Fórum para a Competitividade prevê crescimento entre 1,2% e 1,5% no 4º trimestre

Fórum para a Competitividade estima que a economia portuguesa tenha crescido entre 1,5% e 1,6% na totalidade de 2024, ligeiramente abaixo dos 1,8% previstos pelo Governo.

O Fórum para a Competitividade estima que a economia portuguesa tenha crescido entre 1,2% e 1,5% em termos homólogos, após ter registado uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9% no trimestre precedente. Para a totalidade do ano de 2024, a expectativa é de um crescimento entre 1,5% e 1,6%.

Na nota de conjuntura, divulgada esta segunda-feira, o Fórum para a Competitividade estima uma desaceleração do PIB no quarto trimestre em termos homólogos face ao segundo trimestre, mas uma aceleração na comparação em cadeia para entre 0,2% e 0,5%, após ter registado uma taxa de 0,2% nos três meses precedentes.

Para o conjunto de 2024 prevê um crescimento de 1,5% e 1,6%, ligeiramente abaixo dos 1,8% projetados pelo Governo, apontando para uma aceleração em 2025, para uma taxa de 2%. No entanto, alerta que existem “grandes riscos, sobretudo dependentes de um eventual conflito comercial global”.

Os riscos para 2025 são elevados, embora o cenário central seja de otimismo, por não incorporar muitas destas possibilidades“, refere.

O Fórum para a Competitividade destaca que, em termos conjunturais, “as exportações têm estado fracas e a conjuntura internacional de 2025 é especialmente ingrata para retomar a trajetória para a meta de 50% do PIB”.

“Se tivermos a receada escalada protecionista ainda pior, porque a economia portuguesa deverá sofrer por três vias: efeito direto sobre as nossas exportações para os EUA; efeito de debilidade dos nossos mercados de exportação, afetados pelas tarifas; efeito de resposta da China, que deverá tentar vender na UE o que não conseguir vender nos EUA, a preços muito competitivos, dificultando as nossas exportações”, aponta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal ainda é um dos países mais desiguais da UE

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2025

No continente, a região mais desigual é a Grande Lisboa, com um coeficiente de Gini de 32,9%. Em 2023, cerca de 1,8 milhões de residentes em Portugal encontravam-se em situação de pobreza monetária.

Portugal permanece um dos países mais desiguais da União Europeia, com um quinto da população (2,1 milhões de pessoas) a viver em situação de pobreza ou exclusão social, de acordo com um estudo divulgado esta segunda-feira.

Na ausência de qualquer tipo de transferência social, a pobreza seria de 40,3%, constatou o investigador Carlos Farinha Rodrigues, numa atualização de dados do projeto “Portugal Desigual”, da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Em 2022, Portugal era o quarto país mais desigual da UE, assinalou o autor do trabalho.

Os indicadores de privação material e social mostram uma evolução positiva. Contudo, alguns aspetos mais sensíveis pioraram, como a existência de mais atrasos – motivados por dificuldades económicas – em algum dos pagamentos regulares. A isto “não será alheio o agravamento dos preços, em particular os da habitação”, sublinhou o investigador.

Em 2023, cerca de 1,8 milhões de residentes em Portugal encontravam-se em situação de pobreza monetária, ou seja, auferiam um rendimento mensal inferior a 632 euros, sendo que a intensidade da pobreza (que avalia quão pobres são os pobres) manteve-se praticamente inalterada (25,7%), acima dos 21,7% registados em 2021, segundo a mesma fonte.

O autor conclui que também a distribuição das prestações sociais é desigual.

Em 2022, o total das prestações sociais representava 28,1% do rendimento equivalente das famílias. Destes, 23,7% correspondiam a pensões de velhice e de sobrevivência (a maioria das quais de natureza contributiva) enquanto 4,5% representava outros tipos de prestações sociais.

“Analisando como o total das prestações sociais se distribui ao longo da escala de rendimentos, é possível verificar que 41,9% dessas prestações se dirigia para o último quintil da distribuição (os 20% de maiores rendimentos) enquanto o primeiro quintil da população (os 20% de menores rendimentos onde se inclui a população em situação de pobreza) somente auferia 10,7% do total das prestações sociais”, referiu no documento.

Para o investigador, a explicação desta distribuição “profundamente assimétrica” das prestações sociais reside em dois motivos: na importância que as pensões de velhice e de sobrevivência têm no total das prestações e no facto de as pensões contributivas mais elevadas geralmente estarem associadas à parte superior da distribuição dos rendimentos.

“Utilizando os dados publicados pelo Eurostat, é possível verificar que, em 2022, o efeito redistributivo de todas as prestações sociais era na UE de 26,7 pontos percentuais, enquanto em Portugal esse valor era de 24,8″, justificou Carlos Farinha Rodrigues, que se baseou também em dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para a análise apresentada.

Excluídas as pensões de velhice e de sobrevivência, a distância entre Portugal e a média europeia seria “mais expressiva”, defendeu. “Na UE, o impacto atenuador das transferências sociais (excluindo pensões) sobre a taxa de pobreza era de 8,6 pontos percentuais enquanto em Portugal era menos de metade”, sustentou.

Tendo por base o coeficiente de Gini – um indicador de desigualdade na distribuição do rendimento –, o arquipélago dos Açores é a região com maior assimetria de distribuição de rendimentos (33,8%), cerca de 1,9 pontos percentuais acima da média nacional (31,9%). No continente, a região mais desigual é a Grande Lisboa, com um coeficiente de Gini de 32,9%.

Olhando para os últimos 30 anos, o investigador conclui que houve “uma alteração profunda” no padrão da pobreza. “Se nos primeiros anos a pobreza dos idosos era um dos principais fatores de preocupação, nos anos mais recentes é a incidência da pobreza nas crianças e jovens que predomina”, destacou. A partir de 2007, a taxa de pobreza das crianças e jovens “ultrapassou a dos idosos”, exceto em 2023.

No último ano, houve um agravamento da taxa de pobreza dos idosos para 21,1% (em 2022 tinha sido de 17,1%), o que para Carlos Farinha Rodrigues, é “extremamente preocupante”, mesmo que, como observou o INE, possa ser explicado pelas alterações na metodologia de cálculo das pensões de velhice no Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos de 2024.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Funcionários judiciais convocam protesto para abertura do ano judicial, em frente ao Supremo

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2025

O Sindicato dos Funcionários Judicias (SFJ) convocou um protesto silencioso frente ao Supremo Tribunal de Justiça na abertura do ano judicial, contra a proposta de revisão da carreira.

O Sindicato dos Funcionários Judicias (SFJ) convocou um protesto silencioso frente ao Supremo Tribunal de Justiça na abertura do ano judicial, contra a proposta de revisão da carreira, e admite futuros protestos conjuntos com o outro sindicato do setor.

Em comunicado divulgado, o SFJ confirmou a presença dos dirigentes nacionais do sindicato junto ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) na próxima segunda-feira, 13 de janeiro, na cerimónia de abertura do ano judicial, num protesto que terá a presença de todos os oficiais de justiça “que queiram participar, de forma silenciosa”, envergando as habituais t-shirts pretas usadas nas manifestações, onde se lê “Justiça para quem nela trabalha”.

“Esta ação, silenciosa, pretende tão somente (re)lembrar a todos os que fazem parte do “edifício” da Justiça, bem como ao poder político e executivo, que existe uma classe que todos reconhecem como injustiçada há demasiados anos e que é fundamental para que esse “edifício” funcione em prol do cidadão e do Estado de Direito, a qual carece da devida e merecida revalorização”, justifica o SFJ.

Fachada do Supremo Tribunal de Justiça, Lisboa, 30 de janeiro de 2014. MANUEL DE ALMEIDA/LUSAMANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O sindicato adianta que já contactou o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), a outra estrutura sindical representativa do setor, para uma reunião para avaliar a “possibilidade de ser dada uma resposta conjunta, contundente e concertada” à proposta de revisão da carreira apresentada pelo Governo, que o SFJ criticou duramente.

O SFJ admite ainda a “divulgação de outras ações futuras, nomeadamente de forma conjunta, e cuja efetiva concretização dependerá do resultado da reunião com o SOJ e da abertura negocial do Governo na reunião do próximo dia 16 de janeiro”.

No final de dezembro, quando o Ministério da Justiça (MJ) fez chegar aos sindicatos a sua proposta para revisão da carreira de oficial de justiça, o SFJ classificou-a como uma proposta para “gozar com quem trabalha” e pôs fim ao “benefício da dúvida” que o sindicato tinha dado a este Governo e ao ministério de Rita Alarcão Júdice.

O sindicato exige a transição de todos os profissionais para uma categoria de grau de complexidade III, equivalente a técnico superior na administração pública, “sem quaisquer exceções ou condicionantes”, assim como “uma efetiva e substancial valorização remuneratória”.

Esta era a expectativa para as negociações no âmbito da revisão do Estatuto dos Funcionários Judiciais, e que levou o SFJ a chegar a acordo com a tutela no ano passado para uma valorização do suplemento de recuperação processual, desconvocando as greves em curso.

Já o SOJ, que não chegou a acordo com a tutela, mantém greves convocadas. Numa reunião em dezembro no MJ com os sindicatos, o Governo fez saber que exigia paz social para negociar a revisão do Estatuto dos Funcionários Judiciais, num processo que arranca a 16 de janeiro e cujo calendário prevê que termine a 26 de fevereiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump vai reverter proibição de novas perfurações de petróleo anunciadas por Biden

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2025

Biden tinha anunciado novas restrições à perfuração de petróleo e gás em águas norte-americanas .“Vou revogar a proibição imediatamente”, garantiu o Presidente eleito Donald Trump.

Donald Trump afirmou esta segunda-feira que quando regressar à presidência norte-americana anulará imediatamente a proibição anunciada por Joe Biden de qualquer nova perfuração de petróleo e gás em alto mar numa vasta zona marítima.

“Vou revogar a proibição imediatamente”, garantiu o Presidente eleito numa entrevista ao radialista Hugh Hewitt, questionado sobre as ações do ainda Presidente democrata. ”O que é que ele está a fazer? Porque é que ele está a fazer isto?”, questionou Trump, que será empossado no próximo dia 20 para um novo mandato na Casa Branca.

Biden anunciou esta segunda novas restrições à perfuração de petróleo e gás em águas norte-americanas por um período de tempo não especificado, medida que foi imediatamente criticada pela equipa de Trump, que a considerou “vergonhosa”.

“Estou a tomar medidas para proteger as costas, o Golfo do México e o Mar de Bering, no Alasca, da perfuração de petróleo e gás natural e dos danos que podem causar”, disse Biden numa declaração presidencial, citada pelas agências internacionais.

A ordem isenta indefinidamente todas as áreas da Plataforma Continental Exterior ao largo das costas leste e oeste do país, o Golfo do México oriental e outras partes do norte do Mar de Bering no Alasca.

“A minha decisão reflete o que as comunidades costeiras, as empresas e os banhistas sabem há muito tempo: que a perfuração ao largo destas costas pode causar danos irreversíveis em locais que estimamos e não é necessária para satisfazer as necessidades energéticas da nossa nação. Não vale a pena correr os riscos”, afirmou o chefe de Estado cessante, que deixará a Casa Branca a 20 de janeiro, dia da tomada de posse do Presidente eleito Donald Trump.

“Numa altura em que a crise climática continua a ameaçar as comunidades de todo o país e em que estamos a fazer a transição para uma economia de energia limpa, chegou o momento de proteger estas costas para os nossos filhos e netos”, acrescentou.

Numa primeira reação à decisão, a equipa de transição de Trump classificou a decisão como “vergonhosa” e um novo obstáculo para os planos do magnata em matéria de política económica quando regressar à Casa Branca.

É evidente que Biden quer que os preços elevados da gasolina sejam o seu legado. Esta é uma decisão vergonhosa concebida para se vingar politicamente do povo norte-americano que deu ao Presidente Trump um mandato para aumentar a perfuração e baixar os preços do gás”, disse a porta-voz da equipa de transição do líder republicano, Katherine Leavitt.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pradecon expande fábrica em Vila do Conde após ser comprada por Paulo Fernandes e Draycott

Especializada em estruturas para painéis solares, a metalomecânica controlada pelo empresário Paulo Fernandes e pela capital de risco de João Coelho Borges soma nova área de produção de 7.200 m2.

A Pradecon, especializada em estruturas metálicas para suportar painéis solares, está a expandir a fábrica em Arcos, no concelho de Vila do Conde, com uma nova área de 7.200 metros quadrados (m2), com o objetivo de “aumentar a sua capacidade de produção e dar resposta às necessidades de mercado, atendendo à crescente procura no setor das energias renováveis”.

A construção deste novo edifício de produção, integrado no complexo industrial ocupado atualmente pela Pradecon, acontece poucos meses depois de a Actium Capital, family office de Paulo Fernandes, e a sociedade de capital de risco Draycott, liderada por João Coelho Borges, se terem juntado para comprar esta empresa que emprega cerca de 30 pessoas e que em 2023 faturou 61,1 milhões de euros e registou lucros de 13,6 milhões de euros.

Segundo a informação divulgada esta segunda-feira pela Garcia Garcia, construtora que assina o projeto de Design & Build, a obra de ampliação está em fase de conclusão e “inclui uma conexão interna com o edifício existente, criando uma estrutura única e integrada”. Além da nova área produtiva, que terá painéis solares a cobrir 50% do edifício e uma central de incêndio equipada com reservatório de água para emergências, o projeto de ampliação prevê a instalação de 12 carregadores elétricos no exterior e 12.000 m2 de arruamentos e espaços verdes.

Cofundada em 2000 por Adriano Silva e Rui Pedro Oliveira Marques, a Pradecon começou por fabricar e comercializar contentores de telecomunicações. Atualmente com uma produção anual a rondar as 80 mil toneladas e uma capacidade instalada de 2.000 MW por ano, com projetos em países como Portugal, Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, dedica-se à conceção e desenvolvimento de soluções de engenharia para estruturas de painéis solares fotovoltaicos e ao fabrico de perfis metálicos para suportar a montagem desses equipamentos.

Até ao verão passado, a exportadora de Vila do Conde era controlada pela empresa-mãe Cactus SGPS, detida pelo fundador Adriano Silva, engenheiro mecânico nascido em Angola. A aquisição para o controlo conjunto da construtora metálica nortenha, notificada e aprovada ainda em agosto pela Autoridade da Concorrência, foi feita através da sociedade-veículo Hipérbole Diurna, constituída pelo acionista da Altri e pela capital de risco, que investiu neste negócio através do fundo Draycott II – e que há um ano assumiu também o controlo da gigante industrial Purever.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Salários até 1.000 euros ganham mais 24 euros por mês com alívio nos descontos para o IRS

Pensões até 900 euros vão passar a estar isentas. As parcelas a abater e os escalões foram atualizados para refletir a nova descida do IRS aprovada no Orçamento do Estado para 2025.

Trabalhadores por conta de outrem e pensionistas vão descontar menos IRS a partir deste mês. Salários até mil euros vão sentir um alívio mensal de cerca de 24 euros e reformas até 992 euros terão um ganho adicional de 30 euros, segundo as contas do ECO com base nas novas tabelas de retenção na fonte publicadas esta segunda-feira em Diário da República, que irão vigorar durante este ano.

Os escalões das tabelas de retenção na fonte e as parcelas a abater subiram para refletir a nova descida do IRS aprovada no Orçamento do Estado para 2025, que atualiza os intervalos dos rendimentos em 4,6%, aumenta o mínimo de existência (o valor até ao qual a renumeração não paga imposto) para 870 euros e eleva dedução específica (o montante que abate aos ganhos para apurar a matéria tributável) até 4.462,15 euros.

Assim, a partir deste mês, trabalhadores dependentes e pensionistas que aufiram 870 euros, o referencial para o novo salário mínimo nacional que subiu 50 euros, vão continuar isentos. Até dezembro do ano passado, apenas os ganhos até 820 euros não tinham de fazer descontos para o Fisco.

Por exemplo, um trabalhador solteiro e sem filhos com um vencimento de 875 euros mensais brutos vai passar a descontar apenas 1,09 euros, o que significa menos 24,65 euros face aos 25,74 euros que retinha no final do ano passado.

No caso de um ordenado bruto de 900 euros, o alívio mensal será de 24,75 euros: a retenção na fonte de 37,44 euros vai baixar para 12,69 euros. As contas do ECO mostram ainda que um salário de 992 euros vai passar a descontar 55,84 euros quando, em dezembro, tinha de entregar ao Estado 75,89 euros, o que representa uma diferença de 20,05 euros.

Subindo um pouco a fasquia para os mil euros de vencimento, os descontos descem de 76,61 euros para 58,6 euros, o que corresponde a um alívio mensal de 18 euros. Para uma remuneração de 2.000 euros mensais ilíquidos, a retenção na fonte vai passar a ser de 326.01 euros, quando até aqui era de 330,64 euros, o que corresponde a uma diferença de 4,63 euros por mês.

Reformas até 900 euros vão estar isentas

Em relação aos rendimentos de pensões, o ECO também fez simulações para o caso de um reformado não casado ou casado dois titulares sem dependentes. Quem aufere até 900 euros mensais brutos vai continuar isento. Uma reforma deste montante tinha de pagar 17,79 euros por mês à Autoridade Tributária (AT).

Pensões de 992 euros vão passar a descontar 30,84 euros, o que significa menos 30,22 euros face aos 61,06 euros que tinha de adiantar ao Estado até ao final do ano passado. E um reformado com uma pensão de 1.000 euros vai sentir um alívio no bolso de 23,45 euros por mês: em dezembro descontou 57,05 euros e, a partir deste mês, a retenção vai baixar para 33,6 euros.

De salientar, no entanto, que a retenção na fonte é uma espécie de pagamento por conta, isto é, de adiantamento ao Estado. Na liquidação de 2026 será feito o acerto de contas. Quem descontou mais poderá ter um reembolso maior e quem reteve menos poderá receber menos ou ser chamado a pagar imposto.

“Menos retenção na fonte é o reflexo da atualização dos escalões do IRS em 4,6% aprovado no Orçamento do Estado para 2025. As taxas de retenção são iguais, o que muda são os intervalos de rendimentos, sujeitos a determinado imposto, que sobem, e as parcelas a abater para cálculo da taxa”, explica ao ECO o fiscalista Luís Nascimento da consultora Ilya.

O especialista em Direito Fiscal salienta ainda que, com o Orçamento do Estado para 2025, “a retenção na fonte para os trabalhadores independentes, os chamados recibos verdes, baixa de 25% para 23%”.

Veja aqui as tabelas de IRS para 2025:

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Macron defende que Kiev seja realista sobre questões territoriais

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2025

"Os ucranianos devem ter discussões realistas sobre as questões territoriais e só eles as podem liderar", disse o Presidente francês diante de embaixadores do país no Palácio do Eliseu.

Emmanuel Macron falava na conferência anual de embaixadores franceses, que decorre esta segunda-feira no Palácio do Eliseu.Lusa

O Presidente francês defendeu esta segunda-feira que os ucranianos devem “ter discussões realistas sobre questões territoriais” para encontrar uma solução para o conflito desencadeado pela invasão russa em 2022, num momento em que Kiev enfrenta uma situação desfavorável no terreno.

Os ucranianos devem ter discussões realistas sobre as questões territoriais e só eles as podem liderar“, disse Emmanuel Macron durante a reunião anual com embaixadores franceses no Palácio do Eliseu para definir as principais linhas de política externa, numa altura em que a Rússia, que tomou posse de cerca de 20% do território da Ucrânia, está a intensificar as suas conquistas no leste do país.

Os europeus terão, no entanto, de “criar garantias de segurança” para a Ucrânia, frisou o Chefe de Estado francês, acrescentando ainda: “Os Estados Unidos da América têm de nos ajudar a mudar a natureza da situação e a convencer a Rússia a sentar-se à mesa das negociações“.

“O próprio Presidente norte-americano eleito [Donald Trump] sabe que os Estados Unidos não têm hipótese de ganhar nada se a Ucrânia perder”, disse Macron, argumentando que a capitulação da Ucrânia não é benéfica nem para os europeus nem para os norte-americanos.

O líder francês vincou ainda que a “credibilidade” do Ocidente seria “abalada” se aceitasse compromissos devido ao “cansaço” do conflito.

Não haverá solução rápida e fácil na Ucrânia “, avisou o Presidente francês, sugerindo a Kiev que reflita bem sobre as questões de posse territorial, como base para um entendimento negocial com Moscovo, num momento em que o conflito está quase a entrar no seu quarto ano.

Kiev espera decisões relevantes da parte de Trump, quando este tomar posse, no dia 20 de janeiro, mas também teme uma queda no apoio norte-americano, depois de o Presidente eleito ter criticado o esforço financeiro de Washington para apoiar a Ucrânia.

Para atingir um eventual cessar-fogo, o Kremlin (Presidência russa) continua a exigir que a Ucrânia deponha as armas, ceda as quatro regiões parcialmente ocupadas por forças russas (Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporijia), além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie à sua adesão à NATO.

Estas condições são inaceitáveis para Kiev.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Previdência dos advogados fala em campanha de “desinformação e mentira” da Ordem

Em comunicado, a direção da CPAS assegura que, daqui a dez anos, o património da previdência dos advogados e solicitadores duplique de valor para cerca de mil milhões de euros.

A direção da Caixa de Previdência de Advogados de Solicitadores (CPAS) assume que enfrentauma campanha de desinformação e mentira sobre o que é a nossa Caixa de Previdência e os apoios que presta aos seus beneficiários e por isso é tão importante que a informação que se presta seja dada de forma clara e transparente”.

A mensagem da CPAS – publicada no site da instituição e assinada por Vitor Alves Coelho, Presidente, Pedro Mota Soares, Vice-Presidente, Catarina Mascarenhas, Vogal Secretária, Tânia Correia de Jesus, Vogal Tesoureira e Celeste Chorão Peres, Vogal (na foto), defende que é “inegável que todos os sistemas previdenciais (de repartição) apresentam dificuldades de vária ordem, mas também é verdade que o regime da CPAS contém em si próprio os meios adequados para reagir positivamente a essas dificuldades”.

A direção da CPAS defende ainda que, “com os pressupostos atuais e mesmo que nenhuma medida fosse, entretanto, tomada, o montante das contribuições a receber nos próximos dez anos superará o montante das pensões de reforma a pagar no mesmo período. Para isso, muito contribui a relação entre o número de beneficiários ativos e o número de Beneficiários reformados que, no caso da CPAS, é da ordem dos 6,8 para 1, muito superior à da Segurança Social 2,6 (dados de 2023)”, diz o sistema de previdência, baseando-se no último estudo atuarial realizado pela Mercer.

Por outro lado, “de acordo com o mesmo estudo atuarial, perspetiva-se que, no final desse período de dez anos, o património da CPAS duplique de valor, para cerca de mil milhões de euros! A tudo isto acrescem resultados dos exercícios do atual mandato francamente positivos (lucro de cerca de 24 milhões de euros no exercício de 2023), fruto da política de gestão da atual Direção, perspetivando-se, para o exercício de 2024, um lucro superior a 30 milhões de euros). Assim se vai cumprindo uma das principais tarefas da Direção, que é a sustentabilidade da CPAS!”, diz o comunicado.

Numa mensagem publicada como balanço deste novo ano, a equipa liderada por Vítor Alves Coelho defende que “passados 10 anos da alteração do Regulamento da CPAS e após a introdução, em 2019, de alguns ajustamentos relevantes, está na hora da implementação de diversas medidas, preconizadas pela atual direção desde a sua campanha eleitoral, as quais irão muito em breve ser apresentadas no âmbito da Comissão de Avaliação da CPAS que se encontra em funções e que, poderão consolidar a melhoria significativa do atual regime da CPAS”.

Esta direção, que se manterá em efetividade de funções até final do seu mandato (31 de dezembro de 2025), lembra que “na verdade, não se realizam eleições para os Órgãos da CPAS em março de 2025, diferentemente do que está perspetivado acontecer com os órgãos da Ordem dos Advogados”.

Em jeito de conclusão, a CPAS relembra que, “como a Direção se propôs, no ano de 2024, concretizou-se o início das execuções para cobrança coerciva das contribuições em dívida (mas privilegiando-se os acordos voluntários de pagamento, com condições melhores do que as do próprio Estado, nomeadamente no número de prestações), verificou-se a melhoria significativa da proteção de rendimentos, da assistência médica e alcançou-se a fixação do Fator de Correção do Indexante Contributivo para o ano de 2025″.

Quanto pagam os advogados à CPAS?

No final de dezembro, o Ministério da Justiça já decidiu o fator de correção para calcular o valor da mensalidade que estas classes profissionais terão de pagar à CPAS. O fator de correção é, assim, de menos 8% para o ano de 2025. Assim sendo, todos os meses, advogados e solicitadores têm de pagar, no mínimo, 288,66 euros (o escalão mais baixo) para ter direito aos apoios sociais e a uma reforma futura.

O gabinete de Rita Júdice decidiu com base na deliberação do conselho geral da CPAS de 9 de dezembro de 2024. A determinação do fator de correção, que é proposto pela direção da CPAS ao CG, é fixada pelos ministérios da Justiça e da Segurança Social, sendo publicado no Diário da República.

Desde 2018, o fator de correção do Indexante Contributivo (IC) da CPAS tem sido votado, anualmente, pelo Conselho Geral da CPAS. Isto porque o regime que entrou em vigor a 1 de julho de 2015 – que fez aumentar a contribuição a pagar -define (de forma transitória e excecional) a definição anual do fator de correção que define as várias mensalidades dos mais de 37 mil beneficiários. Para que o esforço contributivo dos beneficiários, com a subida do montante dos escalões não fosse imediato e muito significativo.

Assim sendo, quanto mais alto for o fator de correção, menor será o valor a pagar por um advogado ou solicitador. Para o ano de 2019, o IC foi ajustado por um FC de menos 14%. Para o ano de 2020 – e até 2024 – ficou em menos 10%. Com exceção deste 2024, as propostas da direção da CPAS acabaram sempre por ser aprovadas.

Segundo dados de março deste ano, os advogados e solicitadores devem 165 milhões à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), mais 15 milhões do que o valor em março de 2023, que se situava na ordem dos 150 milhões em dívida, relativos a contribuições mensais que um advogado ou solicitador tem de pagar para ter acesso aos benefícios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Queixa sobre operação no Martim Moniz é entregue à provedora de Justiça

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2025

Uma queixa, subscrita por dezenas de personalidades, sobre a atuação da PSP no Martim Moniz (Lisboa) durante uma operação realizada em 19 de dezembro de 2024 foi entregue à provedora de Justiça.

Uma queixa, subscrita por dezenas de personalidades, sobre a atuação da PSP no Martim Moniz (Lisboa) durante uma operação realizada em 19 de dezembro de 2024 é entregue à provedora de Justiça.

A entrega da queixa está marcada para as 10:00 e os promotores pedem à provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, para averiguar e apurar a legitimidade e proporcionalidade da atuação policial na Rua do Benformoso.

No texto da queixa, os promotores lembram que a operação incluiu a revista de dezenas de cidadãos encostados à parede, “perfilados e de mãos levantadas, sem qualquer indicação de suspeita de prática de crimes”.

“Tal atuação configura, a nosso ver, uma utilização de meios desproporcionais em relação aos fins anunciados: A forma como a operação foi conduzida fere o princípio da proporcionalidade previsto no artigo 18.º da Constituição da República Portuguesa e também os direitos fundamentais à dignidade da pessoa humana e à presunção de inocência”, consideram.

O texto defende que o que aconteceu no dia 19 de dezembro foi uma “atuação desnecessária e humilhante” por parte da PSP e que “a justificar-se uma intervenção na zona, esta nunca pode implicar uma atuação simbólica e individualmente vexante, quando a PSP tem ao seu dispor outros meios de atuação proporcionais e adequados”.

Entre os subscritores da queixa estão a deputada Joana Mortágua (BE), a deputada e ex-ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social Ana Mendes Godinho (PS), o encenador Tiago Rodrigues, o deputado e sociólogo historiador José Soeiro (BE), a promotora musical Maria Escaja e a líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes.

Além da queixa que será hoje entregue, está também agendada uma manifestação para dia 11 de janeiro, que descerá a Avenida Almirante Reis, em direção ao Martim Moniz, em Lisboa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fernando Costal Carinhas é o novo responsável de imobiliário da equipa de Legal da PwC

Com mais de 16 anos de experiência, Fernando Costal Carinhas é o novo responsável de imobiliário da equipa de Legal da PwC. O advogado transita da Cuatrecasas.

A PwC reforçou a equipa de Legal com a integração de Fernando Costal Carinhas. O advogado, que transita da Cuatrecasas, será o responsável pela área de imobiliário.

Com mais de 16 anos de experiência, Fernando Costal Carinhas iniciou a carreira profissional em 2008. Tem centrado a sua atividade na assessoria jurídica em matérias de direito societário e direito imobiliário a investidores e promotores imobiliários institucionais, private clients e family offices, nacionais e, sobretudo, internacionais, incluindo pessoas coletivas religiosas. Conta ainda com vasta experiência na prestação de assessoria jurídica nos diversos modelos e fases de investimento imobiliário.

Assessorou e coordenou a negociação de diversas operações de aquisição e venda ativos imobiliários (ativos isolados e portfolios imobiliários), projetos de reabilitação urbana, contratos chave na mão, projetos de desinvestimento, transação de carteiras de créditos hipotecários (“NPL’s”) e OREO, o trespasse de conjuntos relevantes de ativos imobiliários, operações de sale and leaseback, construção e comercialização de parques logísticos, edifícios de escritórios, centros comerciais e retail parks, parques eólicos e solares, parques de escritórios, etc.

Antes de integrar a PwC, integrou a equipa de Direito Imobiliário da PLMJ entre 2014 e 2023 e a equipa de Direito Imobiliário da Cuatrecasas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Joana Fernandes Bernardo reforça a equipa de laboral da Andersen

Transitando da Linklaters, Joana Fernandes Bernardo reforça a equipa de laboral da Andersen Portugal, na qualidade de associada sénior.

A Andersen Portugal reforçou a área de Laboral com a contratação de Joana Fernandes Bernardo, na qualidade de associada sénior. A advogada transita da Linklaters.

“A entrada da Joana constitui uma enorme mais-valia para a Andersen e um ótimo reforço para o departamento laboral. Sentimos a necessidade fortalecer a equipa, de modo a podermos servir os nossos clientes nesta área, especialmente num ano que se projeta com desafios permanentes no âmbito das projetadas alterações à lei laboral, flexibilidade, digitalização, bem como novos desafios que se prendem com a transposição de diretivas europeias como a transparência salarial”, sublinha José Mota Soares, sócio e diretor do escritório de Lisboa.

Com mais de 10 anos de experiência profissional na área do Direito Laboral, Joana Fernandes Bernardo começou a sua carreira na DLA Piper e passou pela CCR Legal – Sociedade de Advogados, uma firma de advogados independente, membro da PwC para matérias legais. No seu percurso profissional consta ainda a SRS Legal e a Linklaters, de onde transita, agora, para a Andersen.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pensões por acidente de trabalho sobem 2,6% em 2025

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Janeiro 2025

Em 2025, as pensões por incapacidade permanente e por morte resultante de acidente de trabalho aumentam 2,6%. Cálculo é feito com base na evolução do PIB e da inflação (excluindo habitação).

O ano de 2025 traz um aumento de 2,6% às pensões por acidente de trabalho, à boleia do crescimento económico e da inflação. A portaria que o determina foi publicada esta segunda-feira em Diário da República.

De acordo com a lei, o valor das pensões por acidentes de trabalho é atualizado no primeiro mês de cada ano, sendo calculado a partir da média do crescimento económico dos últimos dois anos e da variação anual do Índice de Preços no Consumidor (IPC) (excluindo habitação).

Considerando estes dois indicadores — 2,31% no caso do PIB e 2,10% no caso do IPC –, o Governo calculou uma taxa de atualização das pensões por acidente de trabalho de 2,6%.

Neste momento, esta prestação corresponde a 1,1 vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que aumentou para 522,50 euros. Ou seja, a pensão por acidente de trabalho sobe para 574,75 euros em 2025.

É considerado um acidente laboral aquele que acontece no local e no horário de trabalho. Contudo, este acidente deve produzir, de forma direta ou indireta, uma lesão corporal, perturbação funcional ou uma doença, que resulte na redução da capacidade de trabalho, de ganho ou em morte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.