França apela a “pausa regulatória” na União Europeia

  • ECO
  • 24 Janeiro 2025

Governo francês pretende que seja travada a adoção de nova regulação e realizado um exercício de simplificação, nomeadamente no reporte de sustentabilidade.

O Governo francês, liderado por François Bayrou, pretende que a União Europeia implemente uma “pausa regulatória” e simplifique a regulamentação ligada às práticas ambientais, sociais e de governo das empresas (ESG), que acusa de penalizar o crescimento económico.

A notícia é avançada pela Bloomberg, que cita um documento governamental de 22 páginas. O Executivo francês defende um exercício amplo de revisão e simplificação, considerando que as leis estão “mal adaptadas ao novo contexto de concorrência internacional exacerbada e às políticas não cooperantes dos nossos principais concorrentes internacionais”.

Na mira do Governo de François Bayrou está a regulamentação ESG, nomeadamente a Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade, que traz exigências acrescidas às empresas na monitorização e divulgação de métricas de sustentabilidade. Para o Executivo gaulês, as regras devem ser “significativamente aligeiradas” e focadas nos “objetivos climáticos”, noticia a agência. Também o Governo alemão veio já apelar a uma simplificação das regras.

As exigências francesas chegam numa altura em que o novo Presidente dos EUA pretende avançar com uma agenda de desregulação, de forma a incentivar o crescimento económico.

A Comissão Europeia também definiu a simplificação regulatória como uma das prioridades para o novo mandato. Na próxima semana será conhecido o esboço da estratégia do Executivo comunitário para reforçar a competitividade económica do bloco. Um dos compromissos será reduzir em 25% as exigências de reporte das empresas.

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Como serão as cidades do futuro?

  • Local Online
  • 24 Janeiro 2025

Viana do Castelo prepara-se para discutir o futuro das cidades no evento promovido pelo ECO e pela Câmara Municipal.

No próximo dia 20 de fevereiro, Viana do Castelo será palco da conferência Cidade do Futuro que coloca em debate temas essenciais sobre sustentabilidade, mobilidade e inovação urbana.

Organizada pelo ECO, em colaboração com a Câmara Municipal de Viana do Castelo, a sessão de abertura será conduzida por António Costa, diretor do ECO, e Luís Nobre, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo. O programa será revelado em breve.

Esta conferência terá lugar no Hotel Flôr de Sal e é aberta ao público, mediante inscrição aqui.

Conferência Cidade do Futuro Viana do Castelo

PROGRAMA (em atualização)

14h00 Receção de participantes

14h30 Sessão de Abertura

António Costa, Diretor do ECO
Luís Nobre, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

14h45 Cidade Sustentável

José António Baptista da Costa, CEO da Sextante Motriz
Hermano Rodrigues
, Principal da EY-Parthenon
Pedro Diez Gaspar
, Future Business Technology Director no CEiiA

15h30 Cidade com Mobilidade

Álvaro Oliveira Costa, Professor da FEUP
Adelino Ribeiro, Comunicação e Formação do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade
Hélder Rodrigues, Coordenador na Direção de Sustentabilidade e Mobilidade na ADENE (Agência para a Energia)
Nuno Lago de Carvalho, CCO na CaetanoBus

16h15 Coffee-break

16h30 Apresentação do projeto Viana STARTS: Ciência + Tecnologia + Artes

Luís Nobre, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo
Marta Monteiro, Chefe de Divisão de Projeto da Câmara Municipal de Viana do Castelo

17h00 Encerramento

Cristina Pinto Dias, Secretária de Estado da Mobilidade*

*em vídeo

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Limite da compensação à CP sobe 23,7 milhões devido ao passe verde

  • Joana Abrantes Gomes
  • 24 Janeiro 2025

Executivo de Luís Montenegro aumentou a compensação máxima a atribuir pelo Estado à CP nos anos de 2024 e 2025 devido à criação do novo passe ferroviário, que entrou em vigor em outubro passado.

O Governo aumentou o valor máximo da compensação financeira anual a atribuir à CP, via contrato de serviço público com o Estado, devido à criação do passe ferroviário de 20 euros. No total, sem contar com o IVA, a compensação máxima a atribuir pelo Estado à CP aumenta em quase 23,7 milhões de euros.

De acordo com a Resolução do Conselho de Ministros publicada esta sexta-feira no Diário da República, a transportadora ferroviária pode ser compensada em até 89,1 milhões de euros relativos ao ano de 2024, e 98,3 milhões relativos a 2025, pela perda de receita com o novo título de transporte.

A decisão do Executivo de Luís Montenegro de aumentar o valor global da despesa relativa às compensações financeiras a pagar pelo Estado à CP já tinha sido anunciada na semana passada, no comunicado do Conselho de Ministros de 16 de janeiro, mas ainda não eram conhecidos os novos montantes máximos.

A Resolução agora conhecida dá conta de um aumento da compensação máxima relativa a 2024 de 84.396.072 euros para 89.128.347 euros, enquanto o valor a atribuir este ano não poderá exceder os 98.258.854 euros. A estes montantes acresce o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

No comunicado do Conselho de Ministros da semana passada, o Executivo atualizou o número de passes ferroviários vendidos para “mais de 100 mil”, sendo que o novo título de transporte, que custa 20 euros por mês, entrou em vigor em 21 de outubro do ano passado.

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Fiscalização identificou ilegalidades em 94% dos projetos urbanísticos

  • ECO
  • 24 Janeiro 2025

1.118 dos 1.312 projetos fiscalizados pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território eram obras clandestinas e 10% foram licenciados “em violação da lei”.

Entre 2020 e 2024, a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) levou a cabo ações de fiscalização em 59 municípios, tendo identificado ilegalidades em 94% das 1.312 operações urbanísticas avaliadas, noticia o Expresso esta sexta-feira. Os resultados da fiscalização — que, segundo a IGAMAOT, visou “avaliar a atuação das entidades públicas na prossecução dos interesses nacionais” — são extrapoláveis para o resto do país, visto que a tendência foi verificada em outros anos e noutros municípios.

A grande maioria dos projetos avaliados pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (1.118) são obras clandestinas — isto é, “destituídas de controlo prévio” das autarquias — e 10% foram aceites ou licenciadas pelos municípios “em violação da lei”. Mira (100), Almeirim (81), Ferreira do Zêzere (76), Silves (75), Chaves (40), Vila do Bispo (36), Vagos (36), Sintra (35), Sines (34) e Terras de Bouro (30) são os municípios com mais operações urbanísticas ilegais detetadas nas inspeções.

Segundo os especialistas, os resultados da fiscalização da IGAMAOT evidenciam a necessidade de ter “muito cuidado” com a nova lei dos solos, cujas alterações introduzidas pelo Governo ditam que basta a vontade do Executivo autárquico e a aprovação da Assembleia Municipal (sem qualquer entidade externa a pronunciar-se ou a fiscalizar) para converter solos rústicos em urbanos para construção privada de habitação.

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Grândola quer demolir obra ilegal de Louboutin em Melides

  • ECO
  • 24 Janeiro 2025

Habitação em alvenaria com 80 metros quadrados estará ilegal e recebeu ordem de embargo, bem como participação ao Ministério Público, segundo o Jornal de Negócios.

A Câmara Municipal de Grândola pretende demolir uma construção alegadamente ilegal na faixa de proteção na margem direita da lagoa de Melides que pertence ao criador de moda francês Christian Louboutin, avança o Jornal de Negócios esta sexta-feira.

A referida construção, uma habitação em alvenaria com 80 metros quadrados, foi detetada em outubro do ano passado pela fiscalização municipal e recebeu ordem de embargo por parte dos serviços camarários. Os fiscais dizem que a construção avançou “sem que tivesse [sido] efetuado o controlo prévio municipal obrigatório”.

Não é o único problema identificado com a obra. A construção também terá violado o Código Penal, por se encontrar dentro da Rede Natura 2000 Comporta-Galé, pelo que foi igualmente alvo de uma participação ao Ministério Público, de acordo com o mesmo jornal.

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Empresa do grupo Semapa compra espanhola Barna e expande-se para reciclagem de peixe

A ETSA, dedicada ao negócio da reciclagem alimentar, adquiriu 100% do capital do grupo Barna, do País Basco, ao fundo de investimento Corpfin Capital.

Instalações da ETSA em Loures.

A empresa portuguesa ETSA, do grupo Semapa, anunciou esta sexta-feira a aquisição de 100% do capital do grupo espanhol Barna, que também se dedica ao negócio da reciclagem alimentar, ao fundo de investimento Corpfin Capital e a outros acionistas minoritários.

A compra visa permitir a expansão da atividade ligada à sustentabilidade ambiental e economia circular. Enquanto a ETSA se centra mais na reciclagem de óleos alimentares usados, farinhas para rações animais ou biodiesel, a Barna tem uma operação mais focada em reaproveitar excedentes da pesca (peixe) e conservas. Do plano de agregação dessas valências, adveio o acordo agora anunciado.

Sediada em Mundaka, no País Basco, a Barna produz proteínas e óleos provenientes da recolha e faz transformação de produtos de origem marinha para, sobretudo, alimentação animal. A inclusão da concorrente do país vizinho num grupo com capacidade de investimento permite a entrada em novos segmentos de mercado. O valor da aquisição não foi revelado.

A comissão executiva da ETSA, liderada por Afonso Lobato de Faria, considera que esta aquisição “vai permitir potenciar o trabalho em inovação e sustentabilidade desenvolvido até agora pela equipa Barna”. “Este é um passo muito importante no crescimento do Grupo ETSA e estamos muito motivados para trabalhar em conjunto com a equipa Barna e explorar as muitas oportunidades que a gestão integrada de ambos os grupos irá criar”, comentou a gestão da empresa, em comunicado de imprensa divulgado esta manhã.

Fundada em 1961, a Barna tem duas fábricas — uma delas para escoar os excedentes de pescas e os subprodutos gerados pela indústria pesqueira — e mais de 120 trabalhadores que trabalham no processamento de mais de 50 mil toneladas de subprodutos de peixe por ano. Apesar de ter começado pela produção de farinhas e óleos de peixe tradicionais, ampliou a oferta comercial com hidrolisados de proteína de origem marinha.

Para os novos donos, estes são “produtos com muito maior valor nutricional, algo que se integra totalmente na estratégia seguida também pelo grupo ETSA de procurar cada vez mais aumentar o valor aportado aos ingredientes por si produzidos e comercializados”.

Com mais de meio século, a ETSA tem instalações em Loures, em Coruche, em Vila Nova de Gaia, em Vila Nova de Famalicão e em Tunes. Do grupo fazem ainda parte as empresas Sebol (rações animais e do biodiesel), ITS (transformação e subprodutos de origem animal), Abapor (distribuição), ETSALog (recolha e transporte de produtos), Biological (recolha e tratamento de óleos alimentares usados), AISIB (logística) e Tribérica (produção de embalagens amigas do ambiente)

“A circularidade que define o negócio do Grupo Barna e a sua estrutura industrial, onde se destacam a vasta cobertura geográfica e a qualificação dos seus recursos humanos, foram fatores determinantes para a aposta do grupo ETSA, conglomerado industrial responsável pelo desenvolvimento dos negócios de Ambiente do Grupo Semapa, nesta importante aquisição”, adiantaram ainda as empresas.

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Hoje nas notícias: Lei dos solos, Galp e SIS

  • ECO
  • 24 Janeiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O PS exige a revogação do conceito de “valor moderado” e a reintrodução do de “arrendamento acessível” na formulação final do diploma da nova lei dos solos, uma alteração que o Governo diz aceitar. O recuo da Shell e Chevron em projetos petrolíferos na Namíbia deixa a Galp sob pressão. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Governo aceita modelo de preços de habitação do PS na lei dos solos

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, disse que “o Governo está disponível para integrar propostas do PS” na formulação final do decreto-lei que altera a lei dos solos no sentido de facilitar a reclassificação de terrenos rurais em urbanos para promover a construção de habitação. Essas alterações — que o PS entrega esta sexta-feira no Parlamento — incluem o modelo de preços proposto pelos socialistas, que consiste na revogação do conceito do “valor moderado” e manutenção dos de “arrendamento acessível” e “habitação a custos controlados”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

94% dos projetos urbanísticos inspecionados tinham ilegalidades

Entre 2020 e 2024, a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) levou a cabo ações de fiscalização em 59 municípios, tendo identificado ilegalidades em 94% das 1.312 operações urbanísticas avaliadas. Os resultados da fiscalização — que, segundo a IGAMAOT, visou “avaliar a atuação das entidades públicas na prossecução dos interesses nacionais” — evidenciam a necessidade de ter “muito cuidado” com a nova lei dos solos, cujas alterações introduzidas pelo Governo ditam que basta a vontade do Executivo autárquico e a aprovação da Assembleia Municipal (sem qualquer entidade externa a pronunciar-se ou a fiscalizar) para converter solos rústicos em urbanos para construção privada de habitação.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Galp sob pressão com recuo da Shell e da Chevron na Namíbia

Recentemente, a britânica Shell e a norte-americana Chevron recuaram em projetos na Namíbia após terem concluído que os furos não eram comercialmente viáveis. No entender do advogado Rui Amendoeira, que tem experiência no setor petrolífero no continente africano, isto “são más notícias para a Galp”, que “vai ter de perder mais tempo na exploração, e incrementá-la, para provar a comerciabilidade dos seus campos e conseguir diluir a sua participação”. Acresce que a petrolífera portuguesa “vai ter de investir mais em exploração para vender a participação com maximização económica, se não quiser vender ao desbarato”, apontou ainda o advogado.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Ministério de Galamba foi alvo de espionagem, disse o SIS ao Ministério Público

Durante uma audição no Campus da Justiça, em Lisboa, em julho do ano passado, um dirigente dos Serviços de Informações de Segurança (SIS) informou uma procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa de que, quando João Galamba era ministro das Infraestruturas, o gabinete do respetivo ministério foi espiado em duas ocasiões por países inimigos. Esta revelação serviu para o SIS justificar a recuperação do computador de trabalho retirado das instalações do Ministério por Frederico Pinheiro, então adjunto de João Galamba, temendo que informações classificadas que se encontravam no portátil caíssem em mãos erradas.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Câmara de Grândola trava obra ilegal de Louboutin

Uma habitação em alvenaria com 80 metros quadrados, que pertence ao designer de moda francês Christian Louboutin, é uma das 42 construções ilegais que a Câmara de Grândola identificou no início de dezembro passado. A construção em causa localizava-se na faixa de proteção na margem direita da lagoa de Melides, que recebeu ordem de embargo por parte do município. Este projeto urbanístico de Louboutin foi igualmente alvo de uma participação do Ministério Público pela violação das regras vigentes no âmbito da Rede Natura 2000.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

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ECO Cidade chega a Matosinhos para debater sustentabilidade e reciclagem

  • Local Online
  • 24 Janeiro 2025

Depois da estreia em Mafra, a iniciativa reforça o compromisso com o debate público sobre sustentabilidade, reciclagem e os desafios das cidades no futuro. A segunda edição será em Matosinhos.

A segunda edição do ECO Cidade, um projeto que une o ECO, o Local Online e a Sociedade Ponto Verde, terá lugar na manhã do próximo dia 21 de fevereiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Matosinhos.

O evento terá como foco a gestão de resíduos, reunindo especialistas e decisores para debater soluções e boas práticas nesta área.

A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

PROGRAMA (em atualização):

10h30 Abertura

António Costa, Diretor do ECO
Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde
Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos

11h00 Gestão de Resíduos: que futuro?

Ana Isabel Trigo Morais, CEO Sociedade Ponto Verde
Maria Manuela de Carvalho Álvares, Vereadora da Câmara Municipal de Matosinhos
Fernando Leite, CEO da LIPOR
Luísa Magalhães, Diretora Executiva da SmartWaste
Miguel Pinto, Vice-Presidente da Associação Empresarial de Portugal

Moderação: Ana Batalha Oliveira, Diretora do Capital Verde

12h00 Encerramento

Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente*

* em vídeo

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O dia em direto nos mercados e na economia – 24 de janeiro

  • ECO
  • 24 Janeiro 2025

Ao longo desta sexta-feira, 24 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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LALIGA volta a bater recordes de assistência nos estádios na primeira metade da época

  • Servimedia
  • 24 Janeiro 2025

LALIGA EA SPORTS regista um aumento de 11,6% em relação ao mesmo período da época 23/24 e LALIGA HYPERMOTION um aumento significativo de 33% em relação à primeira parte da competição da época passada.

A LALIGA entra a meio da competição e tanto a LALIGA EA SPORTS como a LALIGA HYPERMOTION registaram números de assistência nos estádios que ultrapassam largamente os valores das épocas anteriores, revelando uma tendência de interesse crescente por parte dos adeptos de futebol e uma maior participação do público mais jovem.

É particularmente notável o aumento de 33% da assistência nos estádios da LALIGA HYPERMOTION em comparação com a primeira ronda da época passada. O regresso à categoria de prata de clubes históricos como o RC Deportivo e o Málaga CF levou a mais de 3 milhões de espetadores com uma média de 13 182 adeptos por jogo, de acordo com um relatório do meio de comunicação 2Playbook.

Neste sentido, o líder em assistência nesta primeira ronda do campeonato foi o Málaga CF, com uma média de 25.178 espetadores por jogo, mais 16% do que na época anterior. Na segunda posição está o RC Deportivo, com 22.798 espetadores.

De acordo com este relatório, as equipas asturianas também contribuíram para o aumento da assistência na LALIGA HYPERMOTION. O Real Sporting terminou a primeira volta com uma média de 21 429 espetadores, o que representa um aumento de 10%, e o Real Oviedo registou 19 143 espetadores, o que representa um aumento de 7% em relação à média do ano passado no mesmo período.

Outra das equipas que aumentou exponencialmente a sua assistência devido à sua grande primeira metade da temporada é o Real Racing Club. A equipa de Santander notou o grande apoio que está a receber dos seus adeptos e conseguiu reunir uma média de 19 123 espetadores na primeira metade da época, o que coloca os Campos de Desportos de El Sardinero no top 5 dos estádios com maior assistência. O Córdoba CF, outro clube também recém-promovido, teve uma média de 15.664 espetadores no El Arcángel, um aumento de 33% em relação à temporada 23/24.

LIGA EA SPORTS EM ALTA

A LALIGA EA SPORTS não ficou atrás e aumentou o número de adeptos nos estádios em 11,67%, ou seja, mais 925.270 do que na primeira volta da época 23/24. No total, 8.854.807 adeptos assistiram a um jogo em direto da competição espanhola de regularidade por excelência, a meio da época. E tudo isto sem contar com os estádios com capacidade máxima, como o Spotify Camp Nou, que está a ser remodelado.

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Apoios à classe média, benefícios fiscais e financiamento barato: os apelos do setor para a eficiência energética

Abranger a classe média, créditos fiscais e financiar a taxa zero são algumas das sugestões do setor para os apoios à eficiência.

Em 2025, abre-se um novo capítulo nos apoios estatais destinados à eficiência energética, que serão mais focados em famílias vulneráveis e deverão ser lançados durante o primeiro trimestre. As associações do setor, empresas e representantes dos consumidores apelam a uma maior abrangência e sugerem incentivos fiscais e financiamento mais barato.

São dois os novos programas que irão estrear no próximo ano: o E-Lar e o Bairros+Sustentáveis, ambos focados em famílias vulneráveis. E há um outro, lançado pelo anterior Governo, que “vai a prolongamento”: o Programa Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis.

A Associação Nacional de Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAGE) pede programas que abranjam toda a população, que permitam que o IVA — Imposto sobre o Valor Acrescentado a aplicar à instalação de janelas eficientes seja reduzido à taxa de 6% — como no caso dos ares condicionados e painéis solares — e que se introduzam benefícios fiscais em sede de IRS — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares para os valores investidos na melhoria da qualidade térmica das habitações.

Consideramos que uma parte significativa da população portuguesa, embora não se enquadre nos critérios de pobreza económica, continua a ser fortemente afetada pela pobreza energética.

Mariana Ludovino

Porta-voz da Deco Proteste

“Consideramos que uma parte significativa da população portuguesa, embora não se enquadre nos critérios de pobreza económica, continua a ser fortemente afetada pela pobreza energética“, sublinha a porta-voz da Deco Proteste Mariana Ludovino, que defende “a necessidade de programas de financiamento mais previsíveis, contínuos e inclusivos”. “Casas frias no inverno e bastante quentes no verão, continuará a ser o denominador comum da maioria das habitações em Portugal” acusa, alinhada, a ANFAGE.

Tendo em conta a realidade da pobreza energética em Portugal, muito devido à má qualidade da construção, “devem ser criados programas dirigidos à classe média“, reforça, por seu lado, a Coopérnico, aferindo que estes indivíduos não têm disponibilidade para fazer obras de renovação para melhorar a eficiência energética sem o auxílio de apoios. Isto, sem deixar de apoiar as famílias vulneráveis.

Manuel Pina, diretor geral da energética Otovo em Portugal, assinala em jeito de crítica que modelos de subscrição de painéis solares, que podem ajudar a mitigar as dificuldades em avançar com um investimento inicial, foram excluídos dos incentivos públicos até ao momento.

Numa voz dissonante, apesar de reconhecer o “grave” problema de pobreza energética em Portugal, Sofia Barbosa, diretora de Assuntos Regulatórios da Greenvolt, entende que a instalação de painéis fotovoltaicos “usualmente não necessitam de apoios públicos”. Projetos de partilha de energia (autoconsumo coletivo) oferecem às famílias a possibilidade de consumir energia renovável mais barata sem fazer qualquer investimento, relembra a empresa, que comercializa estas soluções. No entanto, mesmo para a Greenvolt, existe uma exceção: “se quisermos integrar baterias nos projetos de energia renovável (…) então os apoios são necessários”, refere.

Novos programas com lacunas

A ANFAGE considera que o programa E-Lar “não é compreensível”, já que “nada tem que ver com a melhoria do conforto térmico das habitações“, uma vez que refere unicamente à compra de eletrodomésticos mais eficientes. “A colocação de aparelhos de ar condicionado só vai fazer aumentar a dependência e fatura energéticas, sem resolver o problema da má construção”, acusam os fabricantes de janelas.

A Coopérnico deixa também alguns reparos aos novos planos. A energética vê o E-Lar como “pouco ambicioso” por se dirigir apenas à substituição de eletrodomésticos. Na mesma linha, a Greenvolt vê como relevante incluir neste programa medidas de reabilitação das casas, como insulação térmica das fachadas e substituição de janelas por outras mais eficientes.

Numa visão mais favorável, a Greenvolt entende que o E-Lar pode contribuir para mitigar a pobreza energética, ao permitir a substituição de eletrodomésticos e assim gerar uma poupança na fatura de energia, ao mesmo tempo que possibilitam um consumo de energia que forneça um maior conforto térmico. O problema pode estar, por outro lado, nos resíduos criados com os equipamentos descartados.

Já o programa áreas urbanas sustentáveis foca-se apenas em bairros sociais e históricos, deixando de fora populações vulneráveis residentes noutros territórios, sublinha a Coopérnico.

Olhando aos programas anteriores, a Deco Proteste declara-se preocupada com a extinção do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAE+S) “sem uma alternativa clara”. A ANFAGE considera o este programa um “sucesso”, pelo que defende que exista uma continuidade, e que seja melhorada a execução e reforçado o montante total.

A Coopérnico concorda que os programas anteriores tinham “aspetos muito positivos”, mas aponta “problemas na implementação” e “enormes atrasos”. A Otovo ecoa que “um dos maiores problemas” foi “o tempo que as candidaturas aos anteriores incentivos do Governo demoraram a ser avaliadas”, e sublinha que devem ser evitados requisitos processuais de difícil compreensão, que travam as candidaturas.

"Há um risco manifesto de descredibilização das medidas caso os apoios não sejam concedidos com celeridade.”

Sofia Barbosa

Diretora de Assuntos Regulatórios da Greenvolt

De forma a resolver os entraves mais burocráticos, a ANFAGE apela à melhoria do funcionamento da plataforma do Fundo Ambiental que se destina às candidaturas. “A maior parte das pessoas que contactaram a ANFAJE, considera-a pouco intuitiva, de resposta lenta e de difícil interpretação”. E refere a necessidade de melhoria do serviço de atendimento do E-Balcão.

Há um risco manifesto de descredibilização das medidas caso os apoios não sejam concedidos com celeridade“, alerta a Greenvolt. Por outro, a atraso na atribuição dos subsídios tem um outro efeito pernicioso que é a interrupção de projetos que poderiam seguir em frente sem os subsídios e que são adiados, entende a mesma empresa.

Lá fora, financiamento a taxa zero e créditos fiscais

A Otovo, que tem operações em 13 mercados do Velho Continente, afirma que os casos de maior sucesso de apoios à eficiência energética, a nível europeu, são o italiano e o espanhol. Em Itália, os incentivos cobriam 100% do investimento dos clientes e o reembolso era feito através de créditos em IRS. Em Espanha, apesar de não cobrirem a totalidade do investimento, os incentivos permitiam às famílias escolherem o modelo de aquisição, podendo optar pela subscrição, podendo assim beneficiar do apoio sob a forma de desconto no preço final a pagar, quer seja através da mensalidade ou de pagamento único. Desta forma, o cliente não necessitava ter o valor inicial para investir.

Já a ANFAGE destaca o caso de França, onde o programa Eco-Pret financiava estes investimentos, através da banca comercial com aval do Estado francês, com taxa de juro de 0% e com IVA reduzido. Na Alemanha, o Banco de Fomento público (KFW) financiou as melhorias na eficiência energética a taxas de juro próximas de 0%, que acumulavam com condições variáveis consoante os estados federais.

A Greenvolt espera ainda ver o setor público a dar o exemplo, seguindo as diretivas da União Europeia. A partir de final de 2026, no que se refere a edifícios públicos e de serviços, terá que ser a assegurada a instalação de energia solar de forma faseada nos edifícios novos e existentes. No caso de projetos de partilha de energia, o setor público será obrigado a alocar 10% da energia partilhada a famílias vulneráveis. “Para Portugal, este será um aspeto importante a considerar”, balança a diretora de Assuntos Regulatórios da Greenvolt.

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Garantia pública está a ser usada por jovens que não precisam da ajuda do Estado para comprar casa

Jovens com e sem poupanças estão a aproveitar o financiamento a 100% da garantia pública para comprar casa, ao mesmo tempo que os vendedores estão também a flexibilizar as condições de compra.

A garantia pública para o crédito à habitação jovem, que está disponível desde o início do ano, está a “abanar” o mercado bancário e também o mercado da habitação. Desde logo porque, contrariamente às expectativas do Governo, esta medida não só está a beneficiar jovens sem poupanças, mas, principalmente, está a ser estrategicamente aproveitada por aqueles que dispõem de capitais próprios suficientes para a entrada de um crédito à habitação sem necessitarem da “ajuda” do Estado.

“Muitos dos jovens que estão à procura de casa, mesmo quando têm capitais para darem como entrada do crédito à habitação, estão a optar por recorrer à garantia pública para obterem financiamento a 100%”, refere Carla Correia, gerente da ERA de Rio Tinto, que conta fechar janeiro com 12 escrituras ao abrigo da garantia pública (cerca de 30% do total) e duplicar esse número em fevereiro, “tal tem sido a procura”.

Hugo Pinheiro, CEO da empresa de intermediação de crédito Credível, confirma esta tendência. “Temos de tudo: uns têm capitais próprios, mas querem ficar com o dinheiro para realizar pequenas obras, mobilar a casa ou simplesmente para terem um fundo de emergência, e outros não têm mesmo dinheiro praticamente nenhum e até têm de pedir emprestado a familiares para pagar o sinal do CPCV [contrato promessa compra e venda].”

Esta realidade levanta questões sobre o verdadeiro impacto da garantia pública e se está a cumprir o seu propósito original que, segundo a Portaria que a regula, deve servir como apoio aos jovens que, apesar de terem rendimentos para pagar a prestação do crédito à habitação, não têm poupanças suficientes para avançarem com 10% ou 20% como entrada do negócio, como é exigido pela banca nos contratos comuns.

Júlio Quintela, COO da Zome, também sublinha estas tendências no mercado. Embora confirme que é cada vez mais comum os jovens com capacidade financeira para dar uma entrada inicial optarem pela garantia pública, por verem este apoio como “uma oportunidade para maximizar a liquidez disponível”, estes jovens “não representam a maioria”.

Garantia pública “contorna” sinal para garantir a casa

A implementação da garantia pública está também a desencadear uma transformação nas práticas estabelecidas do mercado imobiliário nacional. Uma dessas mudanças mais significativas e imediatas é a flexibilização das condições de compra, especialmente no que diz respeito ao sinal tradicionalmente exigido para “segurar” um imóvel, que tradicionalmente ronda 10% a 20% do valor do imóvel, referem os especialistas da área.

“Há casos em que não há sinalização e a venda passa logo para a fase da escritura, e não são tão raros quanto isso”, refere Manuel Alvarez, presidente da Remax Portugal, sublinhando que a garantia pública “tem sido promotora de muitos bons negócios.”

Esta flexibilidade por parte dos vendedores reflete uma adaptação rápida e necessária às novas condições do mercado, especialmente quando se trata de compradores jovens que recorrem à garantia pública. “Grande parte dos vendedores, se garantirmos que temos o crédito aprovado, estão recetivos a não pedirem sinal” refere Carla Correia, salientando, contudo, que, “se o crédito não está garantido, não temos recetividade dos vendedores.”

A garantia pública para o crédito à habitação jovem está a mexer com o mercado. Se por um lado está a democratizar o acesso à habitação própria, por outro, está a criar um cenário onde os limites entre necessidade e oportunismo tornam-se cada vez mais ténues.

“Em muitos casos, os vendedores, ao lidarem com compradores que recorrem à garantia pública e apresentam poucas ou nenhumas poupanças, estão a adaptar-se à realidade do mercado”, revela também Júlio Quintela, destacando ainda que “isso tem levado alguns a optarem por fixar um valor simbólico de reserva, em vez de exigir o tradicional sinal elevado associado ao CPCV.”

No entanto, é importante salientar que qualquer adiantamento que seja feito para “segurar” a casa não condiciona em nada o financiamento a 100% do negócio, por via da contratualização do crédito à habitação através da garantia pública.

Nas situações em que, previamente à celebração de um contrato de crédito à habitação, se verifica um adiantamento de um valor para garantir a casa, “o que tipicamente sucede é que, na data de contratação do crédito à habitação, o crédito relativo ao sinal é integrado no crédito à habitação”, esclarece o Banco de Portugal, porque o crédito à habitação solicitado junto do banco pode ser feito até 100% do valor da transação.

Bancos registam forte adesão dos jovens

A liberdade com que a garantia pública está a ser empregue tem levado a que a sua adesão esteja a ser feita a bom ritmo. O Santander Totta, por exemplo, já registou “mais de 1.000 pedidos que correspondem a mais de 200 milhões de euros de crédito hipotecário”, refere fonte oficial do banco ao ECO.

O Novobanco também reporta uma adesão positiva, com “cerca de 300 propostas com um crescimento diário evidente” e o Banco BPI revela que já ultrapassou os 200 pedidos, “num total superior a 40 milhões de euros” de crédito bancário.

Esta forte procura enquadra-se no envelope financeiro de 1,2 mil milhões de euros que o Governo reservou para a garantia pública que se destina a jovens entre os 18 e os 35 anos que pretendam adquirir a sua primeira habitação própria permanente.

Os candidatos devem ter domicílio fiscal em Portugal, auferir rendimentos que não ultrapassem o 8.º escalão do IRS (até cerca de 80 mil euros de rendimento coletável anual) e não ser proprietário de qualquer outro imóvel habitacional.

Cumprindo estes requisitos, o Estado garante até 15% do valor da transação do imóvel, com um limite máximo de 450 mil euros, funcionando assim como uma fiança, permitindo aos bancos concederem financiamento até 100% do valor do imóvel – mas desde que a prestação do crédito não ultrapasse 50% dos rendimentos dos mutuários, conforme é exigido por uma das medidas macroprudenciais do Banco de Portugal (a LTV).

A garantia pública para o crédito à habitação jovem está a mexer com o mercado. Se por um lado está a democratizar o acesso à habitação própria, por outro, está a criar um cenário onde os limites entre necessidade e oportunismo tornam-se cada vez mais ténues.

O verdadeiro teste virá quando as taxas de juro eventualmente subirem ou o mercado de trabalho enfrentar desafios. Nesse momento, saber-se-á se esta política habitacional foi verdadeiramente um trampolim para a independência financeira dos jovens ou um alçapão de dívida a longo prazo.

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