Abstenção entre os jovens é elevada, mas há quem contrarie a tendência

Habitação, educação, saúde e emprego são os temas que os jovens ouvidos pelo ECO mais querem ver discutidos. Recusam cansaço de eleições e prometem ir até às urnas no domingo.

A baixa participação eleitoral dos jovens em eleições em Portugal é um alerta recorrente, mas há quem contrarie a tendência. Os jovens ouvidos pelo ECO recusam qualquer cansaço pela ida às urnas, mesmo com três eleições à vista em menos de um ano (legislativas, autárquicas e presidenciais), mas avisam os líderes partidários que há temas que querem ver mais explorados: habitação, educação, saúde e emprego lideram.

Tal como em qualquer democracia, os jovens em Portugal votam menos que os mais velhos. Esse menor interesse manifesta-se em todo o tipo de eleições. Contudo, nas últimas eleições, a relação entre a idade e a participação eleitoral tem vindo a diminuir consideravelmente“, destaca Pedro Magalhães, investigador coordenador do ICS-ULisboa, em declarações ao ECO.

Um inquérito levado a cabo pelo projeto de investigação “50 Anos de Democracia em Portugal – Aspirações e Práticas Democráticas Continuidades e Mudanças Geracionais” do Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade de Lisboa, revela que, nas legislativas de 2022, apenas 9% dos jovens votou, contra 57,3% dos eleitores com idade compreendida entre 35 e 64 anos e 33,7% dos mais velhos.

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A participação eleitoral tende a aumentar com a idade pelo que a abstenção mais elevada entre os jovens não é algo de extraordinário. No caso específico português, o envelhecimento do eleitorado e o facto de as campanhas serem cada vez mais concentradas na tentativa de captar o voto dos pensionistas pode acentuar o desinteresse de muitos jovens“, assinala André Azevedo Alves, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, em declarações ao ECO.

Pedro Magalhães atribui parte do fenómeno ao facto de as eleições ganharem “máxima importância para quem tem máxima autonomia e responsabilidades pessoais e familiares: emprego, família, pagar impostos“.

“Na medida em que parte dos jovens ainda não estará nessa fase do seu ciclo de vida, é natural que aquilo que se discute numa campanha eleitoral tenha menos relevância. Por outro lado, os mais velhos tiveram mais tempo para desenvolverem afinidades com as forças políticas existentes, uma identificação com os partidos que os estimula a votar“, acrescenta o politólogo.

Porém, há quem contrarie a tendência. Dos 11 jovens ouvidos pelo ECO que garantem que irão às urnas no domingo a maioria justifica com o facto de ser um exercício de cidadania. Sofia Amaral, natural de Viseu, é um desses casos. Com 18 anos irá votar pela primeira vez nestas legislativas. “Tenciono ir porque votar é um direito e um dever cívico“, afirma.

É também esta a razão que faz Mariana Quelha, com 25 anos, a colocar uma cruz no boletim de voto. “Considero que votar é um dever cívico fundamental e uma das poucas formas diretas de influenciar as decisões políticas do país. Ainda que nem sempre me identifique plenamente com os partidos ou candidatos, acredito que a abstenção representa uma delegação da minha voz aos outros”, argumenta a psicóloga de Braga.

Mais a Sul, em Portimão, mas com uma posição semelhante ouve-se Margarida Palma. “Tenciono votar porque considero que é preciso ter um papel ativo na escolha do líder do nosso país”, diz a jovem de 19 anos, a quem, o facto de existirem três eleições importantes num só ano não esmorece o interesse. “Deixa-me mais interessada na política nacional porque considero que é um momento crítico para o país e é preciso estar mais atenta ao que se passa“, aponta.

Sérgio Almeida, de 20 anos, tenciona votar porque “é um dever cívico e uma forma essencial de participar na vida democrática do país”. “Cada voto conta e pode fazer a diferença no rumo que Portugal toma nos próximos anos“, afirma o jovem de Santa Maria da Feira, que acompanhou alguns debates.

Achei que foram úteis para perceber melhor as propostas dos partidos e a forma como os candidatos pensam e comunicam. Embora nem sempre tragam novidades, ajudam a esclarecer posições e prioridades“, considera.

Por seu lado, Mariana Quelha considera que os frente-a-frente “foram úteis para compreender as posições dos partidos em relação a temas-chave, embora, por vezes, se tenham assemelhado mais a confrontos pessoais do que a verdadeiras discussões de ideias“. “Ainda assim, contribuíram para reforçar a minha intenção de voto”, assinala.

Também Gonçalo, de 20 anos, natural de Abrantes, acompanhou quase todos os debates e considerou esclarecedores os que viu. No que toca a influência na decisão de voto, manteve a mesma opinião que tinha antes dos debates.

No entanto, há quem não tenha sintonizado a televisão para isso. “Não, por causa dos trabalhos da faculdade e porque dão mais destaque aos confrontos, em vez de ideias“, assinala Beatriz Sales, com 21 anos, de Lisboa. Na mesma linha, Afonso Ferreira, natural de Ansião, com 21 anos, considera que “apesar do conceito ser interessante e gerar conversas entre as famílias e a população geral, muitas vezes não são focados nas medidas de cada partido e mais no ataque de um partido ao outro, o que acaba por diminuir a possibilidade de dar mais informações importantes aos espectadores“.

“Em geral, não acho que influenciem muito a minha decisão de voto”, afirma. A mesma posição posição tem Hugo Gomes, natural da capital portuguesa. “Acompanhei alguns. Não achei assim muito esclarecedor acerca do que iriam fazer mas mais sobre o que os outros fizeram de mal. A minha decisão continuou a mesma“, diz o jovem de 18 anos, que vai votar pela primeira vez este domingo.

Mais de 333 mil eleitores pediram para votar para as legislativas a 11 de maio, o maior número de sempre a decidir exercer o seu direito de voto antecipadamente desde que essa modalidade foi instituída. TIAGO PETINGA/LUSATIAGO PETINGA/LUSA

Ainda assim, são vários os temas sobre os quais os jovens querem que os políticos lhes falem mais. Habitação, educação, saúde e emprego são as respostas mais ouvidas pelo ECO. “O futuro dos jovens e a educação”, aponta, Cátia Aresta, de 20 anos, natural de Moura. “Gostaria de ver abordados mais temas sobre habitação com medidas concretas”, acrescenta Afonso Ferreira. ⁠

“Mais propostas sobre habitação acessível, emprego jovem, saúde mental e medidas concretas para combater as alterações climáticas”, é a resposta de Beatriz Sales. Por seu lado, Joaquina Abreu, de 24 anos e natural de Braga, como jovem que iniciou há pouco tempo o percurso profissional, preocupa-lhe, essencialmente, temas que afetam diretamente a sua geração e o futuro: “as condições de trabalho e necessidade de qualificação constante; o acesso realista à habitação, alinhada com a capacidade financeira; a maior valorização da saúde mental e bem-estar“, elenca.

O politólogo Pedro Magalhães realça que “independentemente da tendência positiva de diminuição da abstenção dos últimos anos, a repetição de eleições num curto espaço de tempo gera fadiga e desinteresse“. Por sua vez, André Azevedo Alves tem uma posição ligeiramente distinta. “Não necessariamente porque são âmbitos eleitorais distintos. Mas a elevada frequência de eleições e em particular a repetição de legislativas em tão pouco tempo pode gerar saturação em alguns segmentos do eleitorado”, refere.

Habitação, educação, saúde e emprego são os temas sobre os quais os jovens ouvidos pelo ECO mais querem que os políticos lhes falem.

Entre os jovens ouvidos pelo ECO, Hugo Gomes nega que três eleições em menos de um ano (legislativas, autárquicas e presidenciais) lhe provoquem desinteresse. “Isso e facto de eu me ter tornado maior de idade fizeram-me despertar um maior interesse na política”, indica.

Joaquina Abreu também garante que fica “mais interessada” em acompanhar os temas. “Espero que esta frequência de eleições represente uma oportunidade para envolver mais os cidadãos, especialmente os jovens, na medida em que estimula uma maior reflexão. Por outro lado, reconheço que o excesso de ciclos eleitorais, se aliado à falta de mudanças concretas, possa causar alguma desmotivação e desilusão“, aponta.

Uma posição partilhada por Sérgio Almeida. “Deixa-me, se calhar, até mais interessado. Este ciclo intenso de eleições obriga-nos a estar mais atentos e envolvidos. Mesmo que por vezes pareça cansativo, é uma oportunidade para refletir sobre o país que temos e o país que queremos construir“, responde.

Apesar dos jovens ouvidos pelo ECO contrariarem a tendência de abstenção entre os jovens, o politólogo André Azevedo Alves assinala que esta “deve ser uma preocupação, sim, até porque os jovens de hoje serão o eleitorado maduro de amanhã – ainda que saibamos também que a orientação de voto muda frequentemente com a idade“.

Para o politólogo Pedro Magalhães, autor do estudo “A Participação Política da Juventude em Portugal“, como os últimos anos mostram, “a abstenção dos jovens pode acabar por ser contrariada pelo próprio sistema partidário“.

Se permanecer congelado ao longo do tempo, é natural que os jovens se afastem. Se se transformar, dando lugar a novos partidos com novas propostas, é natural que os jovens se revejam mais na oferta política. É o que tem acontecido nos últimos anos“, adverte.

O estudo de que o investigador do ICS é autor e cuja análise se debruça entre os anos de 2022 e 2019, concluiu que os jovens em geral têm participado menos do que outros jovens da Europa nas eleições em Portugal. “Há menos portugueses entre os 15 (18 para o voto) e os 24 anos a participarem politicamente, na comparação com os seus congéneres europeus“, pode ler-se no documento sobre a comparação que é feita com Alemanha, Bélgica, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Hungria, Irlanda, Noruega, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, Suécia, Suíça e Portugal.

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Sporting é bicampeão nacional de futebol, 71 anos depois

  • ECO
  • 17 Maio 2025

O Sporting sagrou-se bicampeão nacional, depois de ganhar 2-0 ao Vítória SC e Gyökeres volta a marcar, o seu 39º golo na prova em 33 jogos.

O Sporting é bicampeão nacional de futebol, depois de ganhar ao Vitória por 2-0, garantindo 82 pontos na 34ª e última jornada da prova. Dependendo apenas de si, ganhou em Alvalade, enquanto o Benfica empatou em Braga. E a grande figura dos ‘leões’ foi mesmo Viktor Gyökeres, que marcou o seu 39º golo na prova em 33 jogos.

No Estádio José Alvalade, em Lisboa, os ‘leões’, que só dependiam de si para revalidarem o título, marcaram por intermédio de Pedro Gonçalves, aos 55 minutos, com o sueco Viktor Gyökeres a ampliar o resultado aos 82, fazendo o 39.º golo no campeonato, no qual foi o melhor marcador. O Sporting, orientado por Rui Borges, terminou a 91.ª edição do campeonato com 82 pontos e assegurou o terceiro título em cinco anos, voltando a ser bicampeão 71 anos depois.

O Benfica, por seu lado, empatou 1-1 na visita ao Sporting de Braga, na 34.ª e última jornada da I Liga de futebol, e termina assim o campeonato em segundo lugar. Em Braga, o Benfica entrou em campo a saber que tinha de fazer melhor do que os ‘leões’ para conquistar o campeonato, mas foi o Sporting de Braga a adiantar-se no marcador, com um golo de penálti de Zalazar, aos 24 minutos, com Pavlidis a empatar aos 63, num jogo em que a formação lisboeta atuou com mais um a partir dos 66, por expulsão de João Moutinho.

Com o triunfo do Sporting frente ao Vitória de Guimarães, o Benfica termina em segundo, com 80 pontos, a dois dos ‘leões’, enquanto os bracarenses são quartos, com 66, ultrapassados pelo FC Porto.

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Advogado moçambicano assassinado em Moçambique vence prémio Nelson Mandela

  • Lusa
  • 17 Maio 2025

O advogado moçambicano Elvino Dias, assassinado em Moçambique em 2024, é o vencedor deste ano do Prémio Nelson Mandela da ProPública.

O advogado moçambicano Elvino Dias, assassinado em Moçambique em 2024, quando era representante do candidato às eleições naquele país Venâncio Mondlane, é o vencedor deste ano do Prémio Nelson Mandela da ProPública, anunciou à Lusa o presidente desta associação.

“O galardoado deste ano com o prémio Nelson Mandela é o advogado Elvino Dias, assassinado em outubro do ano passado enquanto desempenhava as funções de representante de Venâncio Mondlane, candidato às eleições presidenciais em Moçambique”, afirmou Agostinho Pereira de Miranda numa entrevista à Lusa.

Com a escolha do premiado deste ano, a associação pretendeu “honrar o exemplo de um advogado que perdeu a vida quando desempenhava as suas funções”, mas também “manifestar (…) solidariedade aos advogados moçambicanos e, genericamente, aos advogados africanos que desempenham funções extraordinariamente importantes na defesa dos direitos humanos”, fazendo esse trabalho “em circunstâncias muito, muito difíceis”, acrescentou.

Defendendo que “um advogado nunca pode ser confundido com o interesse do seu cliente”, porque “os advogados representam pessoas e não as causas, que são dos clientes”, o presidente da PorPública sublinhou que sobre o assassinato de Elvino Dias não será “sequer legítimo” dizer-se que foi por força de convicções políticas.

“Na verdade, nós nem sequer sabemos quais eram as suas convicções políticas”, salientou.

Agostinho Miranda afirmou que Elvino Dias “foi assassinado porque representava alguém incómodo para o poder” e foi-o de uma forma que a Associação de Juízes moçambicana considerou “hedionda”.

Agostinho Pereira de Miranda, partner da Miranda e Associados, em entrevista ao ECO/Advocatus – 11OUT18Hugo Amaral/ECO

O advogado moçambicano era mandatário da Coligação Aliança Democrática (CAD) e assessor jurídico do então candidato à Presidência da República Venâncio Mondlane e, alguns dias antes do homicídio, anunciara publicamente que estava a recolher provas da fraude eleitoral reclamada pelo seu constituinte.

Para Agostinho Miranda, o que Elvino Dias demonstrou “foi uma característica que nenhum advogado pode deixar de ter, coragem cívica, física e moral”, qualidades que marcaram a sua carreira, tal como “orgulho naquilo que fazia, não obstante ter sido ameaçado repetidamente”, e a persistência, porque nunca desistia dos casos, “fossem eles de importância nacional, como era o caso da representação do candidato Venâncio Mondlane, ou pequenos casos de pequenos diferendos entre vizinhos”.

O advogado moçambicano e o mandatário do Podemos Paulo Guambe foram mortos a tiro numa mesma emboscada na avenida Joaquim Chissano, no centro de Maputo, em outubro do ano passado, um crime que a Procuradoria-Geral da República de Moçambique disse que continua a ser investigado, ainda sem ter apresentado resultados.

Agostinho Miranda lembrou que foi pedido pela comunidade internacional, designadamente pela IBA — International Bar Association, que representa mais de um milhão de advogados em todo o mundo, que houvesse uma investigação internacional sobre o caso em pleno período eleitoral. “Mas, o que se vê, sete meses depois, é que não se conhecem resultados úteis das investigações”, frisou.

Este crime foi condenado pelo secretário-geral das Nações Unidas, pela presidente da Comissão Europeia, diversos governos, incluindo o de Moçambique, e múltiplas organizações internacionais profissionais e de Direitos Humanos. A Ordem dos Advogados de Moçambique classificou-o como um “bárbaro assassinato”, sublinha a ProPública em comunicado a divulgar hoje.

Agora, “a voz de Elvino Dias calou-se, mas o seu exemplo de coragem, independência e integridade continuará a inspirar os advogados de Moçambique e de todo o mundo”, refere.

O prémio, no montante de 10.000 euros, vai ser entregue no dia 18 de julho, Dia Internacional Nelson Mandela, que celebra a data do nascimento do homem que pôs fim ao regime do ‘apartheid’ na África do Sul.

Ainda sem indicar o local da cerimónia, Agostinho Miranda afirmou que a família de Elvino Dias estará presente e que o valor será entregue à viúva.

Em edições anteriores do Prémio Nelson Mandela foram distinguidos os advogados Francisco Teixeira da Mota (2021), Leonor Caldeira (2022), Maria Clotilde Almeida e Paula Penha Gonçalves ex aequo (2023) e António Garcia Pereira (2024).

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Presidente admite “longos governos de gestão”. As três reflexões de Marcelo no dia de reflexão

  • Lusa
  • 17 Maio 2025

O Presidente da República apelou à participação dos portugueses nas eleições legislativas e considerou que "votar neste momento é contribuir para a estabilidade" e evitar "longos governos de gestão".

O Presidente da República apelou este sábado à participação dos portugueses nas eleições legislativas de domingo e considerou que “votar neste momento é contribuir para a estabilidade” e evitar “longos governos de gestão”. Numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa advertiu que “até maio de 2026 não poderá haver constitucionalmente novas eleições“.

Na habitual mensagem presidencial transmitida em véspera de atos eleitorais, o chefe de Estado afirmou também que votar é “dar vida à liberdade, à igualdade, à solidariedade, à segurança, à democracia e à paz”, assinalando que passaram 50 anos desde as eleições de 1975 para a Assembleia Constituinte – o ato eleitoral com maior participação eleitoral até agora, superior a 91% dos inscritos.

Marcelo Rebelo de Sousa deixou “três reflexões” nesta mensagem aos eleitores, que teve cerca de dois minutos e meio de duração, a primeira sobre a conjuntura internacional, a segunda sobre as consequências da abstenção no atual contexto e a terceira focada na estabilidade.

Votar neste momento é contribuir para a estabilidade no meio de um mundo instável, poupando soluções longas de governos de gestão, quando até maio de 2026 não poderá haver constitucionalmente novas eleições, e permitindo a previsibilidade, sem a qual não cresce a confiança“, declarou.

O Presidente da República argumentou que, no atual contexto global, “mais complexo e imprevisível“, não votar no domingo “faz ainda menos sentido do que noutras eleições“.

Seria meter a cabeça na areia, ficar indiferente à gravidade do instante vivido, fazer de ausente quando, como sabemos do nosso dia-a-dia, os ausentes acabam, mais cedo ou mais tarde, por perder a razão, e limitar-se, como diz o povo, a chorar sobre o leite derramado“, acrescentou.

Ao descrever a conjuntura global, o chefe de Estado realçou “o regresso ao poder do atual presidente norte-americano”, Donald Trump, e consequentes “mudanças enormes nas relações com a Europa, a Rússia e a China” nos últimos meses. Por isso, no seu entender, “o mundo de 2025 é radicalmente diferente do mundo de 2024“, quando se realizaram as anteriores eleições legislativas antecipadas em Portugal.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou para a “imprevisibilidade na economia internacional“, concluindo que desta conjuntura resultam “maiores responsabilidades” para os europeus e para os portugueses.

Nos termos da Constituição, “a Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição” nem “no último semestre do mandato do Presidente da República”, que termina em 09 de março de 2026. Em caso de dissolução pelo próximo chefe de Estado, a legislação eleitoral estabelece que a data das eleições tem de ser marcada “com a antecedência mínima de 55 dias”.

Concorrem a estas eleições antecipadas 21 forças políticas: AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM, PLS e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

 

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ECO Quiz. Ventura, Gouveia e Melo e Benfica

  • Tiago Lopes
  • 17 Maio 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

O líder do Chega, André Ventura, sofreu dois episódios de saúde em plena campanha e ficou ausente do último dia.

Henrique Gouveia e Melo anunciou novidades esta semana na corrida à Presidência da República, tendo dito que ele e Marcelo Rebelo de Sousa são “pessoas muito diferentes”.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

 

 

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Sporting e Benfica lutam pelo título na última jornada. Leões só dependem de si

  • Lusa
  • 17 Maio 2025

O Sporting e o Benfica procuram hoje, na 34.ª e última jornada, conquistar o título de campeão da edição 2024/25 da I Liga portuguesa de futebol, com os 'leões' a dependerem apenas de si.

O Sporting e o Benfica procuram hoje, na 34.ª e última jornada, conquistar o título de campeão da edição 2024/25 da I Liga portuguesa de futebol, com os ‘leões’ a dependerem apenas de si. Depois da igualdade a um golo no dérbi da 33.ª e penúltima jornada na Luz, os ‘leões’ e as ‘águias’ entram para a derradeira ronda com os mesmos 79 pontos, mas com o Sporting a precisar de fazer o mesmo resultado do Benfica para ser campeão, enquanto os ‘encarnados’ precisam de um deslize para ainda poderem festejar.

Em jogos marcados para as 18h00, o Sporting, que procura o primeiro bicampeonato desde que alcançou o ‘tetra’ em 1953/54 e não vai ter o capitão Morten Hjulmand, castigado, recebe o Vitória de Guimarães, enquanto o Benfica visita o Sporting de Braga.

Os bracarenses ainda têm muito ténues esperanças de chegar ao pódio, uma vez que estão a três pontos do FC Porto, que recebe, igualmente no sábado, às 18:00, o já tranquilo Nacional, mas têm de vencer o Benfica e esperar que os ‘dragões’ sejam derrotados, além de terem de recuperar de uma diferença de sete golos.

Na luta pela presença na Liga Conferência, o Vitória de Guimarães (quinto) e o Santa Clara (sexto) entram para a última jornada em igualdade, com os mesmos 54 pontos, embora com vantagem no confronto direto para os vimaranenses, que apenas precisam de fazer o mesmo resultado que os açorianos, que jogam com o ‘aflito’ Farense.

Os lugares de despromoção também vão ser todos decididos na última jornada, com a certeza de que o lanterna-vermelha Boavista precisa de um ‘milagre’ para chegar ao play-off, uma vez que precisa de vencer em Arouca e que AVS (16.º) e Farense (17.º) percam com Moreirense e Santa Clara, respetivamente.

À entrada para a última jornada, o Estrela da Amadora (15.º), com 29 pontos, é a primeira equipa em zona de manutenção, mas tem apenas dois pontos de avanço sobre o AVS (16.º) e sobre o Farense (17.º), equipas com as quais tem desvantagem no confronto direto.

Verificando-se uma igualdade entre AVS, que em caso de triunfo assegura sempre, pelo menos, o play-off, e Farense, a vantagem no confronto direto será também da equipa nortenha.

Programa da 34.ª jornada:

  • Sábado, 17 maio:

Sporting de Braga — Benfica, 18h00.

Sporting – Vitória de Guimarães, 18h00.

Estoril Praia – Estrela da Amadora, 18h00.

FC Porto — Nacional, 18h00.

Farense – Santa Clara, 18h00.

Arouca — Boavista, 18h00.

AVS — Moreirense, 18h00.

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TAP abre rota entre Los Angeles e Lisboa com “investimento de longo prazo”

  • Lusa
  • 17 Maio 2025

A TAP inaugurou esta sexta-feira a rota direta entre Los Angeles e Lisboa, ocupando, pela primeira vez, um espaço próprio no aeroporto internacional de L.A. (LAX).

A TAP inaugurou esta sexta-feira a rota direta entre Los Angeles e Lisboa, ocupando, pela primeira vez, um espaço próprio no aeroporto internacional de L.A. (LAX), de olhos postos no futuro, segundo o seu CEO, Luís Rodrigues. “É um investimento de longo prazo“, afirmou o CEO da TAP, durante a cerimónia de lançamento da ligação direta no aeroporto LAX, em declarações à Lusa. “A rota começa como sazonal por uma questão de gestão de risco, mas queremos que ela continue o ano todo“, acrescentou.

A TAP terá quatro voos semanais entre as duas cidades até outubro, altura em que irá avaliar a continuidade. “Se esta rota se portar melhor que outras, podemos e temos a obrigação de considerar desviar recursos para aqui”, salientou Luís Rodrigues.

O executivo lembrou que a cidade de Los Angeles será anfitriã de dois grandes eventos desportivos num futuro próximo: o Campeonato do Mundo de Futebol, em 2026, e os Jogos Olímpicos, em 2028; o que poderá gerar boas oportunidades para uma rota que liga o sul da Califórnia e a “porta de entrada” na Europa.

Na cerimónia que marcou o voo inaugural a sair do LAX, na porta 204 do Terminal B, o CEO do aeroporto John Ackerman salientou a importância de ter uma transportadora aérea com o porte da TAP a investir naquele destino. “Quando uma companhia como a TAP toma a decisão de começar uma rota como esta, expressa confiança no nosso aeroporto e na nossa cidade, com um investimento multianual de vários milhões de dólares“, salientou. “Levamos esse investimento tanto a sério quanto vocês e estamos empenhados no sucesso deste voo”, acrescentou o executivo, sublinhando que há trinta anos que não havia uma rota direta (de qualquer companhia aérea) entre Los Angeles e Lisboa.

As primeiras ligações – LIS-LAX e LAX-LIS voaram com uma ocupação na ordem dos 93%, o que Luís Rodrigues considerou ser muito bom para a estreia.

Portugal tornou-se num destino tão quente para os norte-americanos que o mercado é muito maior agora“, disse à Lusa o responsável da marca para a América do Norte, Gareth Edmondson-Jones, sublinhando que a sazonalidade que era típica do verão agora está mais distribuída pelo ano inteiro.

Edmondson-Jones considera que esta nova rota não vai canibalizar a ligação São Francisco-Lisboa, que já tem voos seis dias por semana e “provavelmente” vai tornar-se diária. “Há muita gente no sul da Califórnia que quer ir a Portugal e isso não vai tirar nada ao voo de São Francisco. Vai adicionar mais gente”, afirmou.

A expectativa da TAP é que a nova rota atraia a comunidade luso-americana de Los Angeles e arredores, assim como norte-americanos que querem visitar Portugal e a Europa. “A comunidade portuguesa tem cada vez mais prestígio nos Estados Unidos e espero que isso influencie muito os americanos a irem visitar o nosso país e a visitarem o resto da Europa via Portugal“, resumiu Luís Rodrigues.

O programa Stopover da companhia aérea pode ajudar, visto que permite ao viajante ficar até 10 dias em Portugal e depois seguir para outros destinos europeus sem custos adicionais.

Também presente na cerimónia, o cônsul-geral de Portugal em São Francisco, Filipe Ramalheira, caracterizou o novo voo como “uma conexão muito conveniente entre duas cidades globais vibrantes” e um símbolo de proximidade renovada. “Para empreendedores, estudantes, artistas e turistas portugueses, esta rota abre uma porta para o Pacífico”, afirmou. “Para californianos e americanos, oferece acesso direto ao Atlântico, à alma da Europa e à hospitalidade e dinamismo de Portugal“, acrescentou.

Os responsáveis trocaram lembranças e cortaram uma fita simbólica antes do embarque dos primeiros passageiros, que tiveram a oportunidade de comer malassadas e bolo enquanto esperavam para embarcar.

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Moody’s deixa inalterado rating de Portugal

  • ECO
  • 16 Maio 2025

A Moody's decidiu não mexer no rating a dívida portuguesa no último dia da campanha para as legislativas de domingo. Agência desvaloriza impacto de um governo minoritário.

A agência norte-americana Moody’s decidiu, esta sexta-feira, não tocar no rating ‘A3’ de Portugal, com perspetiva estável. Na nota, a Moody’s indica que desta vez não se pronuncia sobre a notação da dívida portuguesa, ainda que deixe alguns recados.

“A dívida pública ainda elevada, em comparação com a maioria dos países com classificação semelhante”, ainda representa um “desafio” para agência, que sublinha, no entanto, a redução do rácio desde o pico de 2020. Tal como os “riscos geopolíticos” da guerra na Ucrânia e o afastamento dos EUA como “garante da segurança europeia”.

No último dia da campanha para as legislativas de 18 de maio, a Moody’s desvaloriza o impacto das eleições nas contas públicas e crescimento. “Uma vez que um governo interino garantirá o bom funcionamento das instituições e existe o orçamento de 2025 até que um novo governo seja formado, não esperamos que o aumento da incerteza política afete significativamente as atuais tendências económicas e orçamentais de Portugal”, assinala a agência.

Mesmo num cenário de um governo minoritário, a Moody’s acredita que existirá apoio à execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e uma política orçamental “prudente orientada para a redução do peso da dívida pública”.

Para 2025, a Moody’s espera um crescimento de 2,2% em 2025 e de 1,9% em 2026 para o país, ainda que as novas tarifas dos EUA tenham potencial negativo para a economia. Para este período 2025-2026, é ainda antecipado um excedente orçamental médio de 0,3% do PIB e a redução da dívida pública para 90% do PIB no próximo ano.

Também a agência europeia Scope decidiu esta sexta-feira manter a notação de Portugal inalterada em ‘A’, com perspetiva estável. “A Scope concluiu uma revisão de monitorização para a República Portuguesa. A revisão periódica não resultou em qualquer ação de classificação”, referiu, em comunicado. Para este ano, a agência estima um crescimento da economia portuguesa de 2,1% este ano e de 1,9% em 2026, salientando que a incerteza que a política tarifária nos EUA pode trazer ao país.

A decisão da Moody’s encerra as avaliações das agências do primeiro semestre. A 18 de julho começa a segunda ronda semestral, com a decisão da canadiana DBRS sobre o rating do país.

A canadiana DBRS foi a primeira do ano a avaliar Portugal, ao subir o rating do país para A (elevado), com perspetiva estável, a 17 de janeiro. Seguiu-se a S&P, a 28 de fevereiro, também a rever em alta a notação da dívida soberana, de A- para A, com perspetiva positiva. Em março, a Fitch manteve inalterado o rating de Portugal em ‘A-, com perspetiva positiva.

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EUA perdem rating máximo AAA da Moody’s

A redução de um nível "reflete o aumento, ao longo de mais de uma década, da dívida pública e de pagamento de juros. A Moody's era a única das três maiores a segurar a notação máxima.

A Moody’s reduziu esta sexta-feira o rating dos EUA de Aaa para Aa1. Esta redução de um nível (em 21) “reflete o aumento, ao longo de mais de uma década, da dívida pública e de pagamento de juros para níveis significativamente maiores do que os títulos soberanos com classificações semelhantes”, justifica a agência norte-americana.

Esta revisão em baixa acontece também depois de “sucessivos governos” e de o Congresso dos EUA não terem conseguido chegar a um acordo quanto a medidas para reverter a tendência dos défices anuais e de aumentos dos custos com juros.

“Não acreditamos que as atuais propostas orçamentais em análise resultem em reduções significativas nos gastos obrigatórios e défices. Na próxima década, esperamos défices maiores, enquanto a receita do governo permanece praticamente estável”, refere a agência, acrescentando que o desempenho fiscal dos EUA vai “provavelmente” deteriorar-se em relação ao seu próprio histórico mas também em comparação com outros soberanos com ratings elevados.

A decisão da agência fica em linha com as notações de outras agências, que já tinha retirado o AAA – a S&P classifica a dívida soberana em AA+ desde agosto de 2011 e a Fitch em AA+ desde agosto de 2023, segundo a CNBC.

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Lei orçamental de Trump chumba no Congresso dos EUA

  • Lusa
  • 16 Maio 2025

A ala mais conservadora do Partido Republicano, que inclui congressistas como Chip Roy, do Texas, insiste em cortes mais acentuados na despesa com o Medicaid.

O pacote legislativo orçamental apresentado pelo Presidente Donald Trump, incluindo reduções fiscais e cortes na despesa, foi esta sexta-feira chumbado na Comissão Orçamental da Câmara de Representantes norte-americana, com oposição dos congressistas mais conservadores do Partido Republicano.

A rejeição – por 21 votos contra de democratas e alguns republicanos, mais cinco do que os votos favoráveis – compromete o objetivo do Presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, de avançar para aprovação na próxima semana o pacote legislativo de 1.116 páginas, batizado de “Uma Grande e Bela Proposta de Lei”, em homenagem a Trump, que desta forma o havia adjetivado.

A ala mais conservadora do Partido Republicano, que inclui congressistas como Chip Roy, do Texas, insiste em cortes mais acentuados na despesa com o Medicaid, programa de assistência médica para 70 milhões de pessoas de baixos rendimentos, e nos incentivos fiscais a energias renováveis, introduzidos pelo ex-Presidente democrata Joe Biden.

Os cortes nos impostos, uma parte central do pacote legislativo, aumentaria por si só a dívida de 36 biliões de dólares (32,3 biliões de euros), de acordo com estes congressistas republicanos, muitos dos quais pertencentes ao Freedom Caucus. “Algo tem de mudar ou não terão o meu apoio”, disse Chip Roy, que votou contra juntamente com os também republicanos Ralph Norman (Carolina do Sul), Josh Brecheen (Oklahoma), Andrew Clyde (Geórgia) e Lloyd Smucker (Pensilvânia).

Para continuar a negociar alterações, os opositores ao pacote legislativo comprometeram-se ficar todo o fim de semana em Washington, onde é esperado o Presidente republicano depois de uma viagem pelo Médio Oriente, a primeira do seu segundo mandato. Os legisladores do Partido Republicano de estados com impostos elevados, incluindo Nova Iorque, estão a exigir maiores deduções fiscais para os seus eleitores.

Johnson insistiu que os republicanos estão no caminho certo com o pacote, rejeitado apesar de apelos diretos de Trump antes da votação. Os republicanos “Devem unir-se em apoio a ‘uma grande e bela proposta de lei!'”, publicou o Presidente nas redes sociais. Na mensagem, Trump dirigiu-se diretamente aos congressistas recalcitrantes do Partido Republicano para que garantissem a aprovação da lei: “Parem de falar e façam-no!”

O líder republicano no Congresso, Mike Johnson, pretende que o projeto de lei seja aprovado por ambas as câmaras do Congresso antes do Memorial Day, 26 de maio, e esteja pronto para a assinatura de Trump antes do Dia da Independência, 4 de julho. Os democratas rotularam a proposta de “um grande e mau projeto de lei”, ou, como lhe chamou a congressista Pramila Jayapal,”uma grande e bela traição”.

Criticam, em particular, a prevista retirada da cobertura de saúde e a assistência alimentar a milhões de pessoas, enquanto os mais ricos obteriam enormes reduções de impostos, para além de o projeto aumentar os défices orçamentais futuros. “Isso é má economia. É inconcebível”, disse o deputado Brendan Boyle, o principal legislador democrata na Comissão Orçamental.

Os gastos federais com o Medicaid deverão, de acordo com a atual versão da lei, ser cortados em mais de 700 mil milhões de dólares (625 mil milhões de euros) na próxima década, ameaçando privar mais de oito milhões de americanos de seguros de saúde, de acordo com uma análise de uma agência apartidária do Congresso.

A proposta procura incluir isenções de impostos sobre gorjetas, pagamento de horas extraordinárias, empréstimos para automóveis fabricados no país e benefícios da Segurança Social, além de aumentar as isenções fiscais para idosos e famílias com crianças. O pacote legislativo inclui uma das principais promessas de campanha eleitoral de Trump, a extensão das isenções fiscais do seu primeiro mandato, que expiram no final do ano.

De acordo com uma comissão independente do Congresso, tal extensão, juntamente com outras medidas fiscais, aumentaria o défice federal em mais de 4,8 biliões de dólares (4,3 biliões de euros) na próxima década. A proposta ambém prevê uma injeção de 350 mil milhões de dólares para a agenda de deportações de Trump e para reforçar o Pentágono.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 154 milhões de euros

  • ECO
  • 16 Maio 2025

O jackpot desta sexta-feira é de 154 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 154 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 16 de maio:

Números: 6, 9, 25, 37 e 46

Estrelas: 6 e 12

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Swiss vai cancelar 1.400 voos este verão devido à falta de pilotos

  • Lusa
  • 16 Maio 2025

No total, está previsto o cancelamento de 1,5% dos voos regulares da companhia, entre abril e outubro.

A companhia aérea Swiss vai cancelar 1.400 voos de longa e curta distância, que estão programados para este verão, devido à falta de pilotos. Vão ser afetados voos de longa e curta distância. No total, está previsto o cancelamento de 1,5% dos voos regulares da companhia, entre abril e outubro.

A Swiss depara-se com várias baixas médicas prolongadas entre os seus funcionários, avançou esta sexta-feira a agência suíça ATS. Esta transportadora tem vindo a adotar várias medidas para reduzir o impacto das baixas, como aumentar o número de funcionários temporários e adiar a reforma de alguns pilotos.

A Swiss, que pertence ao grupo Lufthansa, pretende ainda formar, anualmente, 110 novos pilotos.

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