5ª Conferência Ecoseguros: Como garantir segurança financeira na reforma

  • ECO Seguros
  • 10 Novembro 2024

No painel apontaram-se estratégias que visam garantir a sustentabilidade financeira das famílias, com foco na saúde e prevenção para idosos, responsabilidade individual e apoio do setor privado.

O painel “Seguros de vida: Longevidade, sustentabilidade e oportunidades”, contou Marta Graça Ferreira, Presidente da Real Vida, Luiz Ferraz, CEO da Prévoir Vie, Isabel Castelo Branco, CEO BPI Vida e Pensões e com Gonçalo Castro Pereira, Vice-Presidente da Gamalife e foi moderado por Francisco Botelho, Diretor ECO Seguros.

O painel “Seguros de Vida: Longevidade, Sustentabilidade e Oportunidades” reuniu Marta Graça Ferreira, Presidente da Real Vida, Luiz Ferraz, CEO da Prévoir Vie, Isabel Castelo Branco, CEO BPI Vida e Pensões e com Gonçalo Castro Pereira, Vice-Presidente da Gamalife. Foram apontadas estratégias para garantir que a sustentabilidade financeira das famílias acompanha o aumento da esperança média de vida. Entre estas defendeu-se soluções voltadas para a prevenção da doença e apoio à saúde de clientes mais velhos, defendeu-se que a sustentabilidade financeira dependerá da responsabilidade individual em investir na segurança financeira futura e que, nesse sentido, o setor privado deve complementar os esforços públicos com ofertas que promovam a proteção financeira no longo prazo.

Veja, ou reveja o painel:

 

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar a 30 de outubro em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5.ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mútua saúde: “Não somos concorrentes, somos alternativa”

A nova operadora de seguros de saúde apresentou-se em Lisboa juntando centenas de protagonistas do setor em Portugal.

A MPS – Mútua Saúde realizou a sua apresentação oficial na semana passada em Lisboa, juntando os seus fundadores e muitos protagonistas para celebrar o arranque das operações.

A apresentação da MPS incluiu um debate, moderado por Sara Pinto, que juntou Maria de Belém Roseira, Adalberto Campos Fernandes, José Germano de Sousa e Rui Leão Martinho.

“Ao fim de um ano faremos um balanço”, sublinhou Rui Leão Martinho, presidente da administração da Mútua Saúde que reforçou estar a nova seguradora dirigida “às empresas que não têm seguros de saúde para os seus empregados”, com possibilidade de estes seguirem com os seus contratos sozinhos mesmo depois de reformados.

Nelson Rianço, CEO da Mútua, acentuou que a MPS “não é concorrente de ninguém, é alternativa” no segmento dos seguros de saúde, realçando as suas características mutualistas que estão na origem do projeto.

Também falaram os co-fundadores, José de Pina, Almeida Lopes, João Proença e Ema Paulino, todos abordando diversos aspetos que levaram à constituição da MPS.

Um debate, moderado por Rui Leão Martinho, foi oportunamente lançado no momento, com a participação dos ex-ministros Maria de Belém Roseira e Adalberto Campos Fernandes e ainda de José Germano de Sousa, administrador do Grupo Germano de Sousa, com o tema “Os desafios da saúde e o papel das seguradoras”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chega vai desencadear novo processo de revisão constitucional

  • Lusa
  • 10 Novembro 2024

O grupo parlamentar do Chega vai desencadear um novo processo de revisão constitucional com "o objetivo fundamental de reduzir para 150 o número de deputados" na Assembleia da República.

O grupo parlamentar do Chega anunciou que vai desencadear um novo processo de revisão constitucional com “o objetivo fundamental de reduzir para 150 o número de deputados” na Assembleia da República. “O Chega proporá que os artigos a rever sejam limitados e sobretudo concentrados na reforma do sistema político português, nomeadamente em termos de composição dos órgãos, regras de transparência, imunidade e competências”, refere o partido em comunicado, acrescentando que o processo deverá ter início “logo que terminem os trabalhos orçamentais“, que se estendem até final de novembro.

O Chega refere que vai reunir ainda esta semana o seu grupo parlamentar, de 50 deputados, “para concluir e ratificar as principais proposições normativas a constar do projeto de revisão constitucional que será submetido ao parlamento“.

A interrupção súbita da última legislatura, bem como a falta de vontade evidenciada pelo PS, impediram a conclusão de uma reforma constitucional que é necessária e fundamental a Portugal. Por isso, o grupo parlamentar do Chega focar-se-á na obtenção de consensos entre os três maiores partidos para uma alteração cirúrgica à Constituição da República que permita a modernização institucional e jurídica de que o país precisa“, acrescenta o partido.

Na última legislatura, iniciou-se um processo de revisão constitucional, interrompido em novembro de 2023 após o anúncio de dissolução do parlamento e eleições antecipadas.

Esse 12º processo de revisão da Constituição da República Portuguesa (só sete foram concluídos com sucesso) tinha sido desencadeado também com a apresentação de um projeto do Chega, em outubro de 2022, seguido por todas as bancadas e deputados únicos, num total de oito projetos e 393 propostas de alteração, revogação e aditamento de artigos à lei fundamental.

Devido à dissolução do parlamento, aquela que seria a oitava revisão da Constituição — quase 20 anos depois da anterior mudança (2005) — ficou mais uma vez pelo caminho, sendo possível uma revisão ordinária na atual legislatura.

De acordo com a Constituição, a Assembleia da República pode rever a Lei fundamental decorridos cinco anos sobre a data da publicação da última lei de revisão ordinária e a iniciativa pode partir de qualquer deputado. “Apresentado um projeto de revisão constitucional, quaisquer outros terão de ser apresentados no prazo de trinta dias“, diz ainda a Constituição, que determina que qualquer alteração tenha de ser aprovada por maioria de dois terços.

Na atual legislatura, tal como na anterior, apenas PSD e PS somados somam os dois terços dos deputados necessários para rever a Constituição, não sendo possível alterar qualquer artigo se pelo menos um dos dois maiores partidos for contra.

No anterior processo de revisão, duas das áreas em que PS e PSD tinham registado consenso era na possibilidade de incluir na Constituição o isolamento de doentes graves e contagiosos sem recurso ao estado de emergência ou o acesso pelos serviços de informações a metadados de comunicações.

O reforço dos direitos ambientais e dos animais ou a modernização da linguagem constitucional eram outas das mudanças à vista, num processo em que o PS até demonstrou abertura para algumas alterações pontuais no sistema político, área que tinha rejeitado à partida mexer.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sabseg lança seguro para proteger funcionários da Administração Pública

A corretora oferece um produto de responsabilidade civil de marca própria fornecido pela seguradora Berkley. Para começar, quase 2 mil sócios da ATAM podem ficar protegidos por atos negligentes.

A Sabseg acaba de lançar um produto de marca própria de Responsabilidade Civil para os funcionários da generalidade da Administração Pública. “Este importante passo foi dado após um ano e meio de trabalho em conjunto com a seguradora Berkley”, avançou fonte da Sabseg.

Os cerca de 1.800 sócios da ATAM – Associação dos Trabalhadores da Administração Local, aqui no seu recente colóquio nacional, podem já usufruir de condições especiais no novo seguro.

O produto garante a Responsabilidade Civil de Administradores ou titulares e funcionários da Administração Pública, por reclamações decorrentes de atos de gestão negligente, cometidos ou supostamente cometidos pelos segurados, unicamente no desempenho das suas funções.

Podem estar elegíveis para o seguro titulares eleitos, nomeados, designados, providos ou contratados, incluindo dirigentes, técnicos superiores – como arquitetos, engenheiros e outros técnicos qualificados -, gestores de contrato, bem como, os funcionários integrantes de carreira administrativa, com capitais de coberturas variáveis por “grupos funcionais”.

Com o prémio a começar nos 187,15 euros anuais, este é um seguro, cuja primeira incidência esperada será na Administração Local. Como resultado a Sabseg já estabeleceu uma parceria com a ATAM – Associação dos Trabalhadores da Administração Local, os seus associados poderão usufruir de uma discriminação positiva, começando, para estes, um prémio de apenas 147,15 euros anuais para os seus cerca de 1.800 associados.

As coberturas previstas têm início na Responsabilidade patrimonial perante a Administração Pública, como em Ação de Regresso, em Indemnização Direta e em Responsabilidade Financeira Reintegratória. Também em Responsabilidade civil conexa com responsabilidade penal e a Responsabilidade civil por “práticas laborais indevidas” do segurado estão asseguradas.

Podem ainda ser subscritas extensões de Cobertura para Gastos legais de Defesa, Caução para garantia de responsabilidade civil, Caução penal ou caução para evitar a prisão preventiva, Gastos de comunicação, reintegração de imagem ou relações públicas, Gastos de Emergência, Responsabilidade em Entidades Externas, Perda de Documentos e ainda Gastos com assistência psicológica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bitcoin bateu novo recorde à boleia de Trump. Ultrapassou os 80 mil dólares

A eleição de Donald Trump está a puxar pelas critptomoedas. A bitcoin atingiu os 80.092 dólares pela primeira vez.

A bitcoin ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 80 mil dólares, à boleia da anunciada estratégia de Donald Trump para os ativos digitais e de um Congresso pró-criptomoedas. Neste domingo, a bitcoin atingiu os 80.092 dólares, depois de subir 4,7%.

Donald Trump anunciou em campanha eleitoral, e repetiu no discurso de vitória, que quer pôr os EUA no centro da indústria de ativos digitais, incluindo a criação de uma almofada estratégica de bitcoin, e revelou que quer nomear regulares e supervisores que são defensores dos ativos digitais. E esta visão ganhou uma particular força junto dos investidores porque está em vias de controlar as duas câmaras.

De acordo com os dados da Bloomberg, a bitcoin valorizou cerca de 91% este ano, um crescimento suportado na procura sustentada de ETF e pela redução dos juros da Fed. Esta valorização, que acelerou depois da vitória de Trump no dia 5 de novembro, já ultrapassa a rentabilidade de produtos como as ações e o ouro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Líder da Agência de Energia Atómica regressa ao Irão para discutir produção de urânio

  • Lusa
  • 10 Novembro 2024

O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, inicia na quarta-feira uma nova visita ao Irão, anunciaram hoje as autoridades iranianas.

O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, inicia na quarta-feira uma nova visita ao Irão, anunciaram hoje as autoridades iranianas. Segundo a agência noticiosa oficial IRNA, o diplomata “chegará na quarta-feira a convite oficial da República Islâmica do Irão” e estão previstas várias reuniões a partir do dia seguinte, na primeira visita após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas.

Durante o primeiro mandato de Trump, os Estados Unidos retiraram-se em 2018 de um acordo internacional que deveria regular as atividades atómicas do Irão em troca do levantamento das sanções internacionais.

Nos últimos anos, falharam todas as tentativas de relançar o acordo celebrado em 2015 entre França, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, a Rússia e China. Desde então, o programa nuclear iraniano continuou a ganhar força, apesar de Teerão negar que tenha qualquer intenção de produzir uma bomba atómica.

De acordo com a AIEA, a República Islâmica aumentou consideravelmente as suas reservas de urânio enriquecido a 60%, condição essencial para desenvolver uma arma atómica, que exige material enriquecido a 90%.

Mas desde a tomada de posse, em agosto, do novo Presidente reformista, Massoud Pezeshkian, Teerão tem manifestado o seu desejo de relançar as negociações para reavivar o acordo.

O Comissário Grossi visitou o Irão pela última vez em maio e, então, apelou a medidas “concretas” para ajudar a reforçar a cooperação sobre o programa nuclear iraniano numa conferência de imprensa na província de Isfahan, onde se situa a central de enriquecimento de urânio de Natanz.

No final de setembro, Grossi afirmou que o Irão parecia estar pronto para retomar as negociações nucleares, embora ainda recusasse permitir o regresso às suas instalações dos inspetores cuja acreditação tinha sido retirada.

Desde 2021, o Irão reduziu drasticamente as inspeções às suas instalações nucleares. As câmaras de vigilância foram desligadas e a acreditação de um grupo de peritos foi retirada, algo que a AIEA tem criticado

Rafael Grossi, cujas relações com as autoridades iranianas se deterioraram nos últimos anos devido à sua falta de cooperação, deverá pressionar o Irão para garantir que os inspetores banidos dos locais sejam autorizados a regressar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

INEM diz que tempo médio de espera é agora de 19 segundos

  • Lusa
  • 10 Novembro 2024

O tempo médio de espera de atendimento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) é no dia de hoje de 19 segundos, indicou o INEM, e já está em funcionamento a triagem automática.

O tempo médio de espera de atendimento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) é no dia de hoje de 19 segundos, indicou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), acrescentando já estar em funcionamento a triagem automática. “Os tempos médios de atendimento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) registam agora, em média, 20 segundos de espera. No dia de hoje, 09 de novembro, o tempo médio é de 19 segundos“, indicou o INEM num comunicado.

Segundo o instituto, estes tempos são o resultado das medidas de contingência implementadas, “com vista à otimização do funcionamento da central médica” do INEM. Uma das medidas implementadas foi um mecanismo de atendimento automático, “acionado apenas em momentos de sobrecarga do sistema do CODU”. Estas medidas surgem depois de várias críticas e queixas a atrasos e falhas do INEM, que terão causado a morte a, pelo menos, 10 pessoas. Está e curso uma investigação a estas mortes e à relação com a greve às horas extraordinárias no INEM, suspensa depois de o Governo ter aberto negociações salariais e de carreira.

Assim, “se o tempo de espera atingir os três minutos, a chamada é imediatamente atendida e o contactante responderá com SIM ou NÃO às questões colocadas, permitindo de forma rápida e automática priorizar a gravidade das situações”, explica o comunicado. “Consoante o nível de gravidade, serão acionados meios de emergência ou as chamadas transferidas para o SNS 24”, acrescenta.

O INEM indicou ainda que já reforçou as escalas no período diurno e que foram integrados enfermeiros nas equipas do CODU. O Instituto Nacional de Emergência Médica comprometeu-se ainda a “desenvolver todos os esforços no sentido de melhorar o atendimento aos cidadãos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crise em Moçambique põe empresas em alerta. Segurança é a prioridade

As empresas portuguesas estão "a acompanhar a situação" em Moçambique, onde a violência tem estado a escalar nos últimos dias, após os resultados das eleições.

É no distrito de Boane, Província de Maputo, que a Sumol Compal tem instalada uma das suas cinco unidades industriais — as outras quatro estão em Portugal. Com o país a atravessar um período de grande instabilidade devido às manifestações após as últimas eleições, a empresa garante que “está a monitorizar a evolução da situação em Moçambique”, onde tem cerca de 150 colaboradores. À semelhança da Sumol Compal, outras empresas no país garantem que estão a “a acompanhar” a situação, mas continuam a operar.

A contestação aos resultados das eleições do passado dia 9 de outubro, incitada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, acelerou uma série de protestos no país, que resultaram em violentos confrontos com a polícia, mortes e desordem. As eleições que deram a vitória ao partido no poder, a Frelimo e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo, têm sido amplamente contestadas, com acusações de fraude. Uma situação que está a paralisar o país e a criar um clima de grande insegurança.

“A segurança dos trabalhadores é a nossa prioridade pelo que estamos em contacto permanente com as nossas equipas”, afiança fonte oficial da Sumol Compal ao ECO. Com uma fábrica em Moçambique, inaugurada em 2013, a empresa, liderada por Diogo Dias desde o passado mês de setembro, é uma das companhias portuguesas que tem em Moçambique uma importante parte do seu negócio.

A propósito da comemoração da primeira década da unidade no país, celebrada no ano passado, a empresa destacou que, “nos últimos 10 anos, investimos não apenas na produção de bebidas de qualidade, mas também na inovação constante”.

A banca portuguesa é outro dos setores com forte exposição a Moçambique, com os principais bancos presentes no país. “O Millennium BIM [banco do BCP em Moçambique], como banco de referência no mercado, zela sempre para a segurança dos seus clientes e colaboradores“, adiantou ao ECO fonte oficial do BCP.

O Millennium BIM [banco do BCP em Moçambique], como banco de referência no mercado, zela sempre para a segurança dos seus clientes e colaboradores. Estamos a acompanhar a situação com atenção, e temos confiança que Moçambique vai superar os desafios com que se está a deparar.

Fonte oficial do BCP

“Estamos a acompanhar a situação com atenção, e temos confiança que Moçambique vai superar os desafios com que se está a deparar”, acrescenta fonte do banco. O Millennium BIM, o segundo maior do país, contribuiu com um resultado líquido de 63,6 milhões de euros para o BCP, o que representa um terço dos lucros de 192,7 milhões gerados pelas operações internacionais do grupo, nos primeiros nove meses do ano.

Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos, que controla o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) no país, também garante que o banco, que foi criado em 1997 e conta com uma rede de mais de 200 agências e mais de 30 centros de atendimento especializados para empresas, está a acompanhar a situação em Moçambique.

“A Covid trouxe coisas negativas de uma forma geral, mas trouxe uma coisa positiva: a forma de trabalhar. Utilizando os meios à disposição, posso dizer que ontem [quarta-feira] a comissão executiva do Banco Comercial e de Investimentos reuniu normalmente. Houve hoje [quinta-feira] comissão de crédito, que também funcionou normalmente“, acrescentou o administrador do banco de capitais públicos, José João Guilherme.

O mesmo responsável adiantou que esta quinta-feira todos os bancos em Maputo estavam encerrados. “Foi uma medida tomada por todos, incluindo pelo banco central. As medidas que tomamos foram no sentido de proteger quer os nossos colaboradores quer os nossos clientes“, explica o administrador.

Encerrados, nos últimos dias, estiveram também os escritórios da Miranda & Associados no país. No entanto, o escritório associado da Miranda em Maputo, a Pimenta e Associados, que tem cerca de 30 pessoas, deverá reabrir esta segunda-feira.

Sem alterações à sua atividade continua também a TAP. “Temos a operação completamente normal“, garante ao ECO fonte oficial da companhia de aviação portuguesa, sem especificar se tem algum plano de contingência caso a situação evolua.

Moçambique é um importante mercado para as empresas portuguesas, que têm grande representação no país nos setores da construção civil e obras públicas, energia, indústria, banca, distribuição e serviços.

Segundo a AICEP em agosto, a propósito da participação das empresas portuguesas na 59.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), Moçambique é um importante destino do investimento português e dispõe de potencial para o incremento da cooperação económica e empresarial, sendo o domínio das energias renováveis uma das áreas com futuro. Historicamente, Portugal está entre os dez maiores exportadores para Moçambique.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Política do PS-Madeira decide votar a favor da moção de censura ao Governo de Miguel Albuquerque

"Miguel Albuquerque está agarrado ao poder pela sua sobrevivência política", "custe o que custar", diz o líder do PS-Madeira, após a reunião da comissão política.

O líder do PS-Madeira confirmou, ao final da tarde deste sábado, que a Comissão Política decidiu votar favoravelmente a proposta do secretariado regional de apoiar a moção de censura apresentada pelo Chega e que será discutida a 18 de novembro.

“Por unanimidade, sublinho, a Comissão Política aprovou esta deliberação. Não poderíamos nem vamos segurar este Governo de Miguel Albuquerque”, afirmou Paulo Cafôfo.

O líder socialista na Madeira aludiu a “problemas graves de indícios de corrupção”.

Ao início da tarde deste sábado, o presidente do Governo Regional da Madeira falou com os jornalistas à saída de uma reunião do PSD-Madeira para assegurar que não se demite. “Eles querem um líder mole para me tomar o poder. Não faço reestruturações do Governo ao sabor do que os partidos dizem”. Fazê-lo agora seria, disse, “sintoma de fraqueza”.

Sobre os cinco membros do seu Governo sob suspeita, o líder regional diz que “vão ser ouvidos [pelo Ministério Público]. Qualquer situação de denúncia anónima faz com que os secretários tenham de ser ouvidos. Se a tática é meterem processos contra o Governo para os secretários serem ouvidos, e de cada vez que é ouvido, cai um secretário, não há Governo que aguente. Não há nenhum facto, nenhum ato, que neste momento possa imputar a qualquer titular de cargo público qualquer situação de irregularidade”, afirmou Albuquerque, assegurando que “ninguém pediu para sair”.

Considerando o total de 47 deputados existentes na Assembleia da Madeira, o PS e o Chega somam 15 deputados, ao passo que o PSD tem 19. Caso o JPP, de quem ainda não se conhece a posição sobre a moção de censura do Chega, decida votar a favor, esse bloco somará os 24 assentos necessários para formar uma maioria contra a manutenção do Governo de Miguel Albuquerque.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Elas são Women in Tech. Conheça as vencedoras dos PWIT Awards

O prémio visa reconhecer os contributos de profissionais mulheres do setor tecnológico. Um total de nove, entre 27 finalistas, foram premiadas. 

Vencedoras dos PWIT Awards 2024

Já são conhecidas as vencedoras da 7.ª edição dos Portuguese Women in Tech Awards (PWIT Awards), competição que reconhece o contributo de mulheres profissionais do setor tecnológico. Um total de nove mulheres, entre 27 finalistas, foram premiadas.

“Ao longo dos anos, os Portuguese Women in Tech Awards têm evoluído e cada vez mais temos conhecido mulheres em tecnologia fantásticas e com anos de trabalho para mostrar a sua qualidade e sucesso”, começa por referir Liliana Castro, cofundadora da Portuguese Women in Tech, ao ECO.

“Esta edição não foi diferente e foram entregues nove prémios, depois de passarmos por milhares de nomeações, dezenas de mulheres selecionadas e um júri com a vida dificultada para encontrar a vencedora de cada categoria”, refere ainda.

O prémio visa reconhecer os contributos de profissionais mulheres do setor tecnológico em categorias como melhor engenheira, melhor gestora de produto ou melhor gestora de operação e inovação. Das 27 finalistas, nove foram premiadas.

 

Conheça as vencedoras:

  • Best Engineer in Portugal powered by Dashlane — Sofia Miranda Test Manager @ Adidas
  • Best Product Manager powered by CISCO — Nina SodagarPMO Lead @ Acceleration, a WPP Company
  • Best Business Operations & Innovation Expert powered by Rumos — Mariana Salvaterra – CEO Portugal @ Zühlke Group
  • Best Data, Analytics & Artificial Intelligence Expert powered by NTT Data — Francisca Vale LimaData Engineer @ Adidas
  • Best Revenue, Growth, Marketing & Sales Expert powered by Natixis — Joana MonteiroSenior Director, EMEA Marketing @ PagerDuty
  • Best Designer (UX/UI Design) powered by FES Agency — Catarina GarciaSenior Product Designer @ Emergn
  • Best Customer Experience Expert powered by Continental — Inês Dantas CoelhoHead of Digital B2C Channel @ CTT
  • Best Community Lead powered by BOSCH — Cíntia Costa Communications & Community Manager @ 351 Portuguese Startup Community
  • Best People, Culture & Talent Acquisition Expert powered by Pager Duty — Ana CorreiaEmployer Branding Portugal, Serbia and Bulgaria @ Zühlke Group

Veja mais aqui:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Borrell afirma que tropas norte-coreanas são globalização da guerra na Ucrânia

  • Lusa
  • 9 Novembro 2024

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Segurança alertou para a "globalização da guerra" feita com a incorporação de soldados norte-coreanos nas tropas russas.

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Segurança, Josep Borrell, alertou neste sábado, em Kiev, que a incorporação de soldados norte-coreanos nas tropas russas representa uma “globalização da guerra”.

“Quem imaginaria que as tropas norte-coreanas estariam a lutar contra a Ucrânia”, disse Borrell numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrí Sibiga, realizada em Kiev, na Ucrânia.

Borrell destacou a necessidade de aumentar a pressão diplomática sobre a Coreia do Norte para evitar que Pyongyang envie mais soldados para lutar com a Rússia, realçando que a sua recente viagem à Coreia do Sul para coordenar as reações com Seul é um passo nessa direção.

“A segurança da Coreia do Sul depende da Ucrânia e também está a ser defendida aqui”, referiu, sobre as ramificações que a entrada de Pyongyang na guerra pode ter na região Ásia-Pacífico.

O chefe da diplomacia europeia insistiu que os parceiros ocidentais da Ucrânia devem permitir que a Ucrânia utilize as suas armas para atacar alvos militares localizados na Federação Russa, uma exigência de Kiev que ainda não recebeu luz verde.

Borrell chegou neste sábado a Kiev, na sua quinta visita à Ucrânia desde o início da invasão militar russa.

Na quinta-feira, a Presidência russa (Kremlin) voltou a fugir à questão da presença de soldados norte-coreanos na Rússia, denunciada pela Ucrânia, Estados Unidos e Coreia do Sul, remetendo a questão para o Ministério da Defesa.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou, nesse mesmo dia, que soldados norte-coreanos estavam a combater na região russa de Kursk, parte da qual está ocupada pelas forças ucranianas, e tinham sofrido baixas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal junta-se à COP29 com pavilhão e 55 iniciativas contra alterações climáticas

  • Lusa
  • 9 Novembro 2024

Maria da Graça Carvalho vai presidir à delegação portuguesa na cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas no Azerbaijão, a COP29, onde Portugal terá um pavilhão próprio com 55 iniciativas.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, vai presidir à delegação portuguesa na cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas no Azerbaijão, onde Portugal terá um pavilhão próprio com 55 iniciativas. A 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29) é considerada crucial para serem alcançados compromissos de redução de emissões até 2030 e para aumentar o financiamento climático.

A COP29 decorre em Baku, capital do Azerbaijão, entre 11 e 22 de novembro.

“Ao longo de nove dias, o Pavilhão de Portugal irá receber 55 iniciativas, incluindo conferências, apresentações e debates, com a participação de diversos setores da sociedade, como a administração local, ONG e empresas”, refere o ministério de Maria da Graça Carvalho, em comunicado.

O pavilhão contará ainda com iniciativas conjuntas com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e com representantes das instituições europeias”, acrescenta.

Portugal inaugura o seu pavilhão na cimeira na terça-feira, dia 12, pelas 15:30, com uma intervenção da ministra do Ambiente e Energia.

“O Pavilhão de Portugal tem como mote ‘Investing in a Greener Future Together: It’s Worth it’ [Investir Juntos num Futuro mais Verde: Vale a Pena], focado em sete áreas: Ação Climática, Energia, Água, Eficiência de Recursos, Biodiversidade, Cooperação Internacional e Pessoas”, refere o comunicado.

A cimeira que juntará em Baku, capital do Azerbaijão, representantes de 197 países e da União Europeia, é entendida por diversas organizações ambientalistas, entre as quais a portuguesa Zero, como “um momento crucial para que os governos se comprometam a reduzir as emissões para metade até 2030, aumentar o financiamento climático, e a acelerar a ação antes da COP30”, que está marcada para o Brasil, em 2025.

A COP29 realiza-se numa altura em que as recentes tempestades que provocaram mais de duas centenas de mortos em Espanha, são exemplo de agravamento de fenómenos climáticos e meteorológicos extremos que justificam a necessidade de acelerar políticas que travem o aquecimento global.

O último relatório das Nações Unidas sobre emissões de gases com efeito de estufa (UN Emissions Gap Report 2024) prevê um aquecimento global de 3,1 graus celsius até ao final do século, caso se mantenham as políticas atuais e os governos não assumam compromissos mais ambiciosos de redução de emissões.

Na agenda estarão em destaque pontos como a Nova Meta Coletiva Quantificada (NCQG, na sigla em inglês), depois de em 2015, na COP 21 em Paris, os governos terem estabelecido uma verba de 100 mil milhões de dólares por ano. Entretanto, em 2023, na COP28 no Dubai, foi adotada uma decisão para iniciar este ano, em Baku, negociações para alcançar verbas mais ambiciosas para a mitigação dos impactos das alterações climáticas.

Em cima da mesa estará também o balanço global dos progressos desde o Acordo de Paris sobre redução de emissões, alcançado na COP21, esperando-se que de Baku saiam decisões que garantam a aplicação dos resultados deste primeiro balanço e que todos os países apresentem os seus planos.

Em termos de adaptação, a COP29 será também a oportunidade de países e blocos político-económicos chegarem a acordo para operacionalizar os respetivos planos e o Objetivo Global de Adaptação (GGA) até 2025.

Na agenda está ainda a operacionalização plena do Fundo de Resposta a Perdas e Danos (FRLD), que visa apoiar os países menos desenvolvidos e para o qual Portugal se comprometeu com cinco milhões de euros.

Portugal não estará representado pelo primeiro-ministro na cimeira pela primeira vez desde 2015.

A COP29 ficará marcada pela ausência dos presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, bem como da presidente da Comissão Europeia Úrsula von der Leyen, entre líderes de vários países que tradicionalmente participam nas negociações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.