Governo acompanha demolições “com preocupação”, diz ministro da Habitação

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

Miguel Pinto Luz reconheceu que “quem está a resolver o problema da habitação são os autarcas” e não este ou anteriores governos.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, afirmou esta terça-feira que o Governo está a acompanhar “com preocupação” a demolição de habitações precárias e que tem implementado políticas públicas para apoiar os municípios. “Estamos a acompanhar de perto, como não podia deixar de ser”, disse Miguel Pinto Luz, aludindo à demolição de casas precárias nos concelhos de Loures e Amadora.

“A preocupação é grande, mas não basta estar preocupado”, admitiu o ministro, em Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, onde visitou obras destinadas a habitação com renda acessível, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Considerando ser necessário “agir”, o ministro afirmou que “é isso que o Governo tem vindo a fazer, com políticas públicas que têm vindo, precisamente, a atacar esses problemas”.

Em declarações à margem da visita à Rádio Condestável, Miguel Pinto Luz reconheceu que “quem está a resolver o problema da habitação [no país] são os autarcas” e não este ou anteriores governos. Apesar de se tratar de “um dever que cabe ao Governo Central”, foram os autarcas “que disseram presente”, quer nas candidaturas ao PRR, quer na implementação do 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação.

O ministro manifestou ainda satisfação pelo facto de Portugal estar, “pela primeira vez”, a cumprir prazos e orçamentos e adiantou que o Governo está “a trabalhar de forma afincada para que, em setembro/outubro deste ano”, possam ser apresentadas medidas direcionadas para as conclusões de um estudo do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), que aponta que 250 mil casas não estão no mercado de venda ou de arrendamento.

A autarquia de Loures iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64 habitações precárias construídas pelos próprios moradores no Talude Militar, onde vivem 161 pessoas. Na Amadora foram também demolidas algumas construções ilegais no antigo Bairro de Santa Filomena.

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Wonderland Lisboa prepara décima edição com nova identidade 

  • + M
  • 15 Julho 2025

O evento de Natal, que foi recentemente premiado com o selo ‘Best Sunny Christmas Market’ na Europa, conta com uma nova identidade desenvolvida pela DJ.

Foto: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

O Wonderland Lisboa vai regressar ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, entre 28 de novembro de 2025 e 4 de janeiro de 2026. Naquela que será a sua décima edição, o evento de Natal recém-premiado conta com uma nova identidade, desenvolvida pela DJ.

O evento, que resulta de uma parceria da Media Capital com a Niu, foi recentemente distinguido pela European Best Destinations com o selo ‘Best Sunny Christmas Market’ na Europa, e está também nomeado para o ‘Best Christmas Market’ em Portugal.

“A 10ª edição do Wonderland Lisboa representa um trabalho feito de pessoas para pessoas. Por detrás de cada instituição, marca ou empresa, estão as pessoas que nos acompanham ano após ano. Este ano, temos como objetivo que o Wonderland Lisboa se torne no postal de Natal da cidade de Lisboa, e com o compromisso de sempre: tornar o Natal de todos cada vez mais mágico”, diz Nuno Santana, CEO da Niu Experience Agency, citado em comunicado.

Já José Eduardo Moniz, diretor-geral da TVI, aponta que o Wonderland Lisboa, que no ano passado registou mais de um milhão de visitantes, “é muito mais do que um evento”, consistindo num “ponto de encontro que celebra o espírito de família, a proximidade e a emoção — valores que estão no centro da identidade da TVI”.

“Temos orgulho em promover este projeto desde a primeira hora, e em vê-lo crescer, ano após ano, como uma referência incontornável do Natal em Portugal. Ao longo de uma década, o Wonderland Lisboa soube sempre reinventar-se, surpreender e inovar. Acompanhamos esse percurso com entusiasmo e compromisso, certos de que este evento continuará a proporcionar momentos únicos a quem nos vê e visita”, acrescenta.

Novo logótipo do Wonderland Lisboa.

Por parte da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, patrocinadora do evento, a vice-provedora Rita Prates diz que a parceria é “uma aposta ganha”, que se pauta por valores que “tudo têm a ver com a Santa Casa — é um evento para todos, de verdadeira inclusão”.

Também presente no evento de apresentação da nova identidade, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, apontou que o Wonderland Lisboa “vai muito além de um evento de Natal” e realçou que este evento representa a alma de Lisboa, que é feita através “da família, da inovação e da tradição”.

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No quinto dia de julgamento, Sócrates acusa governos de Costa e Passos Coelho de “covardia” no TGV

Na última sessão de julgamento antes das férias judiciais, Sócrates abordou o tema do TGV e acusou os governos de António Costa e Pedro Passos Coelho de "covardia" por abandonarem projeto do TGV.

Na sessão desta terça-feira, no âmbito da Operação Marquês, a última antes das férias judiciais, José Sócrates abordou o tema do TGV, acusando os governos de António Costa e Pedro Passos Coelho de “covardia” por abandonarem projeto de alta velocidade.

“O Governo que sucedeu foi o primeiro a acabar com o TGV e depois ainda tiveram o descaramento de culpar o Tribunal de Contas. (…) Mentira. (…) Desorçamentaram-no e, portanto, nunca teria condições para ser aprovado pelo Tribunal de Contas”, referiu. Segundo o antigo primeiro-ministro, em novembro de 2011, o governo liderado por Passos Coelho decidiu “acabar com o TGV”.

E depois o governo socialista, apenas por isso ser o projeto do Sócrates, decidiu não fazer nada no TGV e comportou-se de forma lamentável no pedido de indemnização dessas empresas”, disse.

Em 2016, o Tribunal Arbitral julgou contra o Estado, condenando-o a pagar uma indemnização que seria superior a 160 milhões, mas o Estado decidiu recorrer. “O Estado comportou-se de uma total covardia e sem respeito e lealdade pela palavra que teria dado e não pagou. E não pagou porque temia o Ministério Público“, acrescenta.

Sócrates denunciou ainda “cinco absurdos da acusação” e sublinhou que a acusação é “falsa” e “profundamente injusta”, “com consequências devastadoras para o desenvolvimento do país”.

“Em primeiro lugar, a acusação sustenta pagamentos corruptos feitos em 2007 para um projeto que nunca se realizou e que se destinavam a obter indemnizações do Estado que até hoje não foram pagas. Não é grande o absurdo, é apenas estranho e singular”, começou por enunciar Sócrates.

Sobre os alegados “pagamentos corruptos”, o arguido considera que a acusação sustenta que os pagamentos eram “contrapartida, não de uma escolha viciada”, mas de uma “potencial indemnização resultante de um potencial chumbo”.

Afinal de contas, eu sou acusado de não querer fazer o TGV, mas de fingir que queria, mas no fundo esconder o desejo íntimo e criminoso de querer que o Tribunal de Contas chumbasse o projeto para a empresa ter uma indemnização“, referiu.

Sócrates garante que não conhecia “homem dos bastidores” do Grupo Lena

O Ministério Público acredita que Ribeiro dos Santos, antigo administrador da RAVE, entidade que supervisionava a construção do TGV, foi o “homem dos bastidores” do Grupo Lena para influenciar o Governo a atribuir o concurso do TGV à empresa ligada a Carlos Santos Silva e a Joaquim Barroca.

Mas Sócrates garantiu, na sessão desta terça-feira, não conhecer Ribeiro dos Santos e que foi o seu Executivo que o afastou das funções da RAVE.

“Não faço ideia porque o afastei, foi-me proposta a nomeação de um outro presidente e eu dei o meu consentimento. Eu não conheço Ribeiro dos Santos“, assumiu em tribunal, alertando que o afastamento “deve ser” do conhecimento do antigo ministro das Obras Públicas, Mário Lino.

José Sócrates criticou ainda a tese do Ministério Público referente à parte de que o Grupo Lena teria assumido a totalidade dos alegados “pagamentos corruptos”.

“Uma empresa, que tinha 13,5%, paga tudo e os outros não sabem nada. Não cabe na cabeça de ninguém. Não tem aparente razão“, sublinha.

Sócrates cita acórdão do Tribunal Arbitral

Na sessão desta terça-feira, Sócrates trouxe um acórdão de 2016 do Tribunal Arbitral relativo à introdução da cláusula indemnizatória no contrato com o Grupo Lena. Numa tentativa de rebater a tese do Ministério Público sobre o favorecimento no concurso do TGV ao consórcio Elos, Sócrates lê passagens do acórdão e assume que este denuncia toda a hipocrisia”.

Este é um acórdão muito bem escrito, muito esclarecedor e que denuncia toda a hipocrisia do Estado e como se comportou quando abandonei funções e revela o comportamento absolutamente íntegro de todos aqueles que participaram neste concurso”, disse, relembrando que a acusação foi feita um ano depois do acórdão.

“A cláusula não resultou de nenhum impulso político e não é ilegal nem prejudicial ao interesse público. E, no entanto, é disso que eu estou acusado. Que eu próprio fui o autor [desta cláusula]”, disse.

O antigo primeiro-ministro sublinhou também que a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, de 2021, diz que “o contrato reproduz a norma legal aprovada pela lei” e admite que só soube da cláusula quando foi acusado. “Nunca ninguém me tinha alertado na vida para esta cláusula, nem discutido comigo em nenhuma circunstância. Tudo isto é construído apenas para me atingir”, referiu.

Questionado pela juíza se nas fases de negociação com os dois concorrentes do projeto – Elos e Altavia – discutiram a cláusula indemnizatória, o arguido respondeu: “Os dois queriam… acho que essa cláusula foi proposta pelo consórcio ganhador, mas os dois queriam”.

Uma coisa é certa: o antigo primeiro-ministro assume que, após a acusação do Ministério Público, “nunca mais se falou do TGV no país”. “Os espanhóis construíram 2.500 quilómetros e Portugal zero. Só vamos descobrir o impacto disto quando chegarmos a 2030 e tivermos de fazer uma viagem pelo Alentejo até Badajoz e só assim ir para Madrid”, disse referindo-se aos planos do atual Governo de concretizar essa rota de alta velocidade.

A comparação entre o MP e a “Inquisição”

O antigo primeiro-ministro comparou o Ministério Público à Inquisição, sublinhando ser vítima da acusação e que a linguagem do órgão público é tão “vaticânica” que mostra o que “está por detrás”.

“Em 2017 o Ministério Público apresentou a sua acusação, onde diz que eu instrumentalizei ministros. Era essa a minha técnica. Diz que não interferia nos concursos de forma a evitar suspeitas, mas interferia nas regras de procedimento e conformação dos contratos. Esta linguagem tão “vaticânica” mostra o que está por detrás… alguma intenção oculta lá teria“, referiu.

Segundo Sócrates, o Ministério Público diz que o antigo primeiro-ministro não interferia para disfarçar, porque, “como na inquisição, estava possuído pelo demónio”.

“A acusação diz que instrumentalizei os ministros e por via deles os administradores e, por ventura, os assessores para beneficiar a empresa Lena – isso é absolutamente falso. Não se encontra neste processo ninguém que diga isso”, refere.

O arguido foi mais longe e assume que a tese de “manipulação” é “estapafúrdia”, mas “pode ser adotada para perseguir o seu alvo”.

“Eu gostaria que o MP fizesse perguntas relativamente ao meu dinheiro”

Na sessão da parte da tarde, Sócrates falou sobre a tentativa do seu Governo em antecipar o concurso do TGV. A tese do Ministério Público defende que o antigo primeiro-ministro pressionou os administradores da RAVE e da REFER a antecipar o concurso após ter sido informado, através de Carlos Santos Silva, de que o Grupo Lena tinha tido acesso a resmas de informação confidencial.

“Foi uma reunião que eu fiz no meu gabinete com a secretária de Estado Ana Paula Vitorino. A versão que é contada na acusação nem é honesta, nem é verdadeira”, assumiu, defendendo que foi discutida uma hipótese, “não foi uma pretensão”, e que essa hipótese foi sugerida pelo ministro Mário Lino.

De acordo com José Sócrates, a antecipação de concursos sem ter as avaliações de impacto ambiental concluídas foi “um erro cometido noutros governos”, pois tal implicou mais custos em fases posteriores.

O arguido garantiu que nunca sugeriu “quaisquer pedidos de pareceres jurídicos”, nomeadamente o parecer que acabou por considerar legal a introdução da cláusula indemnizatória em caso de chumbo do Tribunal de Contas. “Não é verdade que em algum momento tenha dado qualquer instrução de pedido de pareceres jurídicos. Isso foi desmentido por toda a gente”, acrescentou.

Sobre o “circuito do dinheiro”, Sócrates considera que o Ministério Público apresenta uma série de faturas e de pagamentos alegadamente como contrapartidas, mas que “as faturas que ocorreram entre 2009 e 2011, decorreram em meses não coincidentes com datas relevante do processo”.

Eu gostaria que o Ministério Público fizesse perguntas relativamente ao meu dinheiro e não dos outros“, atira.

As casas na Venezuela

Outro dos tópicos abordados por José Sócrates foram as casas sociais na Venezuela. Segundo a acusação, entre fevereiro e junho de 2007, Joaquim Barroca transferiu 2,3 milhões para Carlos Santos Silva, que alegadamente seria enviado para o antigo primeiro-ministro como contrapartida pela atribuição de contratos ao Grupo Lena para a construção de casas sociais na Venezuela.

Em que momento o Governo português tomou conhecimento de que na Venezuela havia um projeto casas sociais? A resposta é fevereiro de 2008. Em que ano é que eu fui à Venezuela? Em maio de 2008″, garante, avançando ainda que nem nas suas notas das reuniões constavam informações sobre as casas.

O arguido assumiu que os vários governos que sucederam o seu mantiveram uma relação económica com a Venezuela, nomeadamente no âmbito da construção das casas sociais.

Por que razão no meu Governo essa atitude era criminosa e, quando se trata do governo de Paulo Portas e Augusto Santos Silva, é apenas diplomacia económica“, questionou, garantindo que não teve “qualquer influência” na decisão de a empresa Lena ter sido convidada a ir a Venezuela no âmbito dos projetos relacionados com a construção das casas sociais.

O que está em causa na Operação Marquês?

José Sócrates e os restantes 20 arguidos da Operação Marquês começaram a ser julgados no Campus de Justiça, mais de uma década depois de se ter conhecido o processo que acusa um ex-primeiro-ministro de corrupção.

Após decisões instrutórias, confirmações de recursos pelo Tribunal da Relação de Lisboa, extinções de sociedades acusadas pelo Ministério Público (MP) e prescrições, a acusação inicial do Ministério Público já perdeu sete arguidos, dos 28 iniciais.

O principal arguido, José Sócrates, inicialmente acusado de 31 crimes, vai responder por 22, entre os quais três de corrupção passiva de titular de cargo político, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal qualificada.

O amigo do antigo primeiro-ministro e empresário Carlos Santos Silva é o arguido com mais crimes imputados pela acusação do Ministério Público, respondendo por 23 crimes, contra os 33 iniciais, entre eles um crime de corrupção passiva de titular de cargo político, um de corrupção ativa, 14 de branqueamento de capitais e sete de fraude fiscal qualificada.

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Arquiteto Eduardo Souto de Moura distinguido com Praemium Imperiale do Japão

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

O Praemium Imperiale, criado em 1988 e atribuído pela Associação de Arte do Japão, reconhece anualmente o contributo internacional de cinco personalidades nas Artes e na Cultura,

O arquiteto português Eduardo Souto de Moura foi distinguido com o Praemium Imperiale, um prémio internacional atribuído pela Associação de Arte do Japão, anunciou esta terça-feira a organização.

O Praemium Imperiale, criado em 1988, reconhece anualmente o contributo internacional de cinco personalidades nas Artes e na Cultura, e nesta 36.ª edição, entre as personalidades distinguidas figura Eduardo Souto de Moura, na área da Arquitetura.

Além de Souto de Moura foram ainda premiados os artistas plásticos Marian Abramovic (Sérvia) e Peter Doig (Reino Unido), o pianista András Schiff (Reino Unido) e a coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker (Bélgica).

A carreira de Eduardo Souto de Moura, nascido no Porto em 1952, soma mais de uma dezena de prémios, como o Leão de Ouro da Bienal de Veneza, atribuído em 2018, e o Pritzker, o “Nobel da arquitetura”, em 2011, pelo conjunto da obra.

Entre outras distinções, recebeu o Prémio da X Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo, em 2016, o Prémio Wolf de Artes, de Israel, em 2013, o Prémio Pessoa, em 1998, e o Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte – Portugal, em 1996. Nos Estados Unidos, a sua carreira foi reconhecida pela Academia Americana de Artes e Letras, com o Prémio Arnold W. Brunner 2019.

A Casa das Histórias Paula Rego (Cascais), o Estádio Municipal de Braga, a Torre Burgo (Porto), o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (Bragança), a remodelação do Museu Nacional Grão Vasco (Viseu) e os interiores dos Armazéns do Chiado (Lisboa) contam-se entre os seus projetos, assim como o pavilhão da Serpentine Gallery, nos jardins Kensington (Londres), feito em parceria com Álvaro Siza, com quem iniciou a carreira, em 1981.

Esta não é a primeira vez que a cultura portuguesa é reconhecida com os Praemium Imperiale do Japão. Em 2024, foi distinguida a pianista Maria João Pires e em 1998 o arquiteto Álvaro Siza. O Praemium Imperiale foi criado em 1988 pela Associação de Arte do Japão para reconhecer “o trabalho excecional” em Pintura, Escultura, Arquitetura, Música e Teatro ou Cinema.

Segundo a organização, “o prémio homenageia personalidades de todo o mundo que transcendem as fronteiras nacionais e étnicas, dando corpo à cultura e às artes do nosso tempo”. Este ano, a cerimónia de entrega do prémio está marcada para 22 de outubro em Tóquio, noticiou a Agência France-Presse.

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Primeiro-ministro da Ucrânia apresenta demissão e acelera remodelação governamental

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

É previsível que o primeiro-ministro demissionário continue no Governo ucraniano, uma vez que Zelensky recomendou que Shmigal fique à frente do Ministério da Defesa.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, apresentou esta terça-feira a demissão ao parlamento, um dia depois de o Presidente ucraniano ter confirmado Yulia Svyrydenko como candidata ao cargo.

Shmigal, que liderou o Governo da Ucrânia desde 4 de março de 2020, no período mais longo desde a independência do país, agradeceu a Volodymyr Zelensky pela confiança, bem como aos combatentes por permanecerem na linha de frente durante todos estes anos de invasão russa. “Obrigado a toda a equipa pelo trabalho incansável pelo nosso país! Glória à Ucrânia!», partilhou Shmigal nas redes sociais.

No entanto, é previsível que o primeiro-ministro demissionário continue, no futuro imediato, no Governo ucraniano, uma vez que Zelensky recomendou a Svyrydenko para contar com Shmigal à frente do Ministério da Defesa, devido à “vasta experiência” do governante.

O presidente ucraniano voltou a reunir-se, neste dia, com Yulia Svyrydenko, para preparar o arranque do novo Governo, que procura aumentar a produção da indústria de armamento do país.

Zelensky escreveu nas redes sociais que o novo Governo deve trabalhar para responder às exigências do Exército em relação aos drones, bem como numa “desregulação significativa” capaz de “libertar o potencial económico da Ucrânia” e implementar programas de apoio à população.

O encontro realizou-se um dia depois de Zelensky ter anunciado que a ministra das Finanças era a candidata para suceder a Denis Shmigal, uma mudança que deverá ser confirmada nos próximos dias no parlamento, numa sessão onde será debatida a composição do novo Governo, sendo esperadas várias mudanças.

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Teresa Carrascal Sanchez vai liderar Fidelidade em Espanha

A gestora acaba de assumir o cargo de mandatária-geral da Fidelidade Espanha, sucedendo a José Ignacio Aldasoro que se reformou após 19 anos à frente da sucursal.

Teresa Carrascal Sánchez acaba de assumir o cargo de mandatária-geral da Fidelidade Espanha, sucedendo a José Ignacio Aldasoro que liderou a sucursal da companhia portuguesa nos últimos 19 anos e que agora se reformou.

Teresa Carrascal Sanchéz vai liderar Fidelidade em Espanha.

A nova gestora, licenciada em gestão de empresas, tem uma experiência internacional de mais de 20 anos em direção financeira e desenvolveu a sua carreira em empresas multinacionais dos setores dos seguros, tecnologias de informação e serviços, como mais recentemente na resseguradora francesa SCOR e na WTW, onde esteve 12 anos. Ultimamente desempenhava funções de Chief Financial Officer do Atlantic Group, com operações seguradoras em sete países.

A Fidelidade Espanha obteve 58 milhões de euros em prémios em 2024, distribuindo seguros de Vida e acidentes pessoais, pelo seu componente de proteção financeira, habitação, com produtos multirriscos e seguros para empresas, cobrindo desde pequenos negócios até grandes indústrias, incluindo responsabilidade civil e danos materiais.

Com cerca de 100 colaboradores, a Fidelidade Espanha tem, desde 2023, uma parceria com a Santalucía, 9.ª maior seguradora do país para venda de seguros de animais domésticos, patrimoniais e empresariais, através de agentes, suportados pela Santalucía.

Agentes e corretores são o canal predominante de distribuição da Fidelidade em Espanha, sendo responsável por cerca de 80% das vendas a empresas e particulares através de uma rede de mediadores independentes e agentes exclusivos. O canal bancário representa 10% das vendas, não existindo acordos especiais e cerca de 7 % do total de vendas são efetuadas diretamente por telefone ou plataformas digitais.

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Sporting contrata JPMorgan para avançar com emissão de dívida de 100 milhões

  • ECO
  • 15 Julho 2025

Leões preparam-se para seguir as pisadas do FC Porto e avançar com uma emissão de dívida junto de investidores privados com a ajuda do banco americano JPMorgan Chase.

O Sporting está a trabalhar com o banco norte-americano JPMorgan Chase num plano para se financiar em pelo menos 100 milhões de euros em dívida nos próximos meses, avança a Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês), citando fontes próximas do processo.

O clube leonino está a considerar avançar com uma emissão de obrigações junto de investidores privados, seguindo os passos do rival FC Porto, que no ano passado colocou 115 milhões de euros em títulos através de uma colocação privada.

Os fundos servirão para refinanciar a dívida existente e suportar as operações do dia-a-dia dos atuais campeões nacionais, acrescentaram as mesmas fontes, ressalvando que ainda não é certo que os leões avancem com a operação de financiamento.

O clube português não quis fazer qualquer comentário aos planos de financiamento e o porta-voz do JPMorgan não esteve disponível para comentar.

A Bloomberg lembra que são vários os clubes europeus que têm procurado a ajuda de bancos de investimento para encontrar fontes de financiamento para a renovação dos seus estádios, transferências de jogadores e suprir necessidades financeiras.

Por exemplo, o espanhol Bétis está a trabalhar com o Goldman Sachs num plano para se financiar em 250 milhões de euros para financiar a remodelação do seu recinto desportivo.

Liderada por Frederico Varandas, a SAD leonina anunciou recentemente planos para expandir a capacidade do Estádio de Alvalade e criou uma nova empresa para potenciar as receitas do estádio e do museu.

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Austeridade em França. Bayrou corta feriados e congela pensões

  • ECO
  • 15 Julho 2025

Eliminação de dois feriados e o congelamento de pensões são algumas das medidas que o primeiro-ministro francês prevê implementar para reduzir o défice.

O primeiro-ministro francês, François Bayrou, apresentou esta terça-feira um plano de austeridade que inclui cortes orçamentais de 43,8 mil milhões de euros ao longo de quatro anos para reduzir o défice e travar o aumento da dívida. A eliminação de dois dos 11 feriados e pensões congeladas são algumas das medidas.

A redução do emprego público, cortes nos gastos sociais e de saúde e uma contribuição solidária por parte dos “mais ricos” são outras das medidas delineadas por Bayrou. Mais especificamente, este plano prevê que um em cada três trabalhadores do setor público que se reforme não seja substituído.

Outra medida que o governo francês quer implementar é um travão aos gastos do Estado, exceto na defesa, serviço da dívida e contribuições para a União Europeia durante um ano.

O défice público francês aumentou no ano passado para 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior de toda a zona do euro e muito acima do limite de 3% estabelecido pelas regras europeias.

O governo estabeleceu uma meta para reduzir progressivamente o défice para 5,4% do PIB este ano e para 4,6% em 2026, ficando abaixo do limite de 3% até 2029.

No entanto, o Tribunal de Contas alertou no início deste mês que o ritmo atual não permitirá atingir essa meta até 2029 e recomendou medidas mais duras.

A urgência em reduzir o défice é agravada pela proposta do presidente Emmanuel Macron de aumentar os gastos com defesa em mais de 6,5 mil milhões de euros ao longo de dois anos. Macron pretende acomodar o esforço militar adicional sem recorrer a novas dívidas. “A nossa independência militar é inseparável de nossa independência financeira”, argumentou o presidente.

A líder de extrema-direita francesa, Marine Le Pen, disse esta terça-feira que derrubará o primeiro-ministro francês Bayrou, caso não reavalie o seu plano de austeridade.

Após sete anos de gestão catastrófica, Emmanuel Macron e François Bayrou são incapazes de economizar de verdade e apresentam mais uma conta aos franceses: quase vinte mil milhões de euros em impostos e privações”, disse Le Pen na terça-feira no X, enquanto o governo de Bayrou apresentava sua proposta.

“Este governo prefere atacar o povo francês, os trabalhadores e os aposentados, em vez de caçar o desperdício”, diz a líder da extrema-direita francesa.

(Notícia atualizada ás 18h01 com mais informação)

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Visapress aumenta monitorização e cobrança de licenças por uso abusivo de imagens online

  • Lusa
  • 15 Julho 2025

A medida visa assegurar que a utilização de conteúdos jornalísticos e texto e imagem seja devidamente licenciada e remunerada, protegendo os interesses dos seus representados.

A Visapress, entidade responsável pela defesa dos direitos de editores e criadores de conteúdo jornalístico no mercado português, anunciou que vai intensificar a monitorização e cobrança de licenças por uso abusivo de imagens online.

Em comunicado, a Visapress salienta que vai avançar uma nova fase de atuação, que passa pela “intensificação da monitorização de conteúdos online e a cobrança ativa de licenças para o uso abusivo de imagens e outros conteúdos protegidos por direitos de autor”.

A medida visa assegurar que a utilização de conteúdos jornalísticos e texto e imagem seja devidamente licenciada e remunerada, protegendo os interesses dos seus representados.

A Visapress “tem vindo a comunicar com proprietários de ‘websites’ onde foram identificadas infrações, sublinhando a sua intenção de fiscalizar de forma mais proativa as publicações na Internet”, adianta a entidade.

O objetivo é claro: identificar e regularizar utilizações não autorizadas de material protegido por direito de autor, que até agora não estavam devidamente licenciadas“, remata a Visapress, que detalha a sua atuação.

A entidade irá “monitorizar regularmente a internet para detetar o uso de imagens e textos sem a devida licença” e “quando uma infração for identificada, será enviada uma comunicação detalhada ao responsável pelo ‘website’, incluindo as capturas de ecrã que comprovam a utilização em causa e no caso de imagens os detalhes das mesmas“.

A Visapress, “ciente de que muitas utilizações indevidas podem ocorrer de forma não intencional”, permite “uma solução para regularização: a aquisição de uma licença retroativa“, refere a entidade. A licença cobre a utilização já existente da imagem no site, na forma como se encontra atualmente, e estende-se para o futuro.

A nova abordagem “representa um passo significativo na defesa dos direitos de autor em Portugal, reforçando a importância do licenciamento e da remuneração justa pelo trabalho de quem cria e investe em informação de qualidade“, concluem.

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Zurich ativa campanha de verão para se aproximar dos consumidores

A ação decorre até ao final de agosto e conta com a embaixadora Patrícia Sampaio como rosto da campanha em Lisboa e Porto. Quer reforçar o posicionamento da marca junto dos clientes. 

A Zurich Portugal quer reforçar a sua presença junto dos portugueses durante o verão levando a campanha “Cuidamos” a cidades e praias de norte a sul do país. Segundo avançou em comunicado, a seguradora aposta numa abordagem integrada com a ativação da marca nas praias e com a presença da judoca Patrícia Sampaio, embaixadora da marca, em zonas urbanas do Porto e Lisboa.

Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal: “Neste verão, queremos ir para além da nossa missão de cobrir riscos. Queremos estar presentes na vida das pessoas, oferecendo-lhes não só proteção, mas também cuidado e bem-estar”.

Sob o mote “Mais do que cobrir riscos, cuidamos do seu verão”, ativação da campanha abrange a costa portuguesa de norte a sul, com iniciativas que incluem distribuição de brindes para a época balnear, bem como mensagens de prevenção e segurança. A iniciativa é divulgada diariamente através da rádio, nomeadamente no “Programa Café da Manhã”, da RFM, onde a Zurich patrocina dicas diárias para um verão mais seguro.

A campanha decorre até 31 de agosto e pretende, segundo a seguradora, reforçar o posicionamento da marca junto dos clientes.

“Neste verão, queremos ir para além da nossa missão de cobrir riscos. Queremos estar presentes na vida das pessoas, oferecendo-lhes não só proteção, mas também cuidado e bem-estar”, afirma Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal. “Com estas ações de verão materializamos, uma vez mais, o nosso compromisso em acompanhar os nossos clientes e a comunidade, promovendo um verão mais seguro e protegido através de ações focadas na prevenção e com ofertas úteis”.

Paralelamente, a Zurich leva também esta mensagem para o ambiente urbano. A judoca Patrícia Sampaio, embaixadora da campanha, é o rosto visível da ação “Cuidamos” nas cidades de Lisboa e Porto, surgindo em suportes out of home de grande formato, como o elétrico rápido da capital e o Metro do Porto, bem como em vias movimentadas como a A5/CRIL e nas Amoreiras.

“Estamos entusiasmados por levar a nossa mensagem de cuidado e prevenção para as ruas das duas maiores cidades de Portugal, de uma forma tão visível e simbólica com a nossa embaixadora”, assegura Emília Sanches, diretora de Marketing da Zurich Portugal. “Com a sua disciplina e dedicação, a Patrícia Sampaio representa na perfeição os valores de excelência e mentalidade vencedora que a Zurich defende e que queremos transmitir.”

Os elétricos e o Metro do Porto, decorados com a imagem da judoca e a mensagem da campanha, vão circular pelas rotas mais movimentadas e turísticas de Lisboa e do Porto, para garantir uma elevada visibilidade e impacto junto de residentes e visitantes.

Com mais de um século de presença em Portugal, a Zurich Portugal, parte do Zurich Insurance Group, conta em Portugal com uma equipa de mais de 550 colaboradores e uma rede de distribuição que ultrapassa os 1.800 parceiros, entre agentes, corretores, bancos e entidades associadas, servindo atualmente cerca de 830 mil clientes.

 

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Operação Lex. Luís Filipe Vieira e ex-juiz Rui Rangel vão a julgamento em outubro

Já há data para o início do julgamento da Operação Lex. O Supremo Tribunal de Justiça apontou o arranque para outubro.

O julgamento da Operação Lex vai arrancar já em outubro. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo Supremo Tribunal de Justiça. As datas definitivas das sessões de julgamento serão reveladas após as férias judiciais, que começam esta terça-feira e terminam no final de agosto.

“O Supremo Tribunal de Justiça vai iniciar o Julgamento do “Processo Lex” em outubro. Tendo em vista a conjugação das agendas dos intervenientes processuais, por despacho do Conselheiro Relator, foram indicadas como datas possíveis para o início da audiência os dias 15, 22 ou 29 de outubro“, lê-se no comunicado.

A primeira sessão e as sessões finais do julgamento vão realizar-se na sala de audiências do Supremo Tribunal de Justiça, estando previsto que as restantes sessões tenham lugar na sala de audiências do Tribunal Militar de Lisboa, às terças e quartas-feiras de cada semana.

Em dezembro de 2022, a justiça decidiu que o ex-juiz Rui Rangel, o ex-presidente da Relação Luís Vaz das Neves, a ex-mulher de Rangel e aposentada compulsivamente pelo CSM, Fátima Galopante, e Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, bem como os restantes arguidos, iam a julgamento.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

O que desencadeou todo este processo da justiça portuguesa foi uma certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu José Veiga, ex-empresário de futebol e Luís Filipe Vieira, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências. Após suspeitas da prática de crimes, foi aberto um inquérito em setembro de 2016.

A investigação, liderada por Maria José Morgado, centrou-se na atividade desenvolvida por três juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que utilizaram tais funções para a obtenção de vantagens indevidas, para si ou para terceiros. Os três magistrados citados na acusação são Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz da Neves. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as vantagens obtidas podem superar os 1,5 milhões de euros.

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Apagão foi desigual nas telecoms. Maioria dos clientes Digi sem cobertura durante 24 horas

Performance dos operadores foi mais assimétrica do que em Espanha. Mais de um em cada três utilizadores de redes móveis em Portugal estiveram sem serviço no final da tarde de 28 de abril.

Quando Portugal e Espanha ficaram às escuras, no final de abril, também as comunicações móveis ficaram comprometidas e puseram as operadoras de telecomunicações e as suas infraestruturas num verdadeiro teste de resistência e desafio de resiliência. Todas as empresas tiveram impactos negativos do apagão elétrico, mas a capacidade de mitigarem a interrupção variou significativamente entre concorrentes.

A diferença de performances das redes móveis foi tão “profunda” entre Digi, Meo, Nos e Vodafone que superou a assimetria registada em Espanha, onde foi o epicentro do colapso da energia na Península Ibérica, concluiu a Ookla, especializada em análises e serviços de medição de conectividade.

Por um lado, a Meo mostrou maior resiliência e, no fundo da tabela, surgiu a Digi, que é a telecom mais recente no mercado português, de acordo com a investigação da consultora internacional. Por exemplo, entre as 17h33 e as 19h33, os assinantes da Meo verificaram, em média, metade da probabilidade de perder o serviço comparativamente aos da Nos, quatro vezes menos do que os da Vodafone e seis vezes menos do que os da Digi.

Segundo a Ookla, quem tinha rede móvel da Digi foi “significativamente” mais propenso a ter uma perda total de serviço, porque até 90% dos assinantes não tiveram qualquer cobertura durante mais de 24 horas.

Os analistas consideram que a falha “expôs lacunas críticas” ao nível da redundância (sistema ou componentes em duplicado para continuidade do serviço em caso de falha) da infraestrutura, desde as antenas na periferia ao núcleo da rede, e sinaliza “limitações” e um “desenvolvimento menos amadurecido” da rede do grupo romeno em Portugal.

A percentagem de assinantes da Vodafone sem serviço por volta das 19h30, seis horas após o apagão, foi de 70%, portanto 20 pontos percentuais abaixo da Digi. Na Nos, a proporção de utilizadores sem serviço atingiu “um pico precoce” de quase 30%, um valor semelhante ao do operador mais afetado no país vizinho.

Certo é que o problema afetou os clientes das quatro empresas. No auge das perturbações da rede, no final da tarde de 28 de abril de 2025, mais de um em cada três utilizadores de redes móveis em Portugal ficaram sem serviço. À medida que as baterias e os geradores de reserva se iam esgotando, a maioria (60%) das pessoas nas zonas mais afetadas do país ficaram impossibilitadas de fazer chamadas, enviar mensagens ou utilizar dados móveis para internet.

E todos jogaram a mesma cartada para tentar solucionar o problema: desligar, faseadamente, a rede de quinta geração (5G), uma vez que gasta mais energia – aliás, os rádios MIMO (várias antenas) de 3,5 gigahertz (GHz) normalmente consomem duas a três vezes a potência de um 4G de baixa frequência – e dar prioridade às chamadas e mensagens.

“Embora todos os operadores móveis em Portugal tenham implementado medidas semelhantes de poupança de energia durante o apagão, o grau e a distribuição da autonomia energética da infraestrutura de rede de cada operador, incluindo a infraestrutura parcialmente partilhada entre a Nos e a Vodafone, acabaram por moldar a resiliência das suas redes”, reitera a Ookla.

 


A empresa norte-americana, que cruzou dados crowdsourced de “sem serviço” com imagens de satélite, defende que ter uma redundância energética “eficaz”, baterias e geradores de reserva e medidas de poupança de energia foram uma “ferramenta crucial” para limitar o efeito do apagão, além do ajuste estratégico das configurações da rede para preservar a disponibilidade dos sites (antenas ou estações de rede).

A percentagem de utilizadores de rede móvel, de qualquer operador em Portugal, sem serviço disparou de menos de 0,1% antes do apagão para mais de 10% em menos de duas horas a seguir.

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