Portugueses trabalham 37,5 horas por semana. É mais do que a média da UE

Em média, trabalhadores da UE trabalham 36 horas por semana. Já em Portugal, a média é de 37,5 horas, acima do conjunto do bloco comunitário, mas distante das quase 40 horas gregas.

Os portugueses trabalharam, em média, 37,5 horas por semana no último ano, de acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Eurostat. É um valor superior à média da União Europeia, mas relativamente distante do topo da tabela comunitária: na Grécia, as horas trabalhadas ficam pouco abaixo das 40 por semana.

“Em 2024, as horas semanais de trabalho efetivamente prestadas em empregos a tempo inteiro e a tempo parcial por trabalhadores dos 20 aos 64 anos na União Europeia na sua ocupação principal foram, em média, 36, abaixo das 37 horas registadas em 2014“, salienta o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

Entre os vários países europeus, há “diferenças notórias“, destaca o Eurostat. Enquanto na Grécia, a semana de trabalho média situa-se em 39,8 horas, nos Países Baixos é de 32,1 horas.

Já em Portugal, os trabalhadores prestam, em média, 37,5 horas de trabalho por semana, acima, portanto, da média comunitária, mas relativamente distante das quase 40 horas gregas.

Na tabela europeia, Portugal aparece como o 13.º país com a semana de trabalho mais longa. Ainda assim, face a 2023, Portugal registou uma redução: nesse ano, a semana média era de 37,7 horas de trabalho.

Quanto às atividades económicas da União Europeia com horas de trabalho semanais mais expressivas, o Eurostat destaca a agricultura, floresta e pescas (41,2 horas), seguindo-se as minas (38,8 horas), e a construção (38,7 horas).

Por outro lado, entre as atividades com semanas de trabalho mais curtas, estão, nomeadamente, a educação (31,9 horas), e as artes, entretenimento e recriação (32,9 horas).

Mais de metade das empresas já fazem reuniões online

O Eurostat deu também a conhecer esta manhã dados que relevam o nível de adoção das ferramentas digitais pelas empresas na União Europeia. De acordo com as estatísticas, mais de metade já fazem reuniões online.

“Em 2024, na UE, 52,9% das empresas com dez ou mais empregados tiveram reuniões remotas via internet. Com um aumento de 2,9 pontos percentuais face a 2022, tal indica que as mudanças implementadas nos modelos de trabalho durante a pandemia podem estar para ficar“, assinala o gabinete de estatísticas.

Também neste indicador há diferenças consideráveis entre países. Na Finlândia, 84,5% das empresas conduziram reuniões online em 2024, na Suécia 79,1% das empresas, na Dinamarca 78,5% das empresas e na Bélgica 70,1% das empresas. Já na Bulgária só 32,4% das empresas fizeram-no, na Hungria 33,5% das empresas e na Letónia 34% das empresas.

Portugal está a meio desta tabela. Por cá, 53,9% das empresas com dez trabalhadores ou mais conduziram reuniões online em 2024, valor que supera, assim, a média comunitária. Face a 2022, houve uma subida assinalável, de 47,72% para os tais 53,9%.

Por outro lado, o Eurostat dá conta que seis em cada dez empresas da UE com dez empregados ou mais disponibilizam acesso remoto a emails, documentos e software, sendo que são as maiores empresas as que promovem mais estas ferramentas digitais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espanha identifica três regiões onde o apagão terá tido início: Granada, Sevilha e Badajoz

  • Capital Verde
  • 14 Maio 2025

O apagão de dia 28 de abril terá tido início nas regiões de Granada, Sevilha e Badajoz, afirma o Governo espanhol.

A ministra da Transição Ecológica espanhola, Sara Aagesen, apontou que o início do apagão terá tido lugar nas regiões de Granada, Sevilha e Badajoz, avança o El País.

As declarações foram feitas aos deputados espanhóis esta quarta-feira, numa altura em que um comité criado para apurar as causas do apagão ainda não terminou a respetiva investigação, que irá continuar.

As três províncias assinaladas têm uma grande penetração de energia fotovoltaica, mas também de outras tecnologias, indica a publicação espanhola. Em paralelo, a ministra com a pasta da Energia em Espanha avançou também que o problema que deu origem ao apagão não está relacionado com falta de reserva ou cobertura.

Também em declarações a uma publicação espanhola, a ministra da Energia em Portugal, Maria da Graça Carvalho, já havia admitido que já se conhecem os primeiros centros eletroprodutores que se desconectaram da rede e a respetiva zona, mas não é claro se o problema surgiu nessa mesma área.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal europeu contraria Sumol+Compal em guerra de marcas com empresa italiana de bebidas

Após ganhar contra franceses devido à palavra “frutologia”, a Sumol+Compal recebe agora uma nega do tribunal da UE num processo contra a Bosca Cora, especializada em vinhos e bebidas alcoólicas.

O Tribunal Geral da União Europeia (UE) pronunciou-se contra a Sumol+Compal no processo que a empresa portuguesa considera que a italiana Bosca Cora está a utilizar um símbolo que se pode confunde com uma das suas marcas de sumos. O tribunal europeu considerou esta quarta-feira que não existe risco de confusão entre marcas, mas a fabricante com sede em Carnaxide ainda pode contestar.

A marca da Sumol+Compal no centro deste processo é a B, de bebidas com ingredientes de origem natural com o slogan “bebe o que queres”. Quanto à Bosca Cora, especializada em vinhos e aperitivos alcoólicos, registou um sinal nominativo “It’s B” para as suas bebidas, o que não agradou à empresa liderada por Diogo Pereira Dias.

O Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) considerou que a presença da mesma letra do alfabeto tem um “fraco” caráter distintivo, portanto “não era suficiente para compensar as impactantes diferencias gráficas e fonéticas entre os sinais”, mesmo no caso dos produtos idênticos.

Nos acórdãos proferidos hoje, o Tribunal Geral rejeita os recursos da Sumol+Compal Marcas por ser da opinião que o EUIPO, numa conclusão publicada em março de 2024, não errou na apreciação os elementos distintivos e dominantes dos sinais.

“Os sinais em causa apresentam um fraco nível de semelhança nos planos gráfico e fonético, devido nomeadamente ao fraco caráter distintivo da letra «b», não sendo possível a comparação a nível conceptual”, confirma o tribunal europeu, corroborando que não existe risco de confusão entre as duas marcas.

Sumol+Compal
Bosca Cora

 

A partir desta decisão do Tribunal Geral, pode ser interposto recurso para o Tribunal de Justiça da UE no prazo de dois meses e dez dias a partir da data da notificação.

O processo surge menos de um ano depois do diferendo com uma concorrente francesa devido à palavra “frutologia”, o nome dado ao processo de recolha e análise das frutas de pomar utilizadas nas bebidas da Sumol+Compal.

Em outubro do ano passado, o Tribunal Geral da UE deu razão à Sumol+Compal Marcas, contrariando uma anterior decisão do EUIPO, por achar que “frutologia” (2017) e “fruitology” (2020) têm “um grau de semelhança médio no plano visual”: oito letras em comum e na mesma ordem da palavra associada à Boiron Frères, registada três anos mais tarde que a nacional, em 2020.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BigHub levanta mais 2 milhões para serviço de pagamento no próprio dia a lojistas

Com esta nova injeção de capital, eleva-se para 12 milhões o investimento da BlueCrow Capital na startup.

Equipa BIGhub.

A BIGhub levantou mais dois milhões de euros para impulsionar o BIGcash, o serviço de pagamento no próprio dia a lojistas e anunciantes dentro dos marketplaces. Com esta nova injeção de capital, eleva-se para 12 milhões o investimento da BlueCrow Capital na startup.

“O foco da BIGhub está tanto na garantia de que os lojistas transitam facilmente para o ambiente digital, como na preocupação de que conseguem aumentar continuamente as suas vendas nos principais marketplaces europeus”, afirma Rúben Lamy. “Com este reforço no investimento, conseguimos acelerar o acesso dos lojistas a liquidez imediata, o que é essencial para, por exemplo, agilizar a gestão de stocks“, diz o CEO da startup, citado em comunicado.

O BIGcash visa permitir o pagamento no próprio dia a lojistas e anunciantes dentro dos marketplaces, em vez do habitual período de 45 dias.

No início do ano a BIGhub tinha obtido um investimento de 10 milhões da BlueCrow Capital, dos quais oito milhões seriam para ser alocados ao projeto BIGcash, agora reforçado com mais dois milhões. Ao todo, a empresa já recebeu 12 milhões deste investidor.

Depois da ronda no início do ano, a BIGhub “integrou nove profissionais (passando a ter 50 colaboradores em vez de 41)”, informa fonte oficial da empresa ao ECO. Tem ainda “candidaturas abertas para diversos perfis, tais como gestor financeiro e de vendas, gestor de tecnologia e produto, programador sénior, engenheiro de automatização de testes, representante de Vendas para os mercados de Portugal e da Europa e gestor de recursos humanos”.

(notícia atualizada às 12h49)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal paga mais por 1.250 milhões de euros em dívida a longo prazo

O IGCP obteve um financiamento de 1.250 milhões de euros com Obrigações do Tesouro a sete e 20 anos com os custos a subirem em ambos os prazos.

Portugal obteve esta quarta-feira um financiamento de 1.250 milhões de euros junto dos mercados de dívida através de dois leilões de Obrigações do Tesouro a sete e a 20 anos, com os custos a subirem em ambos os prazos.

O IGCP arrecadou 702 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2045, títulos pelos quais os investidores exigiram uma taxa de juro de 3,753%. Em novembro, por títulos com a mesma maturidade, a taxa de juro fixou-se nos 3,304%.

Na linha mais curta, foram colocados 548 milhões de euros em obrigações com maturidade em 2032, com a taxa de juro a fixar-se nos 2,716%. Também neste caso, a taxa ficou acima dos 2,645% que o IGCP pagou no anterior leilão comparável realizado em março do ano passado.

O agravamento dos custos da dívida reflete a subida das yields nos mercados internacionais que se verifica desde o início do ano. Por exemplo, a yield da dívida portuguesa a 10 anos — a linha de referência no mercado — voltou a superar a fasquia dos 3%, quando no final de 2024 estava a rondar os 2,8%. Esta evolução acompanhou a taxa de juro das bunds alemãs, cujo agravamento está relacionado com os planos de aumento da despesa do governo germânico para animar o motor da economia da Zona Euro, incluindo fortes investimentos no setor da defesa.

Até porque, neste período, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a política de alívio das taxas oficiais que vem desde o verão do ano passado.

De acordo com o programa de financiamento do Estado, o IGCP conta emitir mais de 20 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro este ano. Praticamente 60% da meta já está cumprida.

(Notícia atualizada às 11h23)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Miguel Frasquilho preside a comité de aconselhamento de capital de risco neerlandesa

O antigo presidente da AICEP e 'chairman' da TAP vai liderar o 'advisory board' da L’or Strategic Investment Group, uma capital de risco neerlandesa.

Miguel Frasquilho foi escolhido para presidir ao recém-criado comité de aconselhamento da capital de risco neerlandesa L’or Strategic Investment Group (LSIG), que faz parte da Holding House of the Lord.

“Este é um passo significativo no objetivo da LSIG de expandir a sua presença global, atrair capital institucional e concretizar investimentos de maior escala em vários continentes ao longo da próxima década”, afirma a empresa num comunicado divulgado esta quarta-feira.

A capital de risco neerlandesa descreve-se como uma sociedade de “investimento ativista”, focada nos temas da transformação digital, defesa, inteligência artificial e recursos naturais. No portefólio de empresas adquiridas está a Paybyrd, Noxus, POST77, Gigo e a portuguesa KuantoKusta.

“A experiência de liderança do Miguel e a sua rede global estão perfeitamente alinhadas com a nossa filosofia de investimento ativista. A sua nomeação reforça o nosso compromisso de escalar o alcance da LSIG e aprofundar a nossa capacidade de gerar valor através de investimentos arrojados e de grande impacto em todo o mundo”, refere o fundador da HOL Holding e da LSIG, Django L’or, citado no comunicado.

Miguel Frasquilho foi presidente do conselho de administração da TAP, entre 2017 e 2021, e presidente da AICEP, entre abril de 2014 e abril de 2017. Além de estar no conselho de administração de várias empresas, é presidente Conselho Estratégico para a Atração de Investimento Direto Estrangeiro da CIP é vice-presidente das Câmaras de Comércio e Indústria Luso-Chinesa e Árabe-Portuguesa, e presidente da Assembleia Geral da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Hong Kong.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

André Ventura ausente da campanha do Chega depois de “episódio muito assustador”

  • ECO e Lusa
  • 14 Maio 2025

O líder do Chega sofreu um espasmo esofágico resultante de problemas de refluxo gástrico, associado a um pico de tensão. Por indicação médica, Ventura falha as ações de campanha previstas para hoje.

André Ventura vai estar ausente da campanha eleitoral esta quarta-feira, em que tinha uma ação agendada para a tarde em Vila Nova de Milfontes, isto depois de se ter sentido mal enquanto discursava num jantar comício em Tavira.

Num vídeo publicado na rede social Instagram, gravado num hotel, o líder do Chega descreveu um “episódio muito assustador que [teve] pela primeira vez na vida” e agradeceu “de coração” o apoio recebido e o tratamento dos profissionais de saúde.

“Ainda não vou poder estar hoje na campanha, não me sinto ainda capaz disso. Estou a fazer essa recuperação por indicação dos médicos. Não devo fazê-lo, mas a campanha tem de continuar, temos de continuar a chegar às pessoas. Não estou ainda de regresso, mas é como se tivesse. Temos de continuar na luta”, referiu.

André Ventura saiu esta quarta-feira pelas 9h44 do hospital de Faro, onze horas depois de ter dado entrada naquela unidade hospitalar, após ter-se sentido mal enquanto discursava num jantar comício em Tavira.

André Ventura não prestou declarações aos jornalistas, tendo apenas entrado no carro que o tem transportado durante esta campanha eleitoral para eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

O presidente do Chega sentiu-me mal enquanto discursava num jantar comício em Tavira, no distrito de Faro, na terça-feira à noite, tendo sido retirado do palco e assistido no local. Depois, foi transportado para o Hospital de Faro, onde passou a noite em observação.

Segundo informação hospitalar, citada pelo Expresso, o líder do Chega teve, ontem à noite, um espasmo esofágico resultante de problemas de refluxo gástrico, associado a um pico de tensão.

(Notícia atualizada às 12h50 com informação sobre ausência da campanha)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de metade dos marketeers prevê aumentar investimento em marketing de influência este ano

  • + M
  • 14 Maio 2025

O estudo da WFA mostra ainda que apenas 42% das marcas supervisionam o cumprimento das regras relacionadas com a divulgação de conteúdos comerciais por parte dos influenciadores com que trabalham.

Mais de metade dos marketeers (54%) indicam que pretendem aumentar o investimento em marketing de influência em 2025. Além disso, 61% concordam que o marketing de influência será ainda mais importante no futuro.

As conclusões são do estudo “Global Guidance on Influencer Marketing“, da World Federation of Advertisers (WFA), que teve por base 73 respostas de 59 empresas que gastam, no seu conjunto, mais de 120 mil milhões de dólares em comunicação e marketing a nível global. A análise foi desenvolvida em colaboração com outras associações da Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Grécia, Índia, Holanda, África do Sul, Espanha, Suécia, Emirados Árabes Unidos e EUA.

O estudo apurou ainda que quase 74% das marcas fazem uso de agências de influenciadores para a sua identificação, um crescimento de 20% em comparação com 2019, último ano em que foi realizado o estudo. Além disso, 79% das marcas estão também a procurar agências para ajudar na gestão destes influenciadores, sendo que 54% encontram nas suas agências de social media quem desempenhe este papel e 51% nas agências de relações públicas.

Entre outros dados, o “Global Guidance on Influencer Marketing” mostra que 66% das marcas — valor que compara com os 60% de 2019 — têm políticas e regras estabelecidas quanto ao trabalho a desenvolver com influenciadores. No entanto, mais de um quarto (26%), ainda não tem um conjunto de diretrizes estabelecido, embora este número tenha recuado em relação a 2019 (31%).

Cresceu também em sete pontos percentuais o número de marcas que assinam contratos com influenciadores com que têm parcerias, para 70%, sendo que 22% assume fazê-lo “às vezes”. Há também um aumento, embora muito ligeiro (na ordem dos dois pontos percentuais), em relação às marcas que incentivam os influenciadores a divulgarem a sua relação comercial com a marca, que se estabelece este ano em 62%.

O estudo sublinha ainda que apenas 42% das marcas supervisionam a forma como os influenciadores cumprem os padrões ou regras existentes no que diz respeito à divulgação de conteúdos de natureza comercial.

Embora muitas marcas estejam a envidar esforços na definição de melhores práticas, ainda há trabalho a fazer para alcançar o patamar em que a indústria precisa de estar. Este novo guia destaca onde e porque é que as marcas podem melhorar e fornece checklists que estas consigam garantir uma melhor abordagem, mais sustentável e confiável no que diz respeito ao marketing de influência, o que, em última análise, deve beneficiar tanto as marcas quanto os consumidores”, refere Stephan Loerke, CEO da WFA.

O estudo evidencia ainda cinco áreas principais onde os marketeers devem investir para ajudar a garantir que as suas campanhas de marketing com influenciadores são responsáveis e éticas. Desde logo é essencial que haja uma divulgação clara e transparência no processo, assim como seja feita uma aposta em conteúdo autêntico e verdadeiro, devendo as marcas incentivar os influenciadores a fornecer opiniões e experiências genuínas, além de verificar se todas as suas alegações são verdadeiras e podem ser comprovadas.

As marcas devem também evitar conteúdo que possa ser considerado ofensivo, discriminatório ou irresponsável –seja ambiental ou socialmente — e regerem-se pelas leis e diretrizes publicitárias de país onde os conteúdos são distribuídos. Além disso, as marcas devem garantir que implementam boas práticas, nomeadamente através de contratos claros, treino, orientação e supervisão contínua, que possibilitem uma boa gestão das parcerias com influenciadores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco culpa informática pela cobrança ilegal de IMI

  • ECO
  • 14 Maio 2025

"Os serviços centrais ainda não criaram as ferramentas informáticas necessárias para o fazer”, explicou a Autoridade Tributária e Aduaneira a uma proprietária com contrato de arrendamento isento.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que tem estado a emitir notas de cobrança de IMI para imóveis isentos desse imposto, está a responder a contribuintes com o argumento de inexistência de “ferramentas” digitais para resolver o erro que impacta rendas congeladas.

“Os pedidos de isenção de IMI feitos nos termos do artigo 46-A do Estatuto de Benefícios Fiscais ainda não podem ser despachados uma vez que os serviços centrais ainda não criaram as ferramentas informáticas necessárias para o fazer”, explicou a AT a uma proprietária, de acordo com o Diário de Notícias (DN).

Em causa está o facto de haver senhorios com rendas congeladas que estão a receber notas de liquidação de IMI, quando o Orçamento de Estado para 2024 (OE2024) prevê a isenção do pagamento deste imposto para proprietários de imóveis com arrendamentos habitacionais anteriores a 1990.

Outros ainda não conseguiram obter deferimento dessa isenção por parte da AT, estando apreensivos pelo facto de se estar a entrar no período de liquidação do IMI, como avançou na segunda-feira o DN. Alguns dos proprietários nestas circunstâncias, ao contactarem o Fisco para darem nota do sucedido, são aconselhados a pagar e depois reclamar, enquanto o Fisco aguarda por “instruções superiores”. No entanto, após a reclamação, alguns recebem a indicação de culpa dos meios técnicos dos serviços centrais.

O Governo diz que a AT “cumpre sempre a lei” e que “irá repor alguma inconformidade”. “Quem tem direito à isenção de IMI naturalmente não pagará IMI e a situação administrativa será reposta se existir alguma inconformidade”, disse ontem o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, a partir de Bruxelas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal Geral da UE anula decisão da Comissão sobre acesso às mensagens entre Von der Leyen e Pfizer

O The New York Times vai poder ter acesso às mensagens trocadas entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o CEO da Pfizer, Albert Bourla, para esclarecer negócio das vacinas.

O Tribunal Geral da União Europeia anulou a decisão da Comissão Europeia que recusou, ao The New York Times, o acesso às mensagens de texto trocadas entre a presidente Ursula von der Leyen e o CEO da Pfizer, Albert Bourla, no âmbito da compra conjunta de vacinas para a Covid-19 de milhares de milhões de euros.

O The New York Times defende que as mensagens trocadas entre 1 de janeiro de 2021 e 11 de maio de 2022, no auge da pandemia, podem ajudar a esclarecer os negócios bilionários com as vacinas.

No entanto, a Comissão rejeitou o pedido, dizendo que a presidente Ursula von der Leyen não tinha guardado as mensagens. Uma rejeição que levou o jornal a interpor uma ação judicial contra o executivo comunitário que foi agora anulada pelo segundo tribunal mais poderoso da UE, que considerou que a Comissão “não forneceu uma explicação plausível para justificar a falta de posse dos documentos pedidos”.

“A Comissão não se pode limitar a afirmar que não possui os documentos pedidos, devendo antes apresentar explicações credíveis que permitam ao público e ao Tribunal Geral compreender por que razão esses documentos não puderam ser encontrados”, vinca na informação publicada, lembrando ainda que o regulamento relativo ao acesso aos documentos visa permitir uma maior transparência nas instituições da UE.

Além disso, a jornalista e o jornal em causa “conseguiram ilidir a presunção de não existência e de falta de posse dos documentos pedidos”, segundo este tribunal europeu. Bruxelas não explicou ainda “de forma plausível por que razão considerou que as mensagens de texto trocadas no âmbito da aquisição de vacinas contra a Covid-19 não continham informações importantes”, adianta o Tribunal Geral.

A anulação do tribunal pressupõe que a Comissão estar a violar as regras da transparência, o que os analistas entendem ser um ataque à reputação da presidente da Comissão, que já foi criticada por ter tendência a centralizar o poder.

“O caso é legalmente complicado para von der Leyen porque não só assinou pessoalmente o maior contrato de vacinas do bloco europeu – no valor de milhares de milhões de euros – como também preside à própria instituição encarregue de aplicar a legislação da UE, que inclui princípios de transparência e responsabilidade”, escrevia ontem o Politico. O facto de o tribunal ter decidido contra ela, pode “oferecer munições políticas a uma vasta gama de críticos”.

A própria Provedoria de Justiça da UE já timnha criticado a Comissão em relação à falta de transparência na divulgação de documentos relacionados com a aquisição de vacinas contra a Covid-19.

A Comissão Europeia pode agora recorrer deste acórdão junto do Tribunal de Justiça da UE

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Só 11% das camas para estudantes do PRR estão prontas

  • ECO
  • 14 Maio 2025

Das 2.139 camas “concluídas”, 1.162 são novas, ou seja, não existiam anteriormente. As restantes 977 resultam de a intervenções de adaptação e melhoria de alojamentos já existentes.

O Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, que tem financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), previa a criação e remodelação de milhares de camas até meados de 2026, mas a taxa de execução é de apenas 11%. Ou seja, estão 2.139 camas prontas de 19 mil, revela o Público (acesso condicionado) esta quarta-feira.

“A execução dos projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), destinados ao alojamento estudantil a preços acessíveis tem tido algumas dificuldades para manter o normal ritmo e a concretização das intervenções previstas“, admite o Governo. As dificuldades resultarão de atrasos nas obras, seja por falta de mão de obra, problemas em torno de concursos públicos e ainda aumento dos preços das matérias-primas, mas o Executivo acredita no cumprimento de todas as metas.

Das 2.139 camas “concluídas”, 1.162 são novas, ou seja, não existiam anteriormente. As restantes 977 resultam de a intervenções de adaptação e melhoria de alojamentos já existentes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mercado imobiliário de luxo: Quais as perspetivas?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 14 Maio 2025

As perspetivas globais e o mercado português no imobiliário de luxo serão o mote da conferência "The Wealth Report", que acontece no dia 20 de maio, na Católica Lisbon School of Business & Economics.

“The Wealth Report” é o nome da conferência que vai reunir vários especialistas, no dia 20 de maio, no auditório 511 da Católica Lisbon School of Business & Economics, para discutirem as perspetivas globais e a posição do mercado português no mercado imobiliário de luxo.

O evento contará com a apresentação do Wealth Report, seguido por dois painéis de debate, moderados por Diogo Agostinho, COO do jornal ECO, nos quais se vão discutir os seguintes temas: “O mercado imobiliário de luxo em Portugal” e “O que é o luxo?”.

Antes do encerramento da conferência, haverá ainda um espaço aberto a debate e intervenção do público.

PROGRAMA

10h00 Abertura
Mónica Seabra Mendes, diretora do Programa Executivo de Gestão do Luxo da Católica Lisbon Business & Economics
Carlos Penalva, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank

10h15 Apresentação Wealth Report
Alex Koch de Gooreynd, partner Knight Frank

10h30 O mercado imobiliário de luxo em Portugal
João Cabaça, Co-Founder e CEO da VIC Properties
André Caiado, arquiteto e fundador da Contacto Atlântico
Carlos Penalva, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank

Moderação: Diogo Agostinho, COO Jornal ECO

11h15 Coffee Break

11h30 O que é o luxo?
Mónica Seabra Mendes, diretora do Programa Executivo de Gestão do Luxo na Católica Lisbon Business & Economics
Gracinha Viterbo e Miguel Vieira da Rocha, partners da Viterbo Interior Design
Alexandra Cesário, fundadora da Know Concierge
Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva I Knight Frank

Moderação: Diogo Agostinho, COO do Jornal ECO

12h15 Espaço aberto a debate e intervenção do público

12h30 Encerramento

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.