal desde 2022, anunciou que não vai ser candidato a deputado nas legislativas de maio, e vai regressar ao setor privado.

Após um percurso de seis anos “intensos” na Assembleia da República – que começou em 2019 como assessor do João Cotrim Figueiredo – “agora é tempo de continuar a desenvolver a minha empresa e ajudar outras a crescer, começando pela Noxus – startup de inteligência artificial fundada por portugueses”, anunciou numa publicação no X.

“Nestas eleições a Iniciativa Liberal tem todas as condições para alcançar um grande resultado! Bastará demonstrar a competência natural do partido. Lá estarei dia 18 de Maio para votar IL, desta vez apenas como membro do partido”, escreveu também Bernardo Blanco, acrescentando que espera lançar “em breve” um “projeto cívico que contribua para a transformação cultural de que o país tanto precisa”.

Bernardo Blanco esclarece ainda que não deixará de falar de política, algo que continuará a fazer seja nas redes sociais ou na imprensa e, agora, “com mais liberdade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reforço da ação social tirará foco da luta estudantil sobre propinas, acredita ministro

  • Lusa
  • 24 Março 2025

O ministro da Educação sublinhou que a propina "não é o principal elemento de exclusão". Fernando Alexandre já tinha admitido a hipótese de descongelar o valor das propinas.

O ministro da Educação considerou esta segunda-feira que o reforço da ação social tirará o foco da luta estudantil pelo fim das propinas, uma das principais reivindicações dos estudantes, repetida nas ruas, mas não em reunião com o governante.

“Espero convencê-los de que com um bom sistema de ação social, o foco nas propinas perde-se”, afirmou Fernando Alexandre em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com dirigentes de federações e associações académicas.

O ministro da Educação, Ciência e Inovação e a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, reuniram-se com os representantes dos estudantes do ensino superior para assinalar o Dia Nacional do Estudante, num encontro em que participaram também o diretor-geral do Ensino superior, Joaquim Morato, e a presidente do Conselho Nacional para a Inovação Pedagógica no Ensino Superior, Patrícia Rosado Pinto.

Horas antes, centenas de universitários percorreram as ruas de Lisboa numa manifestação nacional para pedir mais financiamento para o ensino superior e garantiram que irão continuar a lutar para que ninguém seja impedido de estudar, insistindo no fim das propinas. “Não foi muito referido, talvez porque também sabem que temos aí uma divisão na forma como olhamos para esse problema”, respondeu o ministro quando questionado se aquela reivindicação também tinha sido levantada durante a reunião.

Sobre essa matéria, o ministro, em gestão desde a queda do Governo, já tinha admitido a hipótese de descongelar o valor das propinas, em função das conclusões de um estudo de avaliação da ação social, defendendo que é sobretudo através desse mecanismo que as barreiras financeiras à frequência do ensino superior são mitigadas.

A ideia voltou a ser defendida e Fernando Alexandre sublinhou que, no seu entender, a propina “não é o principal elemento de exclusão”.

Temos de garantir que temos uma avaliação adequada dos custos de frequência do ensino superior e depois, face ao rendimento das famílias, a ação social garante que nenhum aluno fica excluído por razões económicas e financeiras”, explicou. Por outro lado, a principal dificuldade referida pelos representantes dos estudantes é a falta de alojamento e o governante reconheceu que os atrasos na execução do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES) são preocupantes.

Ainda assim, e com apenas duas mil camas já inauguradas, acredita que a meta de 18 mil camas até 2026 será cumprida. “Há muitas a serem concluídas. Agora estamos a entrar em período eleitoral, mas haveria muitas inaugurações a fazer nos próximos meses”, afirmou, considerando também que as instituições “perceberam que o alojamento tem de ser pensado além da ação social”, também como um instrumento de integração dos estudantes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Paulo Raimundo diz “não” a trocar salários e direitos por armas

  • ECO
  • 24 Março 2025

O tema da ajuda à Ucrânia na guerra com a Rússia foi o único tema da entrevista ao secretário-geral do PCP, que voltou a defender um "caminho pela paz" na resolução do conflito.

“O que está em decisão hoje é se o caminho é de mais armas até à destruição final ou se é de mais paz, mais cooperação e de não trocar salários, pensões, abonos de família e direitos por dinheiro para as armas“, disse Paulo Raimundo em entrevista, esta segunda-feira, à RTP.

O secretário-geral do PCP defendeu ainda que embora o Governo tenha “alinhado” no envio de armas para a Ucrânia, havia “várias formas” de ter mostrado a sua solidariedade com o povo ucraniano. Embora não dizendo claramente se se opunha ao envio de armas para um país em situação de guerra, Paulo Raimundo disse que o PCP não “alinha no caminho da guerra e destruição”.

“Para descalar o conflito e minimizarmos o perigo, o caminho não é com mais armas. O caminho é abrir todas as vias para desanuviar o conflito e chegar aos caminhos da paz. Isso é válido para a Ucrânia, para a Palestina e para todos os sítios onde há conflitos”, acrescentou durante a entrevista, de dez minutos, em que o único tema foi a posição comunista face à Ucrânia.

“Se todos se tivessem empenhado pela paz e não em armamento e destruição, teríamos evitado milhares de mortes e um país. E aqueles que bateram palmas de pé, o que fizeram foi condenar o povo ucraniano à morte”, afirmou.

O líder do PCP fez ainda uma comparação, afirmando que não se viu nenhuma posição idêntica – de envio de armas – por parte da União Europeia ou do Governo português para a Palestina, “para os palestinianos se defenderem”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo promulga diplomas que alteram estatutos da NAV e do SNS

  • Lusa
  • 24 Março 2025

Belém deu luz verde ao diploma que extingue os conselhos fiscais dos hospitais e também ao decreto que quer adaptar os estatutos da NAV ao regime jurídico do setor público empresarial.

O presidente da República promulgou esta segunda-feira o diploma que altera os estatutos da Navegação Aérea de Portugal, empresa responsável pela gestão do tráfego aéreo, e do Serviço Nacional de Saúde.

O diploma sobre o SNS extingue “os conselhos fiscais enquanto órgão dos estabelecimentos de saúde, E.P.E”. Já as alterações ao decreto-lei da NAV tinham sido aprovadas em Conselho de Ministros em 6 de março deste ano e visam adaptar os estatutos da empresa ao regime jurídico do setor público empresarial.

“Considerando a especial exigência, complexidade e relevância estratégica da atividade desta empresa para o país, impõe-se que a composição do Conselho de Administração da NAV mantenha cinco elementos: um presidente, três vogais, podendo ainda ser nomeado um vice-presidente”, de acordo com o comunicado emitido pelo Governo à data, não sendo conhecidos mais detalhes.

Atualmente, o Conselho de Administração da NAV Portugal é liderado por Pedro Ângelo, sendo também constituído por Ana Cristina Lima e Miguel Malaquias Pereira como vogais.

Marcelo Rebelo de Sousa deu ainda luz verde a mudanças no diploma, que estabelece “o quadro jurídico geral da concessão de serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil em Portugal atribuída à ANA”. O contrato de concessão foi assinado em 2012 por um prazo de 50 anos, mas com a construção do novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete, a ANA propõe alargar o prazo por mais 30 anos para permitir a amortização do investimento estimado em 8,5 mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal classifica de “ilegal” resgate de concessão do saneamento na Covilhã

  • Lusa
  • 24 Março 2025

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco aceitou a providência cautelar da Águas da Serra contra o município da Covilhã, segundo a empresa.

A empresa Águas da Serra, que gere o saneamento em alta no concelho da Covilhã, reiterou que o resgate da concessão anunciado pelo município é ilegal e afirmou que o tribunal lhe deu razão, ao aceitar uma providência cautelar que suspende o processo.

“Esta decisão confirma a posição que a Águas da Serra tem invocado ao longo do tempo, que tem sido sempre alinhada pela legalidade e pelos interesses em causa na concessão municipal que lhe foi atribuída em 2005, a começar pelos interesses dos munícipes da Covilhã”, referiu esta segunda-feira a empresa, em comunicado.

O Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Castelo Branco aceitou a providência cautelar da Águas da Serra contra o município da Covilhã, suspendendo a deliberação da Assembleia Municipal, que autorizava o resgate da concessão atribuída à empresa.

“Na perspetiva do tribunal, e tal como a Águas da Serra (AdS) tem vindo a reiterar, o interesse público subjacente à decisão de resgate não está minimamente justificado pelo município da Covilhã, daí que a decisão municipal seja ilegal”, acrescentou a empresa, na mesma nota.

A AdS acentuou que as justificações invocadas pelo presidente da Câmara da Covilhã para avançar com o resgate da concessão traduzem-se apenas em “considerações gerais e superficiais, que não apresentam o rigor nem a profundidade mínima exigida para esse resgate e nem sequer foram acompanhadas de estudos técnicos adequados para tanto”.

O TAF pronunciou-se sobre o dever de fundamentação da decisão de resgate em função do prévio parecer da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), que emitiu parecer desfavorável ao projeto de resgate da concessão. Para o Tribunal, nem a Assembleia Municipal, nem a proposta apresentada pelo presidente da Câmara da Covilhã cumpriam as exigências legais mínimas para que uma decisão de resgate com aquele conteúdo pudesse ser tomada.

Além disso, o interesse público subjacente à decisão de resgate “não está minimamente justificado” pela autarquia, que apenas fundamentou a decisão com razões “puramente financeiras, com vista à diminuição do lucro da concessionária”.

Segundo o TAF, esta justificação é “insuficiente para tornar o direito ao resgate legítimo”, assim como as deliberações da Assembleia Municipal e da Câmara apresentam “deficiências de fundamentação” e “são patentes, graves e incompatíveis com a atuação de uma entidade pública”.

A concretização do resgate nos termos propostos pelo presidente da autarquia, entende o TAF, poderá provocar prejuízos irreparáveis à AdS e ao próprio interesse público e dos munícipes.

A Câmara ratificou no dia 21 de fevereiro de 2025, com os votos dos vereadores da maioria socialista, a proposta de resgate do contrato de concessão dos serviços de saneamento em alta, aprovada pelo executivo em 18 de outubro e pela Assembleia Municipal em 31 de janeiro. O presidente, Vítor Pereira (PS), lembrou que já tinha alertado que o município se devia preparar para uma disputa legal.

Vítor Pereira argumentou na altura que “esta é a única forma de os covilhanenses reduzirem a tarifa de saneamento, a mais alta do país” e afirmou que o parceiro privado “não deixou alternativa” a esta solução. A AdS tem a concessão do saneamento na Covilhã desde 2005, um negócio feito por um período de 30 anos, por 70% do capital, com a possibilidade de resgate a partir dos 18 anos, cumpridos em abril de 2023.

A empresa acusou o presidente do município de ilegalidades, disse que a decisão implica o pagamento de uma indemnização de 18 milhões de euros e avisou que ia agir judicialmente, o que levou o autarca a acusar o parceiro privado de estar a “faltar à verdade”.

Segundo o presidente da Câmara, considerando as contas feitas pelos consultores, a operação vai ter um custo de 5,8 milhões e pode chegar aos 7,7 milhões, com juros, enquanto o município teria de pagar ao parceiro privado 52 milhões até ao final do contrato.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moçambique. Mondlane anuncia cessar da violência

  • Lusa
  • 24 Março 2025

Venâncio Mondlane, após encontro com o novo presidente moçambicano, defendeu o cessar da violência nas ruas.

O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou um acordo com o Presidente moçambicano para cessar a violência a partir desta segunda-feira, inclusive contra polícia e membros do partido Frelimo, e garantias de assistência médica aos feridos durante protestos.

“Daniel Chapo assumiu a responsabilidade perante o Estado moçambicano em empenhar-se em garantir que esta violência que vem do Estado, que vem da polícia, que vem da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), do Serviço de Investigação Criminal (Sernic), essa violência deve ser estancada“, declarou Venâncio Mondlane, a partir de uma live (direto) na sua página oficial do Facebook.

“Venâncio Mondlane que está a falar convosco hoje assumiu a responsabilidade de vir dizer na live ao povo que a violência infringida contra a UIR, contra Sernic, contra membros da Frelimo, contra outros que não estão de acordo connosco também deve cessar”, acrescentou o político.

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, que é também líder da Frelimo, reuniu-se domingo com o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane para “discutir soluções face aos desafios que o país enfrenta”, anunciou na madrugada desta segunda a Presidência da República.

Em comunicado, a Presidência explicou que o encontro, o primeiro entre os dois divulgado publicamente depois do início da contestação nas ruas que se seguiu às eleições gerais de 9 de outubro, aconteceu em Maputo e inseriu-se “no esforço contínuo de promover a estabilidade nacional e reforçar o compromisso com a reconciliação e a unidade dos moçambicanos”.

“Há um compromisso assumido para não se assassinar moçambicanos. Sejam moçambicanos da trincheira A ou da trincheira B, assumimos o compromisso de acabar com a violência. Vamos assumir que hoje a violência cessa entre ambas as partes”, declarou Venâncio Mondlane.

Venâncio Mondlane apontou também consensos com o Presidente moçambicano sobre garantias de assistência médica e medicamentosa gratuita a todas as pessoas que ficaram feridas, incluindo polícias e membros do partido Frelimo, sobretudo a tiro, durante os protestos pós-eleitorais.

“Pessoas que foram mortas, foram assassinadas, que têm famílias, é preciso compensar as famílias. Crianças, adultos, velhos, perdeu-se vida. É preciso dar assistência social a essas pessoas, dar compensação a essas famílias. Daniel Chapo falou e concordei, ele falou que devemos dar assistência psicológica e estou de acordo”, disse Venâncio Mondlane, sublinhando consensos.

Mondlane anunciou também consensos com o Presidente de Moçambique para conceder indultos a detidos no contexto dos protestos: “isto é o que o povo quer ou não quer? Isto é contra Moçambique? Isto é bom para o povo ou não?”, questionou, anunciando igualmente a criação de equipas que vão redigir o documento dos consensos alcançados.

“Todo o tipo de perseguição de ambas as partes, chegamos ao consenso de que isto deve cessar, deve parar”, repetiu Mondlane. Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo.

Atualmente, os protestos, agora em pequena escala, têm estado a ocorrer em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e de outros problemas sociais.

Desde outubro, pelo menos 361 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, de acordo com a Plataforma Decide, uma organização não-governamental moçambicana que acompanha os processos eleitorais.

O Governo moçambicano confirmou pelo menos 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias durante as manifestações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maioria das albufeiras acima de 80% de capacidade, armazenamento total a 92%

  • Lusa
  • 24 Março 2025

Das albufeiras monitorizadas, há cinco que estão com uma capacidade entre os 51 e os 60%, oito entre os 61 e os 80%, e 66, a grande maioria, com uma capacidade entre os 81 e os 100%.

A grande maioria (83%) das albufeiras do país está com água acima dos 80% da capacidade, estando quase todas as bacias hidrográficas do continente acima da média e a capacidade de armazenamento em 92%. Na terceira semana de março, o armazenamento por bacia hidrográfica só é inferior à média (meses de março entre 1990/91 e 2023/24) nas bacias do Ave, Mira e Ribeiras do Barlavento.

De acordo com os dados hoje divulgados na página da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) na última semana, marcada pela depressão Martinho, todas as bacias hidrográficas tiveram um aumento do volume de armazenamento. De 17 de março para hoje houve um aumento de 3,7%, o equivalente a 493 hectómetros cúbicos (hm3).

Com as chuvas que caíram em março, hoje nenhuma barragem está assinalada a vermelho, o que quer dizer que não há nenhuma barragem do continente com menos de 20% da capacidade, e apenas uma com menos de 40%, a albufeira de Monte da Rocha, na bacia hidrográfica do Sado, que está a 37%.

No final de janeiro Monte da Rocha estava a 13% da capacidade, ao lado de duas outras albufeiras problemáticas em termos de armazenamento, ambas no Algarve: Arade a 17% e Bravura a 14%. Hoje a barragem do Arade está a 59%, com uma subida de 39% só na última semana, e a Bravura a 56%, com uma subida de 12%.

Das albufeiras monitorizadas, especifica o boletim semanal da APA, há cinco que estão hoje com uma capacidade entre os 51 e os 60%, oito entre os 61 e os 80%, e 66, a grande maioria, com uma capacidade entre os 81 e os 100%. Com as chuvas intensas das últimas semanas o volume total de armazenamento de água no continente está agora nos 92%, 12.165 hm3, para uma capacidade total de 13.299 hm3.

No quadro das bacias hidrográficas destaca-se também o armazenamento a 99% nas bacias do Vouga e a 97% das bacias do Tejo. Na bacia do Tejo há várias barragens completamente cheias, o mesmo acontecendo no Guadiana, cuja bacia está também a 97% da capacidade. Alqueva está a 97%.

Na bacia do Douro atingiram o limite as albufeiras de Alijó, Serra Serrada e Vilar Tabuaço, embora as restantes estejam também perto dos 100%, e na bacia do Sado há também albufeiras a 100% da capacidade. No sotavento algarvio, as albufeiras de Beliche e Odeleite estão quase no limite também.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santo Tirso ganha “o maior campus de formação do país”

Num investimento de 8,4 milhões e numa área de 3.000 metros quadrados, o futuro centro de formação de competências digitais vai distribuir-se por quatro edifícios da Fábrica de Santo Thyrso.

Num investimento de 8,4 milhões de euros, Santo Tirso vai ter “o primeiro centro de formação de competências digitais descentralizado do país” – o Thyrso Digital – com capacidade para 444 formandos em simultâneo, anunciou esta segunda-feira o Cesae Digital. O futuro centro deverá posicionar-se como um hub de inovação, criando um ecossistema dinâmico de desenvolvimento de talento e crescimento económico.

O primeiro passo foi dado, esta segunda-feira, com o lançamento da obra na Fábrica de Santo Thyrso, onde o futuro centro de formação de competências digitais ficará instalado.

Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), este projeto resulta de uma parceria entre o município de Santo Tirso, o Cesae Digital e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Será “o maior campus de formação e desenvolvimento de competências digitais do país”, anunciou o Cesae Digital – Centro para o Desenvolvimento de Competências Digitais, num comunicado.

Este projeto será um verdadeiro motor de crescimento, posicionando Santo Tirso como um polo estratégico de formação e qualificação digital em Portugal.

Alberto Costa

Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso

“Mais do que um centro de formação, o Cesae Digital será um verdadeiro hub de inovação, agregando parcerias estratégicas com o IEFP, o município de Santo Tirso, universidades e entidades empresariais e empreendedoras”, comprometeu-se a entidade formadora.

Esta segunda-feira, durante o lançamento da empreitada, o presidente da câmara local, Alberto Costa, disse que “o Thyrso Digital será o primeiro centro de formação de competências digitais descentralizado do país, representando um passo determinante para aproximar a inovação e a qualificação digital dos territórios, garantindo que ninguém fica para trás nesta transformação”.

O autarca acredita que “este projeto será um verdadeiro motor de crescimento, posicionando Santo Tirso como um polo estratégico de formação e qualificação digital em Portugal“.

Já o presidente do Cesae Digital, Luís Manuel Ribeiro, sustentou, por sua vez, que “este é um compromisso com o futuro, a empregabilidade e a atração de inovação para a região“. Aliás, sublinhou, “as melhores políticas públicas são sempre aquelas que apostam na valorização das pessoas e na criação de mais e melhores empregos”.

Com uma área de 3.000 metros quadrados, o futuro centro de formação de competências digitais vai distribuir-se por quatro edifícios da Fábrica de Santo Thyrso. Terá 18 salas de formação, 11 das quais destinadas à qualificação de jovens e adultos. O futuro espaço vai ainda contemplar cinco laboratórios “altamente especializados em áreas como a cibersegurança e a inteligência artificial, potenciando dinâmicas de inovação e de apoio a todo o ecossistema da Fábrica de Santo Thyrso”, detalha a empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Via verde” para trabalhadores imigrantes pode criar novas desigualdades, avisa UGT

  • Lusa
  • 24 Março 2025

A UGT expressa "a sua forte preocupação" com o novo protocolo para imigrantes, uma vez que parece "apontar no sentido de uma desregulação das condições de trabalho".

A União Geral de Trabalhadores (UGT) manifestou-se esta segunda-feira preocupada com o protocolo que está a ser discutido com as confederações patronais para a migração laboral, considerando que pode criar “novas desigualdades” e “novos focos de exclusão dos trabalhadores migrantes”.

Em causa está um protocolo de cooperação, que tem como intuito agilizar a contratação de cidadãos estrangeiros com contrato de trabalho e que está a ser discutido com os representantes dos ‘patrões’, desde o início de dezembro. O protocolo, conhecido por “Via Verde” para imigrantes, prevê que as empresas tenham que cumprir alguns requisitos, nomeadamente ao nível da formação e alojamento dos trabalhadores.

“A UGT [União Geral de Trabalhadores] deve expressar a sua forte preocupação com tais conteúdos, os quais parecem apontar no sentido de uma desregulação das condições de trabalho e que poderão, em última instância, contribuir para a criação de novas desigualdades e de novos focos de exclusão dos trabalhadores migrantes”, defende a central sindical liderada por Mário Mourão, em comunicado.

A central sindical critica ainda o Governo por não ter auscultado os sindicatos sobre este processo, referindo que “talvez a ausência sindical explique a evolução que é apontada no conteúdo do protocolo, o qual parece admitir novos focos de precariedade e exonerar os empregadores portugueses das suas obrigações de formação”.

Na mesma nota, a UGT reafirma ainda o “compromisso com a credibilidade do diálogo social” e com uma política de imigração “que garanta condições de vida e de trabalho dignas para quem vem para Portugal”, requisito que sublinham ser “fundamental para uma verdadeira integração social”.

Há cerca de duas semanas, o ministro da Presidência tinha indicado que o acordo poderia ser concretizado nas próximas semanas, tendo em conta que a sua execução compete a entidades administrativas.

Segundo Leitão Amaro, este processo de aceleração de vistos pretende que empresas e confederações patronais “assumam compromissos de imigração regulada responsável”, como a existência de contrato de trabalho, seguros de viagem e de saúde, obrigações de formação profissional e de ensino da língua e acesso a alojamento adequado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dilma Rousseff renova mandato à frente do banco dos BRICS

  • Lusa
  • 24 Março 2025

A próxima nomeação seria feita pela Rússia, mas, de acordo com a Agência Brasil, o Presidente russo, Vladimir Putin, cedeu o lugar ao Brasil, que este ano assume também a presidência do bloco.

O Governo brasileiro confirmou a renomeação da ex-Presidente do Brasil Dilma Rousseff para permanecer à frente do Novo Banco de Desenvolvimento do bloco de economias emergentes BRICS nos próximos cinco anos.

“Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento”, escreveu esta segunda-feira, nas redes sociais, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do Brasil, Gleisi Hoffmann. “Sob a sua direção, o Banco dos BRICS vem cumprindo importante papel no desenvolvimento dos nossos países”, acrescentou.

Dilma Rousseff assumiu o comando do banco em 2023 após a nomeação do Presidente brasileiro, Lula da Silva, que retirou do cargo Marcos Troyjo, que tinha sido indicado pelo então Presidente, Jair Bolsonaro.

A próxima nomeação seria feita pela Rússia, mas, de acordo com a Agência Brasil, o Presidente russo, Vladimir Putin, cedeu o lugar ao Brasil, que este ano assume também a presidência do bloco.

O Novo Banco de Desenvolvimento tem sede em Xangai e foi criado em 2014, quando Dilma estava à frente da presidência brasileira, na qual sucedeu a Lula da Silva em 2011, cargo que ocupou até ser destituída em 2016 pelo Congresso.

O BRICS é o bloco fundado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que recentemente aceitou como novos membros o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia, o Irão, a Indonésia e a Arábia Saudita, embora esta última ainda não tenha formalizado a adesão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dona da central solar de Santas comprada por fundo francês Ardian

'Private equity' que gere a concessionária de autoestradas Ascendi anunciou um acordo para adquirir a Akuo, uma das grandes vencedoras do leilão de energia solar em 2019.

O fundo de investimento francês Ardian anunciou esta segunda-feira que chegou a acordo para comprar a empresa de renováveis Akuo, que detém a central solar de Santas, localizada nos concelhos de Monforte, Borba e Estremoz, no Alentejo. O valor deste negócio, que está sujeito às habituais aprovações regulatórias, não foi revelado.

Desde 2007 que a Ardian investe em renováveis e, através de fundos de infraestruturas, gere mais de oito gigawatts (GW) de capacidade de energia térmica e renovável na Europa e nas Américas e tem mais de 35 mil milhões de dólares (cerca de 32 mil milhões de euros) sob gestão.

“Esta transação reflete o nosso compromisso em dar suporte a plataformas de infraestruturas empreendedoras de alto potencial na sua jornada para a industrialização e crescimento como parte da transição energética”, comentou o co-responsável de Infraestruturas na Europa da Ardian, Benoit Gaillochet, em comunicado enviado aos meios de comunicação social.

Fundada em 2007, e apoiada pela ICG desde 2022, a Akuo faz produção de energia renovável (energia eólica e fotovoltaica) e armazenamento em 12 países na Europa e na América. Os novos donos comprometem-se a “alavancar” a expertise no setor das energias renováveis para apoiar a Akuo na próxima fase de crescimento, através da “capacidade financeira necessária” para os ajudar a avançar com os projetos que tem em desenvolvimento.

A capacidade de produção e de armazenamento da Akuo deverá atingir os cinco GW até 2030.

“Esta aquisição é uma excelente oportunidade para a Akuo, que beneficiará da Ardian como parceira de longo prazo para dar suporte à sua próxima fase de crescimento. A Ardian permitirá que a Akuo não apenas otimize os seus negócios e expanda a sua presença internacional, mas também inove mais rapidamente para dar resposta aos desafios energéticos do amanhã”, referiu o cofundador da Akuo, Éric Scotto.

Em 2017, a sociedade de private equity Ardian comprou a concessionária de autoestradas Ascendi à construtora Mota-Engil e ao Novobanco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Insparya patrocina Millennium Estoril Open 2025

  • + M
  • 24 Março 2025

O grupo de Ronaldo marcará presença no torneio com um espaço exclusivo, onde serão realizadas atividades interativas dedicadas à saúde capilar. O reforço da proximidade com o público é o objetivo.

O Grupo Insparya, cofundado por Cristino Ronaldo, é agora patrocinador oficial do Millennium Estoril Open 2025, numa parceria que reforça o “compromisso do grupo clínico em apoiar eventos que promovem a excelência e o rigor técnico”.

A Insparya marcará presença no torneio de ténis com um espaço exclusivo no recinto, onde serão realizadas atividades interativas dedicadas à saúde capilar, incluindo workshops educativos, rastreios capilares personalizados e experimentação de tratamentos capilares inovadores.

O objetivo com estas iniciativas passa por um reforço da proximidade com o público e por sensibilizar para a importância da saúde capilar na autoestima e qualidade de vida.

“O Millennium Estoril Open é um palco de elite onde a dedicação, a tecnologia e a confiança são determinantes para a alta performance. Na Insparya, partilhamos estes valores e trabalhamos diariamente para transformar vidas, oferecendo soluções inovadoras em saúde capilar que potenciam o bem-estar e recuperam a autoconfiança dos nossos pacientes”, diz Francisco Freitas, chief marketing and sales officer & board member do Grupo Insparya, citado em comunicado.

Já João Stilwell Zilhão, managing partner e diretor do Millennium Estoril Open, diz que a parceria é um “passo natural” para o crescimento do torneio. “A Insparya é uma marca de referência no seu setor, com um compromisso claro com a qualidade e inovação. A sua presença no Millennium Estoril Open vem enriquecer ainda mais a nossa família de patrocinadores, garantindo uma ligação entre desporto, bem-estar e performance de alto nível”, refere.

O Millennium Estoril Open 2025 tem lugar de 26 de abril a 4 de maio, reunindo alguns dos melhores tenistas do circuito ATP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.