Zero apreensiva com excessiva lentidão negocial na COP29

  • Lusa
  • 17 Novembro 2024

A associação ambientalista Zero está “apreensiva com a excessiva lentidão” das negociações na conferência anual da ONU sobre as alterações climáticas (COP29), que decorre até 22 de novembro.

A associação ambientalista Zero está “apreensiva com a excessiva lentidão” das negociações na conferência anual das Nações Unidas sobre as alterações climáticas (COP29), que decorre no Azerbaijão até 22 de novembro, num balanço da primeira semana de trabalhos.

Em comunicado, a Zero disse que a primeira semana da COP29 em Baku, no Azerbaijão, foi “de alertas” mas “sem consequências negociais até agora” e disse mesmo que se mantêm dúvidas sobre se será possível um acordo quanto ao financiamento climático (que diz que deve ficar muito acima dos atuais 100 mil milhões de dólares por ano) e à redução de emissões.

Na primeira semana, o tema do financiamento fez escalar as tensões nos trabalhos, segundo a Zero, explicando que os países em desenvolvimento a rejeitaram unanimemente o projeto de texto sobre financiamento (muitos países desenvolvidos também o rejeitaram), enquanto países do designado Norte Global consideraram que grande parte do financiamento terá de vir quer do setor privado quer de outras fontes financeiras, como as designadas ‘taxas de solidariedade’ (sobre os ultra-ricos, sobre as criptomoedas e sobre os passageiros frequentes de avião, por exemplo).

A acompanhar os trabalhos em Baku, a Zero disse ainda que, face à previsão de os Estados Unidos da América saírem em breve do Acordo de Paris, há novos países a movimentarem-se para ocupar esse lugar preponderante, caso do Reino Unido, do Brasil mas também dos Emirados Árabes Unidos.

Para a Zero, é fundamental que a União Europeia venha a “ter um papel mais ativo e liderante apesar de posições internas mais restritivas em termos de política climática e do novo contexto geopolítico à escala mundial com a eleição do Presidente Donald Trump”.

Para a segunda semana de trabalhos, a Zero esperar um intensificar das tensões nas negociações a propósito do tema dinheiro, para financiar a luta contra as alterações climáticas.

Ainda assim, a associação liderada por Francisco Ferreira manifesta esperança de que “haja progressos que se traduzam não só num acordo de financiamento climático ambicioso, mas sobretudo em ações concretas e mensuráveis, quer na mitigação (redução de emissões), quer na adaptação climática”.

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Ataque russo mostra o fracasso da “diplomacia por telefone”

  • Lusa
  • 17 Novembro 2024

O primeiro-ministro polaco afirmou que nenhum telefonema consegue parar a agressão russa na Ucrânia, dois dias após uma polémica conversa telefónica do chanceler alemão com Vladimir Putin.

O primeiro-ministro polaco afirmou que nenhum telefonema consegue parar a agressão russa na Ucrânia, dois dias após uma polémica conversa telefónica do chanceler alemão, Olaf Scholz, com o Presidente russo, Vladimir Putin. “Ninguém vai travar Putin com telefonemas“, escreveu Donald Tusk na rede social X. “O ataque [russo] na noite passada, um dos maiores desta guerra, provou que a diplomacia por telefone não pode substituir um verdadeiro apoio de todo o Ocidente à Ucrânia“, sublinhou.

A rede energética da Ucrânia, já muito frágil, teve de enfrentar hoje um dos mais significativos ataques russos dos últimos meses, uma ofensiva que causou nove mortos e cerca de 20 feridos em todo o país, segundo as autoridades.

Olaf Scholz, criticado pelo contacto telefónico com Putin, defendeu-se hoje reafirmando o apoio da Alemanha à Ucrânia e assegurando que não será tomada qualquer decisão sobre o desfecho da guerra sem Kiev.

Num primeiro comentário na sexta-feira, as declarações do chanceler alemão foram saudadas por Tusk que disse ter ficado “contente por ouvir que o chanceler (…) reiterou a posição polaca: nada [será feito] quanto à Ucrânia sem a Ucrânia“.

A conversa de Scholz com Putin suscitou a indignação de Kiev, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a criticar o chanceler alemão por abrir “a caixa de Pandora”.

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Turquia nega permissão ao Presidente de Israel para atravessar espaço aéreo

  • Lusa
  • 17 Novembro 2024

O Presidente de Israel, Isaac Herzog, não viajará para a COP29, que se realiza na capital do Azerbaijão, Baku, porque a Turquia negou permissão para atravessar o seu espaço aéreo.

O Presidente de Israel, Isaac Herzog, não viajará para a COP29, que se realiza na capital do Azerbaijão, Baku, porque a Turquia negou permissão para atravessar o seu espaço aéreo, referem fontes diplomáticas. O portal de notícias azeri Calibre indicou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros informou que este seria o motivo da ausência de Herzog na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP29), e não razões de segurança que a Presidência israelita alegou, no sábado.

O gabinete presidencial israelita alegou que a visita foi suspensa após uma avaliação da situação de segurança na cidade, segundo um comunicado divulgado pelo ‘Times of Israel’.

Precisamente no sábado, centenas de ativistas pró-palestinianos manifestaram-se em Baku para denunciar a ofensiva militar israelita em Gaza e no Líbano. Os manifestantes marcharam, gritando “Somos todos palestinianos”.

A 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas decorre até ao dia 22, em Baku, no Azerbaijão.

A primeira semana da cimeira do clima de Baku centrou-se em financiamento mas sem avanços e foi ainda marcada por acusações entre a França e o anfitrião Azerbaijão, sem que nada de substancial fosse decidido sobre o clima.

As negociações da conferência anual das Nações Unidas sobre o clima deverão terminar no dia 22 com um acordo financeiro, centrado no apoio aos países mais pobres e que irá substituir o anterior compromisso de 100 mil milhões de dólares por ano 2020-2025.

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Generali regista perdas por catástrofes naturais acima das expectativas

Apesar do impacto das catástrofes, a compra da Liberty empurrou os resultados operacionais do segmento P&C para 2,210 milhões de euros, mais 2,5% em termos homólogos.

As perdas financeiras com catástrofes climáticas registadas nos primeiros nove meses do ano pelo Grupo Generali ultrapassam o seu orçamento previsto para o ano todo, anunciou a seguradora em comunicado relativo aos resultados financeiros.

Cristiano Borean, CFO do Grupo Generali, acredita que a companhia está no “caminho certo para concluir com sucesso o plano ‘Lifetime Partner 24: Driving Growth’ ” e adianta que a nova estratégia está em desenvolvimento e “será apresentada em 30 de janeiro de 2025”.

O mesmo já tinha acontecido no ano passado, e resultou no aumento dos custos do grupo com a cobertura de resseguro. Em resposta, a Generali vai adotar uma abordagem mais flexível e ajustável na definição dos preços das apólices de seguros do segmento P&C (propriedade e acidentes).

Apesar do elevado impacto das catástrofes climáticas, os resultados operacionais (volume de negócios menos os custos da empresa para assegurar o exercício da sua atividade) do segmento P&C subiram para 2,210 milhões de euros do ínicio do ano até 30 de setembro, mais 2,5% em termos homólogos, empurrados pela compra das operações da Liberty Seguros em Portugal, Espanha e na Irlanda.

Este resultado alinha-se com o objetivo do grupo de reforçar a sua liderança no mercado europeu de seguros para particulares, profissionais e pequenas e médias empresas (PMEs) nesse segmento.

Lucros sobem 5% nos primeiros nove meses do ano

Os lucros do grupo subiram para 3 mil milhões de euros de janeiro a setembro, uma subida de 5% em termos homólogos. Já o resultado líquido ajustado foi de 2,9 mil milhões, uma queda de 3,3% face aos primeiros nove meses do ano passado, mas se não se contabilizar um ganho de capital pontual positivo no ano passado registou uma subida de 3,4%.

Enquanto os prémios brutos emitidos subiram 18,1% em termos homólogos para 70,7 mil milhões de euros, impulsionados pelo segmento Vida, com crescimento de 23,3% e P&C, 9,8% (subida dos resultados brutos).

De acordo com os resultados financeiros divulgados, o grupo registou um crescimento de 7,9% do resultado operacional para 5,4 mil milhões de euros, empurrado pelos segmentos Vida e Gestão de Ativos e Património.

Cristiano Borean, CFO do Grupo Generali, acredita que a companhia está no “caminho certo para concluir com sucesso o plano ‘Lifetime Partner 24: Driving Growth’ ” e adianta que a nova estratégia está em desenvolvimento e “será apresentada em 30 de janeiro de 2025”.

Dado importante é a solvência ou solidez das seguradoras que final de 2023 se fixou nos 220%. O rácio de solvência, que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas foi de 209% no terceiro trimestre deste ano, refletindo uma queda de 11% face à registada no final do ano passado, mas acima dos 100% necessários para garantir que a empresa tenha capacidade de pagar os seus compromissos a médio e longo prazo. Segundo a Generali, o capital gerado nesse período compensou o impacto da aquisição da Liberty Seguros, assim como das mudanças regulatórias, variações de mercado e fatores não económicos.

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5ª Conferência: Setor segurador evolui “se estiver inserido num Estado que promova” inovação

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2024

João Silva Lopes, Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, apresentou os planos do Governo para a inovação digital do país e como tal beneficia o setor segurador.

João Silva Lopes, Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, encerrou a Conferência Anual ECOseguros, onde apresentou a estratégia do Governo para a evolução digital e a sua conexão com o setor segurador.

A sessão de encerramento da 5.ª Conferência Anual Ecoseguros foi realizado por João Silva Lopes, Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças. Na sua intervenção afirmou que o setor segurador só consegue dar “um passo à frente” na evolução e adaptação às necessidades dos consumidores, “se estiver inserido num estado que promova essa inovação, conhecimento e reconhecimento”.

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar na passada semana em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

setor segurador só consegue dar “um passo à frente” na evolução e adaptação às necessidades dos consumidores, “se estiver inserido num estado que promova essa inovação, conhecimento e reconhecimento”.

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Seguradoras angolanas pagaram 82 milhões de euros em indemnizações por seguros de saúde

  • ECO Seguros
  • 17 Novembro 2024

Estes dados surgem no âmbito da caminhada alusiva ao Outubro Rosa e Novembro Azul que visa reforçar o compromisso das instituições com a consciencialização sobre o cancro da mama e próstata.

As seguradoras angolanas pagaram cerca de 79 mil milhões de kuanzas (82 milhões de euros) em indemnizações a segurados com seguros de saúde até ao terceiro trimestre do ano, segundo a ARSEG, entidade reguladora do setor.

A ARSEG juntou-se ao Banco Nacional de Angola e à Comissão do Mercado de Capitais e mobilizou milhares de pessoas em Luanda para uma caminhada de sensibilização para prevenir o cancro da mama e da próstata.

Estes dados surgem no âmbito da caminhada alusiva ao Outubro Rosa e Novembro Azul, realizada este sábado, organizada pela parceria entre a Agência Angola de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), em parceria com o Banco Nacional de Angola (BNA) e a Comissão do Mercado de Capitais (CMC).

O evento visa reforçar o compromisso das instituições com a consciencialização sobre o cancro da mama e próstata.

Nesse sentido, realizaou-se uma campanha de doações ao hospital oncológico.

Importa relembrar que a produção de seguros em Angola cresceu 21,4% em 2023, em relação ao período homólogo, atingindo prémios brutos de 379,7 mil milhões de kwanzas (369 milhões de euros).

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Espanhola FOSSA Systems abre centro em Portugal para desenvolver nanossatélites

A empresa espanhola FOSSA Systems, especializada na produção de nanossatélites, abriu esta semana um centro de investigação em Portugal, num investimento inicial de dois milhões de euros.

A empresa espanhola FOSSA Systems, especializada na produção de nanossatélites e outra tecnologia e serviços de recolha de dados em zonas remotas, abriu esta semana um centro de investigação em Portugal, num investimento inicial de dois milhões de euros.

A FOSSA Systems foi criada em 2020 e passou de contar com os dois sócios fundadores a ter hoje 32 colaboradores, tendo entretanto desenvolvido e colocado em órbita cerca de 20 satélites de teste, para recolha de dados, através de uma ligação direta a sensores colocados em infraestruturas ou unidades móveis na Terra.

Já este ano, conseguiu um financiamento de 6,3 milhões de euros de um consórcio de fundos de investimento em que está incluído o Indico Capital Partners. Este financiamento foi um dos motivos que levou a empresa a instalar-se agora em Portugal, com um centro de investigação e desenvolvimento (I+D), em Oeiras, no distrito de Lisboa, mas não o único, disse à Lusa Julián Fernández, que é um dos fundadores da FOSSA Systems.

Para além da proximidade a Espanha, Portugal oferece “disponibilidade de talento” de que a empresa precisa neste momento, disse Julián Fernández.

A empresa arrancou com o centro de I+D em Portugal com a contratação de seis engenheiros saídos do Instituto Superior Técnico (Lisboa) e da Universidade do Minho e espera nos próximos três anos aumentar o pessoal para 15 a 20 pessoas, disse o fundador da FOSSA Systems. “E estamos em processo de procura de mais financiamento também para o centro“, acrescentou.

A atividade do centro instalado em Oeiras será a mesma da realizada na sede em Madrid: desenvolvimento e produção de tecnologia no âmbito da designada Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).

Neste caso, a IoT funciona à margem das redes de Internet de alta velocidade e tem como objetivo a recolha de dados numa ligação direta entre dispositivos colocados na Terra (sensores) e outros que estão em órbita (satélites), sem passar pelas operadoras de telecomunicações ou outras redes.

É especialmente relevante para recolha de informação e monitorização de infraestrutura ou transportes em zonas remotas e tem crescido a sua aplicação em áreas como a agricultura ou o transporte marítimo, por exemplo.

É também procurada e desenvolvida por entidades governamentais, por funcionar num circuito fechado, sem envolvimento de terceiros ou operadores externos, oferecendo assim garantias de segurança que a Internet de alta velocidade não dá.

A FOSSA Systems desenvolve uma “tecnologia de satélite própria” e completa e “miniaturizou satélites”, produzindo atualmente dispositivos destes com menos de 10 quilogramas, segundo Julián Fernández.

Trata-se de dispositivos que “democratizam o acesso ao espaço”, porque são “muito mais baratos” do que aqueles que produziam as grandes empresas no passado recente, explicou. Segundo Julián Fernández, há neste momento outras empresas a desenvolver e a produzir o mesmo tipo de tecnologia, incluindo a portuguesa Connected, mas a FOSSA Systems é pioneira no desenvolvimento de um “serviço completo”, que inclui a criação e fabricação dos satélites, sensores e outros dispositivos, mas também do próprio “serviço de conectividade”.

A empresa tem agora objetivos de prosseguir a internacionalização, mas a nível comercial, não com a abertura de centros de investigação em outros países para além de Portugal. “O nosso foco e objetivo é ter uma rede de 80 satélites em órbita baixa que possam comunicar via satélite todo o tipo de sensores colocados em ativos em zonas remotas”, disse Julian Fernández, que referiu áreas como a logística, a agricultura, a energia ou a defesa.

O objetivo é ter os 80 satélites a operar “nos próximos anos” e a empresa espera começar a prestar serviço comercial em 2025. Segundo Julián Fernández, entre os primeiros clientes da FOSSA Systems estão empresas como a Microsoft e entidades governamentais.

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Montenegro visita Brasil com G20 no centro da agenda

  • Lusa
  • 17 Novembro 2024

Luís Montenegro realiza entre segunda e quarta-feira a sua primeira visita ao Brasil primeiro, com a agenda centrada na cimeira de chefes de Estado e do Governo do G20, enquanto país convidado.

Luís Montenegro realiza entre segunda e quarta-feira a sua primeira visita ao Brasil enquanto primeiro-ministro, com a agenda centrada na participação na cimeira de chefes de Estado e do Governo do G20, enquanto país convidado do anfitrião.

Desde que tomou posse em abril, o chefe do Governo português já foi por duas vezes aos Estados Unidos, onde participou na cimeira da NATO e na Assembleia Geral das Nações Unidas, fez visitas oficiais a Cabo Verde e a Angola, acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nas comemorações oficiais do 10 de junho na Suíça e fez curtas deslocações a Espanha (a primeira viagem do seu mandato), à Alemanha e a França para se encontrar com os líderes destes países, além de participar nos Conselhos Europeus formais e informais.

Marcelo Rebelo de Sousa foi, desde o início do seu primeiro mandato em 2016, oito vezes ao Brasil, a última das quais em janeiro de 2023 para assistir à posse de Lula da Silva como Presidente, e já anunciou que tenciona voltar a este país no próximo ano, previsivelmente em fevereiro.

Também o Presidente da República Federativa do Brasil, Lula da Silva, deslocou-se várias vezes a Portugal nos últimos anos, a última das quais em abril de 2023, numa visita de Estado que incluiu uma cimeira luso-brasileira.

Do programa de três dias de Luís Montenegro no Brasil, quase dia e meio será dedicado à cimeira de chefes de Estado e do G20, que decorre segunda e terça-feira no Rio de Janeiro. “Tem sido uma honra para Portugal participar neste importante fórum multilateral que é o G20, como país observador, a convite da Presidência brasileira“, referiu o primeiro-ministro português, numa entrevista à Folha de São Paulo, divulgada no sábado.

Nesta entrevista, Montenegro manifesta apoio às três prioridades definidas pelo Brasil para a cimeira – o combate à fome e à pobreza, a transição energética e a promoção do desenvolvimento sustentável, e a reforma da governação global –, “que convergem com as prioridades da participação portuguesa”. “Tal é evidente no apoio que demos, desde a primeira hora, à criação da Aliança contra a Fome e a Pobreza, da qual somos membros fundadores e para a qual decidimos contribuir financeiramente“, acrescenta, dizendo esperar que o G20 no Rio se consagre como “um momento crucial” na “construção de um mundo mais justo e sustentável”.

Acompanhado do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o primeiro-ministro participará na segunda-feira de manhã precisamente no lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, e intervirá na primeira sessão de trabalho da cimeira, dedicada à inclusão social. Durante a tarde, Luís Montenegro participará na segunda sessão de trabalho, centrada na reforma das instituições de governação global, um tema que esteve muito presente na recente participação do primeiro-ministro português na Assembleia Geral da ONU, em setembro.

Acompanhado do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o primeiro-ministro participará na segunda-feira de manhã precisamente no lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, e intervirá na primeira sessão de trabalho da cimeira, dedicada à inclusão social. Durante a tarde, Luís Montenegro participará na segunda sessão de trabalho, centrada na reforma das instituições de governação global, um tema que esteve muito presente na recente participação do primeiro-ministro português na Assembleia Geral da ONU, em setembro.

No seu discurso perante as Nações Unidas, o primeiro-ministro defendeu então uma reforma institucional, com mudanças no Conselho de Segurança, “que o torne mais representativo, ágil e funcional”, com mudanças na sua composição e “a limitação e o maior escrutínio do direito de veto”.

Nessa ocasião, declarou apoio às pretensões do Brasil e da Índia de se tornarem membros permanentes e aproveitou para destacar a candidatura de Portugal a um lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança, para o biénio 2027-2028.

A terceira e última sessão de trabalho da reunião de chefes de Estado e de Governo do G20, já na terça-feira, vai centrar-se no desenvolvimento sustentável e transição energética, antes da apresentação das conclusões da cimeira e da passagem da presidência brasileira do G20 à África do Sul.

As últimas horas do programa do primeiro-ministro no Rio de Janeiro serão passadas com a comunidade portuguesa e numa visita ao Real Gabinete Português de Leitura, ponto habitual dos programas de chefes de Governo e de Estado portugueses nesta cidade, e ao qual Montenegro entregará a obra completa do ensaísta Eduardo Lourenço, uma edição da Fundação Calouste Gulbenkian.

Em São Paulo, na quarta-feira, o programa voltará a ser centrado na comunidade e na língua portuguesas, com um almoço com emigrantes na Casa de Portugal, e uma visita ao Museu da Língua Portuguesa, ao qual Montenegro entregará os três volumes da obra completa de Luís de Camões, uma edição preparada por Maria Vitalina Leal de Matos, no ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento do poeta português.

A defesa do português como língua oficial das Nações Unidas foi outra ambição defendida pelo primeiro-ministro na recente Assembleia Geral desta organização, referindo-se tratar-se de um objetivo comum da CPLP e do Presidente do Brasil, Lula da Silva, com quem esteve num evento comum em Nova Iorque nessa ocasião.

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Portugal é um dos três campeões do euro na redução da dívida pública

Previsões da Comissão Europeia colocam Portugal entre os três países que mais reduzem o rácio da dívida pública entre 2024 e 2026. É também um dos poucos com melhor saldo do que em 2019.

O rácio da dívida pública portuguesa deverá reduzir-se de 95,7% este ano para 90,5% em 2026, de acordo com as previsões da Comissão Europeia, divulgadas esta sexta-feira. A concretizar-se será uma redução de 5,2 pontos percentuais (pp.), colocando o país como um dos três campeões da Zona Euro na diminuição do rácio em dois anos.

As previsões de outono da Comissão Europeia apontam para que a média da dívida do euro se situe em 89,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e aumente ligeiramente para 90% em 2026, enquanto a da União Europeia suba de 82,4% este ano para 83,4% em 2026. Portugal não é, contudo, um dos países que contribuem para os aumentos de 0,9 pontos e de um ponto, respetivamente.

A liderar o ranking dos países com a maior redução em dois anos prevista para o rácio está a Grécia (-10,4 pontos), seguida pelo Chipre (-9,7 pontos) e por Portugal (-5,2 pontos). Em sentido contrário, a Lituânia deverá registar a maior subida (+6,3 pontos), seguida pela Irlanda (+4,8 pontos) e França (+4,4 pontos).

Ainda assim, Bruxelas destaca que até o final de 2026, a maioria dos países da União Europeia deverá ter rácios abaixo dos registados em 2020. Como exemplo, aponta o caso da Grécia, Chipre e Portugal com reduções de 67 pontos, 57 pontos e 44 pontos, respetivamente. Por outro lado, Bélgica, Grécia, Espanha, França e Itália deverão ter uma dívida acima de 100% do PIB em 2026.

Crescimento das receitas ajuda a reduzir défices

A Comissão Europeia destaca ainda que o crescimento das receitas em percentagem do PIB (0,5 pontos) deverá superar o da despesa (0,2 pontos), impulsionando a redução do défice da União Europeia em 2024. Em 2025, o rácio receitas/PIB deverá continuar a crescer, também devido a transferências mais elevadas do orçamento da UE e a medidas discricionárias.

Bruxelas estima que dez Estados-Membros da UE tenham um défice superior a 3% do PIB em 2024, um número que deverá permanecer estável em 2025, com alguma variação na composição dos países.

Em 2026, a maioria dos Estados-Membros, com exceção de Chipre, Irlanda, Portugal e Espanha, deverão registar situações orçamentais ainda inferiores às de 2019, pouco antes da pandemia, com nove ainda apresentando um défice superior a 3%, com base num cenário de políticas inalteradas“, sublinha.

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“Portugal está bem, num mundo que não está bem”, diz Marcelo no Equador

  • Lusa
  • 16 Novembro 2024

"Portugal está politicamente estável, Portugal está com as contas do Estado certas, Portugal está a crescer este ano, e vai crescer 2%", disse perante portugueses e lusodescendentes em Quito.

O Presidente da República descreveu hoje Portugal como um país que se destaca no contexto mundial por estar bem, politicamente estável, com contas certas e que vai crescer 2%, num discurso em Quito, no Equador.

Marcelo Rebelo de Sousa falava perante uma centena de portugueses e lusodescendentes, num hotel em Quito, último ponto do seu programa no Equador, depois de ter participado na 29.ª Cimeira Ibero-Americana, em Cuenca, entre quinta e sexta-feira.

Quero dizer-vos Portugal está bem, num mundo que não está bem, numa Europa com complicações, numa América Latina com complicações”, declarou.

O chefe de Estado acrescentou que “Portugal está politicamente estável, Portugal está com as contas do Estado certas, Portugal está a crescer este ano, e vai crescer 2%”.

“Portugal está a continuar a crescer no turismo, acaba de bater o recorde de receitas do turismo. Portugal continua a crescer em investimento. Mas queremos mais, queremos mais. E convosco vamos mais longe”, concluiu, dirigindo-se aos emigrantes portugueses e lusodescendentes.

Depois deste encontro, em que também esteve o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, o Presidente da República seguiu para o aeroporto, para viajar de regresso a Portugal, onde chegará no domingo.

No cenário macroeconómico incluído na proposta de Orçamento para 2025, o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025 e que a taxa de inflação diminua para 2,6% neste ano e 2,3% no próximo.

Quanto ao saldo entre receitas e despesas, o executivo pretende alcançar excedentes orçamentais de 0,4% neste ano e de 0,3% no próximo ano. Relativamente ao rácio da dívida pública, o Governo estima a sua redução para 95,9% do PIB em 2024 e para 93,3% em 2025.

Neste momento, prossegue a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025. O encerramento e a votação final global estão marcados para 29 de novembro.

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📹 Portugueses compram dois pares de sapatos por ano

Quanto pagam pelo calçado e o que influencia a decisão de compra? Quantos pares têm no armário os homens e as mulheres? Por quanto tempo o utilizam e quantos e como os descartam? Veja no vídeo.

Em média, os portugueses compram dois pares de sapatos por ano com um preço médio entre 41 e 60 euros. O que influencia a decisão de compra e quantos têm em uso no armário os homens e as mulheres? Por quanto tempo os utilizam, quantos descartam por ano e o que fazem com eles?

A Lipor realizou um estudo sobre os hábitos dos consumidores de calçado em Portugal, no âmbito do projeto BioShoes4All, com o objetivo de compreender o ciclo de vida dos produtos e promover práticas sustentáveis no setor. Veja no vídeo as principais conclusões.

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Dono de alojamentos locais abre primeiro hotel “japonês” no Porto

Empresa que explora 50 apartamentos de alojamento local em Lisboa e no Porto investe agora numa primeira unidade hoteleira no centro do Porto e tem um plano de expansão ambicioso até 2027.

A portuguesa Imani Assets, proprietária e/ou gestora de mais de 50 apartamentos em Lisboa e no Porto, através da marca Upperground, prepara-se no arranque do próximo ano para abrir uma primeira unidade hoteleira na Invicta com a insígnia Kodawari. O plano da empresa liderada por Gonçalo Araújo Fernandes é chegar aos 20 hotéis em Portugal até ao final de 2027.

“O Kodawari Flores, na Rua das Flores, será a primeira unidade a abrir, durante o primeiro trimestre de 2025 e estamos a estudar mais dois ativos no Porto em localizações absolutamente prime“, conta o empresário. Gonçalo Araújo Fernandes indica ainda ao ECO que tem “planos de expandir para Lisboa” e está neste momento a “estudar um ativo, em particular, e outros ativos numa fase mais inicial nas principais localizações da capital, de modo a anunciar em breve mais unidades a serem exploradas pela marca”.

Prevemos cerca de 15 a 20 unidades consolidadas em Portugal antes de começarmos o nosso plano de internacionalização.

Gonçalo Araújo Fernandes

CEO da Kodawari Residences

O líder da Imani Assets prevê chegar a “cerca de 15 a 20 unidades consolidadas em Portugal antes de começar o plano de internacionalização”. E de onde vem o nome Kodawari? “Nasce de uma expressão japonesa, que pretende explicar a busca constante pela perfeição num determinado produto, serviço ou conceito – e persegui-lo com paixão, insistência e resiliência”, responde.

Localizada em pleno centro histórico da cidade Invicta, esta nova unidade conta com 15 suítes e promete “oferecer a melhor noite de sono de sempre” através das Hästens, que apresenta como “as melhores camas do mundo”, fabricadas à mão, e dos cobertores Blanky. A plataforma já está a aceitar reservas e uma noite custa entre 150 e 170 euros.

 

Gonçalo Araújo Fernandes, CEO da Kodawari e acionista maioritário da Imani AssetsKodawari

Com mais de 20 anos de experiência em finanças e gestão, Gonçalo Araújo Fernandes, licenciado em Gestão de Empresas e com um um MBA em Estratégia e Marketing pelo ISEG, detalha ao ECO que “esta primeira unidade vai ser explorada por um período de 20 anos, sendo que o investimento da Kodawari no arrendamento é de cerca de 3,6 milhões de euros para a maturidade (TCV, Total Contract Value)”.

“O modelo de negócios da Kodawari passa por fazermos o procurement dos ativos que pretendem arrendar, passar os mesmos aos nossos investidores que adquirem o ativo, investem na conversão (obras) e nós arrendamos e exploramos os ativos ‘chave na mão’ por períodos de 20 a 40 anos, dando, claro, rentabilidades bastante acima do mercadoyields anuais de 6% a 9%)”, pormenoriza.

Fundada em dezembro de 2014 por Gonçalo Araújo Fernandes, a Imani Assets tem sede em Lisboa e no ano passado registou uma faturação de 1,1 milhões de euros, de acordo com os dados consultados na plataforma da consultora Informa D&B.

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