Caso Rosalino. Revogação da lei “dificultaria escolha” de novo nome, admite Governo

  • ECO
  • 2 Janeiro 2025

"Aquilo que foi estabelecido através de uma alteração legislativa foi precisamente de que a pessoa que exercesse esta função poderia continuar a receber o mesmo vencimento que recebia", disse.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, admitiu esta quinta-feira, em entrevista à RTP3, que a lei que permite que o secretário-geral do Governo pudesse optar por continuar a receber o salário de origem pode ser alterada ou revogada. “Da oposição temos de contar com tudo”, disse, depois de afirmar que se a lei for alterada ou revogada irá “dificultar a escolha” de um novo nome depois de Hélder Rosalino ter desistido de assumir o cargo.

 

“Aquilo que foi estabelecido pelo Governo através de uma alteração legislativa foi precisamente de que a pessoa que exercesse esta função [de secretário-geral do Governo] poderia continuar a receber exatamente o mesmo vencimento que recebia na sua função anterior. Neste caso concreto, essa pessoa já servia o Estado português. Isto não significaria nem mais um cêntimo de custo para o Estado“, refere.

Sobre ter de ser o Banco de Portugal a pagar o salário do ex-administrador Hélder Rosalino, o ministro sublinha que em causa está “dinheiro público” que seria usado para pagar a remuneração de uma “função muito importante” numa reforma que o Governo está a levar a cabo no seio da Administração Pública.

Esta quinta-feira, o Banco de Portugal defendeu que pagar o salário de Hélder Rosalino enquanto secretário-geral do Governo violaria as regras do Eurosistema, argumentando que a proibição do financiamento monetário é um dos pilares da União Económica e Monetária, a par do princípio da primazia do mandato e do princípio da independência.

Em causa está a polémica gerada em torno do salário de mais de 15 mil euros do ex-administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino, que foi apontado para exercer funções como secretário-geral do Governo, mas entretanto desistiu do cargo.

O Governo alterou a lei, permitindo que o secretário-geral do Governo pudesse optar por continuar a receber o salário de origem. Contudo, o governador do regulador, Mário Centeno, avisou que o supervisor não iria arcar com os custos, invocando estar proibido pelo Eurosistema.

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Ataque russo danifica instalações do parlamento ucraniano

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

Os drones russo ao bairro de Pechersky, em Kiev, mataram dois civis e danificaram também os edifícios administrativos do Parlamento ucraniano.

Um ataque com um drone russo no bairro central de Pechersky, em Kiev, que matou dois civis na quarta-feira, danificou também as instalações do parlamento ucraniano, disse o presidente do parlamento, Ruslan Stefanchuk. “A onda de explosão danificou os edifícios circundantes, incluindo os edifícios administrativos do Parlamento ucraniano, onde estão localizados os comités e departamentos da Verkhovna Rada da Ucrânia”, revelou esta quinta-feira Stefanchuk no Facebook.

Stefanchuk anexou fotografias que mostram várias janelas e fragmentos de gesso que foram arrancados pela explosão causada pelo ataque do drone russo.

A extensão dos danos ainda está a ser avaliada, disse Stefanchuk, e os funcionários do Parlamento estão a fazer tudo o que é possível “para eliminar rapidamente as consequências do ataque e garantir o funcionamento ininterrupto da Verkhovna Rada (Conselho Supremo da Ucrânia) e dos seus órgãos”.

O edifício danificado fica a cerca de 50 metros do gabinete do Presidente ucraniano Volodymir Zelensky e a 300 metros do edifício principal do Parlamento ucraniano, onde os deputados realizam sessões regulares, apesar dos ataques russos diários à capital. Moscovo tem ameaçado repetidamente atacar os “centros de decisão” de Kiev e os seus drones e mísseis são abatidos quase diariamente na capital e nos seus arredores.

De acordo com a informação disponível publicamente, o mais próximo que a Rússia esteve de atacar o parlamento ucraniano foi a 7 de setembro, quando fragmentos de um drone intercetado foram encontrados perto do edifício principal da câmara legislativa.

Stefanchuk afirmou ainda que “o cínico ataque russo” ao centro que danificou o parlamento na quarta-feira matou dois civis, uma família de conhecidos cientistas e professores da Universidade Taras Shevchenko de Kiev, o neurobiólogo Igor Zima e a sua mulher, a bióloga Olesia Sokur.

O edifício principal do Banco Nacional da Ucrânia, situado nas proximidades, também foi danificado no ataque, de acordo com o gabinete de imprensa do organismo bancário ucraniano. As forças de defesa ucranianas abateram 47 de 72 drones lançados pela Rússia entre a noite de quarta-feira e hoje, enquanto outros 24 desapareceram dos radares, declarou a força aérea ucraniana.

Num comunicado, as autoridades ucranianas especificaram que drones iranianos ‘Shahed’ e outros tipos de aparelhos aéreos não tripulados foram lançados a partir dos territórios russos de Bryansk, Oryol, Kursk e Primorsko-Akhtarsk. “Até às 08:30 (06:30 em Lisboa), foi confirmado o abate de 47 drones Shahed e outros tipos de aparelhos aéreos não tripulados nas regiões de Poltava, Sumi, Kharkiv, Kiev, Chernihiv, Cherkassy, Kirovograd, Dnipropetrovsk, Odessa, Kherson e Mykolayiv”, indicou a nota militar.

Além disso, devido à ação ativa das forças de defesa, 24 drones de vários tipos desapareceram dos radares sem consequências negativas, enquanto outro ainda estava no ar no momento da publicação do comunicado. O ataque aéreo foi repelido pela aviação, por mísseis antiaéreos, pelas unidades de guerra eletrónica, pelos grupos móveis de ataque da força aérea e das forças de defesa ucranianas, segundo as autoridades ucranianas.

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Marcelo e PCP têm “opiniões divergentes, que são notórias e públicas”, diz Paulo Raimundo

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu o PCP em audiência para apresentar as conclusões do 22.º Congresso do partido. "Foi uma conversa longa e cordial", disse Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP defendeu esta quinta-feira que o combate às desigualdades pedido pelo Presidente da República só se faz com uma política alternativa e considerou que a atual “não serve os interesses da maioria”.

Em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, em Lisboa, após uma audiência com o Presidente da República em que apresentou as conclusões do 22.º Congresso do PCP, Paulo Raimundo disse que transmitiu a Marcelo Rebelo de Sousa a necessidade de uma política que “dê resposta aos problemas concretos da vida das pessoas”.

O secretário-geral do PCP afirmou que este ano começou com “o aumento dos preços” e um Orçamento do Estado que não vai resolver os problemas da população, acrescentando que isso é um rumo “que não responde às necessidades da maioria”.

“Resolve os interesses de um punhado de grupos económicos, é verdade, mas não responde aos interesses da maioria. Nós falámos de uma política que responde aos interesses da maioria. Foi isso que viemos cá dizer ao senhor Presidente”, afirmou Paulo Raimundo, após uma reunião que durou cerca de uma hora e meia.

Paulo Raimundo reconheceu que o Presidente da República e o PCP têm “opiniões divergentes, que são notórias e públicas” sobre a política que está a ser aplicada pelo atual Governo. “Não tentámos convencer o senhor Presidente da República, nem ele nos tentou convencer a nós. Foi uma conversa longa e cordial”, disse.

O secretário-geral do PCP abordou a mensagem de Ano Novo do Presidente da República para salientar que Marcelo Rebelo de Sousa também alertou para a necessidade de combater as injustiças e as desigualdades, defendendo que, com a atual política, não se vai conseguir dar resposta a essas questões.

Não é possível continuar num país cujo rumo que está em curso do ponto de vista político seja o de acentuar este rumo de injustiça e desigualdade com os tais dois milhões de pobres que o senhor Presidente ontem [quarta-feira] referia e, simultaneamente, com os 32 milhões de euros de lucros para os grandes grupos económicos”, referiu.

Paulo Raimundo sustentou que “os elementos fundamentais para dar combate à pobreza” em Portugal passam por aumentar os salários e as pensões “de forma significativa” e considerou que o problema atual prende-se com a maneira como está a ser distribuída a riqueza que é criada no país.

Nós estamos perante uma situação de profunda injustiça na distribuição de riqueza e não vale a pena virem apelar aos amanhãs que nunca virão, que é a ideia que, primeiro, tem de aumentar a riqueza e depois distribuir, quando o problema é que ela está a ser criada hoje, foi criada ontem e está a ser distribuída de forma profundamente injusta”, disse. Questionado sobre os motivos para esta reunião ter demorado cerca de uma hora e meia, o secretário-geral do PCP disse que o intuito da audiência foi apresentar as conclusões do 22.º Congresso do partido, que “são densas e têm grande profundidade”.

Tivemos também a oportunidade de ouvir da boca do senhor Presidente as suas próprias opiniões sobre esses mesmos assuntos. Se calhar ainda teríamos mais horas para continuar a falar”, disse. Nestas declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo foi ainda questionado sobre o facto de o PCP se ter juntado a BE, Livre e PAN para pedir a apreciação parlamentar do decreto-lei que flexibilidade a lei dos solos.

Na resposta, o secretário-geral do PCP considerou que esse decreto-lei não vai dar qualquer resposta ao problema da habitação e só vai aumentar a especulação imobiliária, defendendo que é preciso ouvir o Governo sobre a matéria.

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Primeiro-ministro eslovaco acusa Zelenski de “sabotar” finanças da UE

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

"A decisão do presidente Zelenski só beneficia os EUA", acusou o primeiro-ministro eslovaco, após o fim do transporte de gás russo através de gasodutos na Ucrânia.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, acusou esta quinta-feira o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, de “sabotar” as finanças da União Europeia e ameaçou cortar apoios aos ucranianos residentes na Eslováquia. A acusação e a ameaça foram feitas na sequência do fim do transporte de gás russo para a Europa através da Ucrânia.

Fico avançou que a “decisão unilateral” de Zelenski representa uma perda anual de “quase 500 milhões de dólares” para a Eslováquia, receita esta proveniente dos direitos de passagem do gás russo pelo território eslovaco.

Disse também que a União Europeia vai pagar uma eletricidade mais cara e que a Federação Russa não é afetada pela decisão da Ucrânia. “A decisão do presidente Zelenski só beneficia os EUA”, acrescentou. Fico atacou ainda a oposição e a comunicação social do seu país por “calarem” e “tolerarem” a “sabotagem de Zelenski”.

O líder eslovaco adiantou que o governo vai estudar que resposta pode dar, entre as quais a redução de fornecimento de eletricidade à Ucrânia e do apoio aos ucranianos que vivem na Eslováquia.

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Marcelo reenvia carta de André Ventura para outros conselheiros de Estado

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

O líder do Chega alegou que se vive em Portugal um "estado de insegurança brutal" e defendeu que Marcelo Rebelo de Sousa deve abordar este tema.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu remeter aos outros conselheiros de Estado a carta recebida do presidente do Chega, André Ventura, sobre a segurança em Portugal.

“Na sequência da missiva remetida pelo conselheiro de Estado professor doutor André Ventura, o Presidente da República solicitou que a mesma fosse enviada aos demais conselheiros de Estado para transmitirem o que tiverem por conveniente“, lê-se numa nota divulgada esta quinta-feira pela Presidência da República.

No sábado, em conferência de imprensa, na sede do Chega, em Lisboa, André Ventura anunciou que o seu partido iria agendar um debate de urgência na Assembleia da República sobre a segurança em Portugal e sugeriu que o Presidente da República convocasse o Conselho de Estado sobre esse tema.

O presidente do Chega referiu que, apesar de o Conselho de Estado ser convocado por iniciativa do Presidente da República, decidiu escrever-lhe, na qualidade de conselheiro de Estado, “sugerindo a realização e a convocação urgente” de uma reunião deste órgão político de consulta sobre a segurança em Portugal.

André Ventura alegou que se vive em Portugal um “estado de insegurança brutal” e defendeu que Marcelo Rebelo de Sousa deve abordar este tema. “Era importante que fosse aconselhado ou pelo menos que ouvisse as forças vivas da sociedade sobre o que se passa em Portugal em matéria de segurança”, declarou o deputado e presidente do Chega.

“É tempo que o mais alto magistrado da nação, que noutros momentos falou sobre tudo e mais alguma coisa, tenha a coragem, mesmo que não seja politicamente correto, de dizer aos portugueses que vivemos tempos de insegurança e que tudo fará para combater essa insegurança”, acrescentou.

André Ventura foi um dos cinco conselheiros de Estado eleitos pela Assembleia da República para a prsente legislatura, por indicação do Chega, que é atualmente a terceira maior força parlamentar.

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Governo aprova emissão de dívida pública para 2025

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

As necessidades de financiamento líquidas do Estado em 2025 deve "situar-se em cerca de 18 mil milhões", segundo uma nota do IGCP de dezembro. Em 2024, este valor tinha sido de 8,5 mil milhões.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira uma resolução que autoriza a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) a emitir dívida pública para este ano, de acordo com os limites estabelecidos pelo Orçamento do Estado.

Num comunicado, o Governo informou que o “Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira, 02 de janeiro, por deliberação escrita, através da rede informática do Governo”, uma resolução que autoriza o IGCP a “emitir dívida pública de acordo com os limites estabelecidos no Orçamento do Estado para 2025, sob as formas de representação previstas na lei, tendo em vista a satisfação das necessidades de financiamento do Estado”, sem acrescentar mais dados.

Segundo uma nota divulgada pelo IGCP, em 13 de dezembro, o “montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá situar-se em cerca de 18 mil milhões de euros”. Em 2024, este valor tinha-se ficado pelos 8,5 mil milhões de euros, de acordo com a mesma informação.

Segundo a entidade, a estratégia de financiamento para 2025 “centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública em euros nos mercados financeiros, com a realização regular de emissões de Obrigações do Tesouro (OT) para promover a liquidez e o eficiente funcionamento dos mercados primário e secundário”.

O IGCP lembrou “o lançamento do novo programa de Euro Commercial Paper (ECP), em dezembro de 2024”, e o “novo programa de Euro Medium Term Notes (EMTN), em 2025”, que permitirão “explorar a emissão de títulos em euros e diferentes moedas, respetivamente, de curto prazo e médio e longo prazo”.

A entidade assegurou ainda que “oportunidades para realizar operações de troca e recompras de títulos serão exploradas”. Segundo o IGCP, um montante de 20,5 mil milhões de euros “será obtido via emissão bruta de OT, combinando sindicatos e leilões com periodicidade mensal”. Em 2025, a entidade espera ainda que “o financiamento líquido resultante da emissão” de Bilhetes do Tesouro produza “um impacto positivo de 4,6 mil milhões de euros”.

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Sedes propõe que lei da cibersegurança tenha objetivo de políticas económicas e industriais

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

A Sedes defende que no novo regime de cibersegurança também deve ter "linhas relacionadas com incentivos e apoios ao investimento e à criação de capacidades nacionais".

A associação Sedes, em conjunto com a Ordem dos Economistas, propõe que o novo regime jurídico de cibersegurança deva incluir um objetivo ligado a políticas económicas e industriais do setor com incentivos fiscais e investimento.

Esta é uma das propostas da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (Sedes) que consta no documento entregue no âmbito da consulta pública do regime jurídico que transpõe a diretiva NIS2 (cibersegurança), a qual terminou em 31 de dezembro.

O diploma é “bastante completo” e o “objetivo do nosso documento “foi justamente cobrir alguns gaps, mas sobretudo procurar melhorar algumas das áreas (…) que já estavam a ser endereçadas”, afirmou esta quinta-feira à Lusa João Annes, membro do Observatório para a Segurança e Defesa da Sedes.

“Do nosso ponto de vista há aqui três pontos essenciais”, sendo que o primeiro tem em conta “o nível máximo de exigência que está a ser exigido às empresas, às organizações, por parte deste regime jurídico, que é algo que nós entendemos que é necessário e advém da própria diretiva NIS2″ e que “é importante que exista paridade”. Ou seja, “o Estado deve exigir para si próprio”, ministérios, gabinetes, empresas públicas e os responsáveis das mesmas entidades, “as mesmas regras e as mesmas responsabilidades e consequências que exige ao setor privado”, defendeu.

“Esse é um princípio que, aliás, o ministro da Presidência referiu, que era algo que era importante manter o equilíbrio do setor público e do setor privado neste regime jurídico e, portanto, fizemos propostas no sentido de não só acrescentar alguns artigos que pudessem melhorar essa componente, como também remover, por exemplo, uma componente que nos parece que vai contra essa mesma visão, que conferia algumas isenções a entidades do Estado que não existiam para o setor privado”, explicou.

Tendo em conta que “o ciberespaço e a sua segurança dependem da cooperação” e “de uma relação de interdependência entre o Estado e o setor privado, então, regras iguais para todos”, tal como responsabilidades e consequências, defendeu.

O segundo ponto, “que nos pareceu muitíssimo importante” é o de “olharmos para este regime jurídico também como uma oportunidade para o desenvolvimento económico e industrial de Portugal”, apontou. O diploma define instrumentos estruturantes e “um deles vai ser a revisão da Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço”, adiantou.

No documento de estratégia, “entendemos que também devem estar lá linhas relacionadas com incentivos e apoios ao investimento e à criação de capacidades nacionais”.

“Propusemos que fosse também acrescentado a esse artigo um objetivo ligado a políticas económicas e industriais de cibersegurança que inclua incentivos fiscais e ao investimento em empresas de cibersegurança”, porque “o mercado precisa de ser estimulado”, prosseguiu.

Ou seja, “se queremos que haja um investimento na hora dos 540 milhões, conforme apresentou o estudo da Frontier Economics, então esse investimento deve ser canalizado e deve ser estimulado por forma a que as empresas não entendam este investimento apenas como um custo afundado, mas sim como um investimento da qual podem tirar também vantagens”.

João Annes defendeu a necessidade de “robustecer as empresas de capital português que prestam serviços ou desenvolvem produtos” para se criar “uma economia nacional de cibersegurança que consiga depois criar uma manutenção de todos estes requisitos de segurança para o futuro”.

“Tem que haver sustentabilidade na implementação deste regime jurídico e para isso são precisas medidas de incentivo económico”, salientou, referindo “o artigo escrito ontem [quarta-feira] por parte do primeiro-ministro em que falou em investimento, investimento, investimento”.

Se estas propostas “forem adotadas, nós podemos tornar Portugal não só um dos países mais ciberseguros do mundo, verdadeiramente, mas também um dos países mais atrativos, com maior competitividade económica ao nível da economia de cibersegurança” e “do meu ponto de vista isso é um objetivo que deve estar neste regime jurídico”, defendeu.

O terceiro tópico é “a avaliação da cadeia de desabastecimento” que considerou que “tem que ser melhorada no regime jurídico” do ponto de vista técnico e jurídico. Isto porque, “não define um âmbito completo para a empresa, ou seja, a empresa terá que avaliar o risco da sua cadeia de abastecimento, ponto final”.

Isso significa “avaliar em Portugal centenas de milhares de empresas, ou seja, que as empresas reguladas vão ter que avaliar centenas de milhares dos seus fornecedores, quando muitos desses fornecedores nada têm a ver, digamos, ou quando muito representam um risco muitíssimo baixo ou nulo, logo à partida, porque não acedem aos sistemas de informação das organizações reguladas”.

O que importa aqui, “do nosso ponto de vista, é que as empresas reguladas tenham que avaliar a sua cadeia de abastecimento que fornece os ativos essenciais”, pelo que “entendemos, da análise que fizemos”, que o âmbito deve ser delimitado e “devem ser estabelecidos dois ou três critérios de base” para que não se torne uma “confusão burocrática”, sustentou.

Apontou que estas regras são “muito exigentes” do regime jurídico “como nunca aconteceu na história da cibersegurança em Portugal”, com “muito mais entidades do que alguma vez foram abrangidas” e que “nunca vai reduzir na sua exigência”, quanto muito aumentar nos próximos anos.

Este é “um contributo construtivo” para que Portugal, “tal como é um dos países mais seguros do mundo”, seja “um dos países mais ciberseguros do mundo” e que “também seja visto como uma oportunidade económica e não como um custo ou um peso burocrático das organizações que só vai afetar a sua competitividade, quando pelo contrário, até pode reforçar a sua competitividade em Portugal e no estrangeiro”, rematou.

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Polícia Judiciária concluiu investigação à morte de Odair Moniz

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

A investigação durou cerca de dois meses. Odair Moniz, 43 anos, morreu em 21 de outubro de 2024 na Cova da Moura, na sequência de disparos de um agente da PSP durante uma perseguição policial.

A Polícia Judiciária (PJ) já concluiu a investigação à morte de Odair Moniz e o relatório foi enviado para o Ministério Público em dezembro, avançou à Lusa fonte da Direção Nacional da PJ.

A investigação durou cerca de dois meses e em causa está a morte de Odair Moniz, 43 anos, em 21 de outubro de 2024 na Cova da Moura, Amadora, na sequência de disparos feitos por um agente da PSP durante uma perseguição policial.

O agente foi constituído arguido pelo crime de homicídio simples e, segundo avançou à Lusa o seu advogado Ricardo Serrano Vieira, ainda não regressou ao trabalho e não existe ainda data para retomar funções.

Além do processo no Ministério Público, a PSP também abriu um inquérito interno ao caso e a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) tem a decorrer um inquérito disciplinar para apurar as circunstâncias em que foram feitos os disparos. O agente da PSP será ouvido na IGAI no próximo dia 10 de janeiro, depois de já ter sido ouvido pelo Ministério Público no início de dezembro, tendo optado pelo silêncio.

De acordo com informação oficial da Direção Nacional da PSP, Odair Moniz ter-se-á colocado em fuga quando foi abordado pelos agentes, durante a madrugada do dia 21 de outubro, e “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

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Stay Hotels reforça aposta no Porto e abre quarto hotel junto ao Dragão

Localizado junto ao Estádio do Dragão, o Stay Hotel Porto Centro Antas é o quarto hotel da cadeia na Invicta.

O grupo Stay Hotels continua a reforçar a aposta na cidade do Porto e desta vez adquiriu o Porto Antas Hotel, localizado junto ao Estádio do Dragão. A unidade hoteleira de 41 quartos passará a operar, a partir de agora, com o nome Stay Hotel Porto Centro Antas. É o 12º hotel do grupo em Portugal e o quarto na Invicta.

“Este investimento permite-nos aumentar o leque de hotéis do Grupo, tornando esta unidade na 12ª da rede e a quarta nesta cidade”, afirma a equipa de gestão da Stay Hotels. O Porto Antas Hotel era explorado pela Outeiral – Sociedade de Construções e Explorações Hoteleiras.

Este investimento permite-nos aumentar o leque de hotéis do Grupo, tornando esta unidade na 12ª da rede e a quarta nesta cidade.

Equipa de gestão da Stay Hotels

Esta aquisição reflete a nossa estratégia de crescimento sustentado e a aposta contínua em oferecer opções de estadia em zonas estratégicas, respondendo às necessidades de quem valoriza conforto e conveniência durante as suas viagens, possibilitando que conheçam o melhor que cada cidade tem para oferecer”, conclui a equipa de gestão do grupo hoteleiro.

Em comunicado, o grupo afirma que este hotel é “a escolha perfeita tanto para estadias de negócios como de lazer” e “ideal para adeptos do FC Porto e visitantes de clubes estrangeiros que desejem viver a emoção dos jogos ao vivo”.

Em 2017, a cadeia Stay Hotels comprou o Grande Hotel Paris, considerado o hotel mais antigo do Porto, e o ano passado reabriu as portas após uma profunda remodelação.

De norte a sul do país, o grupo Stay Hotels, que é detido por fundos de capital de risco geridos pela Inter-Risco, que foi vendida à sociedade brasileira Audere Investments, e pela Menlo Capital, conta com 12 unidades hoteleiras: Torres Vedras, Faro, Guimarães, Coimbra, Évora, três unidades em Lisboa e quatro no Porto.

O grupo emprega cerca de 140 pessoas e fechou 2024 com um turnover superior a 15 milhões de euros.

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Consulta pública do novo regime de cibersegurança recebe 149 contributos

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

A consulta pública do novo regime jurídico da cibersegurança "encerrou a 31 de dezembro com 149 contributos de dezenas de cidadãos, associações, empresas e outras entidades".

A consulta pública do novo regime de cibersegurança, que transpõe a diretiva NIS2 e terminou em 31 de dezembro, recebeu 149 contributos, disse esta quinta-feira à Lusa fonte oficial do gabinete do ministro da Presidência.

A consulta pública do novo regime jurídico da cibersegurança encerrou a 31 de dezembro com 149 contributos de dezenas de cidadãos, associações, empresas e outras entidades, o que reflete o elevado interesse em participar por parte de vários setores da sociedade portuguesa”, afirmou a mesma fonte.

De acordo com o gabinete do ministro da Presidência, “assim que for concluída a análise dos contributos submetidos através da consulta pública, o Governo irá submeter à Assembleia da República a proposta de Lei de autorização legislativa, no início do ano, para que Portugal possa ser um dos primeiros Estados-membros da União Europeia a concretizar a transposição da diretiva sobre a Segurança das Redes e da Informação 2 (NIS2), destinada a garantir um elevado nível comum de cibersegurança em toda a UE”.

Em 10 de dezembro eram 20 os contributos recebidos, tendo a consulta pública sido prorrogada até ao final do ano passado.

O novo regime jurídico de cibersegurança, que transpõe a diretiva NIS2 [Network and Information Security], alarga o conjunto de entidades abrangidas, priorizando, por um lado, a generalização da prevenção dos riscos de cibersegurança, mas graduando a exigência regulatória em função da dimensão da entidade e da importância da sua atividade, bem como privilegiando a proporcionalidade das medidas aplicáveis.

De acordo com o artigo 18.º, “o membro do Governo responsável pela área da cibersegurança pode determinar a aplicação de restrições provisórias à utilização, a cessação de utilização ou exclusão de equipamentos, componentes ou serviços de tecnologias de informação e comunicação, utilizados em redes e sistemas de informação públicos ou privados, considerados de elevado risco para a segurança do ciberespaço de interesse nacional, mediante proposta da Comissão de Avaliação de Segurança do Ciberespaço”.

A avaliação de segurança “deve ter em conta os riscos técnicos dos equipamentos, componentes ou serviços, o seu contexto de utilização e a exposição dos seus fabricantes ou fornecedores à influência indevida de países terceiros, incluindo informação relevante emitida pelas entidades competentes nacionais e da União Europeia ou constante das avaliações nacionais ou europeias de risco para a segurança das redes e sistemas de informação, bem como outros riscos securitários relevantes”, lê-se no documento.

Entre outras medidas, o regime diferencia o tratamento a dar às entidades essenciais e às importantes em função dos riscos e prevê coimas até 10 milhões de euros em caso de contraordenações muito graves para as primeiras.

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PS entrega apreciação parlamentar sobre salários na secretaria-geral e insiste em explicações

  • Lusa
  • 2 Janeiro 2025

“Há muitas coisas que o Governo tem de esclarecer relativamente a este diploma e é por isso que o PS pede a apreciação parlamentar”, justifica António Mendonça Mendes.

O PS entregou esta quinta-feira o pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei sobre o estatuto remuneratório dos dirigentes da Secretaria-Geral do Governo, instando o executivo a dar explicações sobre estas alterações em vez de se “refugiar em desculpas”.

Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS António Mendonça Mendes adiantou que os socialistas já entregaram na Assembleia da República este pedido de apreciação parlamentar ao diploma que esteve no centro da polémica na nomeação de Hélder Rosalino como secretário-geral do Governo, cargo para o qual se manifestou indisponível na segunda-feira.

“Há muitas coisas que o Governo tem de esclarecer relativamente a este diploma e é por isso que o PS pede a apreciação parlamentar”, explicou o socialista. Segundo Mendonça Mendes, o Governo aprovou em dezembro “uma alteração apenas para a secretaria-geral do Governo permitindo que se ultrapasse o limite do vencimento do primeiro-ministro”, sendo nessa dimensão que o PS pretende fazer a apreciação parlamentar.

“Para que possa haver uma justificação sobre esta exceção para a secretaria-geral do Governo e que não existe para outras entidades da administração pública, mas também para que se possa justificar qual é a originalidade da entrada da norma que mesmo esse vencimento, que pode ultrapassar o do primeiro-ministro, seja aferido pela média da remuneração e não por aquilo que efetivamente é a remuneração de origem”, detalhou.

Para o deputado do PS, aparentemente o Governo terá feito esta alteração “apenas para uma solução em concreto, abstraindo-se que a lei é geral”.

“Há estas duas dimensões: introduzir um entorse na administração pública permitindo apenas à secretaria-geral do Governo que possa ter salários superiores aos do primeiro-ministro e, por outro lado, a própria condução deste processo em concreto, que carece de muitos esclarecimentos ainda por parte do Governo”, enfatizou.

Questionado sobre se o PS está a ponderar pedir a revogação deste decreto-lei, Mendonça Mendes referiu que “está em cima da mesa a possibilidade de revogar a parte que introduz esta alteração”, mas ainda aguarda pelos esclarecimentos do Governo para poder tomar uma decisão sobre a iniciativa a propor em concreto no âmbito da apreciação parlamentar.

“É uma decisão que teremos de tomar até ao debate e até lá o Governo deve dar os esclarecimentos que ainda não deu”, disse. O deputado do PS acusou o executivo de se “refugiar em desculpas e tentar acusar e atirar para o Banco de Portugal culpas que são exclusivamente do Governo na condução deste processo”.

“Ainda não fez o mais importante que é dar os esclarecimentos de porque é que aprovou esta lei em dezembro alterando aquilo que tinha estipulado poucos meses antes”, insistiu. Sobre o agendamento desta apreciação parlamentar, Mendonça Mendes remeteu para a próxima Conferência de Líderes Parlamentares, mas defendeu que “os partidos têm interesse em que este tema seja discutido o mais rápido possível”.

A secretaria-geral do Governo iniciou funções na quarta-feira, com quatro dos seis secretários-gerais adjuntos e sem o líder, depois de Hélder Rosalino se ter mostrado indisponível para assumir o cargo. A nomeação de Hélder Rosalino suscitou polémica após ter sido noticiado que o consultor teria optado por ser remunerado pelo seu vencimento de origem no Banco de Portugal, superior a 15 mil euros, e não de acordo com a tabela remuneratória única da Função Pública, cujo salário seria na ordem dos seis mil euros.

Este direito de opção foi criado através de uma alteração, feita na semana passada, ao diploma que estabelece o estatuto remuneratório dos dirigentes superiores e intermédios da Secretaria-Geral, aprovado em julho.

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Avião despenhado na Coreia do Sul pode custar 195 milhões de euros ao setor segurador

  • ECO Seguros
  • 2 Janeiro 2025

A principal seguradora do avião é a Samsung Fire & Marine Insurance e a AXA XL a principal resseguradora.

O avião que se despenhou no aeroporto na Coreia do Sul, provocando a morte de 175 passageiros e quatro tripulantes, poderá custar às seguradoras entre 145 e 200 milhões de dólares (141 e 195 milhões de euros), segundo cálculos do managing director of global insurance ratings da Morningstar DBRS, Marcos Alvarez, citado pela Reuters.

A indústria de seguros de aviação poderá ter de responder a pedidos de indemnização que, juntos, ascendam entre 120 a 180 milhões de dólares (117 a 175 milhões de euros) no âmbito dos seguros de responsabilidade civil dos passageiros do voo da companhia aérea low-cost sul coreana Jeju Air, que se despenhou recentemente no Aeroporto Internacional de Muan. Dos 181 ocupantes, apenas sobreviveram dois membros da tripulação.

Segundo Marcos Alvarez, ao abrigo da apólice de casco da companhia aérea, o setor também deverá de pagar uma indemnização entre 15 a 20 milhões de dólares (mais de 14 e 19 milhões de euros).

A principal seguradora do avião é a Samsung Fire & Marine Insurance e a AXA XL a principal resseguradora, avançou o Insurance News, citando comunicado da companhia aérea.

O voo 2216 regressava de Banguecoque, na Tailândia, com seis tripulantes e 175 passageiros. Segundo a Jeju Air, durante a aterragem no aeroporto de Muan, o Boeing 737-800 desviou-se do fim da pista, bateu no muro exterior do aeroporto e incendiou-se. Está a decorrer uma investigação sobre as causas do acidente.

Segundo o Insurance News, o limite de indemnização para as vítimas do seguro do avião de passageiros da Jeju Air é de mil milhões de dólares (cerca de 970 milhões de euros) e há um limite de indemnização de 36,51 milhões de dólares (35,58 milhões de euros) para os danos no próprio avião.

As cinco seguradoras que cobrem o avião subscreveram 99% dos seguros de aviação recorrendo a resseguradoras estrangeiras.

No que se refere aos pedidos de indemnização de seguros individuais, como os seguros de viagem, as autoridades financeiras anunciaram que vão criar um centro de indemnização rápido na Associação de Seguros de Vida e de Saúde para verificar se os clientes estão segurados e para solicitar e pagar as indemnizações.

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