Norte 2030 “recupera” antigas áreas mineiras com 14,5 milhões de euros

Norte 2030 recupera antigas áreas mineiras com 14,5 milhões de euros. Serão reabilitados 36,5 hectares de áreas ambientalmente degradadas.

O programa regional de financiamento europeu Norte 2030 vai apoiar com 14,5 milhões de euros a eliminação de passivos ambientais em três antigas áreas mineiras: de Covas e de Jales, em Vila Nova de Cerveira e em Vila Pouca de Aguiar, respetivamente; do Pintor (Oliveira de Azeméis), e de Pejão/ Germunde (Castelo de Paiva). Em causa está a descontaminação de solos e água, a recuperação ecológica e paisagística das áreas mineiras, e a reabilitação e salvaguarda de património material e imaterial associado à atividade mineira.

Promovidas pela EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A, estas intervenções exigem um investimento superior a 19 milhões de euros que é financiado em 14,5 milhões de euros pelo Feder. No conjunto, serão reabilitados 36,5 hectares de áreas ambientalmente degradadas.

As intervenções nas antigas áreas mineiras de Covas e de Jales, em Vila Nova de Cerveira e em Vila Pouca de Aguiar, respetivamente, preveem medidas de reabilitação hidrológico-ambiental orientadas para a eliminação e isolamento de matéria contaminante e contaminada. Acresce ainda a separação das águas de boa qualidade das águas ácidas e poluídas. Financiado em 4,8 milhões de euros, este projeto exige um investimento de seis milhões de euros.

Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Silva, citado num comunicado, esta operação vem responder “às pretensões dos covenses em encontrar e implementar uma solução definitiva para um impasse que já se arrasta há 40 anos“. Já a autarca de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, refere, por sua vez, que “a recuperação ambiental da antiga área mineira de Jales, cuja declaração de Interesse Municipal foi aprovada por unanimidade, é de crucial importância para a região e para as populações vizinhas da antiga mina de ouro”.

na antiga área mineira do Pintor, em Oliveira de Azeméis, a intervenção prevê a descontaminação do terreno, estabilização de taludes, contenção da erosão e do escorrimento superficial, recuperação da permeabilidade, além da recuperação paisagística e ecológica. O objetivo passa pela recuperação da biodiversidade através da criação de condições para o favorecimento da instalação de espécies autóctones. Num investimento de sete milhões de euros, este projeto é financiado em seis milhões de euros pelo Norte 2030.

“As Minas do Pintor são parte da história deste território e os seus elementos arquitetónicos, as chaminés industriais em alvenaria de pedra, são únicos na Península Ibérica”, sublinha o autarca de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira.

Estas são intervenções são há muito ambicionadas pelas comunidades locais e terão um forte impacto na qualidade de vida e na economia daqueles municípios, incluindo nos seus indicadores ambientais.

António Cunha

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)

Por fim, o terceiro projeto a ser financiado em 3,7 milhões de euros é a primeira fase de intervenção na antiga área mineira de Pejão/ Germunde (Castelo de Paiva) que exige um investimento total de cinco milhões de euros. Em causa está a recuperação e salvaguarda de património associado à atividade mineira e a criação de um centro de visitas.

Esta intervenção prevê ainda a descontaminação e recuperação do poço GermundeI e das escombreiras adjacentes, além da recuperação ecológica e paisagística da área mineira, o estudo hidrológico e hidrogeológico mineiro. Destaque ainda para a monitorização da qualidade da água e o estudo de descontaminação e reabilitação da zona industrial da área mineira do Pejão/Germunde.

A antiga área mineira de Pejão/Germunde faz parte da memória coletiva da nossa gente: um símbolo de trabalho árduo, sacrifício e resiliência. Ver este território ser recuperado, com o apoio do Norte 2030, é uma forma de honrarmos o passado, cuidarmos do presente e acreditarmos num futuro mais verde e justo para todos”, nota José Rocha, presidente da câmara de Castelo de Paiva.

Todas “estas são intervenções há muito ambicionadas pelas comunidades locais e terão um forte impacto na qualidade de vida e na economia daqueles municípios, incluindo nos seus indicadores ambientais”, assinala António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

António Cunha considera que estes projetos “evidenciam a importância da política de proximidade na gestão do financiamento europeu”. Para Gonçalo Rocha, presidente da EDM, “a execução destes três projetos, financiados pelo Norte 2030, será um grande contributo para a devolução destas antigas áreas mineiras, remediadas ambientalmente, às suas comunidades“.

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BEI aprova investimento de 9 mil milhões para reforço da defesa europeia

  • Lusa
  • 15 Maio 2025

A presidente da instituição, Nadia Calviño, disse que há uma “prioridade clara” neste investimento. “É apoiar projetos transformativos que façam evoluir a liderança tecnológica europeia", diz.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) aprovou esta quinta-feira mais de nove mil milhões de euros em financiamento para desenvolver as capacidades de defesa e segurança dos países da União Europeia (UE).

Em comunicado, o BEI anunciou a aprovação desta operação que disponibiliza um total de 9,1 mil milhões de euros para melhorar a arquitetura securitária da UE e as infraestruturas críticas. O investimento aprovado é o primeiro fundo de crédito privado “exclusivamente dedicado aos setores da segurança e defesa”.

Citada no comunicado, a presidente da instituição financeira europeia, Nadia Calviño, disse que há uma “prioridade clara” neste investimento: “É apoiar projetos transformativos que façam evoluir a liderança tecnológica europeia.”

Em simultâneo, também foi aprovado pela administração do BEI um novo investimento para aprofundar os fundos tecnológicos.

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Progrow levanta 2 milhões para ajudar a digitalizar chão de fábrica

Com esta nova injeção de capital, a startup quer lançar uma nova versão da sua solução que ajuda as empresas a digitalizar o chão de fábrica em Portugal e Espanha.

A proGrow levantou mais dois milhões de euros de investimento, numa ronda liderada pela Touro Capital Partners. Com esta nova injeção de capital, a startup quer lançar uma nova versão da sua solução que ajuda as empresas a digitalizar o chão de fábrica.

“O objetivo é lançar o proGrow 3.0: uma versão totalmente redesenhada da nossa plataforma, que é fácil de instalar, compatível com qualquer máquina industrial e especialmente adaptada às necessidades das PME. Além disso, continuamos a incorporar inteligência artificial na nossa solução, com foco na automação da deteção de anomalias, previsão de falhas operacionais e geração de insights em tempo real, a fim de apoiar a tomada de decisões nas fábricas”, diz Marco Tschan Carvalho, CEO da proGrow, ao ECO.

Liderada pela Touro Capital Partners, este novo financiamento junta-se ao apoio anteriormente assegurado junto da Lince Capital, da HCapital Partners e da Portugal Ventures, elevando para 6,2 milhões de euros o capital já levantado pela startup.

Atualmente com 24 colaboradores, a startup sedeada em Matosinhos, e que tem implementado um modelo híbrido de trabalho, tem planos para um reforço q.b da equipa. “Não consideramos uma métrica de sucesso o número de pessoas contratadas, mas sim o aumento da nossa eficiência enquanto equipa, ou seja, conseguir crescer sem aumentar significativamente a nossa estrutura”, começa por dizer Marco Tschan.

Em Espanha, o processo tem corrido bastante bem e já contamos com diversos clientes, razão pela qual mais de 60% do esforço da nossa equipa de business development está focado neste mercado. Pretendemos agora explorar outros mercados europeus e validar a estratégia de internacionalização que estamos a adotar.

“O foco está no lançamento do proGrow 3.0 e em aprimorar as nossas estratégias de expansão internacional (growth hacking) na Europa, com especial foco em Espanha, Itália e Reino Unido”, diz ainda. “As contratações a ser feitas estarão centradas em perfis nas áreas de desenvolvimento de software, vendas internacionais e suporte técnico“, diz.

Relativamente aos planos de internacionalização, Marco Tschan Carvalho faz um balanço. “Em Espanha, o processo tem corrido bastante bem e já contamos com diversos clientes, razão pela qual mais de 60% do esforço da nossa equipa de business development está focado neste mercado. Pretendemos agora explorar outros mercados europeus e validar a estratégia de internacionalização que estamos a adotar”, diz ao ECO.

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Sociedade de advogados Kgsa passa a multidisciplinar com integração de engenheiro especialista em inteligência artificial

Nos próximos seis meses, a kgsa lançará uma nova linha de consultoria estratégica orientada para a transformação digital e para a criação de modelos de negócio inovadores dos seus clientes.

A kgsa, sociedade de advogados, focada em tecnologia, anuncia a sua evolução para sociedade multidisciplinar, com a integração de Gonçalo Faria Abreu — engenheiro de inteligência artificial e fundador de uma reconhecida proptech com mais de 50 mil clientes. Nos próximos seis meses, a kgsa lançará uma nova linha de consultoria estratégica orientada para a transformação digital e para a criação de modelos de negócio inovadores dos seus clientes.

“Gonçalo Faria Abreu junta-se, nesta fase, à kgsa como consultor estratégico da administração, trazendo consigo a experiência na liderança de projetos tecnológicos escaláveis”, segundo comunicado do escritório.

Antes do final deste ano, e com esta estratégia, a kgsa passará a ter duas áreas de negócio – advocacia e consultoria estratégica – “que se reforçam mutuamente através de transferência interna de competências e conhecimentos, tornando-se “one stop shop” com uma abordagem sistémica à assessoria de empresas num contexto de acelerada mudança tecnológica”, segundo o mesmo comunicado.

“Nunca existiu tecnologia sem Direito, e agora já não existe Direito sem tecnologia. A integração de um perfil como o do Gonçalo só foi possível porque temos uma visão clara de valor acrescentado para o futuro da advocacia”, afirma Gonçalo Simões de Almeida, co-managing partner da kgsa. “Unir duas profissões orientadas para resolver problemas — Direito e Engenharia — é a base de estratégias vencedoras. Estou entusiasmado por escalar esta visão a partir de dentro da kgsa”, refere Gonçalo Faria Abreu.

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Voto no BE representa cedência de Pedro Nuno Santos nos tetos às rendas, diz Mariana Mortágua

  • Lusa
  • 15 Maio 2025

A coordenadora bloquista respondeu que "ceder nos tetos às rendas é ceder à sensatez, ao bom senso, à justiça".

A coordenadora nacional do BE apelou esta quinta-feira ao voto no seu partido para forçar o secretário-geral do PS a ceder à proposta de tetos máximos nas rendas, pedindo aos indecisos que rejeitem a “conversa das impossibilidades”.

“Se as pessoas votarem no BE, se nós conseguirmos que toda a gente que quer baixar o preço das casas, que toda a gente que se preocupa com o que está a passar na Palestina vote no BE, a cedência de Pedro Nuno Santos será para termos tetos às rendas”, afirmou Mariana Mortágua, à margem de uma iniciativa para a campanha das legislativas que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).

Depois de o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, ter afirmado que o PS é um partido com capacidade “de dialogar, de ouvir, de ceder, de construir” porque quer “garantir estabilidade”, a coordenadora bloquista respondeu que “ceder nos tetos às rendas é ceder à sensatez, ao bom senso, à justiça”.

A proposta de impor tetos máximos nas rendas tendo em conta variáveis como área do imóvel, qualidade do alojamento, certificação energética, localização e tipologia, é uma das principais bandeiras do BE nesta campanha mas Pedro Nuno Santos, antigo ministro da Habitação, já avisou que pode ter “efeitos perversos” como a retirada de casas do mercado de arrendamento.

“Os deputados do Bloco servem para isso. Servem para baixarmos o preço das casas, servem para termos tetos às rendas, funcionam noutros países, funcionará em Portugal. Nós não desistimos do nosso povo”, salientou. Ao 12.º dia de campanha oficial, a líder bloquista fez um apelo direto aos indecisos, numa visita acompanhada pela cabeça de lista do BE no Porto, a deputada Marisa Matias.

“Gostaria de explicar e de dizer a quem está indeciso no seu voto, a quem não escolheu ainda em quem é que quer votar, mas sabe que a habitação é um problema essencial; a quem olha o que está a passar na Palestina e sabe que a Palestina é a fronteira da humanidade e nos define enquanto seres humanos, o que gostaria de dizer é que o voto no Bloco serve para isso”, salientou.

Os deputados do BE, continuou Mortágua, falando aos jornalistas com o lenço alusivo à causa palestiniana nos ombros, servem também para reconhecer o Estado da Palestina. “E vamos fazê-lo. E é por isso que eu apelo a toda a gente que quer baixar o preço das casas, que sabe que a habitação é a maior crise do país que não se deixe levar pela conversa das impossibilidades”, alertou, criticando a “posição hipócrita do Estado português” nesta matéria.

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Câmara dos Arcos de Valdevez vai dar parecer desfavorável a parque eólico em Sistelo

  • Lusa
  • 15 Maio 2025

O parecer da autarquia vai ser apresentado no âmbito da consulta pública em curso. A aldeia de Sistelo foi classificada em 2017 como Monumento Nacional Paisagem Cultural.

A Câmara de Arcos de Valdevez vai apresentar parecer desfavorável ao projeto eólico para Sistelo que está em consulta pública até sexta-feira, revelou o presidente da autarquia em exercício. “O parecer da Câmara é desfavorável”, adiantou esta quinta-feira à Lusa o social-democrata Olegário Gonçalves, acrescentando que o parecer vai ser apresentado no âmbito da consulta pública da Proposta de Definição de Âmbito (PDA) do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) em curso.

A empresa Madoqua IPP, com sede nos Países Baixos, quer instalar um parque eólico em Sistelo, Arcos de Valdevez, com ligação a outro em Merufe, Monção, no distrito de Viana do Castelo. A PDA, consultada pela Lusa na plataforma online participa.pt, prevê “a instalação de 32 aerogeradores com torres de 112 metros de altura e rotor com 175 metros de diâmetro (…) e respetiva linha elétrica de muito alta tensão (LMAT) que permitirá ligar o parque eólico à Subestação de Ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP)”.

O documento, elaborado entre dezembro de 2024 e março de 2025, prevê como área de estudo a aldeia de Sistelo, classificada em 2017 como Monumento Nacional Paisagem Cultural, a primeira paisagem do país com aquela distinção.

A “área de estudo do parque eólico sobrepõe-se parcialmente ao Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), Zona Especial de Conservação (ZEC) e Zona Especial de Proteção (ZEP) da Peneda-Gerês, Reserva da Biosfera Gerês e Habitats Naturais, Zonas Especiais de Conservação da Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Norte”.

De acordo com a empresa, “o projeto do parque eólico de Arcos de Valdevez é um projeto novo sem quaisquer antecedentes” e prevê “a necessidade de propor monitorização da biodiversidade, especificamente do grupo das aves e morcegos para as fases de construção e exploração do projeto”.

“Considera-se ainda muito provável a necessidade de implementar um Plano de Monitorização de Ruído para a fase de exploração e, se justificável, para a fase de construção”.

Está ainda previsto “um plano de compensação, tendo como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento local dos municípios de Monção e Arcos de Valdevez, nos quais o projeto de produção de energia se localiza e que permitirá, por outro lado, dar uma resposta positiva nos fatores ambientais mais afetados”.

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Apritel adverte que Portugal “não pode ficar para trás” no combate à pirataria

  • Lusa
  • 15 Maio 2025

País "tem de dar agora um passo em frente para conseguir garantir que nós não estamos a perder para as nossas indústrias criativas, para o desporto, para o audiovisual", indica Mota Soares.

O secretário-geral da Apritel, associação de operadores de comunicações eletrónicas, advertiu esta quinta-feira à Lusa que Portugal “não pode ficar para trás” no combate à pirataria e deve garantir que não se perdem recursos fundamentais para o país.

Pedro Mota Soares falava à margem do III Colóquio Internacional sobre Pirataria de Conteúdos Audiovisuais – Inteligência Artificial e Pirataria Digital, organizado pela Polícia Judiciária (PJ)/FEVIP, com apoio da GEDIPE, que está a decorrer no auditório da PJ na sede em Lisboa.

“Portugal não pode ficar para trás, Portugal, que marcou muitas vezes aqui o ritmo, tem de dar agora um passo em frente para conseguir garantir que nós não estamos a perder para as nossas indústrias criativas, para o desporto, para o audiovisual, para a própria comunicação social, recursos que são fundamentais para o país”, afirmou o responsável.

Mais uma vez, o secretário-geral da Apritel recordou que o país está a perder “muito dinheiro, muita riqueza, face à pirataria”, num montande de 250 milhões de euros que são “tirados à economia portuguesa”.

Nós tivemos a capacidade de apresentar um conjunto de iniciativas legislativas, de lei, que garantam que a economia digital, o que se passa no digital, não é um faroeste sem lei”, prosseguiu. Tudo o que tem de ser combatido “offline deve ser combatido também online“, insistiu Pedro Mota Soares, referindo que por isso mesmo Portugal “tomou muitas medidas, conseguiu avançar”.

Mas “a verdade é que nos últimos anos parámos”, lamentou, recordando que outros países conseguiram ir mais longe. “Outros países estão a ter neste momento mecanismos em que as autoridades contactam diretamente os consumidores que estão a frequentar sites piratas, em alguns casos podem ter até um conjunto de advertências ao próprio consumidor”, disse.

“Portugal está a ficar para trás. Espanha, Itália, Alemanha, França têm, por exemplo, mecanismos como estes, o Reino Unido tem mecanismos como estes”, a Dinamarca também e “estão a ser eficazes a combater a pirataria”, rematou Pedro Mosa Soares. Este evento é organizado pela PJ, FEVIP – Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais, com o apoio da GEDIPE – Associação para a Gestão Coletiva de Direitos de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais, com a colaboração da Mapinet.

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Espanhóis que gerem hospital de Cascais querem continuar a crescer em Portugal

A gestora do hospital de Cascais vê oportunidades no lançamento de novos concursos para PPP no país.

O grupo Ribera Salud, que gere a Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital de Cascais, identifica oportunidades nos novos concursos para PPP que o governo português pretende retomar este ano.

A gerir o hospital de Cascais desde o final de 2022, o operador espanhol quer continuar a crescer em Portugal, posicionando-se para concorrer aos novos concursos de PPP em hospitais portugueses. Em entrevista ao jornal Expansión, Elisa Tarazona, CEO do grupo Ribera, refere o atual governo português, que vai a eleições no próximo domingo, anunciou a intenção de colocar em concurso mais quatro áreas da saúde, o que representaria uma oportunidade para a sua empresa.

O Executivo de Luís Montenegro anunciou em março que quer retomar as parcerias público-privadas (PPP) em cinco hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS): Braga, Loures, Vila Franca de Xira, Amadora-Sintra e Garcia de Orta.

A decisão do Governo de avançar com estes cinco novos concursos foi tomada no Conselho de Ministros de 7 de Março, o último antes da discussão da moção de confiança e pretende repor a gestão privada em quatro destes hospitais e juntar a unidade de Almada. Atualmente, apenas o hospital de Cascais está em PPP.

O contrato de gestão da PPP com a Ribera Salud foi adjudicado no verão de 2022, mas a concessão só começou a funcionar no início de 2023. Antes disso, a PPP do Hospital de Cascais foi gerida durante 14 anos pelo grupo Lusíadas Saúde, que desistiu do novo concurso, por já não estar garantida a sustentabilidade económica.

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Voto antecipado em mobilidade com adesão de 94% dos mais de 333 mil inscritos

  • Lusa
  • 15 Maio 2025

O número de eleitores que votaram antecipadamente para as eleições legislativas fixou-se em 314.859, correspondendo a 94,45% dos 333.347 inscritos.

Mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado exerceram o seu direito no domingo, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

O número de eleitores que votaram antecipadamente para as eleições legislativas fixou-se em 314.859, correspondendo a 94,45% dos 333.347 inscritos, precisou a mesma fonte. Este valor supera o registado nas eleições legislativas de 2024, onde foi registada uma taxa de participação de 93,8%.

Por sua vez, considerando a votação antecipada em território nacional nas três modalidades existentes – doentes internados, presos e em mobilidade – votaram antecipadamente 318.852 eleitores, “o que representa uma participação de 3,441% do total de eleitores recenseados em território nacional”, nota ainda a secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI).

A taxa de participação nestas três modalidades foi, respetivamente, de 86,29% (Doentes internados), 94,40% (Presos) e 94,45% (voto em mobilidade). Segundo o Ministério da Administração Interna, o número de recenseados em território nacional para votar antecipadamente em mobilidade nestas eleições foi o maior de sempre, desde que foi alargada a todos os eleitores a possibilidade do voto antecipado.

No passado domingo, quem se tinha inscrito até ao dia 8 de maio, poderia votar no município por si escolhido quando solicitou o voto antecipado. O eleitor inscrito para votar antecipadamente, mas que não tenha conseguido fazê-lo poderá ainda exercer o seu direito cívico no dia das eleições, a 18 de maio.

Entre os eleitores que optaram por esta modalidade esteve o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do PS, Carlos César, João Cotrim Figueiredo, ex-presidente e eurodeputado da IL, e Catarina Martins, ex-coordenadora e eurodeputada do BE. Mais de 10,8 milhões de eleitores residentes em território nacional e no estrangeiro estão inscritos nas legislativas antecipadas que vão eleger os 230 deputados à Assembleia da República.

Instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019, a modalidade de voto antecipado em mobilidade foi escolhida por 285.848 nas eleições legislativas de 2022. Concorrem às legislativas um total de 21 partidos e/ou coligações, estreando-se nestas eleições o Partido Liberal Social.

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Habit e Institutoptico lançam seguro integrado na compra de óculos

  • ECO Seguros
  • 15 Maio 2025

A cobertura do seguro IO Segurança é assegurada pela Europ Assistance. O produto cobre os riscos dos óculos de danos acidentais, quebra, furto ou roubo - tanto em Portugal como no estrangeiro.

A insurtech Habit e a rede de óticas portuguesa Institutoptico firmaram uma parceria para a venda de seguros para óculos – o IO Segurança – integrado na experiência de compra em loja. A cobertura deste produto é assegurada pela Europ Assistance.

João Madureira Pinto, chief growth officer da Habit: “Não se trata apenas de adicionar um produto, mas de criar uma experiência fluida, digital e relevante que protege o que é importante para o consumidor”.

O IO Segurança cobre os riscos dos óculos graduados e de sol de danos acidentais, quebra, furto ou roubo – tanto em Portugal como no estrangeiro. Os planos têm duração de um a dois anos, com um valor máximo de cobertura de 1.999 euros.

A adesão é feita diretamente no momento de compra dos óculos nas óticas Institutoptico, sem necessidade de simulações.

Para iniciar o processo de reparação ou substituição dos óculos, o cliente pode dirigir-se a uma loja Institutoptico com o certificado do seguro e a fatura de compra.

“Não se trata apenas de adicionar um produto, mas de criar uma experiência fluida, digital e relevante que protege o que é importante para o consumidor”, reforça João Madureira Pinto, chief growth officer da Habit. “É mais um exemplo claro de como a venda contextual de seguros pode acrescentar valor real ao dia a dia das pessoas”.

“A confiança dos nossos clientes é um ativo que queremos proteger e reforçar continuamente”, afirma Luís Lucas, gerente do Institutoptico. “Com esta solução, damos mais um passo na direção de um serviço completo e centrado no cliente, elevando o nível de tranquilidade e valor que entregamos.”

A Habit é uma insurtech especializada em tecnologia de venda de seguros integrados nos serviços, permitindo a que parceiros, como a NOS e a Luz Saúde ofereçam seguros de forma integrada. No início do mês, a Europ Assistance Portugal anunciou a parceria com a Habit para integrar os seus produtos de assistência e seguros em novos canais de distribuição, através de um modelo B2B2C.

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Lucro do Eurobic cai 19% em 2024. Abanca ‘empresta’ 275 milhões para reforçar rácios

Banco galego depositou 275 milhões de euros numa conta do Eurobic a seguir à compra, em julho do ano passado, para que banco português cumprisse os rácios de capital.

O Eurobic lucrou 84,1 milhões de euros em 2024, traduzindo uma descida de 19% em relação ao ano anterior, segundo anunciou esta quinta-feira.

O banco português foi adquirido pelo Abanca no verão do ano passado e prepara-se agora para ser ele próprio a absorver a operação que o banco galego tem em Portugal, operação de fusão que deverá concretizar-se na segunda metade deste ano.

O Eurobic já sentiu na pele a descida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) no ano passado, com a margem financeira – que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos – a decrescer 1,9% para 253 milhões de euros.

Ainda assim, as comissões subiram 5%, compensando a quebra da margem e assegurando que o produto bancário se estabilizasse nos 320 milhões de euros.

Em relação às despesas, atingiram os 148,8 milhões de euros, subindo 6% em relação a 2023. O banco explica que este aumento se deveu aos aumentos salariais dos trabalhadores e também à distribuição de prémios pelos bons resultados, que se cifrou em oito milhões de euros no ano passado.

Depósitos superam 7 mil milhões

No final do ano passado, o Eurobic geria um volume de negócios acima dos 12,7 mil milhões de euros, o que reflete um aumento de 5% face a 31 de dezembro de 2023.

A carteira de crédito encolheu perto de 200 milhões de euros. Em sentido contrário, os recursos de clientes cresceram 762 milhões de euros, com os depósitos a aproximarem da marca dos 7,2 mil milhões de euros, mais 12% em termos homólogos.

Fruto desta evolução, o rácio de transformação de depósitos em crédito baixou dos 87,2% em 2023 para 75,1% em 2024.

Abanca ‘empresta’ 275 milhões para cumprir rácios

O banco, que em uma rede de 165 agências e 761 trabalhadores, adianta ainda que recebeu um depósito de 275 milhões de euros da parte do Abanca com “características de subordinação que permitiram a sua consideração como passivo elegível no âmbito do MREL” – uma almofada regulamentar que visam proteger o banco de choques.

“Esta operação permitiu ao Banco cumprir com o requisito MREL aplicável após 30 de setembro de 2024”, nota o Eurobic.

Este depósito surgiu depois de o banco galego ter fechado a aquisição de 100% do capital do Eurobic a Isabel dos Santos, Fernando Telles e outros investidores angolanos, no dia 11 de julho, por mais de 300 milhões de euros.

Neste momento, o Abanca continua a digerir a compra do banco português, estando em curso uma fusão transfronteiriça na qual o Eurobic vai absorver o negócio dos galegos em Portugal. A sucursal do Abanca fecha, mas a marca mantém-se, desaparecendo a designação ‘Eurobic’. Tudo isto deverá acontecer até final do ano, o que permitirá ao Abanca tornar-se no sétimo maior banco no mercado nacional.

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A medida de Miguel Santo Amaro para o próximo Governo

  • ECO
  • 15 Maio 2025

O ECO pediu a várias personalidades uma medida essencial para o próximo Governo. A proposta de Miguel Santo Amaro, CEO da Coverflex, é a criação do voucher anual de literacia financeira.

Em Portugal, a literacia financeira continua a ser um tema estruturalmente adiado. Apesar dos avanços tímidos, os números são claros: de acordo com o Banco de Portugal, mais de 50% da população adulta tem dificuldades em compreender conceitos básicos como inflação, taxa de juro composta ou risco financeiro. Esta realidade contribui para níveis elevados de endividamento, baixas taxas de poupança e uma dependência excessiva de decisões financeiras de curto prazo.

A proposta é simples e exequível: integrar a literacia financeira como componente obrigatória no ensino básico e secundário, em linha com as recomendações da União Europeia, e incentivar fiscalmente as empresas a promoverem formações regulares nesta área junto dos seus colaboradores.

À semelhança dos “vouchers para startups” que existem hoje, o Estado poderia criar um voucher anual de literacia financeira, válido para formações certificadas por entidades públicas ou privadas.

Esta medida teria um impacto positivo transversal: ajudaria os jovens a tomar decisões mais conscientes sobre o seu futuro, prepararia melhor as famílias para imprevistos económicos e reforçaria a sustentabilidade financeira dos próprios trabalhadores. E, a médio prazo, contribuiria para uma economia mais saudável, com consumidores mais informados, empresas mais resilientes e um Estado menos pressionado a responder a crises individuais que poderiam ser prevenidas com conhecimento.

Portugal não pode continuar a adiar esta transformação estrutural. Um país com ambição precisa de capacitar financeiramente os seus cidadãos desde cedo, e ao longo da vida.

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