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Cruz Vermelha Portuguesa lança ‘Guia de Etiqueta na Saúde Mental’ em parceria com a Comon

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  • 4 Junho 2025

Com este lançamento, a CVP quer "contribuir para a normalização da conversa sobre saúde mental" e "fortalecer a literacia emocional, promovendo relações mais empáticas e saudáveis na sociedade".

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) lançou o Guia de Etiqueta na Saúde Mental, associando, “pela primeira vez, as normas ditadas pelos contextos sociais versus o impacto das mesmas no bem-estar e na saúde mental”. O projeto foi desenvolvido em conjunto com a agência criativa Comon.

“Em Portugal, a etiqueta sempre foi sinónimo de boa educação. Quantas vezes respondemos ‘sim’ à pergunta ‘tudo bem?’ quando, na verdade, queríamos dizer que estava tudo mal?” – foi este o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto. Escrito com uma abordagem “prática e acessível”, o guia “propõe estratégias simples para lidar com situações de sofrimento emocional, promovendo a aplicação dos primeiros socorros psicológicos“, explica-se em nota de imprensa.

“Percebemos que, para explicar o que são os primeiros socorros psicológicos, tínhamos de começar por falar da importância da saúde mental. Mas também notámos que o maior entrave a uma conversa aberta sobre o tema são, muitas vezes, as regras e a forma como fomos educados. E assim nasce a ideia do guia — para ajudar a desbloquear, de forma prática, a tensão existente entre estes dois temas“, diz Ricardo Lourenço, diretor criativo da Comon, citado em comunicado.

O guia conta com contributos de figuras públicas como Margarida David Cardoso, Maria João Ruela, Cláudia Semedo, António Raminhos, Marcio Gagliato, Arz Stephan, Rita Redshoes e Nuno Delgado. Disponível de forma gratuita nas formações de primeiros socorros psicológicos da Cruz Vermelha Portuguesa ou online, conta também com edições em inglês e ucraniano.

A iniciativa surge no âmbito #EU4Health, projeto financiado pela Comissão Europeia e desenvolvido em colaboração com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, em parceria com 28 países.

“A saúde mental não é um luxo, é um direito humano universal. O ‘Guia de Etiqueta na Saúde Mental’ partilha dicas para que os leitores se sintam mais confiantes ao lidar com desafios emocionais — os seus e os dos outros –, promovendo relações mais empáticas e saudáveis através de técnicas simples e eficazes,” refere Susana Gouveia, gestora do projeto EU4Health na CVP.

Com este lançamento, a CVP quer “contribuir para a normalização da conversa sobre saúde mental”, bem como “fortalecer a literacia emocional, promovendo relações mais empáticas e saudáveis na sociedade”.

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Coligação questiona transparência da UE no investimento mineiro no exterior

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A primeira lista de 13 projetos, lançada esta quarta pela Comissão, “suscita preocupações” sobre a abordagem da UE às parcerias estratégicas e aos investimentos mineiros fora das suas fronteiras.

A Coligação da União Europeia para as Matérias-primas (EURMC) alertou esta quarta-feira para a falta de transparência da UE quanto a investimentos mineiros em países terceiros, colocando em risco direitos humanos e proteção ambiental.

A Comissão Europeia adotou esta quarta a primeira lista de 13 projetos estratégicos relativos a matérias-primas essenciais localizadas fora da UE, destinados a diversificar as fontes de abastecimento.

Entre os 13 projetos estratégicos, sete estão localizados no Canadá, Gronelândia, Cazaquistão, Noruega, Sérvia, Ucrânia e Zâmbia – com os quais a União Europeia tem uma parceria estratégica sobre cadeias de valor de matérias-primas –, dois estão localizados num país ou território ultramarino, Gronelândia e Nova Caledónia, e os restantes estão localizados no Brasil, Madagáscar, Malawi, África do Sul e Reino Unido.

Num comunicado, a EURMC, a maior rede de organizações da sociedade civil que trabalham na políticas das matérias-primas da UE, que defende uma transição de recursos justa e sustentável, afirma que o lançamento dos 13 projetos “suscita preocupações” sobre a abordagem da UE às parcerias estratégicas e aos investimentos mineiros fora das suas fronteiras.

A EURMC alerta que estes projetos “carecem de salvaguardas adequadas, transparência e envolvimento local – colocando em sério risco os direitos humanos, os direitos indígenas e a proteção ambiental”, segundo o comunicado. A organização nota que a abordagem da Comissão quanto às matérias-primas críticas tinha o Pacto Ecológico Europeu no centro, mas agora é a militarização que assume um papel central.

E alerta que alguns projetos estão em países com sistemas de governação frágil, “o que levanta suspeitas quanto à forma como as parcerias estratégicas estão a ser implementadas no terreno”.

“A UE deve honrar os seus compromissos em matéria de direitos humanos, direito internacional e compromisso democrático, garantindo que estes projetos não reproduzem os danos causados pelo extrativismo no passado”, diz-se no comunicado. E recorda-se que a lei das matérias-primas críticas foi concebida para ajudar a proteger as cadeias de abastecimento de matérias-primas.

“Mas, ao fazê-lo, a UE deve evitar exportar danos sociais e ambientais. Os projetos estratégicos realizados no estrangeiro não podem prosseguir sem um processo de consulta livre, prévia e informada”, alerta.

A EURMC, que aponta o projeto na Sérvia (lítio) como um dos que suscita “sérias preocupações”, diz ainda que a sociedade civil também está alarmada com o facto de a Comissão continuar a não fornecer informações sobre a forma como os projetos foram selecionados, os critérios utilizados e a forma como serão monitorizados e avaliados.

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“É um mau sinal.” Chega e PS criticam “continuidade” na Saúde

O Chega e o PS não gostaram de ver no novo Governo a mesma ministra da Saúde. "É um sinal de que vamos ter uma governação de continuidade."

Os dois principais partidos da oposição, Chega e PS, criticaram esta quarta-feira a opção de Luís Montenegro de manter em funções a ministra da Saúde, Ana Paula Martins. O Chega também não viu com bons olhos o mesmo nome na Justiça, enquanto os socialistas dizem-se estupefactos com o recrutamento da Provedora de Justiça para o novo Governo.

O líder do Chega, partido que nas eleições de maio conquistou o segundo maior número de mandatos, foi o primeiro a reagir aos nomes anunciados esta quarta-feira à tarde para o próximo ciclo governativo. Ainda a ler a lista de ministros e Ministérios, André Ventura entendeu ser “um mau sinal em termos de governação”.

“É um sinal de que vamos ter uma governação de continuidade”, afirmou Ventura, apontando diretamente à opção de Luís Montenegro, o primeiro-ministro, de manter em funções as ministras da Saúde e da Justiça, respetivamente, Ana Paula Martins e Rita Alarcão Júdice.

Sobre Ana Paula Martins, o líder do Chega disse, a partir do Parlamento, que “houve um consenso quase nacional de que a ministra da Saúde cometeu erros, e erros de responsabilidade”. “Erros graves”, com consequências: “Pessoas que viram as suas vidas destruídas por causa da falta de acesso ao SNS, grávidas que [deram à luz] à porta do hospital ou à porta de casa”, elencou.

Ventura criticou ainda a manutenção da ministra da Justiça no novo Governo: “Acho que também é falta de energia na reforma da Justiça e do combate à corrupção”, afirmou. “Manter esta ministra [Rita Alarcão Júdice] é um sinal de que algo de errado está a passar-se [sic]”, rematou.

André Ventura, líder do ChegaLusa

PS condena “transição direta” da Provedoria para o Governo

Pela voz do secretário-geral adjunto, João Torres, o PS mostrou “estupefação” por ver Maria Lúcia Amaral, até aqui Provedora de Justiça, transitar diretamente para o novo Governo, onde assumirá a pasta da Administração Interna.

“Consideramos no PS que esta transição desprestigia a função de Provedor de Justiça. Pode até suscitar dúvidas sobre a real preponderância da forma como estava a ser exercido o cargo”, disse João Torres, lembrando que a função é uma “responsabilidade unipessoal” de “salvaguardar e até defender os cidadãos perante o Estado e as suas instituições”.

Consideramos no PS que esta transição desprestigia a função de Provedor de Justiça. Pode até suscitar dúvidas sobre a real preponderância da forma como estava a ser exercido o cargo.

João Torres

Secretário-geral adjunto do PS

A manutenção da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, também foi alvo das críticas socialistas, por já ter demonstrado, “por inúmeras ocasiões, que não está à altura das suas responsabilidades”, disse João Torres. “Não traz nenhum ímpeto reformista ao SNS e mostrou até incompetência na gestão de várias situações que vieram a público. Insiste-se numa solução desgastada e gera perplexidade”, afirmou.

O PS colou ainda a saída de Pedro Reis aos dados económicos que mostraram uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5% em cadeia no primeiro trimestre: “Talvez essa seja uma assunção de falhanço no crescimento económico”, atirou João Torres. E criticou a “subalternização” da pasta da Cultura num novo Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, tutelado por Margarida Balseiro Lopes.

Em suma, João Torres considerou que o novo Governo “traz pouco de novo e o pouco de novo que traz gera apreensão”. “Este é manifestamente, com toda a clareza, um Governo de continuidade, e não é de todo um Governo de novidade”, disse.

João Torres, secretário-geral adjunto do PSLusa

PSD defende “resultados” na Saúde

Perante estas críticas dos dois maiores partidos da oposição, o líder da bancada social-democrata, Hugo Soares, respondeu que “é precisamente pelos resultados que estavam a ser atingidos que a ministra da Saúde continua” em funções.

“Há um ano, quando este Governo tomou posse, o SNS estava um caos autêntico. Hoje, sabemos que, apesar de ser preciso fazer muito trabalho, os portugueses esperam menos tempo para cirurgias, esperam menos tempo nas urgências hospitalares e há mais portugueses com médico de família”, explicou.

“É um trabalho estrutural que é preciso fazer. Não é mudando de ministro quando o que estava em funções tem apresentado resultados que vamos conseguir ultrapassar os obstáculos”, justificou ainda Hugo Soares, dizendo que Ana Paula Martins tem agora uma “confiança reforçada” no novo Governo.

Quanto ao novo Ministério da Reforma do Estado, o líder parlamentar do PSD recordou que o novo ministro, Gonçalo Saraiva Matias, atual presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), é também ministro Adjunto, “o que lhe dá força política”. Com este ministro, que “mostra uma preocupação clara com a vida das pessoas”, pretende-se acabar com “obstáculos” que existem à vida das pessoas e das empresas, argumentou Hugo Soares, dando como exemplo a “burocracia”.

“O Governo hoje apresentado pelo primeiro-ministro ao Presidente da República dá uma grande confiança ao país. Nota-se um compromisso forte entre um ímpeto reformista, o crescimento económico e as políticas sociais, e do lado das áreas de soberania nota-se grande preocupação com a responsabilidade”, defendeu Hugo Soares.

Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD

PCP critica Ministério para “favorecer” o capital. BE diz que “SNS é para demolir”

À esquerda, Paula Santos, líder parlamentar do PCP, fez uma “apreciação global” negativa do novo elenco do Governo. Apontou, no entanto, ao novo Ministério da Reforma do Estado, que será tutelado pelo novo ministro Gonçalo Saraiva Matias.

Para o PCP, a opção do primeiro-ministro foi a de criar um Ministério “claramente com uma intenção de atacar os serviços públicos e as funções sociais e do Estado e adaptar o Estado não para dar resposta aos cidadãos, mas sim para favorecer os interesses do capital”.

“Aquilo que demonstra é uma intenção de prosseguir e aprofundar a política de direita e essas opções que são contrárias aos interesses do nosso povo, dos reformados e do nosso país”, disse.

“Olhando para esta composição, aquilo que nós vemos é claramente um caminho para prosseguir uma opção de baixos salários, de baixas pensões, de não resolução dos problemas da Saúde, de continuação do ataque aos serviços públicos, de negação de direitos que estão consagrados na nossa Constituição – como a habitação – e um caminho de privatizações”, continuou Paula Santos.

Da parte do BE, Mariana Mortágua, coordenadora do partido, apontou à decisão de manter a ministra da Saúde: “Há uma marca neste Governo, que é a da continuação de Ana Paula Martins. É incontornável esta escolha, que envia uma mensagem ao país: o SNS é para continuar a destruir. Não tem resposta, não sabe como resolver o problema e a única política que tem é entregar o SNS aos bocados aos privados”, disse.

“Urgências fechadas, pessoas a morrer sem conseguirem chegar ao hospital, nada foi resolvido. O SNS é para demolir”, lamentou Mariana Mortágua.

Em representação do Livre, Paulo Muacho falou num “Governo constantemente de fuga para a frente”. “Podem ser anos, ou o tempo que o Governo durar, perdidos em termos de desenvolvimento e de progresso para o nosso país”, lamentou.

Já Filipe Sousa, eleito pelo JPP, disse preferir esperar para conhecer o Programa do Governo antes de fazer mais considerações. “Fico de alguma forma de braços caídos quando vejo alguns partidos [nomeadamente, o PCP] anunciarem moções de rejeição ao programa quando não conhecem esse mesmo programa”, defendeu.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h47)

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PJ investiga têxtil suspeita de fraude de oito milhões com fundos comunitários

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A PJ realizou 11 buscas domiciliárias e não domiciliárias, no Porto, Vila Nova de Famalicão, Matosinhos e Barcelos. Empresa têxtil é suspeita de fraude e desvio de fundos de oito milhões.

A Polícia Judiciária (PJ) do Norte está a investigar uma empresa têxtil suspeita de fraude e desvio de subsídios ao abrigo de três candidaturas a fundos comunitários, no valor de cerca de oito milhões de euros, anunciou esta quarta-feira aquela força.

Em comunicado, a PJ refere que, no âmbito do inquérito, realizou 11 buscas domiciliárias e não domiciliárias, no Porto, Vila Nova de Famalicão, Matosinhos e Barcelos. A operação permitiu a apreensão de sete viaturas automóveis, um motociclo, um barco de recreio, bem como 170 máquinas de confeção de “valor elevado que se encontravam em local fechado, visando eventualmente a sua dissipação”.

No total estiveram envolvidos cerca de 40 inspetores da PJ, incluindo ainda elementos do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) do Norte, peritos financeiros e informáticos, bem como inspetores da Autoridade Tributária, além da participação de um magistrado judicial e de quatro magistrados do Ministério Público.

Através do GRA, foram, ainda, efetuados arrestos de quatro imóveis e diversas contas bancárias. Das buscas resultou, também, a apreensão de um “grande acervo documental e digital, para consolidação da prova dos factos em investigação”.

Segundo a PJ, existem “fortes indícios” de que empresa, a laborar na área da confeção, foi declarada insolvente em 2022, conduzindo ao despedimento de cerca de 200 trabalhadores. “A partir dessa data, foi gerida de forma lesiva, apurando-se que, aquando da execução dos projetos, a sociedade encontrava-se em incumprimento à Segurança Social”, acrescenta.

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Seguros de vida precisam de melhor comunicação para desconstruir mitos

  • ECO Seguros
  • 4 Junho 2025

Num evento organizado pela Mudey debateram-se os obstáculos do seguro de vida para se tornar instrumento central de proteção financeira. Mitos afastam clientes.

O seguro de Vida deve abandonar a imagem de mera imposição associada ao crédito à habitação para se afirmar como instrumento central de proteção financeira e de planeamento familiar a médio e longo prazo, foi a conclusão principal da sessão promovida pela insurtech portuguesa Mudey com representantes da April, da Prévoir e da Zurich. O ponto de partida do debate foi o “Estudo sobre o Seguro de Vida 2025”, no qual a Mudey traçou o retrato do conhecimento, da perceção e da adesão dos portugueses a este produto: um em cada cinco segurados desconhece as coberturas que contratou e persiste uma desconfiança significativa em relação ao pagamento de sinistros.

Ana Teixeira, MudeyMudey

Ao longo da mesa-redonda, ficou claro que para os participantes a chave para alterar este cenário passa por uma comunicação mais pedagógica, segmentada e contínua. “O seguro de vida não deve ser apenas um requisito bancário. Deve ser uma escolha consciente de proteção pessoal, familiar e patrimonial”, frisou Ricardo Neves, diretor de canais alternativos e parcerias da Zurich, acrescentando que é preciso “inverter o driver de aquisição” e fazer do seguro parte integrante de um “plano de vida”.

A urgência de combater o défice de informação tornou-se evidente quando os participantes lembraram que muitas apólices são subscritas rapidamente para cumprir exigências de proteção. “Não basta vender. É preciso continuar a comunicar e garantir que o cliente sabe o que tem e quando o pode usar”, alertou Mónica Nicolau, diretora comercial da April, defendendo um pós-venda com esclarecimentos regulares, atualizações de coberturas e recolha de feedback, de forma a fortalecer a relação de confiança entre seguradora e segurado.

No que diz respeito à perceção de incumprimento por parte das seguradoras (ou seja, na crença popular que quando é preciso, as seguradoras não pagam) Paulo Silva, diretor comercial da Prévoir, afirma que “cerca de 75% dos prémios pagos pelos segurados são devolvidos à sociedade sob a forma de indemnizações ou provisões para pagamentos futuros”, o que evidencia, sublinhou, uma taxa de cumprimento “elevada” face à desconfiança pública. Os intervenientes concordaram que estes dados devem ser comunicados através de exemplos concretos e histórias de impacto positivo.

O estudo revelou ainda que trabalhadores independentes e famílias de rendimentos mais baixos são os grupos mais desprotegidos, precisamente aqueles que mais beneficiariam de uma rede de segurança financeira. Para chegar a estes públicos, foi defendida uma comunicação segmentada: canais digitais para os mais jovens, narrativas empáticas para quem tem menor literacia e linguagem clara, livre de jargão técnico. A diretora comercial da April contrariou o mito de que o seguro é caro indicando que “hoje é possível contratar seguros com capitais ajustados e prémios acessíveis, sem a comprometer a proteção essencial”

Outro desafio prende-se com a subida acentuada dos prémios a partir dos 50 anos – grupo etário cada vez mais responsabilidades financeiras (e que, por isso, precisa de proteção por mais tempo) devido ao aumento da esperança média de vida, ao adiamento da parentalidade e pela compra tardia de habitação.

A solução passa por alargar a base de segurados entre os 50 e os 60 anos para diluir o risco e, assim, poderá ser possível reduzir os custos, indicou Paulo Silva. A tecnologia pode acelerar este processo: ferramentas de monitorização da saúde do utilizador já permitem modelos de pricing mais justos, graças a uma avaliação dinâmica do risco.

A sessão terminou com um apelo transversal ao setor: promover literacia financeira, manter uma comunicação próxima e transparente para construir confiança e conseguir colocar o seguro de vida no centro das decisões de planeamento financeiro das famílias portuguesas.

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Emissões médias de CO2 dos carros novos na Europa aumentam ligeiramente em 2024

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Depois de uma redução significativa entre 2020 e 2023, dados provisórios apontam para uma nova subida da emissão média de CO2 dos carros no ano passado.

As emissões médias de dióxido de carbono (CO2) dos carros novos matriculados na Europa aumentaram ligeiramente em 2024, depois de uma redução significativa entre 2020 e 2023, indicam dados provisórios divulgados esta quarta-feira pela Agência Europeia do Ambiente (AEA).

Em comunicado, a AEA precisa que as emissões médias de CO2 dos automóveis novos foram o ano passado de 106,8 g CO2/km e em 2023 tinham sido de 106,4, enquanto as das carrinhas ascenderam a 185,4 g CO2/km (180,8 em 2023). “As emissões médias de automóveis e carrinhas novas ficaram abaixo das metas para toda a frota em 2024, mas ainda significativamente acima das novas metas que se aplicam a partir de 2025”, adianta.

Os dados provisórios relativos a 2024, com base em informações fornecidas pelos países, mostram que foram registados o ano passado na União Europeia (UE), Noruega e Islândia 10,7 milhões de automóveis (o mesmo número de 2023) e 1,3 milhões de carrinhas, o que representa mais 9% do que no ano anterior (1,2 milhões).

A quota de automóveis totalmente elétricos desceu, de 15,5% em 2023 para 14,5%, tal como a de automóveis híbridos ou híbridos plug-in (com ficha), 8,1% em 2023 e 7,2 em 2024. A Noruega (92%), a Suécia (62%) e a Dinamarca (56%) contam com as maiores quotas de automóveis elétricos.

Em relação às carrinhas elétricas (quase todas totalmente elétricas), a sua quota diminuiu de 8,3% em 2023 para 6,4% em 2024, o que “é a principal causa do aumento observado nas emissões médias para 185,4 gramas de CO2/km, mais 4,5 g de CO2/km em relação a 2023”, segundo a AEA.

A agência da UE refere ainda que mais de metade das carrinhas totalmente elétricas foi registada em três países: França, Alemanha e Países Baixos, enquanto as maiores quotas desta frota pertencem aos países nórdicos já referidos, Noruega (30%), Suécia (21%) e Dinamarca (18%).

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PJ faz buscas na autarquia de Bragança

As investigações da polícia na autarquia estão relacionadas com as obras da nova zona industrial, inaugurada em 2018, e a Circular Interior de Bragança.

A Polícia Judiciária realizou, esta quarta-feira, buscas na Câmara Municipal de Bragança. A presença da PJ nas instalações foi confirmada pelo próprio presidente do município, Paulo Xavier.

As investigações da polícia na autarquia estão relacionadas com as obras da nova zona industrial, inaugurada em 2018, e a Circular Interior de Bragança. Recorde-se que em novembro do ano passado veio a público que, na empreitada da nova zona industrial existiram trabalhos faturados mas não executados no valor de mais de 800 mil euros, assim como houve obras que não estavam previstas e foram executadas mas não foram faturadas.

Naquela altura, o ex-presidente da câmara, Hernâni Dias, explicou que tudo se tratou de uma falha administrativa. Ou seja, não se passou para o papel aquilo que aconteceu entre trabalhos que não foram feitos mas se faturaram e os que foram feitos e não se faturaram.

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Isenção de IUC atribuída aos táxis não abrange os TVDE

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A conclusão da AT é que “a atividade de transporte TVDE não integra o âmbito material da norma, que se circunscreve, por força do princípio da legalidade e da tipicidade, ao serviço de aluguer".

A isenção de IUC atribuída a carros para transporte em táxi ou para serviço de aluguer com condutor (da letra “T”) não é aplicável aos TVDE, esclareceu a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Na origem desta posição do fisco está a dúvida de um contribuinte, visando perceber se um veículo afeto ao serviço de transportes TVDE está abrangido pela isenção contemplada no código do IUC (CIUC).

Em causa está a isenção do imposto único de circulação atribuída aos “veículos da categoria B que possuam um nível de emissão de CO2 NEDC até 180 g/km ou um nível de emissão de CO2 WLTP até 205g/km e veículos da categoria A, que se destinem ao serviço de aluguer com condutor (letra ‘T’) ou ao transporte em táxi”.

E a conclusão da AT é a de que “a atividade de transporte ‘TVDE’ não integra o âmbito material da norma, que se circunscreve, por força do princípio da legalidade e da tipicidade, ao serviço de aluguer com condutor (letra ‘T’) ou ao transporte em táxi” excluindo “todos os outros tipos de atividade de transporte”.

A sustentar a sua resposta a este caso concreto, a AT refere que o legislador do CIUC entendeu que a isenção seria aplicável aos veículos que “se destinem ao serviço de aluguer com condutor (letra ‘T’) ou ao transporte em táxi”, notando que, para efeitos do exercício de atividades conexas com o transporte rodoviário de passageiros, o IMT licencia um conjunto variado de atividades.

Entre estas atividades estão o transporte de passageiros em autocarros, táxi, transportes coletivos de crianças, aluguer de veículos sem condutor (rent-a-car e sharing), operador de TVDE e operador de plataforma eletrónica de TVDE.

A esta diversidade, soma-se a diferença das regras de acesso à atividade, que, no caso dos táxis, só pode ser exercida por empresas, incluindo empresários em nome individual, cooperativas e estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada, licenciadas para o efeito, sendo necessário um alvará, que é intransmissível e emitido por um prazo de cinco anos, renovável.

Já nos TVDE (transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica), a atividade do operador está sujeita a licenciamento podendo apenas ser exercida por pessoas coletivas estabelecidas em território nacional.

Nos TVDE o licenciamento é titulado por uma licença cuja primeira emissão tem uma validade máxima de 10 anos, renovável com validade máxima de cinco anos.

Na enumeração das diferenças, a AT indica ainda o facto de os TVDE não terem acesso às vias devidamente sinalizadas e reservadas ao transporte público de passageiros (vulgarmente conhecidas por faixas ‘Bus’) e de estes veículos circularem “sem qualquer sinal exterior indicativo do tipo de serviço que prestam”, com exceção de um dístico que é visível do exterior e amovível.

“[…]O que se pretende evidenciar é que o regime relativo ao transporte em táxi e aquele relativo ao transporte TVDE, é substancialmente diferente, nomeadamente, regulados por regimes legais distintos, com licenciamentos diferentes e requisitos de acesso e exercício da atividade diferentes”, afirma a AT na resposta ao pedido de informação vinculativa.

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Campanha da Uzina para a Ikea apontada como uma das favoritas ao Grand Prix de Cannes

O trabalho português é visto por uma revista britânica como um dos favoritos à conquista da maior distinção no mais importante festival de criatividade do mundo, que decorre entre 16 e 20 de junho. 

O trabalho “HiddenTags”, da Uzina para a Ikea, é apontado com um dos favoritos a levar para casa um Grand Prix do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, pela MediaCat. As previsões do meio britânico têm por base a opinião de especialistas do setor e a análise das listas de vencedores de outras edições.

A campanha em causa, foi lançada pela Ikea para celebrar os seus 20 anos em Portugal, tendo a marca desafiado os clientes a procurarem as etiquetas dos seus produtos, com o objetivo de encontrar o móvel mais antigo da marca sueca em Portugal. Quem tivesse a peça de imobiliário com maior idade ganhava um voucher de dois mil euros.

Para comunicar a ação, a marca apostou na altura numa campanha presente com um filme em televisão e digital, mas também com imagens em mupis, redes sociais e site. Contou ainda com conteúdo de uma influenciadora para mostrar aos consumidores como ler as etiquetas.

A campanha gerou um aumento de 14% nas vendas (em relação ao ano passado), com 31% das vendas registadas provenientes de novos membros Ikea Family e 42% de crescimento de novos membros no programa de fidelização (+95,5 mil novos membros).

As histórias recebidas com esta ação deram ainda origem a uma nova campanha de posicionamento da marca em Portugal. “Foi incrível, recebemos mais de 4.500 histórias e quando fomos analisar demos conta que as pessoas tinham histórias incríveis com móveis da marca que as acompanham por muito mais tempo do que o que estávamos à espera”, referia em abril a diretora de marketing ao +M.

Estas histórias serviram assim de mote para o novo posicionamento da marca uma vez que, analisando as histórias, muitas pessoas diziam que os seus móveis duraram muito mais do que as relações que tinham quando os compraram.

Recorde-se que a Uzina e a Ikea, com o mesmo trabalho, também levaram para casa o Grande Prémio da 27ª edição do Festival do CCP. A campanha recebeu também o Grande Prémio Jornalistas, tendo a Uzina e a Ikea ainda subido a palco como Melhor Agência do Ano e Melhor Anunciante do Ano.

Conheça as outras campanhas também incluídas como possíveis vencedoras de um Grand Prix de Cannes na lista da MediaCat:

  • “AI Scambaiters”, da VVCP London para a O2

Esta campanha da O2 introduziu a Daisy, uma senhora idosa criada através de inteligência artificial cujo objetivo é combater tentativas de burla, mantendo os burlões a falar indefinidamente até que estes desistam.

  • “Ink of Democracy”, da Havas Creative India para o The Times of India

A ideia da campanha “Ink of Democracy” baseou-se no facto de cerca de um terço dos eleitores elegíveis na Índia não terem votado nas eleições de 2019, o que levou a que 7.500 litros de tinta roxa indelével (que é aplicada nos dedos dos eleitores para evitar fraudes) não tenham sido utilizados. Para incentivar ao voto em 2024, o The Times of India e o The Economic Times imprimiram as páginas dos seus jornais com tinta roxa, em vez de preta.

  • “Now You Can’t Unsee It”, da Rethink Canada para a Heinz

A Heinz e a Marvel não desperdiçaram a oportunidade proporcionada pelos fãs — que apontaram nas redes sociais as parecenças entre as personagens Deadpool e Wolverine (nos seus fatos vermelhos e amarelos) e as embalagens de ketchup e mostarda da marca –, lançando uma campanha que promove tanto o filme “Deadpool & Wolverine” como a Heinz.

  • “Price Packs”, da Serviceplan Germany para a Penny

Numa altura em que a inflação subiu de forma intensa, a a loja de descontos alemã Penny concentrou-se em manter alguns produtos a preços estáveis. A forma de comunicar isso passou por alterar a identidade visual dos produtos, passando as próprias embalagens a mostrar os preços.

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Fórum para a Competitividade mantém perspetiva de crescimento abaixo de 2%

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

O organismo aponta para a "deterioração das perspetivas externas e o abrandamento do consumo privado, para além do resultado muito fraco do primeiro trimestre".

O Fórum para a Competitividade mantém a estimativa de um crescimento abaixo de 2% em 2025, face à deterioração das perspetivas externas e ao abrandamento do consumo privado no primeiro trimestre, foi hoje anunciado.

A deterioração das perspetivas externas e o abrandamento do consumo privado, para além do resultado muito fraco do primeiro trimestre, reforçam a nossa expectativa de um crescimento abaixo de 2% em 2025”, lê-se na nota de conjuntura do Fórum para a Competitividade.

No mês passado, o Fórum para a Competitividade tinha estimado uma revisão em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para valores inferiores a 2%. De acordo com a mesma nota, a redução das taxas de juro deverá ter um impacto limitado sobre o investimento, que está afetado pelas “débeis expectativas” de aumento da procura e pela elevada incerteza.

Acrescem as dificuldades de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), aguardando-se a sua aceleração, “múltiplas vezes anunciada”. A deterioração das perspetivas internacionais deve-se às tarifas e à sua incerteza, que paralisa as decisões de investimento, de contratação e grandes compras.

O que parece mais certo é que o BCE [Banco Central Europeu] continue a diminuir as suas taxas de juro, um dos poucos aspetos positivos da atual conjuntura, embora estejamos cada vez mais próximos do fim destes estímulos monetários”, apontou. Na quinta-feira, o BCE deve decidir um novo corte de 25 pontos base nas taxas de juro, num contexto ainda marcado pelas tensões comerciais e por previsões de um crescimento económico débil na zona euro.

O Fórum acredita ainda que o resultado das eleições “parece garantir alguma estabilidade política no curto prazo”, sublinhando que as principais dúvidas estão relacionadas com a capacidade de o Governo conseguir aprovar as reformas de que a economia precisa.

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Governo tem três novos ministros e um novo Ministério. Saída de Pedro Reis é a surpresa

Gonçalo Matias, Carlos Abreu Amorim e Maria Lúcia Amaral são os novos membros da equipa executiva. Pedro Reis, Dalila Rodrigues, Margarida Blasco e Pedro Duarte estão de saída.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, deslocou-se esta quarta-feira à tarde ao Palácio de Belém, onde entregou ao Presidente da República a composição do novo Governo. A equipa que governará o país neste novo ciclo acaba de ser conhecida.

Há três novos nomes no elenco governativo: Gonçalo Matias, que será ministro Adjunto e da Reforma do Estado; Carlos Abreu Amorim, que será ministro dos Assuntos Parlamentares; e Maria Lúcia Amaral, que será ministra da Administração Interna.

De saída do Executivo estão Pedro Reis, até aqui ministro da Economia; Dalila Rodrigues, que era a ministra da Cultura; Pedro Duarte, anterior ministro dos Assuntos Parlamentares, que será candidato à Câmara do Porto; e Margarida Blasco, que era ministra da Administração Interna.

Montenegro procedeu ainda a uma reorganização de pastas. Margarida Balseiro Lopes, anterior ministra da Juventude e da Modernização, acumula agora a pasta da Cultura com a da Juventude e do Desporto. Perde a Modernização Administrativa, que ganha agora o estatuto de novo Ministério da Reforma do Estado.

Manuel Castro Almeida acumula a Economia com a Coesão Territorial, depois da saída de Pedro Reis – que, ao contrário de Dalila Rodrigues, de Margarida Blasco e de Pedro Duarte, não estava entre os apontados à porta de saída.

“O Presidente da República deu o seu assentimento à proposta, que será oportunamente complementada com os secretários de Estado”, lê-se na nota publicada esta quarta-feira à tarde no portal da Presidência.

A tomada de posse dos novos ministros está marcada para quinta-feira, 5 de junho, às 18h00, no Palácio da Ajuda. Os secretários de Estado, cuja lista de nomes ainda não é conhecida, tomarão posse no dia seguinte, na sexta-feira, às 12h, no mesmo local.

Veja aqui a lista:

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
Paulo Artur dos Santos de Castro de Campos Rangel

Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim José Miranda Sarmento

Ministro da Presidência
António Egrejas Leitão Amaro

Ministro da Economia e da Coesão Territorial
Manuel Castro Almeida

Ministro Adjunto e da Reforma do Estado
Gonçalo Nuno da Cruz Saraiva Matias

Ministro dos Assuntos Parlamentares
Carlos Eduardo Almeida de Abreu Amorim

Ministro da Defesa Nacional
João Nuno Lacerda Teixeira de Melo

Ministro das Infraestruturas e Habitação
Miguel Martinez de Castro Pinto Luz

Ministra da Justiça
Rita Fragoso de Rhodes Alarcão Júdice de Abreu e Mota

Ministra da Administração Interna
Maria Lúcia da Conceição Abrantes Amaral

Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Manuel de Almeida Alexandre

Ministra da Saúde
Ana Paula Mecheiro de Almeida Martins Silvestre Correia

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Valente Rebelo Pinto Palma Ramalho

Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Martins da Silva Carvalho

Ministra da Cultura, Juventude e Desporto
Ana Margarida Balseiro de Sousa Lopes

Ministro da Agricultura e Mar
José Manuel Ferreira Fernandes

(Notícia atualizada pela última vez às 17h27)

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Insurtech captaram 35 mil milhões de investimento em quatro anos

  • ECO Seguros
  • 4 Junho 2025

O estudo da NTT Data revela que seguradoras apostam em novas tecnologias para automatizar processos, criar experiências personalizadas e gerar eficiências operacionais.

O setor global das insurtech captou 40 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros) nos últimos quatro anos, “consolidando o seu papel como agente-chave na transformação digital dos seguros”, revela o mais recente relatório Insurtech Global Outlook 2025 da NTT DATA.

O estudo, que inquiriu executivos a nível global, mostra que 70 % dos executivos esperam uma mudança “relevante” no mercado entre os próximos três a cinco anos, impulsionada sobretudo pela necessidade de gerir melhor os dados, responder a novas exigências regulatórias e reforçar a cibersegurança.

A pressão para evoluir traduz-se em investimento: 96 % das empresas tencionam aumentar ou, pelo menos, manter estável o orçamento para a tecnologia — uma tendência que se mantém desde 2020, acompanhando explosão tecnológica do setor de seguros nos últimos cinco anos. Não admira, por isso, que 74 % dos inquiridos coloquem a transformação digital como prioridade número um, à frente da experiência do cliente ou da eficiência operacional.

A cibersegurança e o cumprimento regulatório surgem, pela primeira vez, entre os cinco maiores desafios globais, ao lado das expectativas dos clientes, de sistemas legados (softwares antigos que continuam a ser utilizados nas empresas, apesar de haverem tecnologias mais recentes e mais eficazes) e dos custos operacionais. A resposta das empresas passa, em 56% dos casos, por adaptar “sua jornada de transformação para responder a estes desafios através de maiores investimentos tecnológicos e novas alianças estratégicas”.

A inteligência artificial (IA) generativa assume-se como grande protagonista desta nova fase: se em 2020 apenas 32% viam a IA como crucial, em 2025 já são 65% a elegê-la como a tecnologia emergente de maior impacto previsto no setor graças “à sua capacidade de automatizar processos, criar experiências personalizadas e gerar eficiências operacionais”. Para melhorar as capacidades desta tecnologia, 60 % dos executivos consideram essencial “melhorar a capacidade de gestão de dados”, enquanto 56 % reconhecem a necessidade de uma base de transformação digital mais robusta.

A indústria seguradora encontra-se num ponto de viragem, as empresas já não se limitam a explorar as tecnologias emergentes, mas estão a integrá-las no centro das suas estratégias para liderar num ambiente cada vez mais digital, complexo e regulado” declara Inês Eusebio, head of insurance Iberia & LATAM da NTT DATA. “A IA generativa, a cibersegurança e a automação, juntamente com outras tecnologias, tornaram-se ferramentas essenciais para oferecer valor acrescentado a um cliente cada vez mais digital, antecipando riscos e assegurando a sustentabilidade do mercado” acrescentou Inês Eusebio.

“A edição de 2025 confirma que a indústria seguradora está a atravessar uma transformação profunda, impulsionada não só pela adoção de tecnologias como a inteligência artificial e a computação quântica, mas também por exigências regulatórias crescentes. Este novo contexto, embora desafiante, abre um espaço de inovação e colaboração entre incumbentes e startups, promovendo um setor mais ágil, personalizado e orientado para o cliente”, afirma Nuno Albuquerque e Castro, partner e head of insurance da NTT DATA Portugal.

O olhar para o futuro prolonga-se para lá da IA: a computação quântica, ainda numa fase inicial, surge como aposta estratégica de longo prazo para modelar risco, gerir carteiras complexas e prever eventos catastróficos, conclui o estudo. Embora exija infraestrutura especializada e maturidade cultural, já integra a lista de prioridades das seguradoras mais inovadoras, ao lado de outras tecnologias avançadas.

“Ambas as tecnologias marcam o início de uma nova etapa no desenvolvimento do ecossistema insurtech, em que o setor segurador deverá acelerar a sua adoção de capacidades avançadas, estabelecer alianças com líderes tecnológicos e preparar-se para redefinir a sua proposta de valor”, remata o comunicado.

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