Eversheds Sutherland reforça a equipa de Direito Laboral e de Segurança Social

Após 21 anos de experiência na Linklaters, 14 dos quais liderando a prática laboral em Lisboa, a advogada junta-se agora à Eversheds Sutherland como sócia e responsável pela prática laboral.

A Eversheds Sutherland anuncia a contratação de Marta Afonso Pereira, para a equipa de Direito Laboral e da Segurança Social. Marta Afonso Pereira junta-se à equipa como Sócia Coordenadora.

Após 21 anos de experiência na Linklaters, 14 dos quais liderando a prática laboral em Lisboa, a advogada junta-se agora à Eversheds Sutherland como sócia e responsável pela prática laboral.

A Eversheds Sutherland continua a sua aposta em áreas estratégicas, expandindo agora a sua atuação no setor do Direito do Trabalho. Este passo reforça o compromisso da sociedade em oferecer soluções jurídicas inovadoras e altamente ajustadas às necessidades particulares de cada cliente, mantendo sempre o foco na excelência e na inovação.

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Bruxelas quer acelerar fim da isenção de tarifas nas encomendas online até 150 euros

À semelhança dos EUA, também a Comissão Europeia quer acelerar o fim das isenções aduaneiras para produtos com custo inferior a 150 euros, visando plataformas de comércio eletrónico como a Shein.

A Comissão Europeia anunciou que está a tomar medidas para combater os riscos das importações de baixo valor vendidas através das plataformas eletrónicas de países estrangeiros, como as chinesas Shein e Temu. Bruxelas apela os Estados-Membros para adotaram uma frente unida e pede que se acelere a reforma aduaneira já proposta pela Comissão Europeia para eliminar a isenção de direitos para as encomendas online com um valor inferior a 150 euros.

A Comissão divulgou um conjunto de ações com que pretende tornar o e-commerce seguro e sustentável, incentivando ações, nomeadamente nos domínios aduaneiro e comercial, como o lançamento de controlos aduaneiros, a proteção dos consumidores e os atos legislativos relativos aos serviços digitais e aos mercados digitais.

Bruxelas apela aos Estados-Membros que assumam uma frente unida, de modo a melhorar a eficácia das medidas tomadas pelas autoridades nacionais e pela Comissão.

À semelhança dos EUA, que aprovaram a eliminação da isenção tarifária para produtos de baixo valor oriundos da China, Bruxelas propõe que os legisladores adotem rapidamente o pacote de reformas aduaneiras propostas, “permitindo a rápida aplicação de novas regras para criar condições de concorrência equitativas no domínio do comércio online”. O que incluiu “a supressão da isenção de direitos para as encomendas de baixo valor, inferiores a 150 euros, assim como o reforço das capacidades de controlo, tais como uma melhor partilha de dados e uma melhor avaliação dos riscos”.

Outra das medidas propostas é uma maior fiscalização das mercadorias importadas, através de controlos coordenados entre as autoridades aduaneiras e as autoridades de fiscalização do mercado, bem como ações coordenadas em matéria de segurança dos produtos, como a primeira ação de fiscalização da segurança dos produtos. “Tal deverá conduzir à retirada de mercadorias não conformes do mercado e contribuir para a recolha de provas para a análise dos riscos e para ações complementares”, explica a Comissão.

A Comissão Europeia pretende ainda recorrer a ferramentas digitais “que podem ajudar a facilitar a supervisão do panorama do comércio eletrónico através do passaporte digital de produtos e de novas ferramentas de IA para a deteção de produtos potencialmente não conformes”.

“O aumento das importações de comércio eletrónico para o mercado da UE trouxe consigo muitos desafios. A UE está pronta a enfrentar estes desafios, unindo-se como ‘Equipa Europa’ para garantir que os cidadãos e as empresas possam continuar a usufruir dos muitos benefícios das compras online, minimizando simultaneamente os riscos dos produtos perigosos que ameaçam a saúde e a segurança dos consumidores“, destaca Henna Virkkunen, vice-presidente executiva da Comissão responsável pela Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia.

Michael McGrath, comissário da Democracia, Justiça, Estado de Direito e Proteção dos Consumidores, realça que “o e-commerce revolucionou as compras”, com três em cada quatro europeus a fazerem regularmente compras online. “O aumento súbito de mercadorias importadas pode constituir uma ameaça para os direitos dos consumidores europeus e a sua segurança. Chegou o momento de a ‘Equipa Europa’ se reunir para fazer face a estas ameaças e proteger os consumidores europeus”, avisa McGrath. “Temos o dever de garantir que as mercadorias que entram no nosso mercado são seguras e que todos os comerciantes respeitam os direitos dos consumidores“, conclui.

O aumento súbito de mercadorias importadas pode constituir uma ameaça para os direitos dos consumidores europeus e a sua segurança.

Michael McGrath

Comissário europeia da Democracia, Justiça e Estado de Direito

De acordo com os dados da Comissão, no ano passado entraram no mercado da UE cerca de 4,6 mil milhões de remessas de baixo valor, ou seja, mercadorias com um valor não superior a 150 euros. Equivale a 12 milhões de encomendas por dia. Este número é duas vezes superior ao de 2023 e três vezes superior ao de 2022, tendo muitos destes produtos sido considerados não conformes com a legislação europeia.

Este forte crescimento está a criar preocupações junto das autoridades, uma vez que “há cada vez mais produtos nocivos a entrar na UE”. Por outro lado, “os vendedores europeus, que respeitam os nossos elevados padrões de produtos, correm o risco de serem prejudicados por práticas desleais e pela venda de produtos de contrafação através de mercados em linha”, explica a Comissão.

“Na Europa, os consumidores devem usufruir de todo o potencial do comércio eletrónico e ter acesso a produtos em linha convenientes, a preços acessíveis, seguros e de elevada qualidade. Do mesmo modo, as empresas europeias devem beneficiar de condições de concorrência equitativas no mercado único”, refere ainda a Comissão.

Estas ações visam as plataformas de comércio eletrónico chinesas, como a Shein ou a Temu, cujas vendas para a Europa têm vindo a aumentar. A Rede de Cooperação no domínio da Defesa do Consumidor (CPC) das autoridades nacionais de defesa do consumidor e a Comissão também informaram Shein sobre o lançamento de uma ação coordenada.

Fim das isenções nos EUA ameaça Shein e Temu

Também os EUA aprovaram a eliminação da isenção tarifária para produtos de baixo valor oriundos da China, uma medida que pode ameaçar os modelos de negócio dos grupos chineses de comércio eletrónico Shein e Temu, defendem analistas citados pelo jornal Financial Times.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma taxa adicional de 10% sobre as importações oriundas da China e adiantou que a isenção tarifária sobre produtos de valor inferior a 800 dólares (770 euros), adquiridos diretamente por consumidores e enviados através do serviço postal deixaria de se aplicar.

Na segunda-feira, a autoridade aduaneira dos Estados Unidos afirmou que os seus agentes teriam agora de verificar e apurar formalmente o conteúdo de todas as encomendas enviadas por correio da China. Esta medida poderá aumentar os custos das empresas de comércio eletrónico chinesas, cujo crescimento nos EUA tem sido parcialmente impulsionado por entregas eficientes de produtos baratos produzidos na China.

“O impacto vai ser muito maior do que apenas alguns pacotes”, disse Henry Gao, professor de direito na Singapore Management University, citado pelo Financial Times. “Tudo o que vem da China vai ficar retido por causa disto”, apontou.

A Shein e a rival Temu, que vendem roupas e outros artigos a preços baixos, cresceram rapidamente desde a pandemia da Covid-19 e foram provavelmente responsáveis por mais de 30% das encomendas isentas de taxas alfandegárias que chegaram aos EUA, ao abrigo dos regulamentos, apontou um relatório do Congresso norte-americano, em 2023. De acordo com as alfândegas dos EUA, cerca de quatro milhões de encomendas são processadas todos os dias.

 

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Portugal está acima da média europeia na transição verde. Transportes e resíduos travam desempenho

Apesar de estar acima da média europeia no índice de Transição Verde da Oliver Wyman, Portugal apresenta fracos desempenhos nas categorias de transportes e resíduos.

Portugal melhorou o desempenho no Índice de Transição Verde lançado pela consultora Oliver Wyman. Subiu à 15ª posição entre os 29 países europeus analisados, três lugares acima do 18.º lugar alcançado no ano passado, destacando-se nas áreas de economia, natureza e edifícios, e mostrando um pior desempenho nas categorias de transportes e resíduos.

“Os resultados mostram que Portugal está no caminho certo, com avanços significativos, mas há um longo caminho a percorrer e esperamos melhorar a nossa posição em próximas edições”, resumiu a principal da Oliver Wyman, Joana Freixa, numa apresentação que decorreu esta quarta-feira de manhã.

Portugal conseguiu, com o 15.º lugar, colocar-se acima da média europeia na avaliação que é feita pela Oliver Wyman. O índice olha para sete categorias: natureza, economia, resíduos, edifícios, transportes, energia e indústria transformadora. No pódio do índice global estão a Dinamarca, Áustria e Suécia. No extremo oposto, como pior classificado, conta-se o Chipre, a Bulgária e a Grécia.

No que diz respeito à Natureza, o país deu o maior salto: subiu 11 posições face a 2022, até atingir o 14.ºlugar. Portugal destacou-se ao apresentar “valores significativamente acima da média europeia” de área dedicada à agricultura biológica. Em oposição, contudo, Portugal está em 25º no Índice de Exploração de Água. O setor agrícola apresenta uma das taxas mais altas da Europa de consumo de água, embora se registem melhorias desde o ano anterior.

Na componente de edifícios, Joana Freixa assinala o resultado “muito positivo”, com o país a subir à liderança, depois de no ano anterior ter classificado no segundo lugar. Portugal destaca-se pelo uso de energias renováveis para aquecimento doméstico, como é o caso de resíduos de madeira, o que coloca o país acima da média na capacidade de uso de bioenergia. No indicador consumo de eletricidade, Portugal merece apenas um nono lugar e derrapa para 19.º olhando ao número de projetos de edifícios construídos com certificações de construção sustentável. No final da apresentação, a consultora reconheceu que a elevada taxa de pobreza energética em Portugal não foi considerada neste estudo.

Na categoria Economia, Portugal atingiu a 13.ª posição (duas acima do ano passado), apoiado sobretudo pela redução de emissões de gases com efeito de estufa e a diminuição da intensidade das mesmas relativamente ao produto interno bruto (PIB). No entanto, Portugal registou uma diminuição da percentagem da despesa pública em Inovação e Desenvolvimento destinada a objetivos ambientais, assinala a apresentação.

Na energia, Portugal caiu quatro lugares mas mantém-se no “top 10”, tendo em conta o forte peso das energias renováveis, mas também se destaca como quarto classificado em projetos de armazenamento relacionados com baterias. “Esperamos que na próxima edição do GTI [índice] vejamos refletido o investimento em armazenamento” decorrente do concurso lançado recentemente pelo Governo, um incentivo de 100 milhões de euros, afirmou Sofia Cruz, associada na Ibéria, durante a apresentação.

Também na categoria Indústria, Portugal desceu três posições, da 18.ª para 21.ª. “De maneira absoluta, continua a reduzir intensidade de emissões. No entanto, esta melhoria, quando comparada à de outros países, acaba por não ser suficiente”, afirmou Sofia Cruz. A mesma tendência — de evolução positiva em termos absolutos mas má comparação face aos restantes — se verifica nos indicadores “intensidade de resíduos perigosos” e “consumo de energia”.

A travar um melhor desempenho no índice global está a classificação no que diz respeito aos resíduos, categoria na qual Portugal classifica apenas em 28.ºlugar, o penúltimo, depois de ter descido uma posição. “Os nossos resultados são bastante negativos nos três subindicadores desta categoria”, afere Joana Freixa. Portugal tem uma baixa taxa de circularidade, cerca de 10 vezes abaixo dos países líderes (País Baixos e Bélgica), está 19% acima da média dos países avaliados em termos de resíduos gerados e conta 273 quilogramas de resíduos depositados em aterro per capita, 89% acima da média dos países europeus. Joana Freixa destaca que é importante incentivar mais a reciclagem no país para alterar este fraco desempenho.

Também a pesar nos resultados está a categoria de transportes, na qual Portugal desce “um degrau”, para a 19.ª posição. Portugal registou um aumento na percentagem de automóveis com baixas emissões, mas permanece abaixo da média do GTI. Mas o 26.º lugar no que diz respeito ao uso de transportes públicos é o que afeta mais o desempenho do país nesta categoria. As representantes da Oliver Wyman realçam a necessidade de aumentar o investimento em infraestruturas, nomeadamente as infraestruturas ferroviárias.

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Tutti Frutti. PSD pede a Carlos Eduardo Reis para suspender já mandato de deputado

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2025

Líder parlamentar do PSD espera que Carlos Eduardo Reis siga o exemplo de Luís Newton e suspenda o cargo parlamentar. Hugo Soares alega que não tem "condições imediatas para o exercício do mandato".

O líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, afirmou esta quarta-feira que vai pedir a Carlos Eduardo Reis, acusado pelo Ministério Público no âmbito do processo Tutti Frutti, para suspender já o seu mandato de deputado do PSD.

Na terça-feira, o Ministério Público deduziu acusações contra 60 arguidos no âmbito do processo Tutti Frutti por crimes de corrupção, prevaricação, branqueamento e tráfico de influência. Entre os acusados estão dois deputados do PSD, Luís Newton e Carlos Eduardo Reis.

No entanto, logo na terça-feira, ao fim da tarde, o deputado do PSD Luís Newton anunciou que vai pedir a suspensão do mandato como parlamentar, apesar de dizer ainda desconhecer a acusação do processo Tutti Frutti, mas Carlos Eduardo Reis, que estará fora do país, ainda nada disse sobre este caso.

As condições imediatas para o exercício do mandato não estão reunidas e espero que o senhor deputado Carlos Eduardo Reis possa também suspender o exercício do seu mandato.

Hugo Soares

Líder parlamentar do PSD

Esta manhã, perante os jornalistas, o presidente do Grupo Parlamentar do PSD frisou qual a sua orientação política sobre a situação em que se encontra Carlos Eduardo Reis, deputado eleito pelo círculo de Braga nas últimas eleições legislativas.

“Carlos Eduardo Reis encontra-se fora do país, terei a ocasião de ter uma conversa com ele nos mesmos termos que tive com o deputado Luís Newton. Sobre esta matéria, quero também ser muito claro e muito transparente: as condições imediatas para o exercício do mandato não estão reunidas e espero que o senhor deputado Carlos Eduardo Reis possa também suspender o exercício do seu mandato”, declarou.

Hugo Soares, líder parlamentar do PSDLusa

O presidente do Grupo Parlamentar do PSD adiantou que falará em breve com Carlos Eduardo Reis, mas escusou-se a divulgar quando.

Antes, Hugo Soares tinha saudado a reação de Luís Newton ao facto de ter sido acusado pelo Ministério Público, anunciando logo a suspensão do seu mandato.

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Prémios de seguro comerciais caíram 2% no último trimestre de 2024

  • ECO Seguros
  • 5 Fevereiro 2025

A intensificação da concorrência nos seguros de danos materiais, a moderação da sinistralidade, a estabilização dos prémios nas linhas financeiras e a aceleração na redução nos cyber empurrou a queda.

A nível global prémios de seguro comerciais caíram em média 2% no último trimestre do ano passado face ao anterior, marcando a segunda queda trimestral consecutiva visto já ter registado uma queda de 1% no terceiro trimestre de 2024.

Segundo o Global Insurance Market Index, que reflete a carteira de clientes da Marsh, este resultado reafirma a tendência de moderação dos prémios sentida desde o primeiro trimestre de 2021. A maior corretora de seguros global diz em comunicado que esta tendência foi impulsionada pela “intensificação da concorrência entre seguradoras do mercado de seguros de danos materiais, pela moderação dos aumentos das taxas de sinistralidade, pela estabilização dos prémios nas linhas financeiras e pela aceleração na redução das taxas do seguro de cyber“.

Rodrigo Simões de Almeida, CEO da Marsh Portugal, em entrevista ao ECO Seguros - 23SET21
Rodrigo Simões de Almeida, CEO da Marsh Portugal: “A diminuição dos prémios dos seguros de danos materiais, linhas financeiras e seguros de cyber representa um desenvolvimento positivo para os clientes”.Hugo Amaral/ECO

Por região, a Europa ficou dentro da média com os prémios a cair 2%, assim como o Canadá. Já na zona do Pacífico os preços diminuíram 8%, no Reino Unido, 5% e na Ásia, 3%. Ainda assim, a empresa do grupo Marsh McLennan também registou subidas nos prémios: a América Latina e Caraíbas (ALC) e a Índia, Médio Oriente e África (IMEA) registaram aumentos de 1%. Já nos Estados Unidos da América (EUA), os prémios permaneceram estáveis, após um aumento de 3% no terceiro trimestre.

Quanto às coberturas, os prémios dos seguros de danos materiais caíram 3% a nível mundial, após uma diminuição de 2% no terceiro trimestre. A região do Pacífico registou a maior queda (8%), os EUA e o Reino Unido registaram uma diminuição de 4%; enquanto a região ALC e a Ásia apresentaram diminuições menos expressivas. Na Europa, os preços dos seguros de danos materiais permaneceram estáveis, e a IMEA registou um aumento de 3%. Segundo a Marsh, o mercado mundial de seguros de danos materiais continua sensível a eventos com perdas, como os incêndios florestais em Los Angeles, que deverão impactar as perdas agregadas por catástrofes em 2025.

As taxas das linhas financeiras e profissionais diminuíram 6% a nível mundial, o décimo trimestre consecutivo de quedas, com reduções registadas em todas as regiões, resultado da forte concorrência e da capacidade disponível, indica a corretora.

Já prémios dos seguros de cyber caíram em média 7% a nível mundial – após uma queda de 6% no trimestre anterior – com diminuições em todas as regiões, “impulsionadas pela forte concorrência entre seguradoras já estabelecidas e novas, bem como pelas contínuas melhorias na cibersegurança em muitas empresas”, refere a corretora.

“A diminuição dos prémios dos seguros de danos materiais, linhas financeiras e seguros de cyber representa um desenvolvimento positivo para os clientes, enquanto os desafios noutras áreas do mercado – particularmente nos seguros de responsabilidades nos EUA – são significativos” afirma Rodrigo Simões de Almeida, CEO da Marsh Portugal.

O único segmento que registou um aumento a nível global foi de responsabilidade civil com os prémios a subir 4% no último trimestre de 2024 face ao anterior, após um aumento de 6% no terceiro trimestre.

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TELLES assessora transferência de jogador de futebol Tomás Pérez para o Futebol Clube do Porto

A equipa foi composta por Abílio Rodrigues, sócio da área de Fiscal da TELLES, Sara Brito Cardoso, associada e José Miguel Albuquerque, associado da área de Direito do Desporto.

A equipa de direito do desporto da TELLES assessorou o processo de transferência do jogador Tomás Pérez do clube argentino Newell’s Old Boys para o Futebol Clube do Porto.

Esta operação que envolveu uma equipa multidisciplinar da TELLES composta por Abílio Rodrigues, sócio da área de Fiscal da TELLES, Sara Brito Cardoso, associada da mesma área, e José Miguel Albuquerque, associado da área de Direito do Desporto.

“Com know-how consolidado em negociação de contratos de trabalho desportivo, de transferência e de representação de jogadores e com valências nas suas várias equipas que contribuem para uma abordagem holística deste tipo de transações, a TELLES tem vindo a prestar aconselhamento jurídico transversal e especializado a jogadores, agentes e clubes nestas matérias”, diz o comunicado do escritório.

Tomás Pérez, médio argentino de 19 anos, troca o Estádio Marcelo Bielsa pelo Dragão e o Newell’s Old Boys pelo FC Porto, assinando um contrato válido até 2029 com uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros.

O acordo entre os clubes inclui a aquisição, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva e 100% dos direitos económicos do jogador pelo valor fixo de 3 milhões de euros, acrescido de uma remuneração variável máxima de 750 mil euros em função do cumprimento de certos objetivos.

O Newell’s Old Boys irá reter o valor correspondente a 20% das mais valias de uma potencial futura transferência e assumirá a responsabilidade com o mecanismo de solidariedade devida a terceiros. O FC Porto declara que não terá encargos com serviços de intermediação nestas transações.

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OA. Ricardo Serrano apresenta programa com base na reforma da previdência dos advogados

O programa da lista T prevê ainda medidas para "cuidar da saúde mental dos Advogados, para dignificar a profissão e promover uma Ordem mais próxima, transparente e eficiente".

O advogado Ricardo Serrano Vieira lançou oficialmente o programa eleitoral da candidatura ao Conselho Geral da Ordem dos Advogados nas eleições de 18 e 19 de março. “Com uma visão focada em responder aos desafios de todos os Advogados, o programa assenta em três pilares fundamentais: a reforma da CPAS, a atualização do SADT e o combate às desigualdades da profissão”, segundo comunicado enviado pela candidatura do advogado.

A reforma da CPAS “é uma das prioridades da candidatura, que se compromete a cumprir 40% das medidas já até ao final deste ano. Entre as medidas do programa Previdência + Justa está a redução das contribuições mensais e ajuste dos escalões, a suspensão das contribuições em caso de doença, parentalidade ou dificuldades financeiras ou a oferta de um seguro a todos os Advogados, que garanta uma compensação em caso em incapacidade ou parentalidade. Temos a plena consciência de que o Estatuto da CPAS é regulado pela Assembleia da República e só esta o pode alterar. No entanto, a nossa candidatura tem uma relação institucional sólida com a Direção da CPAS, o que nos permitirá atingir uma reforma com bom senso”, afirma Ricardo Serrano Vieira.

O programa visa também “promover a Advocacia Jovem e a Advocacia como serviço público, bem como liderar a transição digital. Nesse sentido, o programa Justiça + Futuro propõe três modelos de estágios para entrada na profissão, prevê um plano detalhado para atualizar o SADT e garantir atualizações da tabela de honorários, bem como medidas para digitalizar a profissão. “O futuro da Advocacia não tem sido devidamente acautelado. Por um lado, os jovens Advogados enfrentam barreiras à entrada na profissão. Por outro, o SADT é um pilar crucial do acesso universal à Justiça, mas tem sido desvalorizado por sucessivos Governos. Por último, num mundo cada vez mais digital, a Ordem deve liderar esta transição”, explica o candidato.

A candidatura de Ricardo Serrano Vieira assume ainda o compromisso de “combater as desigualdades que afetam a Advocacia, sejam elas de género, regionais ou tecnológicas. O programa Justiça + Igualdade inclui medidas como adiamentos automáticos para Advogadas grávidas, a criação de um canal de denúncia de assédio ou discriminação, a promoção de reuniões trimestrais com os Conselhos Regionais para abordar dificuldades encontradas nas diferentes regiões ou disponibilizar formação gratuita e facultativa em tecnologia. A Advocacia tem de ser um espaço de igualdade, onde ninguém se veja prejudicado por questões de género ou por dificuldades de acesso a recursos fundamentais”, sublinha o candidato.

Além destes três pilares, o programa prevê ainda medidas para cuidar da saúde mental dos advogados, para promover uma Ordem mais próxima, transparente e eficiente e para dignificar a profissão. “Ao longo da minha carreira, estive lado a lado com colegas de todo o país na barra do tribunal. Tanto eu como a minha equipa compreendemos os desafios que a nossa profissão enfrenta e reconhecemos a necessidade de uma Ordem verdadeiramente empenhada em representar todos os Advogados”, afirma Ricardo Serrano Vieira.

Ricardo Serrano Vieira é um advogado português com mais de 20 anos de experiência na área de direito penal. Construiu uma carreira marcada por casos mediáticos, particularmente na defesa de agentes de segurança pública.

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+M

Mais de metade dos portugueses já consome conteúdos audiovisuais através de streaming

  • + M
  • 5 Fevereiro 2025

Quanto à intenção de subscrição de um serviço de streaming nos próximos três meses, a última vaga do estudo aponta para uma ligeira quebra de quase um ponto percentual, para 7,9% dos inquiridos.

Mais de metade dos habitantes de Portugal já consome conteúdos audiovisuais através de plataformas de streaming. São 52,1% os portugueses que assumem esta prática, num novo máximo registado em Portugal no que toca à utilização de plataformas de vídeo de streaming.

Os dados constam da mais recente vaga do estudo BStream, da Marktest, cujas seis mil respostas foram recolhidas entre setembro e dezembro e evidenciaram um crescimento de um ponto percentual face à vaga anterior do estudo (referente ao período entre maio e setembro).

Analisando numa perspetiva mais alargada no tempo, em comparação com 2021 — ano em que a Marktest começou a realizar o estudo — os indicadores apontam para um crescimento já superior a 10 pontos percentuais no universo de utilizadores destes serviços no mercado português.

Quanto à intenção de subscrição de um serviço de streaming nos próximos três meses, a última vaga do estudo aponta para uma ligeira quebra de quase um ponto percentual, para 7,9% dos inquiridos.

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João Massano apresenta candidatura com o programa “Advogado 360⁰”

Sobe o mote de candidatura “Juntos Podemos Mais” o candidato da Lista R formalizou a sua candidatura na terça-feira, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

João Massano é candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses para o próximo triénio (2025-2027). Sobe o mote de candidatura “Juntos Podemos Mais” o candidato da Lista R formalizou a sua candidatura na terça-feira, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

“Sou candidato a bastonário, porque acredito que há outro caminho, e um caminho melhor, para a Ordem dos Advogados – para a devolver ao seu posicionamento original, de uma instituição que tem como competências: Defender o Estado de Direito e colaborar na administração da Justiça; Representar a profissão de Advogado e reforçar a solidariedade entre os Advogados; Promover o acesso ao conhecimento e aplicação do direito e contribuir para o desenvolvimento da cultura jurídica; e Ser ouvida na construção legislativa relevante para o exercício da Advocacia e o patrocínio judiciário em geral e colaborar na sua alteração”, afirma João Massano.

No auditório da FDUL, instituição onde foi aluno e mais tarde docente, João Massano apresentou os principais pontos da sua candidatura:

  • Dignificar: “torna-se premente recuperar a dignidade da profissão e o papel institucional da Ordem dos Advogados, para que a Advocacia seja respeitada pela Sociedade, em geral, e pelo Poder político, em particular”;
  • Defender: “é preciso unir os Advogados à sua Ordem, preocupando-se com a defesa dos interesses da Classe e comprometendo-se com a resolução dos vários entraves que hoje se colocam à profissão. Para este objetivo são de destacar algumas medidas como: Lutar pela dignificação dos atos próprios dos Advogados; Negociar a reversão ou adequação à realidade da profissão das alterações ao Estatuto, sensibilizando o Governo e os grupos parlamentares para essa necessidade; Criar uma Comissão Contra o Isolamento da Advocacia; Defender a implementação de uma linha de crédito bonificada, para jovens Advogados que pretendam iniciar a sua atividade; entre muitas outras”;
  • Dotar: “Numa era de constante mudança, é preciso que os Advogados tenham acesso aos meios essenciais e atualizados às exigências do mundo moderno. Resolver a encruzilhada em que se encontra a proteção social dos Advogados, para além do debate entre a manutenção da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) e a migração para a Segurança Social (SS), considerando eventualmente uma terceira via, assente em pilares fundamentais estruturados para proporcionar uma proteção integral ao longo da carreira. Fornecer novas ferramentas de trabalho adaptadas às novas realidades da Advocacia; Continuar a programar e desenvolver a formação contínua e diversificada nas diversas áreas do Direito; Apoiar os Advogados na divulgação das alterações legislativas, promovendo a sua atualização constante e Pugnar pela dignidade dos Advogados inscritos no SADT são outras bandeiras de candidatura de João Massano”.
  • Desafiar: “Defender o papel e a importância do Advogado só é possível com a defesa dos direitos de todos os outros. A participação social que se exige a cada Advogado, e à Ordem dos Advogados, na reafirmação dos direitos sociais e cívicos dos cidadãos, das empresas e das instituições, tendo em vista a boa e plena administração da Justiça, é outra das propostas do candidato. São exemplo disto: Colocar o cidadão no centro do SADT, melhorando o acesso dos mais carenciados; Resolver o problema das custas judiciais como obstáculo ao acesso à Justiça; Pugnar pela implementação da taxa reduzida de IVA a 6% para a prestação dos serviços jurídicos; Continuar o combate à procuradoria ilícita, defendendo uma maior moldura penal para prática do respetivo crime e a natureza pública e Criar uma Comissão pela Inclusão, que se preocupe e atue em áreas tão sensíveis”;

“Além destes pilares, quero falar-vos de um projeto específico que pretendo lançar, caso os colegas me julguem capaz de liderar a Ordem dos Advogados. Trata-se de uma rede integrada para a advocacia moderna – o programa advogado 360⁰ – um projeto chapéu que reúne um conjunto de ferramentas essenciais para o exercício da advocacia, nomeadamente, skills em gestão, infraestruturas e tecnologia, networking, gestão de clientes e desenvolvimento profissional, conformidade e ética, entre muitas outras ferramentas de trabalho”, acrescenta João Massano.

Advocatus Summit Porto - 22SET20
João Massano, presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos AdvogadosHugo Amaral/ECO

Licenciado em Direito desde 1994, ano em que concluiu a licenciatura, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Inscrito na Ordem dos Advogados pelo Conselho Distrital de Lisboa com a cédula profissional desde 19 de fevereiro de 1997.

Em 2004 tornou-me sócio fundador da ATMJ. Mestre em Direito em 2006, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Manteve uma carreira académica durante cerca de 17 anos, como docente universitário na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na Universidade Lusófona e na Universidade Moderna. Agora trabalha em prática individual, com escritório próprio.

Ligado ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (CRLisboa) desde 2011, primeiro, como Vogal-Tesoureiro do CRLisboa (triénio 2011-2013) depois, nos dois mandatos seguintes, como Vice-Presidente responsável pelo pelouro da Formação (triénios 2014-2016 e 2017-2019) e, finalmente (desde 2019), como Presidente do CRLisboa.

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Tiago Mayan Gonçalves expulso da Iniciativa Liberal

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2025

O Conselho de Jurisdição da IL decidiu expulsar o ex-candidato presidencial do partido, após ter sido revelado que tinha falsificado assinaturas enquanto presidente de uma união de freguesias.

O Conselho de Jurisdição da Iniciativa Liberal decidiu esta quarta-feira expulsar o ex-candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves do partido, após ter sido revelado em novembro que tinha falsificado assinaturas enquanto presidente de uma união de freguesias no distrito do Porto.

“A comissão julgadora do Conselho de Jurisdição da Iniciativa Liberal concluiu o processo disciplinar de Tiago Mayan Gonçalves, tendo deliberado pela sua expulsão do partido”, lê-se numa nota divulgada pela IL.

Esta decisão surge depois de, a 7 de novembro, Tiago Mayan Gonçalves ter assumido que falsificou as assinaturas do júri do Fundo de Apoio ao Associativo Portuense, enquanto presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.

Tiago Mayan Gonçalves foi o candidato da IL nas eleições presidenciais de 2021, tendo ficado em sexto lugar com 3,22% dos votos.

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Governo assegura que salários na Inapa estão em dia e “não há qualquer problema”

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2025

O secretário de Estado do Trabalho informou que a Inapa tem atualmente 191 trabalhadores, não há situações de desemprego nem de incidências de passivos com o Estado.

O secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, garantiu esta quarta-feira que os salários dos 191 trabalhadores da Inapa estão em dia e, apesar de a empresa não representar um problema no imediato, está “no radar das preocupações”.

“À data de hoje, a Inapa tem 191 trabalhadores e não temos situações de desemprego nem de incidências de passivos com o Estado“, ou seja, não há dúvidas à Segurança Social e Autoridade Tributária, revelou o governante no parlamento, ouvido na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, por requerimento do grupo parlamentar do Chega.

Instado a detalhar o ponto de situação laboral da empresa que apresentou o pedido de insolvência em julho do ano passado, Adriano Rafael Moreira referiu que durante 2024 houve 10 situações de desemprego, “mas numa lógica de rescisões através de uma reestruturação laboral e não houve qualquer incidente relatado à ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho]”.

“Não houve uma denúncia nem uma necessidade de intervenção [da ACT]. Aliás, a única situação que se verificou foi que, à semelhança de mais de 4.500 empresas, foi notificada para apresentar um plano para diminuição do ‘gap’ [desigualdade] salarial entre géneros”, acrescentou.

“Foi a única situação a assinalar na Inapa. No restante, o que temos são processos que devem estar a decorrer no país, ao nível dos milhares, de mudança de acionistas, de reestruturações, dificuldades no mercado…”, contou.

O secretário de Estado do Trabalho assegurou ainda que, “à data de hoje, o Estado social está a funcionar”, e apesar de a empresa não representar um problema no imediato, no que toca à situação laboral dos 191 trabalhadores, “está no radar das preocupações, [uma vez que] está no radar daqueles setores em que poderá acontecer algo, o que significa que a ACT está atenta, o Instituto de Emprego está atento, a Secretaria de Estado do Trabalho está atenta”.

“O que pretendemos é que as pessoas continuem a manter o seu trabalho e os salários estão em dia, não há absolutamente qualquer problema à data de hoje”, reforçou o responsável.

Desde 2020, a Inapa fez sete pedidos de financiamento à Parpública, ‘holding’ que gere as participações do Estado, para tentar responder à insuficiência de capital e à dívida que foi acumulando devido a uma quebra inesperada de receitas, explicada em grande parte pela pandemia, e com maior impacto na Alemanha, um dos principais mercados da empresa.

Esta situação levou mesmo a empresa de distribuição de papel a apresentar um pedido de insolvência em julho de 2024 devido a uma “carência de tesouraria de curto prazo” da sua subsidiária alemã Inapa Deutschland GmbH no montante de 12 milhões de euros, para a qual não foi encontrada solução.

Desde então, já foram fechados acordos de venda para alguns dos ativos, entre os quais a alienação da Inapa France à Japan Pulp and Paper (JPP), por 25 milhões de euros, como anunciado em outubro de 2024.

Na assembleia de credores de 27 de setembro foi também aprovada a venda “pela Europackaging de 100% das participações sociais no capital da Inapa Packaging SAS e, consequentemente e de forma indireta, das suas subsidiárias SEMAQ — Societé d’Emballage et de Manutention d’Aquitaine e Embaltec SAS, pelo valor de 20.000.000 de euros, à sociedade Next Pack, SAS”.

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Fundo francês paga 17 milhões para comprar três ginásios Solinca em Lisboa e Porto

Os ginásios em Almada, no Porto e em Rio Tinto pertencem à gama mais alta do Solinca. SC Fitness assinou contratos de arrendamento com uma duração fixa de 25 anos com os novos donos.

O fundo de investimento Corum Eurion comprou à SC Fitness um portefólio de três ginásios Solinca em Portugal por cerca de 17 milhões de euros. A aquisição dos clubes em Lisboa e no Porto fez-se através de uma operação de venda e aluguer de volta (sale and leaseback).

O fundo da gestora francesa Corum Asset Management decidiu anexar ao leque de investimentos três ginásios nas maiores metrópoles do país e todos premium, uma vez que são operados sob a marca “Solinca Classic”, a gama maia alta da Solinca, que disponibiliza de aulas de grupos, piscina, jacuzzi, SPA e estacionamento gratuito, além das tradicionais máquinas.

Em causa estão novos contratos de arrendamento com uma duração fixa de 25 anos. Por essa razão, o diretor de Investimentos da Corum Asset Management para a Europa do Sul destacou que este novo investimento do Corum Eurion em Portugal, desta vez, materializa-se numa “parceria a longo prazo com a SC Fitness, o líder de mercado no segmento”.

“O portefólio está localizado em densas zonas residenciais em Lisboa e Porto, foi totalmente reformado recentemente e permite beneficiar da performance positiva dos ativos, capitalizando tendências seculares que levam ao crescimento da indústria de Health & Fitness [Saúde e Fitness]”, explica Miguel Valente Bento, em comunicado de imprensa divulgado esta quarta-feira.

Os ativos da SC Fitness que foram adquiridos incluem o ginásio Solinca em Almada, que se insere num complexo imobiliário; o ginásio da marca na rua da Constituição (Porto), que abriu em 2018 após renovação total; e ainda outro em Rio Tinto (Gondomar), constituído por quatro pisos. Estas terceiras instalações foram construídas de raiz, também em 2018, para a SC Fitness.

A SC Fitness opera 63 clubes em Portugal e conta com mais de 150 mil utilizadores ativos. “Esta parceria é um passo natural na estratégia de expansão e crescimento da SC Fitness. A união de forças com entidades como a Corum é fundamental para a execução desta estratégia”, garantiu o CEO da SC Fitness, Bernardo Novo.

O premium não é a única aposta do grupo da Maia, detido pela holding da família Azevedo. No final de janeiro, a SC Fitness avançou ao ECO que tem um plano de expansão para chegar até ao final de 2025 com 40 unidades no segmento low cost.

Segundo os dados adiantados ao ECO pelo gestor, a SC Fitness soma mais de 1.000 colaboradores e fechou o último exercício com uma “faturação a rondar os 63 milhões de euros”. No que toca à marca principal detida pela empresa, a rede da Solinca está a operar com 35 ginásios e no planeamento para este ano está a abertura de mais duas localizações, uma delas ainda no primeiro trimestre.

Apesar da origem gaulesa, o grupo Corum tem escritório em Lisboa e gere atualmente cerca de 7,5 mil milhões de euros de mais de 130 mil clientes, entre fundos especializados em ativos imobiliários e obrigações de alto rendimento. Além do fundo Eurion, comercializa os fundos Origin e XL em Portugal.

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