Costa admite “frustração” dos Balcãs sobre adesão mas fala em “novo impulso”

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

"Devemos aproveitar ao máximo o novo impulso e criar todas as condições necessárias para o alargamento porque não há dúvida de que o futuro dos Balcãs Ocidentais está na nossa União", disse Costa.

O presidente do Conselho Europeu admitiu esta quarta-feira “as frustrações” dos Balcãs Ocidentais relativamente ao processo de adesão à União Europeia (UE), dado que estes aguardam há vários anos, destacando, porém, um “novo impulso” para avançar no alargamento à região.

Todos sabemos que persistem alguns desafios, que os diferendos bilaterais e os dilemas da vizinhança ainda têm de ser resolvidos. Temos de nos concentrar em reformas credíveis e sustentáveis (…). Hoje, ouvimos falar das frustrações da região, mas acredito que, juntos, podemos superá-las e temos agora um novo impulso”, disse António Costa.

Em declarações aos jornalistas em Bruxelas no final da cimeira UE-Balcãs Ocidentais, a primeira por si presidida, António Costa realçou os “progressos significativos no último ano” dos países da região, bem como o “sentido coletivo de responsabilidade e uma nova vontade de trabalhar mais e mais depressa.”.

“Por isso, devemos aproveitar ao máximo o novo impulso e criar todas as condições necessárias para o alargamento porque não há dúvida de que o futuro dos Balcãs Ocidentais está na nossa União”, salientou.

Depois de se ter reunido, ainda antes da cimeira com líderes dos Balcãs Ocidentais em Bruxelas, o novo líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE vincou que “o momento da cimeira de hoje não poderia ter sido melhor”.

“Foi a primeira reunião que partilhei enquanto presidente do Conselho Europeu e isto põe em evidência a prioridade política de reforçar a cooperação com os Balcãs Ocidentais”, concluiu.

A primeira cimeira presidida pelo novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, juntou esta quarta em Bruxelas líderes da UE e dos Balcãs Ocidentais, que pretendem reforçar a parceria estratégica num contexto de tensões geopolíticas, numa altura em que países da região se encontram à espera há vários anos para entrar no bloco comunitário.

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Santander cumpre requisitos mínimos determinados pelo BCE para 2025

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

O banco assegura que cumpre os requisitos definidos pelo BCE para os rácios de capital (CET1, de Tier 1 e rácio total) para o próximo ano.

O Santander Totta adiantou esta quarta-feira que os seus rácios de capital, com referência em 30 de setembro, cumprem “plenamente” os novos requisitos mínimos do Banco Central Europeu (BCE) para 2025, segundo um comunicado enviado ao mercado.

Além dos requisitos mínimos, “o Banco de Portugal comunicou a reserva adicional que é exigida à SGPS”, lê-se em comunicado. “A SGPS cumpria plenamente, considerando os rácios de capital (fully loaded) registados em 30 de setembro de 2024, os requisitos definidos, em termos de CET1 (Common Equity Tier 1), de Tier 1 e rácio total”, indica o banco.

O banco divulgou também os requisitos mínimos prudenciais para 2025, que são de 9,581% no CET1, 11,391% no Tier 1 e 13,803% totais.

Segundo o Santander, “os ‘buffers‘ [amortecedores] incluem a reserva de conservação de fundos próprios (2,5%), a reserva O-SII (0,75%), a reserva de risco sistémico setorial (0,85%, em vigor desde 01 de outubro, sendo calculada trimestralmente) e a reserva contracíclica específica (0,05%, sendo atualizada trimestralmente)”.

“O requisito de Pilar 2, em 2025, definido no âmbito do SREP, manteve-se em 1,65%”, acrescenta o banco.

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Portway e sindicatos não se entendem e greve no Natal e fim de ano mantém-se

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

Sindicatos acusaram a empresa de “desonestidade e má-fé”. A empresa reconheceu que “ficou em aberto a possibilidade de um aumento adicional de 1%".

A empresa de handling Portway e os sindicatos Sindav, STHAA, Sitava e Simamevip não se entenderam numa reunião que ocorreu esta terça-feira, mantendo-se a greve convocada pelas estruturas para o período de Natal e fim de ano. Num comunicado, divulgado esta quarta, a Portway disse que “guardou reserva quanto à sua posição oficial porque esperava que os sindicatos revissem a sua postura e desconvocassem a greve”, o que não aconteceu.

Numa nota publicada o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Aeroportos e Aviação (Sindav), Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHAA), Sindicato dos Trabalhadores de Handling, da Aviação e Aeroportos (Sitava) e Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pescas (Simamevip), por sua vez, acusaram a empresa de “desonestidade e má-fé”.

Na sequência do encontro, no Ministério do Trabalho, a Portway disse que “aplicou escrupulosamente o acordo firmado com as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores”, tendo procedido “a um aumento de 4% das tabelas salariais”.

A empresa reconheceu que “ficou em aberto a possibilidade de um aumento adicional de 1%, condicionado ao atingimento de um objetivo operacional de 60 mil voos assistidos, a 31 de outubro, fixado por ser alcançável consoante o histórico e as perspetivas, e seria garantia de que a Portway teria as condições financeiras para aumentar as tabelas em mais 1%”. No entanto, indicou, “infelizmente, esse objetivo não foi atingido e, como tal, não foi possível à empresa proceder a esse aumento adicional”.

A Portway disse ainda que “a métrica utilizada para avaliar o cumprimento do objetivo é inequívoca e nunca mudou”, destacando que “o número de voos sempre serviu de base a todas as negociações fundamentadas em critérios operacionais”.

“A palavra voo é utilizada, comummente, no handling [assistência em terra a voos e passageiros] e por todos os seus trabalhadores quando se refere a uma rotação. Querer agora fazer crer que a Portway negociou voos a serem diferentes de rotações não teria consistência com a realidade da atividade”, referiu.

Já os sindicatos fazem uma leitura diferente do processo, apontando que em novembro de 2024 a empresa realizou, “mais uma vez, uma subversão, dizendo algo absolutamente estapafúrdio, ridículo e absurdo, como os tribunais certamente se encarregarão de demonstrar”, querendo convencer os trabalhadores de que “voos e rotações são a mesma coisa”.

As estruturas lembraram que a Portway propôs 1% de aumento na tabela em janeiro de 2025 e uma gratificação de balanço no valor de 100 euros para todos os trabalhadores. Os sindicatos disseram que aceitaram o princípio, “mas nunca o valor de 100 euros”, tendo proposto 180 euros para todos. “A Portway subiu até aos 120 euros, tendo estes sindicatos proposto como valor fixo, 150 euros”, disseram, salientando que acabou por ficar inviabilizado o acordo “que desconvocaria a greve pela módica quantia de 60 mil euros”.

“Recordamos que este aumento que a Portway se recusa agora a cumprir tem efeitos práticos no salário base atual dos trabalhadores, mas também em todas as componentes que lhe estão associadas: subsídio de turnos, feriados, horas extraordinárias, subsídios de férias e Natal”, remataram.

A greve convocada pelos sindicatos abrange todo o trabalho suplementar, com início às 00:00 do dia 24 de dezembro de 2024 e até às 24:00 de dia 01 de janeiro de 2025. Decorrerá ainda a partir das 00:00 horas do dia 24 de dezembro de 2024 até às 24:00 do mesmo dia e a partir das 00:00 horas do dia 31 de dezembro até às 24 horas deste último dia do ano.

A paralisação irá também abranger o trabalho em dia feriado que seja dia normal de trabalho, a partir do dia 24 de dezembro e até 02 de janeiro de 2025.

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Agência para o Clima arranca em janeiro com orçamento de mais de 2 mil milhões

O novo organismo vai agregar vários fundos da área do ambiente e energia, o que lhe confere um orçamento significativo na ordem dos 2 mil milhões de euros já em 2025.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, deu esta quarta-feira mais detalhes sobre a Agência para o Clima, um organismo que vai absorver o Fundo Ambiental e outros fundos ligados à energia e ambiente. O Fundo Ambiental, que já era considerado um “mega fundo”, junta-se então a outros pacotes, que ditam que a Agência para o Clima arranque com um orçamento anual de mais de 2 mil milhões de euros.

Debaixo do chapéu da Agência para o Clima, vão reunir-se o Fundo Ambiental, que para o ano tem um orçamento estimado de 1,2 mil milhões de euros e cuja dotação anual varia consoante as receitas do comércio das licenças de dióxido de carbono, o Fundo Social do Clima, que tem também 1,2 mil milhões de euros para distribuir, entre 2026 e 2030, e os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, destinados ao ambiente e energia, que somam 2 mil milhões, para executar até junho de 2026. Por seu lado, o Fundo da Modernização tem 2,1 mil milhões para aplicar até 2030.

Fora estes gigantes, conta-se ainda o Fundo Azul, que traz 55 milhões anualmente ao bolo total, os EEA Grants, que somam 37 milhões por ano e, finalmente, o Fundo da Transição Justa, que ainda não tem uma verba específica destinada a Portugal mas conta com 8,4 mil milhões de euros para distribuir pelos Estados membros da União Europeia, até 2027. “Se houver bons projetos podemos obter bastante [do total], já que é concorrencial”, indicou a ministra, à margem da conferência de imprensa.

Maria da Graça Carvalho confirmou que a perspetiva é que, já no primeiro ano, a Agência arranque com um orçamento, “muito provavelmente”, de mais de 2 mil milhões de euros em 2025. Dependerá da alocação e implementação dos fundos disponíveis.

A agência foi apresentada esta quarta-feira, em sede de Conselho de Ministros, após a reunião que decorreu durante a manhã e depois de, no Conselho de Ministros de 4 de outubro, a ministra ter anunciado a criação desta agência. Também no comunicado do Conselho de Ministros de dia 12 de dezembro, já estava registada a aprovação de alguns diplomas relacionados com a criação da Agência para o Clima e com os fundos que esta irá integrar.

Esta integração pressupõe ainda um reforço das equipas que gerem estes fundos, e novas lideranças. A ministra adiantou que o conselho diretivo da entidade será constituído por quatro pessoas: um presidente, um vice-presidente e dois vogais. Um dos vogais será indicado pelo ministro das Finanças, enquanto para as restantes vagas o Governo está à procura de “pessoas com muita experiência em gestão de fundos europeus”, dentro da administração pública, na gestão de outros fundos – como os Fundos de Coesão, Agricultura e Compete.

A Agência para o Clima deverá arrancar no início de janeiro e o objetivo é ter os dirigentes escolhidos até ao final desse primeiro mês, adiantou Maria da Graça Carvalho. Quanto aos trabalhadores, serão destacados 49 funcionários da Agência Portuguesa do Ambiente e entre 70 a 80 da secretaria-geral do Ambiente.

A nova agência vai servir para apoiar a formulação e concretização das políticas públicas de ação climática, para desenvolver e monitorizar o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030) e fomentar a adaptação às alterações climáticas. Em paralelo, terá sob a sua tutela as funções de Autoridade Nacional no Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), a supervisão do Mercado Voluntário de Carbono e a gestão do Registo Português de Licenças de Emissão (RPLE).

Num panorama mais internacional, a Agência para o Clima servirá para a preparação de posições nacionais para negociações climáticas europeias e internacionais, para a participação nas negociações no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC) e do Acordo de Paris e, finalmente, para a gestão dos compromissos financeiros internacionais no contexto da ação climática.

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Fed volta a cortar taxas de juro em 25 pontos base

Terceiro corte seguido pelo banco central dos EUA leva taxas de juro para o intervalo de 4,25%-4,50%. Em 2025 o ritmo de reduções deverá abrandar, segundo projeções dos membros da Fed.

A Reserva Federal norte-americana (Fed) cortou esta quarta-feira as taxas de juro em 25 pontos base (pb), para um intervalo de 4,25%-4,50%, numa decisão amplamente esperada pelos economistas e investidores.

A descida é a terceira seguida, depois de a 18 de setembro o banco central liderado por Jerome Powell ter interrompido uma pausa de um ano nas taxas de juro com um corte ‘jumbo’ de 50 pb e depois a 7 de novembro ter reduzido em mais 25 pb o custo do dólar.

“Para apoiar os seus objetivos, o FOMC (Comité de Política Monetária) decidiu reduzir o intervalo do objetivo para a taxa dos fundos federais em um quarto de ponto percentual para 4,25% a 4,50%”, informou a Fed, em comunicado.

“Indicadores recentes sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido“, adiantou o banco central, num comunicado cujo conteúdo é praticamente inalterado face ao de novembro. “Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm, de um modo geral, abrandado, e a taxa de desemprego subiu, mas permanece baixa”.

A Fed explicou que a inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comité, mas permanece ligeiramente elevada.

Os membros do FOMC projetam agora que farão apenas duas reduções de taxas de um quarto de ponto percentual até ao final de 2025. Isto representa menos meio ponto percentual de flexibilização da política no próximo ano do que os previam em setembro.

O staff da Fed subiu as projeções para o crescimento para 2,5% em 2024 (de 2% em setembro) e para 2,1% em 2025 (também de 2%). Para a taxa de desemprego as novas projeções apontam para 4,2% este ano (face a 4,4% em setembro) e 4,3% no próximo.

A inflação, medida pelo Personal Consumption Expenditures (PCE) Price Index, deverá terminar este ano nos 2,8%, acima da projeção de 2,6% em setembro, antes de desacelerar ligeiramente para 2,5% em 2025 (também acima da projeção anterior de 2,1%).

Na versão core deste índice, ou seja sem contar com preços de energia e bens alimentares. a projeção sobe para 2,8% este ano (de 2,6% em setembro) e 2,5% no próximo (face à anterior projeção de 2,2%).

Os progressos mais lentos ao nível da inflação, que não deverá regressar ao objetivo de 2% antes de 2027, traduzem-se num ritmo mais lento de redução das taxas e num ponto final ligeiramente mais elevado de 3,1%, também atingido em 2027, contra a anterior taxa “terminal” de 2,9% prevista em setembro.

Os responsáveis da Fed também aumentaram a estimativa da taxa de juro neutra a longo prazo para 3%.

O índice S&P 500 cai 0,77 %, face a um ganho de cerca de 0,2% pouco antes da declaração do FOMC, com todos os setores do índice acionista a deslizarem durante este curto período, com o sector imobiliário a sofrer o maior golpe.

A yield das obrigações dos EUA a 10 anos negoceia nos 4,45% contra cerca de 4,39% pouco antes da decisão..

Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities em Nova Iorque, afirmou à Reuters que não houve surpresa. “A redução foi de 25 pontos de base, o que indica apenas dois cortes nas taxas no próximo ano, indicando também uma pausa, provavelmente em janeiro e talvez prolongada até ao primeiro trimestre”.

Cardillo acrescentou: “Mas o mercado está a virar para sul agora, e a razão para isso é que o ritmo dos cortes nas taxas foi reduzido, uma pausa está próxima e a incerteza sobre a inflação está certamente na mente da Fed”.

(Notícia atualizada às 19h36)

 

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Grândola aprova proposta final de alteração do Plano Diretor Municipal

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

Autarca diz que se procurou disciplinar a "construção turística, sobretudo nas freguesias de Melides e Carvalhal, e canalizar alguns investimentos na área do turismo para o interior do concelho”.

A proposta final de alteração do Plano Diretor Municipal (PDM) de Grândola, no distrito de Setúbal, com a inclusão de contributos da população, foi aprovada esta semana em Assembleia Municipal, por maioria.

“Terminámos um processo longo, muito participado e com muita contestação sobre algumas das medidas que estávamos a propor, mas, neste momento, permite parar com um processo de especulação imobiliária que aconteceu desde 2021 e até 2022”, afirmou esta quarta-feira à agência Lusa o presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes (CDU).

O documento com a versão final de alteração do PDM foi aprovado, na segunda-feira, por maioria, na Assembleia Municipal de Grândola, com os votos a favor da bancada da CDU, contra da bancada do PSD e de três eleitos do PS e as abstenções da restante bancada socialista. “Neste momento, procuramos disciplinar essa área da construção turística, sobretudo nas freguesias de Melides e Carvalhal, e canalizar alguns investimentos na área do turismo para o interior do concelho”, sustentou Figueira Mendes.

De acordo com o autarca, o município procura também “a sustentabilidade do território, a defesa dos recursos hídricos e do ambiente”. Com a aprovação deste instrumento de gestão territorial, cuja proposta de alteração foi contestada por diversas organizações e movimentos ligados ao ambiente, o autarca comunista argumentou que o município volta a ter “regras definidas para quem quiser investir em Grândola”.

“E também para aqueles que já tinham investido, que agora têm alguma possibilidade de ampliar algumas das suas construções para efeitos de equipamentos”, acrescentou. Esta aprovação significa “um passo importante neste processo”, porque “muitos destes projetos ficaram suspensos durante dois anos e agora [a câmara vai] começar a desbloquear tudo aquilo que esteve parado todo este tempo”, afiançou.

Ainda de acordo com o autarca, para a proposta final do PDM foram acolhidos “vários contributos” das mais de 80 participações da população e das diversas entidades durante a fase de consulta pública. No relatório, que vai ser publicado no site da câmara, “podem ser consultados os contributos, [tendo] boa parte deles sido acolhida”, assim como as conclusões da “Comissão de Ordenamento do Território que foi constituída, no âmbito da Assembleia Municipal, com representação de todas as forças políticas”, explicou.

“Houve também uma discussão do documento no âmbito dessa comissão e um consenso de todas as forças políticas que conduziu à apresentação final” do PDM, precisou.

O autarca rejeitou a contestação que a proposta de alteração do PDM foi alvo, durante a discussão pública, por parte do PS e de organizações de defesa do ambiente e ligadas ao ordenamento do território, que alegaram que o documento vai agravar a pressão turística local e ‘abrir portas’ ao aumento do número de camas turísticas.

Reduzimos significativamente os riscos que corríamos de ultrapassar a densidade que estava prevista, com as camas que estavam a ser construídas e com as camas pré-PROTA [Programa Regional de Ordenamento do Território do Alentejo]”, alegou. Como exemplo, Figueira Mendes apontou que “quem tinha projetos aprovados ou pré-aprovados de 200 camas vai passar a 110”.

Em abril de 2022, a Assembleia Municipal de Grândola aprovou a suspensão parcial do PDM nas freguesias de Carvalhal e de Melides e na União das Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra e a adoção de “medidas preventivas” para impedir a especulação imobiliária.

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Município de Valongo compra 44 casas inacabadas ao IHRU para arrendamento acessível

O ato de compra ao IHRU das 44 casas inacabadas há mais de 20 anos para reabilitação e posterior arrendamento acessível é oficializado esta quinta-feira no município.

O município de Valongo toma as rédeas da construção inacabada de 44 casas para habitação social em Ermesinde, comprando o empreendimento ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para posterior reabilitação e arrendamento a preços acessíveis. O processo envolve um investimento de seis milhões de euros, financiado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A formalização da aquisição destas habitações é mais uma etapa decisiva para se resolver um problema com décadas, pois só podemos intervir tendo a propriedade plena dos imóveis“, assinala o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro.

“Desde que se iniciou o atual ciclo governativo, em 2013, a Câmara Municipal de Valongo foi alertando ao longo dos anos o IHRU para aquela situação, tendo desde logo manifestado disponibilidade para encontrar uma solução para o problema daquele conjunto de casas inacabadas”, detalha o autarca.

A formalização da aquisição destas habitações é mais uma etapa decisiva para se resolver um problema com décadas, pois só podemos intervir tendo a propriedade plena dos imóveis.

José Manuel Ribeiro

Presidente da Câmara Municipal de Valongo

O município tem vindo a trabalhar no projeto de reabilitação e na candidatura do projeto, devendo em breve lançar o concurso público da empreitada para concluir estas 44 casas, que serão atribuídas em regime de renda apoiada às famílias mais carenciadas do concelho inscritas na lista de espera para habitação.

As 44 frações do empreendimento de habitação social Mirante de Sonhos vão ser reabilitadas pela autarquia no âmbito do Programa 1.º Direito como resposta à Estratégia Local de Habitação com vista a dar melhores condições de vida aos munícipes.

O ato público da outorga da escritura de aquisição pela autarquia de Valongo ao IHRU acontece esta quinta-feira, na câmara municipal.

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Governo apela ao Chega para que repondere “chumbo” da unidade de estrangeiros na PSP

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

Leitão Amaro admitiu que a posição do PS “não surpreende” – dizendo que este partido defende “uma imigração de portas escancaradas” –, mas estranhou o voto do Chega contra a proposta.

O ministro da Presidência apelou ao Chega para que repondere o “chumbo” da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras que o Governo queria criar na PSP, dizendo que impedi-la será regressar à visão passada de “imigração de portas escancaradas”.

A Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras que o Governo queria criar na PSP foi esta quarta-feira rejeitada na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, que aprovou um novo texto sobre o regime de estrangeiros em Portugal, apenas com votos a favor de PSD e abstenção da IL.

No final da conferência de imprensa do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro admitiu que a posição do PS “não surpreende” – dizendo que este partido defende “uma imigração de portas escancaradas” –, mas estranhou o voto do Chega, salientando que o partido liderado por André Ventura já tinha dito que aprovaria esta unidade.

“Aproveito aqui para fazer um apelo porque há uma última oportunidade na sexta-feira para, sobretudo esse partido, reponderar essa votação. Quem votar contra isto está a impedir a fiscalização efetiva da imigração e a criação de um sistema de retorno efetivo da imigração ilegal”, avisou. “Será contribuir para a imigração continuar como estava no passado”, reforçou.

Questionado como poderá haver na sexta-feira uma nova votação de um diploma chumbado em sede de comissão parlamentar, Leitão Amaro explicou que a proposta de lei original – que baixou à especialidade sem votação na generalidade – foi desagregada em dois textos de substituição para “facilitar a possibilidade de aprovação”.

Um deles, aprovado na primeira comissão e que vai ser votado em votação final global em plenário da Assembleia da República, integra a nova concessão de vistos para os cidadãos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a passagem para o ordenamento jurídico português da entrada em funcionamento do Sistema de Entrada/Saída (SES), sistema informático automatizado de registo das entradas e saídas de cidadãos fora do espaço Schengen.

O que foi chumbado incluía a criação da nova Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na PSP, que chegou a ser apelidado de “mini-SEF”, e regulava o sistema de retorno dos imigrantes ilegais. Segundo Leitão Amaro, a proposta de lei original – que contém todos os pontos – poderá ser aprovada na generalidade na sexta-feira “se houver um espírito mínimo de compromisso com uma nova política de imigração”.

“Se, afinal, o que há é uma retórica vazia para impressionar, para agitar as redes sociais e, depois, um alinhamento estratégico com o PS para impedir a fiscalização da imigração ilegal, então, os partidos manterão o voto que tiveram hoje”, disse. Questionado o que poderá ter motivado o Chega a votar contra, Leitão Amaro disse não conseguir compreender, referindo que uma deputada do partido assegurou numa audição parlamentar em 26 de junho que votariam a favor.

O ministro admitiu que as posições do Governo e do Chega sobre imigração se distingue em vários pontos, mas pensava existir entendimento na avaliação de que o SEF “foi mal extinto e que era necessário criar uma solução para concentrar os papéis de fiscalização, controlo de fronteiras externas e retorno de imigração ilegal na PSP”.

“Eu acho que muitas pessoas ficaram surpreendidas, talvez caia a máscara, talvez se perceba aquilo que algumas vezes temos dito: que hoje, acima de tudo, a única utilidade do Chega é o alinhamento estratégico, é o suporte à política socialista, porque foi isso que fizeram hoje”, disse. Para o ministro, “o Chega juntou-se ao PS para que não haja uma capacidade policial para fazer fiscalização no terreno de situações de abuso”, nem um sistema eficaz de retorno, que considerou “importantes para proteger os imigrantes”.

“Se nós não tivermos fiscalização estamos a dar uma mensagem àqueles que exploram, que traficam seres humanos, que exploram condições laborais, que podem fazer porque o Estado não fiscaliza. E foi essa a mensagem que o Chega e o PS deram hoje”, acusou, falando de um “sinal profundamente errado” no Dia Internacional do Migrante, que hoje se assinala.

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Continente e Disney+ unem-se para lançar subscrição com “condições únicas” este Natal

  • + M
  • 18 Dezembro 2024

O plano standard com publicidade pode ser subscrito por 1,99 euros/mês. Na compra de um dos três planos, os clientes acumulam 30% do valor em saldo do Cartão Continente.

É sob o mote da campanha de Natal do Continente – “Todos recebemos mais, quando damos mais” – que o retalhista e a Disney+ se unem para oferecer “condições únicas” na adesão ao Disney+ através da app Cartão Continente.

Assim, os clientes podem subscrever os três planos Disney+ (standard com anúncios, standard e premium) diretamente através da aplicação do Cartão Continente, utilizando o Continente Pay. Os que subscreverem o plano standard com anúncios através da app até 31 de dezembro podem fazê-lo pelo preço reduzido de 1,99 euros/mês, durante um período de três meses, sendo que o atual preço de subscrição é de 5,99 euros/mês.

Na aquisição de qualquer um dos três planos, os clientes podem ainda acumular 30% do valor da assinatura mensal no saldo do Cartão Continente.

“Esta iniciativa que desenvolvemos com o Disney+ é um exemplo do esforço contínuo do Continente para oferecer valor acrescentado ao dia a dia de todas as famílias. O Natal é uma época de convívio e de partilha de momentos, muitos deles em frente à TV, pelo que consideramos a campanha muito oportuna e feliz. Além disso, é uma proposta diferenciadora no retalho alimentar, que revela bem a força do nosso ecossistema com diferentes marcas e que nos permite garantir serviços relevantes para todos os gostos, sempre com poupança associada”, diz Filipa Appleton, head of brand & marketing do Continente, citada em comunicado.

Já Luís Fernambuco, VP e general manager da The Walt Disney Company Portugal, refere que é com “muita satisfação” que é lançada a promoção em colaboração com o Continente, “reforçando ainda mais a relação de longa data que mantemos, em múltiplas linhas de negócio“.

“Esta oferta promocional permite aos clientes do Continente aceder a conteúdos como ‘Divertida-mente 2’, ‘Deadpool & Wolverine’, ‘The Bear’, ‘Homicídios ao Domicílio’ ou a mais recente aventura do universo Star Wars, ‘Skeleton Crew’, entre muitos outros, em condições excecionais”, acrescenta.

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PCP quer ouvir Pinto Luz sobre contornos de negócio com a ANA

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

PCP considera que as “declarações contraditórias dos vários membros do Governo relativamente aos custos para o erário público da construção novo aeroporto” levam a crer que será superior ao previsto.

O PCP vai requerer a audição do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, sobre o negócio do novo aeroporto de Lisboa, considerando que o Governo deve esclarecer a sua postura perante o “inaceitável relatório” da ANA Aeroportos.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado do PCP António Filipe considerou que o relatório que a ANA Aeroportos entregou esta terça-feira ao Governo relativamente à construção do novo aeroporto de Lisboa “é inaceitável para os interesses do país”.

O deputado criticou em particular o facto de, nesse relatório, a ANA Aeroportos propor o alargamento do seu prazo de concessão dos aeroportos nacionais dos atuais 50 anos para 75 anos, além de sugerir também o alargamento dessa concessão ao aeroporto de Figo Maduro.

Por outro lado, António Filipe considerou também que as “declarações contraditórias dos vários membros do Governo relativamente aos custos para o erário público da construção novo aeroporto” levam a crer que será superior ao previsto.

“Portanto, tudo isto aponta para que, mais uma vez, o interesse público ceda perante os interesses do lucro da ANA Aeroportos. Ou seja, o aeroporto ficará por mais tempo na Portela, com todas as consequências negativas que isso tem, (…) demorará mais a ser construído e com custos muito superiores”, criticou.

Qualificando o relatório de “enorme escândalo”, António Filipe defendeu que se impõe que “haja, o quanto antes, um esclarecimento da Assembleia da República relativamente a esta matéria” e disse que o PCP vai “certamente” requerer a audição do ministro Miguel Pinto Luz.

“O PCP vai requerer que sejam fornecidos à Assembleia os elementos de informação necessários para poder avaliar o que está em causa e é necessário que, o quanto antes, o ministro das Infraestruturas esclareça à Assembleia da República os contornos deste negócio e sobre o que é que o Governo português está disponível para ceder à ANA Aeroportos em prejuízo do país”, afirmou.

“Queremos que o ministro das Infraestruturas preste esclarecimentos (…) sobre os contornos das pretensões da ANA e o que é que o Governo pensa dessas pretensões, por forma a que o interesse nacional seja defendido”, disse. O deputado discordou da ideia, defendida pelo Chega, de criar uma comissão de acompanhamento ao negócio do novo aeroporto, afirmando que “esta legislatura já bateu todos os recordes em matéria de números de comissões”.

“Já vamos na 20.ª comissão e, portanto, não nos parece que seja pela multiplicação das comissões que a Assembleia da República melhore as suas condições de escrutínio da atividade do Governo”, disse, considerando que “há comissões competentes suficientes para que esta matéria possa ser escrutinada”.

O presidente do Conselho de Administração da ANA, José Luís Arnaut, e o presidente executivo, Thierry Ligonnière, entregaram na terça-feira ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o relatório inicial para o arranque formal das negociações com o Governo para a construção do novo aeroporto, que o Governo tem agora 30 dias para analisar.

A construção do novo aeroporto na região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete foi aprovada em maio, estimando-se que entre em funcionamento em 2034. Quanto ao custo, o Governo estima que fique algures entre o valor apontado pela comissão liderada por Rosário Partidário, 6.105 milhões de euros, e os 8.000 a 9.000 milhões estimados pela ANA Aeroportos.

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PS acusa Moedas de “inércia” e denuncia ao Ministério Público obras para aumento de voos em Lisboa

Socialistas acusam o Executivo de Lisboa de "inércia" e substituiu-se a este no envio de uma queixa ao Ministério Público contra obras na Portela, cumprindo a decisão aprovada na autarquia,

O Partido Socialista enviou uma denúncia ao Ministério Público contra os trabalhos em curso para aumentar a capacidade do aeroporto de Lisboa, seguindo assim aquilo que tinha sido decidido pela maioria dos deputados municipais em reunião da autarquia. Estas obras são ilegais, denuncia o PS.

“Mais de dois meses passados [da decisão em reunião de câmara], e perante a inércia de Carlos Moedas, demos nota de que o PS deu cumprimento ao que foi aprovado em Câmara e denunciou ao Ministério Público o incumprimento do regime de AIA [Avaliação de Impacto Ambiental]”, afirmou, ao ECO/Local Online, a vereadora Inês Drummond. As obras, explica, “estão a ser realizadas sem a necessária avaliação de impacto ambiental”, a qual, diz a socialista, “a APA [Agência Portuguesa do Ambiente] já veio dizer que é obrigatória”.

Na reunião de câmara desta quarta-feira, Inês Drummond recordou a aprovação, em reunião do dia 9 de outubro, de uma proposta do PS para que a câmara interpusesse uma providência cautelar para impedir o aumento do número de voos no Aeroporto Humberto Delgado, apontando à “vontade do Governo” de aumentar o número de movimentos por hora de 38 para 45. Essa proposta dos socialistas foi aprovada com os votos contra da coligação Novos Tempos, encabeçada por Carlos Moedas.

À providência cautelar, o PS juntou duas outras propostas. Por um lado, avançar contra a ANA em tribunal, por falha nas obras de insonorização que tinha acordado e que estão por fazer. Por outro, avançar para denúncia das obras que, alerta a vereadora, “já estão a decorrer”, sem que tenha sido efetuado o estudo de impacto ambiental exigido pela APA, pelo que, acusa, os trabalhos “são ilegais”.

Inês Drummond aludiu ainda à posição da ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, que, a 15 de dezembro – e perante o parecer da APA de 2 de dezembro, no qual era indicado que as obras de ampliação das pistas do Humberto Delgado carecem de avaliação de impacto ambiental –, afirmou que a avaliação não irá atrasar a obra.

Os socialistas mostram-se preocupados por verificarem que “um membro do Governo se refira a este futuro estudo de impacte ambiental para as obras do Aeroporto Humberto Delgado como tendo já um resultado garantido, dizendo que não vai atrasar as obras, como se soubesse que é apenas uma performance administrativa e que vai ter luz verde, quando tudo aponta exatamente no sentido contrário”.

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TVI lança app “TVI Pass” para proporcionar “ligação interativa e personalizada”

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  • 18 Dezembro 2024

A app vai permitir que os espectadores sejam "participantes ativos no mundo da TVI". O conceito foi desenvolvido entre as equipas da TVI e da Media Capital Digital em colaboração com a Magycal.

“TVI Pass” é o nome da app lançada pela estação da Media Capital e que pretende proporcionar uma “ligação interativa e personalizada” com o público, ao possibilitar a participação em passatempos, visitas e experiências do universo TVI a qualquer altura.

Na TVI, sempre valorizámos a participação dos nossos públicos e a nossa proximidade com eles. São pilares fundamentais da nossa antena, e acreditamos que esta solução reforça esses laços. Agora, mais do que nunca, os nossos espectadores fazem parte do mundo TVI e da família TVI”, diz José Eduardo Moniz, diretor-geral da estação, citado em comunicado.

A nova aplicação vai assim permitir que os espectadores sejam “participantes ativos no mundo da TVI“, podendo comentar programas junto da sua comunidade, aceder aos principais conteúdos do dia ou ter acesso a vários tipos de passatempos pagos ou grátis.

Os espectadores podem também habilitar-se a ganhar experiências e prémios, desde prémios em cartão, carros, acesso a eventos VIP, visita aos bastidores e gravações, entrada em festas exclusivas ou tours pelos estúdios das novelas, programas de day time ou informação.

A app vai também alargar a participação em programas em direto, que antes estava limitada às chamadas para os números 760 ou 761, permitindo a participação de quem está fora de Portugal.

O conceito foi desenvolvido entre as equipas da TVI e da Media Capital Digital em colaboração com a Magycal. O projeto beneficiou também da participação no programa Digital Innovation da Amazon e do apoio da Google News Initiative. A app já está disponível, de forma gratuita, e pode ser instalada em dispositivos iOS e Android, “podendo ter compras dentro da app nalguns passatempos”.

“É uma ideia que foi gerada há já bastante tempo, mas precisou ser amadurecida com os parceiros certos, uma equipa interna multidisciplinar que se juntou e uma visão clara que, entretanto, foi apurada. Esta primeira versão do serviço que agora lançamos é apenas uma pequena parte do que queremos e vamos ainda construir“, explica Ricardo Tomé, diretor-geral da Media Capital Digital.

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