Reforma legislativa e união de esforços, conclusões da reflexão sobre a luta contra o ódio no futebol profissional

  • Servimedia
  • 22 Outubro 2024

A reforma das leis e a união de forças, entre outras, são as conclusões da “Jornada de reflexão sobre as chaves para combater o discurso de ódio no futebol profissional”, organizada pela LaLiga.

A conferência, realizada em colaboração com a Comunidade de Madrid, colocou em cima da mesa diferentes propostas para sensibilizar e refletir na sociedade sobre estereótipos, preconceitos e discriminação racial e xenófoba no futebol, com representantes da política, da justiça, do desporto e dos meios de comunicação social.

O evento foi aberto por Javier Tebas, presidente da LaLiga, que salientou que “tal como organizamos a competição, assumimos a obrigação de lutar contra o ódio, os crimes racistas e intolerantes no futebol. Ainda há muito a fazer. O futebol é um ambiente de paz e de tolerância. O racismo não tem lugar na nossa sociedade e, se estivermos todos unidos, coordenados e com as estratégias corretas, acabaremos com a discriminação. Quando o conseguirmos, seremos a melhor liga do mundo e verdadeiros campeões. Trabalharemos com todas as ferramentas ao nosso dispor para que isso aconteça.

A inauguração contou também com a presença de Mariano de Paco, Ministro da Cultura, Turismo e Desporto da Comunidade de Madrid, que afirmou que “a Espanha não é um país racista e não há região mais acolhedora e inclusiva do que Madrid. A luta contra o racismo e a discriminação é uma missão urgente que temos de enfrentar em conjunto. Na Comunidade de Madrid, por exemplo, desenvolvemos políticas de prevenção no domínio do desporto desde a infância, com programas que transmitem aos desportistas mais jovens os valores da superação e do esforço para combater qualquer tipo de violência. Em suma, estamos determinados a eliminar qualquer indício de racismo ou manifestação de ódio, e a neutralizar as minorias que mancham os conceitos de trabalho de equipa, companheirismo e alegria. É uma prioridade urgente acabar com a violência dentro e fora do campo de jogo. Estou certo de que, com a ajuda e o empenhamento da grande maioria da sociedade, o conseguiremos.

DOMÍNIO JURÍDICO E LEGISLATIVO

O evento, dividido em três mesas redondas temáticas, abordou diferentes perspetivas sobre este problema latente na sociedade. A primeira delas contou com a participação de Miguel Ángel Aguilar, Procurador contra os Crimes de Ódio e Discriminação junto do Supremo Tribunal, da representante espanhola da Comissão Europeia contra o Racismo e a Tolerância (ECRI), Sara Giménez, e de Juan Carlos Gil Muñoz, Inspetor-Chefe da OND e antigo coordenador de segurança do Real Madrid e do Rayo Vallecano de Madrid, que debateram a forma de combater o racismo numa perspetiva legislativa.

Aguilar sublinhou que “embora o quadro legislativo seja bom, pode ser reformado. Pode ser feito de forma a que os comportamentos que se enquadram no artigo 510.º do Código Penal possam ser acrescentados à proibição de se aproximar e comunicar com o local do crime, também em relação às redes sociais. Uma das medidas que precisaríamos é a proibição de frequentar ambientes digitais quando esse tipo de crime é cometido por meio deles. Temos um caminho aberto neste momento nas denúncias que o Ministério Público está a fazer a este respeito, e creio que se avizinha uma mudança importante. Estamos a trabalhar nesse sentido.

Além disso, o procurador afirmou que “a reforma da lei de proteção de dados também deve ser considerada para permitir a identificação biométrica, para obter provas e para poder condenar as pessoas que praticam insultos nos estádios”. Neste contexto, Aguilar referiu que “tem de haver um pacto de Estado na luta contra os crimes de ódio para disponibilizar mais recursos ao sistema judicial, porque estamos a gerar expectativas de que as pessoas devem denunciar, mas se depois demoram anos a obter uma resposta, isso complica a ação. Precisamos de aumentar o número de juízes e procuradores para termos o número médio de juízes e procuradores que existem na União Europeia”.

Por seu lado, Sara Giménez sublinhou que “os clubes de futebol são um grande promotor de tolerância, coexistência e igualdade para este país e é importante que comecemos a torná-lo visível desde a fase de formação, com os rapazes e raparigas que jogam futebol. Temos de fazer muita prevenção e proceder a reformas jurídicas para adaptar a lei à realidade atual. Por último, Gil Muñoz sublinhou que “a LaLiga é um dos nossos melhores aliados neste domínio” e defendeu também “uma reforma legislativa”, propondo “a introdução de bilhetes nominais, a melhoria da identificação e a invisibilidade dos grupos racistas nos estádios de futebol”.

PROMOVER A MULTICULTURALIDADE

A segunda mesa redonda contou com a participação de desportistas que abordaram as chaves para a coexistência intercultural através da educação e do diálogo. Para Cindy Lima, antiga jogadora profissional de basquetebol e campeã europeia em 2013, “o racismo é mais um passo no crime de ódio. O insulto racista é muito mais profundo. Estas pessoas racistas têm construções danificadas e falta de educação. Houve uma impunidade absoluta, mas agora já não é assim no futebol, melhorou”. Neste contexto, Lima apelou a “educar, sensibilizar e atacar a raiz do problema”.

Tal como Lima, Carmen Menayo, jogadora do Atlético de Madrid, afirmou que é “muito importante educar e formar para não perder os valores que nos são incutidos” e considera o futebol “um meio de integração das pessoas”. “No balneário não importa a cultura, a religião ou o género. No entanto, penso que tudo isso é quebrado pela competição ou pelas expectativas sociais que rodeiam as pessoas, e é isso que temos de evitar”, salientou Menayo. Aauri Bokesa, ex-atleta e embaixador do programa “Desporto é Respeito” do Conselho da Europa, concordou no mesmo sentido, comentando que “é importante salientar que, se não educarmos para os valores positivos do desporto, este pode perder o seu caráter socializador. É por isso que temos de realçar todo o trabalho que está a ser feito pelas instituições, federações e clubes neste domínio”.

Marcos Senna, antigo futebolista profissional e membro do Departamento de RI do Villarreal CF, indicou que, sendo o primeiro jogador negro a ganhar um título com a seleção espanhola, “temos de ser inteligentes quando se trata de falar e lidar com casos de racismo. É um processo que tem de ser feito pouco a pouco para que todos vejam todos como iguais. Por seu lado, Fernando Morientes, antigo jogador do Real Madrid e da seleção espanhola, sublinhou a evolução do discurso sobre o racismo no futebol espanhol: “Coisas que antes eram vistas como normais e agora, felizmente, não. Era o que estava naturalizado e era visto como normal. Por essa razão, sinto a necessidade de pedir desculpa”.

O PAPEL DOS MEDIA

A jornada encerrou com uma discussão sobre o tratamento do racismo nos media, debatendo as linhas editoriais relativas a este flagelo e o impacto das opiniões expressas nas redes sociais na sociedade, com a participação de jornalistas dos principais meios de comunicação social nacionais. A este respeito, Esteban Urreiztieta, diretor-adjunto do “El Mundo”, declarou que “hoje em dia, o limiar contra o racismo nos meios de comunicação social não é o mesmo de há alguns anos. Se olharmos para os arquivos dos jornais, podemos encontrar alguns exemplos que agora, felizmente, a sociedade espanhola não aceitaria porque mudou e evoluiu para melhor”.

Estela Santos, chefe de redação do “Expansión”, abordou a perspetiva do jornalismo económico sobre as questões do racismo. Para Santos, “o posicionamento das empresas é importante. Do ponto de vista económico, os investidores e as partes interessadas têm agora uma palavra a dizer para retirar o apoio a equipas ou atletas. Neste aspeto, a LaLiga está a ter um bom desempenho na questão do racismo, porque tomou uma posição sobre o assunto. As novas gerações, que estão mais envolvidas em questões sociais, vão procurar referências e marcas que tenham o mesmo ponto de vista que elas”. Santos concluiu que “estamos melhor do que estávamos há 20 anos, mas pior do que estaremos nos próximos 20 anos”.

Nadia Tronchoni, chefe de redação da secção de desporto do El País, falou sobre a diversidade nas redações dos meios de comunicação social: “Muitas vezes as pessoas têm medo de contratar pessoas que vêm de outros sítios porque têm medo de escrever. Continua a ser difícil dar estas oportunidades e, atualmente, as redações não refletem a Espanha diversificada em que vivemos, apesar de a presença de jornalistas de outros países estar a aumentar. Temos de dar acesso a pessoas que têm uma visão diferente da vossa”. O jornalista salientou ainda que no seu meio, para evitar a utilização de linguagem inadequada em notícias que envolvam racismo ou sexismo, “temos um correspondente a quem recorremos em caso de dúvida, porque temos de interiorizar e avançar na forma como lidamos com estas questões”.

Ramón Fuentes, jornalista desportivo da Telemadrid, sublinha que “o impacto da mensagem na televisão é brutal. Não é comparável ao que se está a ler, uma vez que o que se vê tende a ter um impacto maior. Por isso, temos mais cuidado na transmissão de certas mensagens, para que sejam mais claras, mais enfáticas e não prejudiquem o espetro da sociedade que recebe a mensagem, que é cada vez mais diversificado”.

Quanto às redes sociais, Urreiztieta advertiu que “os jovens não consomem informação da forma tradicional”. Os alunos do mestrado do jornal dizem que entram nas redes sociais e consomem as notícias que os seus contactos partilham com eles. Quebram a hierarquia tradicional dos meios de comunicação social e isso é perigoso, porque tendem a partilhar o que é viral e não o que é importante”. Tronchoni, por seu lado, analisou a questão das redes sociais na perspetiva do jornalista: “Se um jornalista tem dúvidas sobre se um assunto foi bem ou mal feito, entrar nas redes sociais é como a bancada mais aterradora de um estádio. Em todo o caso, se tivermos a capacidade de decidir que o fizemos bem, isso não nos afeta”. Santos também concorda com esta opinião, afirmando que “os jornalistas não devem estar nas redes sociais por razões de saúde mental, pois são bolhas criadas pelo algoritmo com opiniões de pessoas que pensam da mesma maneira”.

LALIGA ATUA COM FIRMEZA

A LaLiga sublinhou que há anos que lidera a luta contra o racismo e o ódio no futebol e no desporto, sensibilizando, detetando e denunciando o fenómeno. Tanto a LaLiga como os seus clubes promoveram a plataforma LaLiga VS, que tem por objetivo erradicar o discurso do ódio dentro e fora dos estádios, promovendo uma sociedade respeitosa e inclusiva em todos os domínios.

Nos últimos oito anos, a LaLiga levou a cabo mais de 700 iniciativas e projetos na LaLiga EA Sports e na LaLiga Hypermotion, com o objetivo de travar o discurso de ódio, tendo como base a educação, a prevenção através de campanhas de sensibilização e a ação e denúncia de quaisquer incidentes.

Atualmente, a LaLiga não tem o poder de sancionar clubes, adeptos, treinadores ou jogadores por comportamentos de ódio, racismo, violência, etc. No entanto, utiliza todos os meios à sua disposição para pôr termo a este flagelo no futebol. Assim, desde a época 2015/2016, denuncia todos os atos de violência ocorridos dentro e fora dos estádios à Comissão Estatal contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Desporto, bem como ao Comité de Competição da RFEF.

Além disso, desde os infelizes insultos racistas contra o jogador do Athletic Club Iñaki Williams, a LaLiga decidiu dar um passo em frente, recorrendo diretamente aos tribunais em casos de crimes de ódio, tal como definidos no Código Penal, quer através da Procuradoria do Ódio, dos Tribunais ou das Forças e Corpos de Segurança. Criou também um canal de denúncia para que qualquer adepto possa comunicar qualquer comportamento racista que observe dentro ou fora de um estádio.

As redes sociais também desempenham um papel fundamental na sociedade atual e, por esse motivo, com o lançamento na época passada da plataforma LaLiga VS, também se apostou na criação do MOOD, uma ferramenta independente de monitorização da conversa nas redes sociais sobre desporto em Espanha, que analisa as conversas para aumentar a visibilidade e a sensibilização. Trata-se de uma ferramenta baseada em inteligência artificial que analisa todas as plataformas para mostrar as métricas registadas todos os dias. Esta ferramenta é também utilizada pelo Ministério da Inclusão, Segurança Social e Migração, através do Observatório Espanhol do Racismo e da Xenofobia (Oberaxe).

 

 

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Portugal é o 17.º país com mais patentes de origem académica na Europa

A Universidade do Porto é a líder nacional no pedido de patentes europeias, mostra um estudo da OEP. Na Europa, 5% das universidades do continente valem 50% das patentes da academia.

Portugal ocupa o 17. º lugar na Europa no ranking dos países com mais patentes de origem académica, de acordo com um relatório da Organização Europeia de Patentes (OEP), publicado esta terça-feira. As universidades portuguesas são responsáveis por 0,76% de todas as patentes académicas da Europa, resultando num total de 818 patentes europeias nas últimas duas décadas.

O relatório, baseado em dados relativos a 1.200 universidades europeias que submeteram pedidos de patente à OEP entre 2000 e 2020, mostra que Portugal tem 39 instituições que depositaram, pelo menos, um pedido de patente europeia de origem académica na OEP neste período. A Universidade do Porto detém o maior número de pedidos de patentes académicas entre as universidades portuguesas (207). Segue-se a Universidade Nova de Lisboa (155), a Universidade de Lisboa (148), a Universidade do Minho (131) e o Instituto Superior Técnico (115). As áreas da farmacêutica e biotecnologia lideram os pedidos de patentes académicas submetidos.

Um pequeno número de universidades na Europa (5% das 1.200 universidades abrangidas pelo estudo, incluindo, por exemplo, a Universidade de Grenoble Alpes, a Universidade Técnica de Munique, a Universidade de Oxford e o Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique, entre outras) é responsável por metade de todos os pedidos de patentes académicas.

As patentes académicas portuguesas representam 34,2% de todos os pedidos de patentes europeias apresentados por requerentes portugueses à Organização Europeia de Patentes, no período de 2000-2020.

França (13.777), Alemanha (12.770), Reino Unido (8.153) e Itália (2.884) lideram o número total de patentes académicas no período de 2000 a 2020, de acordo com o estudo desenvolvido através do Observatório de Patentes e Tecnologia da Organização Europeia de Patentes.

Dois terços de todos os pedidos de patentes com origem em universidades europeias nas últimas duas décadas não foram apresentados diretamente pelas próprias universidades, mas por outras entidades, sendo na sua maioria empresas, entre as quais as pequenas e médias empresas que representam 30% desses pedidos”, lê-se no relatório.

No entanto, a análise mostra que as “universidades europeias aumentaram substancialmente o número de pedidos de patente de invenção académicas, tendo a proporção aumentado de 24% de todos os pedidos de patentes académicas em 2000 para 45% em 2019, indicando uma mudança significativa na prática e na política de proteção e gestão da propriedade intelectual”.

“A Europa tem uma longa tradição de excelência académica, mas por vezes temos dificuldade em transformar a investigação em sucesso comercial”, afirmou o presidente da OEP. António Campinos realça ainda que “ao explorar o potencial inerente a uma patente, seja através da concessão de licenças, da colaboração com a indústria ou através da criação de startups, as universidades podem ampliar o seu impacto, gerando valor comercial e social”.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 22 de outubro

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

Ao longo desta terça-feira, 22 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Francesa STEF investe 13 milhões de euros em plataforma logística na Maia

No âmbito da estratégia de expansão internacional, o grupo francês terá 100 funcionários diretos na plataforma logística, contribuindo para a dinamização da economia da região.

O grupo francês STEF, especializado em serviços de transporte e logística de produtos alimentares em temperatura controlada, vai construir uma plataforma logística na Maia, num investimento de 13 milhões de euros. Com conclusão prevista até ao verão de 2025, a infraestrutura terá 100 funcionários diretos e outros tantos indiretos, “contribuindo para o desenvolvimento da economia da cidade e da região”, avança o diretor-geral da STEF Portugal, Mickael Tomas.

O investimento insere-se na estratégia de expansão e reforço do posicionamento do grupo em Portugal, o segundo mercado internacional e onde opera desde 1995. “Através desta nova plataforma, queremos alargar e consolidar a nossa atividade no país, oferecer mais apoio às empresas e operadoras que atuam no Norte, além de ajudar os nossos clientes, a nível nacional, a descobrirem e apostarem em novos mercados”, detalha o gestor em declarações ao ECO/Local Online.

Lançamento da primeira pedra da futura plataforma logística da francesa STEF, na Maia21 outubro, 2024

Sendo uma “referência na Europa no transporte e logística de produtos em temperatura controlada, a empresa está sempre à procura de oportunidades de crescimento e, consequentemente, de expansão, de modo a contribuir para as economias onde está presente”, como acontece agora na Maia com a construção deste novo espaço de logística.

Além de dar resposta “a uma cadeia de valor cada vez mais exigente”, o grupo francês STEF ambiciona impulsionar o crescimento da indústria agroalimentar e a economia local. “A construção da nova plataforma na Maia surgiu da vontade de querermos estar mais próximos dos nossos clientes e da necessidade de criarmos um serviço mais rápido, inovador e personalizado, permitindo ajudar a indústria do Norte de Portugal a criar oportunidades para se desenvolver no país e na Europa”, completa Mickael Tomas.

Através desta nova plataforma, queremos alargar e consolidar a nossa atividade no país, oferecer mais apoio às empresas e operadoras que atuam no Norte; além de ajudar os nossos clientes, a nível nacional, a descobrirem e apostarem em novos mercados.

Mickael Tomas

Diretor-geral da STEF Portugal

Nem a escolha da cidade foi por acaso. “A Maia tem uma forte indústria agroalimentar, onde estão os nossos principais clientes, dos quais queremos estar cada vez mais perto”, justifica o diretor-geral.

A primeira pedra da obra foi lançada esta segunda-feira na cidade do distrito do Porto, que se soma a uma dezena de plataformas no país em localidades tão diversas como Ribeirão, Vila Nova de Gaia, Algoz, Póvoa de Santa Iria (duas), Alverca do Ribatejo ou Alenquer.

De olhos postos na sustentabilidade e na transição energética, a empresa francesa vai colocar painéis fotovoltaicos e um grupo de frio com gás natural nesta nova plataforma, cuja construção decorre num terreno que ocupa uma área de 55.000 metros quadrados (m²). Ali, haverá um cais refrigerado, com uma área total de 5.000 m², e uma câmara de congelados com 1.200 m², além de 42 portas de cais. O projeto inclui ainda uma área de escritórios, distribuída por dois pisos, e instalação de lavagem para a higienização da frota própria.

A STEF conta com mais de 22.000 colaboradores e mais de 270 instalações em oito países europeus. Em 2022, o grupo atingiu um volume de negócios na ordem dos 4,3 mil milhões de euros.

(Notícia alterada às 10h50 para corrigir o número de postos de trabalho diretos)

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“Temos de ter a noção de qual é a génese do TikTok”, diz diretor do Gabinete Nacional de Segurança

António Gameiro Marques, diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança, alerta para riscos da inteligência artificial, e também do TikTok, que diz ter "um propósito estratégico para quem o lançou".

António Gameiro Marques foi orador na conferência Bridge AI, que decorreu no dia 19 de outubro na Fundação Champalimaud (fotografia ilustrativa)ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

O diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança (GNS) está preocupado com o impacto que a inteligência artificial (IA) está a ter na sociedade e na democracia, e particularmente alarmado com o uso que lhe é dado pelo TikTok, que “tem um propósito estratégico para quem o lançou”. António Gameiro Marques considerou também que “dentro de muito pouco tempo vai-nos ser extremamente difícil distinguirmos entre a verdade e a mentira”.

As declarações foram ditas este sábado à tarde na conferência Bridge AI, que decorreu no auditório da Fundação Champalimaud, e na qual foram debatidas as implicações do novo regulamento europeu para a IA, pioneiro a nível mundial. Durante um momento para perguntas e respostas da plateia, António Gameiro Marques foi instado pelo ECO a opinar sobre os efeitos da plataforma de origem chinesa TikTok na sociedade: “Acho perigoso”, respondeu o responsável da autoridade nacional de segurança.

“Sobretudo, acho perigoso que as pessoas que o usam não saibam o que é que está por trás. E isso faz parte da literacia. As pessoas, quando usam uma determinada ferramenta, como o martelo, sabem que, se não pregarem bem, aleijam-se. O TikTok é a mesma coisa, tal como é o Facebook, tal como é o LinkedIn, tal como são essas todas. Agora, temos de ter a noção de qual é a génese do TikTok. E o TikTok tem um propósito estratégico para quem o lançou”, respondeu António Gameiro Marques.

O contra-almirante afirmou ainda que “isso já foi documentado” e defendeu que os órgãos de comunicação social “têm uma responsabilidade muito grande em democracia em transmitir isso aos cidadãos”.

O sucesso do TikTok no ocidente tem atraído escrutínio para os riscos da utilização da plataforma, principalmente por crianças e jovensPixabay

O TikTok é uma plataforma de vídeos de curta duração mantida pela ByteDance, que é originária da China. A aplicação recorre a um poderoso algoritmo de IA para manter os utilizadores colados ao ecrã do telemóvel, em alguns casos por horas a fio. Por esse motivo, a popularidade desta rede social cresceu significativamente nos últimos anos, deixando a empresa sob escrutínio em várias vertentes: seja pelo impacto negativo que pode estar a ter na saúde mental das crianças e jovens, seja por eventuais ligações ao regime comunista chinês.

Apesar de a ByteDance negar estar aos comandos de Pequim, as autoridades ocidentais temem que a China possa usar o TikTok como “arma” num cenário de conflito — como, por exemplo, durante uma possível invasão a Taiwan, que provavelmente levaria à escalada e intervenção dos EUA e da NATO, aliança militar da qual Portugal faz parte.

Esse é um dos motivos pelos quais, nos EUA, a empresa está a ser forçada a vender o TikTok a um investidor que não tenha ligações à China. Por lei, a ByteDance terá de o fazer até 19 de janeiro de 2025, caso contrário será expulsa do país. Está, no entanto, a impugnar a decisão em tribunal.

Deste lado do Atlântico, em fevereiro de 2023, a Comissão Europeia decidiu suspender o uso da aplicação TikTok nos telemóveis e computadores de trabalho, uma medida que teve por base “proteger a Comissão contra ameaças de cibersegurança”. em abril deste ano, Bruxelas instaurou um processo contra o TikTok ao abrigo da nova Lei dos Serviços Digitais, incluindo por falta de implementação de mecanismos adequados de controlo de idade, algo que a empresa, entretanto, disse já ter corrigido.

A resposta à pergunta lançada pelo ECO torna-se ainda mais relevante porque António Gameiro Marques foi também quem assinou a controversa decisão, tomada no ano passado, que abriu caminho à exclusão da Huawei, uma empresa chinesa, de participar no desenvolvimento das redes 5G em Portugal. Essa decisão também foi justificada por motivos de segurança e está a ser contestada pela tecnológica em tribunal.

Temos de ter a noção de qual é a génese do TikTok. E o TikTok tem um propósito estratégico para quem o lançou.

António Gameiro Marques

Diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança

“Gostava que todos vós pensassem no impacto que isto terá nas democracias”

Na conferência Bridge AI, na qual interveio como orador num painel, António Gameiro Marques lembrou que a IA pode ser usada para finalidades nobres, como na área da saúde, mas também para amplificar discurso demagógico e populista e semear a discórdia entre a população. “Dentro de muito pouco tempo, [para] nós, seres humanos, seres de hidrogénio e de carbono, vai-nos ser extremamente difícil distinguirmos entre a verdade e a mentira, se consumimos informação só de uma fonte”, alertou.

Os rápidos avanços nesta área fizeram com que, atualmente, a IA já seja capaz de gerar vídeos falsos de qualquer pessoa com declarações que a própria nunca proferiu. Nas redes sociais, incluindo no Instagram, o ECO já constatou a existência de páginas com vídeos falsos do Presidente da República com declarações que nunca existiram — para já, apenas com um propósito humorístico. O produto desta técnica é conhecido vulgarmente por deep fake e está no radar das autoridades em todo o mundo, devido ao seu potencial de causar instabilidade.

“Gostava que todos vós pensassem no recato das vossas casas, ou quando quiserem, no impacto que isto terá nas democracias. Nunca como hoje foi importante nós humanizarmos a tecnologia, socializarmos, aumentarmos a nossa capacidade de socialização, por oposição a recolhermo-nos nas nossas redes sociais e interagirmos com o mundo real através de algo que nos virtualiza esse mundo real”, considerou António Gameiro Marques na conferência.

A propósito, ainda esta segunda-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou publicamente já ter sido alvo de deep fakes: “Da última vez, eu aparecia a promover um produto financeiro. De repente, começaram a aparecer intervenções minhas com a minha cara e a minha voz”, disse Luís Montenegro, na cerimónia do 79.º aniversário da Polícia Judiciária, que incluiu a inauguração do laboratório digital forense desta autoridade. “É de uma gravidade brutal. Só se percebe facilmente que não se trata de algo verdadeiro pela utilização do Português do Brasil”, defendeu o chefe do Governo, em declarações citadas pelo Público.

De volta à intervenção do líder do GNS, as chamadas fake news foram outro dos problemas sinalizados pelo responsável na sua intervenção na conferência Bridge AI: “O que sabemos, e isso sabemos, [é que] as tecnologias amplificam esse discurso demagógico, ou populista. E o amplifica, quer em âmbito, quer em alcance. E depois não há contraditório. E quando uma notícia que é falsa, premeditadamente falsa, entra em redes sociais, o motor é IA, e essa informação chega-nos em função do nosso próprio perfil. Isso é nocivo”, rematou.

Para António Gameiro Marques, a forma de mitigar isso é “confrontando ideias, respeitando as ideias dos outros, mas cultivando a dialética da discussão”, numa perspetiva “pessoal”. “Não é discutir em redes sociais, onde, não se conhecendo o outro, não se sabendo quem é o outro, por vezes escrevemos coisas que diretamente não teríamos coragem de o fazer”. Sobre este ponto, o líder do GNS rejeitou a ideia de ser necessário mais competências estritamente “digitais”. “Isto não é digital, é sociológico, é antropológico, é de outras áreas do conhecimento”, defendeu.

Assim, António Gameiro Marques explicou que a solução da literacia deve passar por tornar estas competências em algo automático no comportamento dos cidadãos: “Nós temos que tornar tão natural estas competências em toda a nossa sociedade como hoje em dia é natural para todos nós, quando entramos num veículo, colocar um cinto de segurança. É automático, é instintivo. Eu sei que vai levar um tempo, mas tem de ser assim.”

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Autarcas surpreendidos por Montenegro. Basílio Horta questiona obras na Área Metropolitana de Lisboa

Os autarcas de Almada, Barreiro e Seixal foram surpreendidos com reorganização territorial anunciada por Luís Montenegro. Basílio Horta, presidente da AML, vai a Faro pedir esclarecimentos.

“Não fui informado previamente. Tomei conhecimento, como toda a gente, após as declarações do primeiro-ministro no congresso do fim de semana”. Frederico Rosa, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, reage assim, em declarações ao ECO, ao anúncio feito por Luís Montenegro no encontro dos social-democratas sobre os projetos na Grande Lisboa. Frederico Rosa assegura que, tal como ele, também os congéneres de Almada e Seixal, com os quais partilha o projeto de reabilitação Arco Ribeirinho Sul, foram apanhados de surpresa. “Não fazia ideia de que era esta a intenção. Sobre o que foi anunciado, é-me difícil comentar algo que não conheço”, reconhece Frederico Rosa.

As palavras de Luís Montenegro, anunciando a criação da Sociedade de Gestão, Reabilitação e Promoção Urbana, cujo nome de batismo será Parque Humberto Delgado, deixaram dúvidas também na cúpula autárquica da região, a Área Metropolitana de Lisboa (AML). Basílio Horta, autarca de Sintra e presidente da AML, vai mesmo levar o tema ao Conselho de Concertação Territorial, marcado para esta quarta-feira, em Faro, com presença garantida do próprio Luís Montenegro.

A intenção anunciada pelo primeiro-ministro, no fato de presidente do PSD, projeta um “instrumento para pensar, projetar e ordenar o Arco Ribeirinho Sul nos municípios de Almada, Barreiro e Seixal”, segundo as suas próprias palavras no palanque do congresso, em Braga. Montenegro apontou o novo Parque Humberto Delgado como “o instrumento para pensar, projetar e ordenar o Arco Ribeirinho Sul” e falou de “uma metrópole vibrante e homogénea que não seja como é hoje tão contrastante nas duas margens do rio Tejo”. Palavras que, diga-se, não são inteiramente novas.

“A requalificação dos territórios objecto de intervenção no âmbito do Projecto do Arco Ribeirinho Sul — os antigos complexos industriais da Margueira, da Siderurgia Nacional e da CUF/QUIMIGAL — surge como uma oportunidade enquanto alavanca do desenvolvimento do Arco Ribeirinho Sul no contexto da AML, que se pretende constituir como ‘uma grande metrópole de duas margens centrada no Tejo”. Estas palavras estão plasmadas na resolução do Conselho de Ministros 66/2009, era primeiro-ministro José Sócrates.

Os municípios entraram neste projeto com 40% da sociedade executora, mediante o território em causa: Almada com o antigo complexo industrial da Margueira; Seixal com o antigo complexo industrial da Siderurgia Nacional e a autarquia, hoje liderada por Frederico Rosa, com o antigo complexo industrial da CUF/Quimigal.

“Este projeto do Arco Ribeirinho Sul tem pilares muito importantes”, diz o socialista que preside ao Barreiro. Em 2023, uma resolução do Conselho de Ministros levou a Baía Tejo a ser integrada na Estamo, recuperando o nome Arco Ribeirinho Sul. Voltava assim a falar-se do Arco Ribeirinho Sul, depois de Assunção Cristas, ministra no Governo de Pedro Passos Coelho, assinar a extinção da empresa Arco Ribeirinho Sul S.A.

Fomos todos apanhados desprevenidos. Se não tiver algum contacto, farei eu o contacto

Frederico Rosa

Presidente da Câmara Municipal do Barreiro

A necessidade de intervir em toda a vasta área de frente rio do Barreiro a Almada, assegura o edil barreirense, são “matérias consensualizadas entre municípios”, numa lógica de “não perdermos mais 20 anos”. É tempo, diz, de descontaminar solos e “devolver estas áreas à habitação e indústria”. A importância para a região vê-se na interligação deste projeto com a expansão do Metro Sul do Tejo até ao Seixal e Alcochete, nova travessia no Barreiro, e conclusão do projeto do metro até à Caparica. Apesar desta relevância territorial, nem uma palavra de antemão chegou às câmaras, assegura ao ECO o presidente da câmara mais a norte neste projeto.

Nas conversas entre si ao longo de segunda-feira, os três autarcas – Frederico Rosa, do Barreiro, Inês de Medeiros, de Almada, e Paulo Silva, do Seixal – constataram que a nenhum teve informação prévia. “Fomos todos apanhados desprevenidos. Se não tiver algum contacto, farei eu o contacto”, diz Frederico Rosa, apontando a Luís Montenegro. Embora diga que o seu concelho “fará sempre parte da solução”, o autarca fala em “reticências normais de quem apanhou a notícia num discurso de congresso partidário”.

No discurso em Braga, Luís Montenegro, presidente do PSD, não se ficou pela margem esquerda. Para a ambição anunciada de unir duas margens numa grande cidade, falou de um “segundo polo, o Ocean Campus, entre o vale do Jamor e Algés, nos municípios de Lisboa e Oeiras”. Em terceiro lugar, projeta aproveitar os terrenos de Lisboa e Loures do aeroporto Humberto Delgado, homónimo do parque que o presidente do PSD e primeiro-ministro quer criar, para unir a este território.

Com o desenvolvimento integrado destes três polos, queremos criar uma sinergia em conjunto com todos os municípios envolvidos capaz de levantar um projeto de inovação, de revitalização de cultura, de habitação e de sustentabilidade ambiental”, disse Montenegro. Tudo, afirmou em Braga, em prol da “qualidade de vida, horizonte de atividade económica e capacidade em termos de serviços públicos de aproveitar os recursos naturais” nesta região, e não concentrando apenas no centro de Lisboa todos os investimentos.

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Bancos estão a aderir em força à garantia pública do crédito à habitação

Todos os bancos contactos pelo ECO já aderiram ou preparam-se para aderir à garantia pública que permitirá aos jovens financiarem até 100% a compra da sua primeira casa.

A banca está a demonstrar um interesse significativo na garantia pública que permitirá aos jovens até aos 35 anos financiarem até 100% a compra da sua primeira casa.

Esta medida, recentemente regulamentada pelo Governo e com previsão de estar disponível para adesão no início do próximo ano, promete ajudar alguns jovens que não tenham poupanças suficientes para dar como entrada na compra da primeira casa na contratualização de um empréstimo à habitação. Mas, para isso, os bancos têm de solicitar a adesão ao protocolo da medida junto da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) até ao final do mês.

Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, afirmou há dias em entrevista ao Público e à Renascença que antecipava uma “adesão muito significativa da banca à garantia pública”. Esta previsão parece estar a concretizar-se, com várias instituições bancárias a confirmarem ao ECO que já aderiram ou pretendem fazê-lo nos próximos dias.

O Santander Totta, por exemplo, afirma que a adesão à garantia pública “será apenas uma formalização de uma intenção já assumida”. A instituição liderada por Pedro Castro Almeida ainda não solicitou a adesão ao protocolo “pois as regras de adesão ainda não foram explicitadas pelo Ministério”, mas deverá fazê-lo em breve, refere fonte oficial do banco.

No entanto, adianta que a medida “não alivia as restantes restrições macroprudenciais” e não espera que tenha “um peso demasiado relevante da produção de crédito hipotecário.”

Os jovens terão sempre de apresentar uma taxa de esforço abaixo dos 50% para poderem contratualizar o crédito à habitação e usufruir da garantia pública. Isto significa que a prestação do empréstimo da casa e as prestações de eventuais créditos ao consumo que possam existir não podem exceder 50% do rendimento líquido do agregado familiar.

Já o Bankinter Portugal confirma que irá aderir ao protocolo, estimando que a implementação esteja concluída durante o mês de dezembro, lembrando que a Portaria que regulamenta as condições da garantia pública, publicada a 27 de outubro, estabelece um prazo máximo de 30 dias para adesão ao Protocolo e o prazo de 60 dias para a implementação dos procedimentos.”

O banco Montepio manifestou também ao ECO a intenção de disponibilizar este instrumento “com a maior brevidade possível”, embora reconheça que a Portaria “ainda se reveste de alguma incerteza, nomeadamente no que são as expectativas do Banco de Portugal em matéria de deveres de informação aos mutuários e supervisão da aplicação do regime.”

Na quinta-feira, o Banco de Portugal colocou em consulta pública um conjunto de regras que pretende incutir aos bancos que disponibilizem a garantia pública por forma a salvaguardar que os clientes possam receber informação clara e detalhada sobre este novo regime, permitindo-lhes tomar decisões conscientes e informadas.

No centro desses procedimentos está a “disponibilização [pelos bancos] de mecanismos que permitam aos clientes esclarecer dúvidas sobre o regime, seja nos canais digitais, seja aos balcões ou nos meios de comunicação à distância”, tendo que criar uma secção de perguntas frequentes nos canais digitais e promover a formação dos seus funcionários sobre esta medida que atendem o público.

Entre os maiores bancos, tanto a Caixa Geral de Depósitos como o Banco BPI ainda não aderiram ao protocolo, mas ambos expressaram ao ECO o interesse em oferecerem a garantia pública.

O banco do Estado foi sucinto na sua resposta, confirmando simplesmente que “vai aderir”. Já o Banco BPI referiu que “tenciona aderir até ao final do prazo estipulado pela Portaria”, ou seja, até ao final do presente mês de novembro. A mesma vontade em disponibilizar a garantia pública aos seus clientes foi expressa pelo Novobanco.

A garantia pública terá uma duração de 10 anos a contar da celebração do contrato de crédito, extinguindo-se antecipadamente caso todas as obrigações do mutuário sejam cumpridas antes desse prazo.

O Banco CTT, que se descreve como tendo “um perfil marcadamente jovem”, também revela que já solicitou a adesão à garantia pública, sublinhando ainda “uma grande expectativa relativamente a esta nova opção para as famílias portuguesas”, refere fonte oficial do banco dos Correios.

Mais ambíguo na resposta foi o Millennium bcp, referindo apenas que “o banco não comenta esta situação específica, mas está sempre disponível para analisar e implementar medidas que beneficiam os nossos clientes.” No entanto, no decorrer da conferência de apresentação dos últimos resultados semestrais do banco, Miguel Maya, CEO do BCP, referiu que “a garantia pública é uma boa solução e vai ter impacto”, vaticinando que “terá um efeito muito grande para o propósito que quer resolver”, mas não é a solução do problema da habitação.

É importante notar que a garantia pública incidirá até 15% do valor da transação de compra da casa, permitindo aos bancos financiar a totalidade do valor do imóvel. No entanto, a medida está sujeita a várias condições, incluindo um limite máximo de 450 mil euros para o valor da transação e a exigência de que os beneficiários tenham rendimentos até ao 8.º escalão do IRS.

Além disso, os jovens terão sempre de apresentar uma taxa de esforço abaixo dos 50% para poderem contratualizar o crédito à habitação e usufruir da garantia pública. Isto significa que a soma da prestação do empréstimo da casa e as prestações de eventuais créditos ao consumo que possam existir não podem exceder 50% do rendimento líquido do agregado familiar (conhecido como o rácio DSTI).

A garantia pública terá uma duração de 10 anos a contar da celebração do contrato de crédito, extinguindo-se antecipadamente caso todas as obrigações do mutuário sejam cumpridas antes desse prazo.

O ECO questionou as Finanças quanto ao número de instituições financeiras que já solicitaram a adesão ao protocolo da garantia pública, mas o ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento preferiu não responder, remetendo essa informação para quando terminar o pedido de adesão à medida por parte dos bancos.

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Pioneira em cabines de telemedicina abre falência

  • ECO Seguros
  • 21 Outubro 2024

Insucesso da sua última ronda de investimentos por detrás da paralisação das cabines de telemedicina da H4D em administrações locais.

A francesa H4D encerrou atividade após o Tribunal de Comércio de Paris ter decretado liquidação judicial da empresa no dia 26 de setembro por falta de comprador, segundo a união dos profissionais de saúde da região francesa Occitânia.

“A nossa situação financeira obriga-nos a encerrar os nossos serviços de um dia para o outro, devido à liquidação que foi decretada”, escreveu a empresa numa publicação na sua página do LinkedIn.

Fundada em 2008, a H2D foi pioneira na comercialização de cabines de telemedicina tendo sido a “primeira na Europa” a implementa-las, indicou Jean-Pascal Piermé, presidente da associação Empresas de Telessaúde.

Não obstante, funcionava como uma startup, necessitando de investimentos regulares para sustentar e expandir as suas atividades. “Infelizmente, a última ronda de investimentos, no ano passado, não foi bem-sucedida”, explica Valérie Cossutta, presidente da empresa.

Segundo Cossutta, o setor da telesaúde ainda é “um mercado frágil” à procura de um modelo económico viável para se tornar rentável e cobrir custos técnicos crescentes.

Atualmente, empregava 57 pessoas e contava na sua carteira de clientes com várias administrações locais, como os departamentos de Seine-et-Marne, Yvelines e Ain, além de empresas, por meio de sua atuação na medicina do trabalho.

Em Seine-et-Marne, há dez cabines que custaram 100 mil euros cada. Pararam de funcionar na manhã seguinte à decisão judicial, resultando no cancelamento das consultas agendadas, segundo o Le Parisien. Em Ain, as seis cabines instaladas sofreram o mesmo destino. O departamento de Yvelines, que planeava instalar 50 cabines com um investimento total de 10 milhões de euros, também foi afetado.

O destino desses equipamentos está nas mãos do liquidante judicial, deixando aberta a possibilidade de retomada da operação.

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Ageas aposta em empreendedores com projetos em fase inicial de desenvolvimento

  • ECO Seguros
  • 21 Outubro 2024

Trata-se de um programa de capacitação gratuito, 100% remoto e com duração de 10 meses, com o objetivo de promover o sucesso de projetos com objetivos de impacto social, ambiental e financeiro.

O Grupo Ageas Portugal anunciou em comunicado que as candidaturas para a 6.ª edição do programa Relança-te, da Escola de Impacto da Fundação Ageas e implementado pela Drive Impact, estão abertas até 15 de dezembro.

João Machado, Presidente da Fundação Ageas: “Não podemos continuar a pensar o futuro dos negócios sem o seu real contributo para a comunidade, para o ambiente e para o sentido de justiça”.

Trata-se de um programa de capacitação gratuito, 100% remoto e com duração de 10 meses, com o objetivo de promover o sucesso de projetos com objetivos de impacto social, ambiental e financeiro. “A parceria entre a Drive Impact e a Fundação Ageas com o Relança-te reflete o nosso compromisso mútuo em promover a literacia financeira e o empreendedorismo de impacto em Portugal.”, assinala Catarina Miguel Martins, diretora da Drive Impact.

Segundo o grupo, a falta de literacia financeira e de rede de apoio são fatores que influenciam negativamente o investimento em novos negócios em Portugal. País onde o número de empreendedores tem crescido gradualmente, apresentando um desempenho acima da média da União Europeia, de 12,9% para 7,3%, mas ainda com “um enorme potencial de crescimento”.

O programa surge para dar força a esse crescimento e desenrola-se em três fases complementares: começa com um bootcamp de três dias, dedicado a apresentar os conceitos básicos de empreendedorismo, durante o qual são selecionados 25 participantes para prosseguirem para a etapa seguinte. Seguem-se os Laboratórios de Impacto que oferecem sessões de mentoria personalizadas ao longo de quatro meses e visa o desenvolvimento de competências essenciais de gestão, literacia financeira e capacitação digital. Por fim, na fase de Aceleração, os 10 melhores projetos recebem uma bolsa de 1.500 euros e apoio para consolidar os seus modelos de negócio.

A ex-participante e fundadora da Xylocapa Books, Ana Sofia Pereira, recomenda o programa “pela qualidade dos formadores e organização, cuja missão e valores se entrecruzam com os dos formandos”.

“Este programa tem a cabeça no ensino das ferramentas técnicas e sociais para se ser um empreendedor de sucesso, mas o seu coração está na contribuição para a sociedade por parte dos negócios por eles criados. Não podemos continuar a pensar o futuro dos negócios sem o seu real contributo para a comunidade, para o ambiente e para o sentido de justiça”, afirma João Machado, Presidente da Fundação Ageas.

O Relança-te está disponível para os empreendedores com objetivos de impacto social, ambiental e financeiro residentes em Portugal, e fluentes em português, cujos projetos se destinem ao mercado nacional e ainda estejam numa fase inicial de desenvolvimento. As candidaturas estão abertas até ao dia 15 de dezembro de 2024, através do sítio da internet da Escola de Impacto.

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Portugal abaixo da média europeia em metade das categorias que avaliam a economia sénior

Portugal teve uma nota de 31,27 na escala de 0 a 100 num novo indicador, que avalia a economia em torno das pessoas entre os 55 e 75 anos. País está na 14.ª posição entre 27 países avaliados.

Portugal encontra-se abaixo da média dos países da União Europeia (UE) em quatro das oito categorias que medem o progresso nacional da economia que gira em torno dos portugueses dos 55 aos 75 anos, medida pelo indicador senior economy tracker.

O senior economy tracker foi criado este ano e utiliza dados públicos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e do Eurostat de 2005 até 2020. Surgiu para avaliar os desafios que se colocam pelas alterações demográficas europeias – diminuição da taxa de natalidade e aumento da esperança média de vida – que, embora representem a evolução em termos de saúde e bem-estar, deverá impor novas formas de organização social e económica para responder a vários desafios, como a sustentabilidade do sistema de pensões.

A apresentação do estudo decorreu esta segunda-feira na sede da Associação Portuguesa de Seguradoras (APS)e contou com Pablo Calvo Báscones, investigador da Universidade Comillas, Julio Domingo Souto, diretor-geral da Fundación Mapfre, António Nogueira Leite, presidente do conselho de administração da Mapfre Seguros Gerais, Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Luis Anula, CEO da Mapfre Portugal, Juan Fernández Palacios, diretor do Centro de Investigação Ageingnomics da Fundación Mapfre, Filipe Carrera, professor no Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) e na Universidade Europeia e Elisa Aracil Fernández, investigadora na Universidade Comillas. José Galamba de Oliveira, presidente da APS, abriu o evento.

De acordo com o relatório encomendado pelo Centro de Investigação Ageingnomics da Fundación Mapfre, à equipa de investigação da Universidade de Comillas, ‘Senior Economy Tracker: Quantificar o progresso da Longevidade na Europa – O caso de Portugal’, os seniores adotam poucos comportamentos que promovem o seu bem-estar. O país encontra-se abaixo da média europeia quanto à participação dos idosos na sociedade (ocupando a 23.ª posição entre os 27 países analisados), apresenta baixa pontuação relativamente ao envelhecimento saudável e ativo (22.º lugar) e regista baixos níveis de segurança financeira dos idosos (16.ª posição).

Os fatores macroeconómicos são também pouco animadores para os seniores. Estão entre os europeus que têm menor oferta no mercado de bens e serviços (14.º lugar), mas com as oportunidades de trabalho e de empreendedorismo para seniores acima da média (na 9.ª posição).

Já os níveis de inovação institucional relativamente à saúde e proteção social (10.ª posição) e às pensões e proteção laboral (5.º posição), relacionados por exemplo com saúde preventiva e reforma flexível, estão acima da média europeia.

Portugal ocupa a 10.º posição entre os países europeus analisados que estão a realizar as reformas necessárias de acordo com as mudanças geográficas que terão de enfrentar, ligeiramente acima da média europeia. Este indicador está relacionado com a pressão do investimento populacional sobre os sistemas de saúde, finanças públicas e equidade entre gerações

Não obstante a comparação com os países europeus, “este estudo evidencia que a sustentabilidade da Segurança Social é um dos principais desafios atuais: com menos contribuintes a financiar as pensões de um número crescente de reformados, reformas estruturais são urgentes para garantir a viabilidade do sistema a longo prazo. Ajustar a idade da reforma e incentivar planos de poupança reforma são algumas das medidas recomendadas”, remata o CEO da Mapfre Portugal.

O envelhecimento da população portuguesa exige uma resposta abrangente que envolva reformas estruturais, investimento em saúde e inovação, e a promoção de um envelhecimento ativo e participativo“, assinalou o CEO da Mapfre Portugal em comunicado. Luis Anula acredita que só dessa forma “será possível garantir o bem-estar da população envelhecida e a sustentabilidade do sistema socioeconómico português.”

Importa salientar que o estudo avalia todos os países da UE, exceto Malta e Chipre, e inclui a Noruega e Reino Unido pela sua proximidade aos países da UE.

Portugal na 14.ª posição quanto à economia sénior

Agrupadas todas as categorias, o senior economy tracker avalia Portugal com uma nota de 31,27, numa escala de 0 a 100, pelo nível do progresso em direção a uma economia orientada para a longevidade. Ou seja, o país está na 14.ª posição entre os 27 países europeus avaliados.

Assim, Portugal surge acima de países europeus como a vizinha Espanha (31,02 pontos), Eslovénia (29,18), Estónia (26,02), Grécia (25,85) e Republica Checa (25,65), tendo ficado em último lugar a Croácia com 8,22 pontos. Acima de Portugal estão países como a Itália (33,11), Bélgica (34,09), França (35,52), Irlanda (36,09). Em primeiro lugar do ranking está a Dinamarca com 43,41 pontos.

O estudo revelou também uma correlação entre o Produto interno Bruto (PIB) per capita e as pontuações no senior economy tracker. Quanto mais elevado é o PIB, maior é a classificação no indicador, exceto na Irlanda e Bélgica, com pontuações abaixo do seu grupo de PIB e da Estónia, com pontuações acima das do seu grupo. “Poder-se-ia argumentar que o avanço da economia da longevidade pode levar a um maior desenvolvimento económico em termos de PIB per capita e/ou que esse maior desenvolvimento facilita o avanço da economia da longevidade”, lê-se no relatório.

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João Silva Lopes, governante que tutela os Seguros, vai falar na 5ª Conferência ECOseguros

  • ECO Seguros
  • 21 Outubro 2024

O secretário de Estado do Tesouro e Finanças, que tutela o setor segurador, vai encerrar a Conferência que no próximo dia 30 acontece em Lisboa. Inscreva-se aqui.

A 5.ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” vai realizar-se no próximo dia 30 de outubro, em Lisboa, no Centro Cultural de Belém.

João Silva Lopes, secretário de Estado do Tesouro e Finanças, fará uma intervenção dirigida aos profissionais de seguros na 5ª Conferência ECOseguros.

Será uma vez mais um ponto de encontro de todo o setor segurador em Lisboa perspetivando os grandes assuntos que serão atuais nos próximos meses e anos. Daí a presença do público profissional ser gratuita e pode ser confirmada aqui.

O programa tem início às 9h15 abrindo com uma intervenção de Carla Sá Pereira, Partner, Insurance, Consulting Financial Service EY, abrangendo as perspetivas económicas e para os seguros do ano 2025.

“O que podem fazer as seguradoras para ajudar a mediação a minorar gaps de proteção” será o segundo painel com moderação de Filipe Charters de Azevedo, CEO da Safe-Crop e tendo como oradores já confirmados João Barbosa, Chief Marketing Officer RandTech Computing e Ricardo Azevedo, Diretor Técnico Innovarisk.

De seguida, Ana Pina, Head of Digital Health do Grupo Future Healthcare – Future Healthcare Virtual Clinic vai partilhar as suas reflexões sobre “Transformar riscos em oportunidades: O valor no seguimento anual em saúde digital”.

Depois de um cofffee break, será a vez das corretoras de seguros colocarem em perspetiva 2025 sublinhando “A valorização da consultoria em ambiente de riscos cada vez mais complexos”. Paula Serra, Diretora Comercial da Universalis/Acrisure é já presença certa.

A sessão da manhã será concluída com o tema “Como se poderá ir para além dos seguros obrigatórios”, envolvendo a abordagem ao setor das seguradoras Não Vida, contando com as presenças de João Miguel Gomes, Insurance Senior Manager da NTT DATA Portugal, de Luis Malcato, Executive Board Member da Azuaga Seguros e de Pablo Alonso, Diretor-Geral na consultora Alvarez & Marsal.

Para assegurar a sua presença, inscreva-se aqui.

A sessão da tarde terá início às 15h com a abordagem aos “Seguros de vida: Longevidade, sustentabilidade e oportunidades”. Serão participantes Gonçalo Castro Pereira, Vice-presidente da Gamalife, Marta Graça Ferreira, Presidente da Real Vida, Isabel Castelo Branco, CEO BPI Vida e Pensões e Luis Ferraz, CEO da Prévoir Vie.

Logo após este painel o tema será “A integração de Sistemas como Enabler da Mediação de Seguros”, desenvolvido por Leandro Fernandes, CEO da lluni.

João Veiga, Fundador e CEO da Elysian Consulting, será moderador ativo no debate “Tecnologia: Impacto da inteligência artificial na cadeia de valor do setor segurador” que contará com as participações de João Araújo, Diretor de Plataformas e Canais Digitais NacionalGest, de João Pedro Borges, Presidente do Conselho de Administração Executivo da CA Seguros, de José Lino Ferreira, Marketing & Commercial Operations da MPM e de Pedro Mata, Administrador da Caravela.

Pelas 16h45 terá início o painel “Seguros de saúde: Como compensar o custo do sucesso” que vai contar com a presença de Rui Leão Martinho, Chairman da nova Mútua Portuguesa de Seguros, de Teresa Xavier, Head of Corporate Business Portugal – Grupo Future Healthcare e de José Pedro Inácio, CEO da Advance Care.

Logo após e ainda no campo da saúde, será abordado “O futuro dos seguros de saúde: Transformação digital focada no cliente e na eficiência”. Será um momento de inovação partilhado por André Piolty Esteves, Insurance Director da NTT DATA Portugal.

Pelas 17h45 vai decorrer o painel “Riscos e investimentos: Quais as estratégias de médio prazo para as seguradoras europeias” com a participação de José Galamba de Oliveira, Presidente da APS, Luis Menezes, Deputy CEO do Grupo Ageas Portugal, Pedro Carvalho, CEO da Generali Tranquilidade e Maria João Sales Luís, Administradora da Fidelidade.

A 5.ª Conferência será encerrada com uma intervenção do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, João Silva Lopes.

Empresas que apoiam a Conferência

A 5.ª Conferência ECOseguros é possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador.

As Companhias de seguros apoiantes são a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros que apoiam a 5.ª Conferência estão a Innovarisk, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estão Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estão Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

Inscreva-se para participar aqui.

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EUA anunciam novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 370 milhões

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

O Pentágono afirmou que o novo pacote inclui munições para HIMARS, mísseis anti-tanque e anti-armadura, veículos blindados, armas ligeiras, granadas, equipamento de comunicações.

O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou esta segunda-feira um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 400 milhões de dólares (370 milhões de euros), numa reunião em Kiev com o Presidente ucraniano. “Hoje recebi o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em Kiev. Agradeci-lhe por um novo pacote de assistência à defesa da Ucrânia”, escreveu após a reunião o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa mensagem publicada nas redes sociais, na qual também informou sobre o montante e a composição do novo pacote de ajuda.

“Sob a liderança de Joe Biden, os Estados Unidos continuam a aumentar este apoio. Hoje quero anunciar a atribuição de um pacote de ajuda presidencial de 400 milhões de dólares em munições, equipamento militar e armamento para a Ucrânia”, disse Austin durante a reunião com Zelensky, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

O Pentágono afirmou em comunicado que o novo pacote inclui munições para sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS), mísseis anti-tanque e anti-armadura, veículos blindados, armas ligeiras, granadas, equipamento de comunicações e equipamento para proteger infraestruturas nacionais críticas. “Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com cerca de 50 aliados e parceiros para satisfazer as necessidades urgentes da Ucrânia no campo de batalha e defender-se contra a agressão russa”, acrescentou o Departamento de Defesa norte-americano.

Zelensky adiantou nas redes sociais que os dois discutiram “prioridades críticas de defesa para a Ucrânia”, que incluem “as capacidades de defesa aérea da Ucrânia, os preparativos para o inverno e a expansão da utilização de armamento de longo alcance contra alvos militares russos”. Esta última questão refere-se ao pedido de Kiev aos EUA, ao Reino Unido e à França para que lhe seja permitido atingir alvos militares dentro da Rússia com os mísseis fornecidos por estes países, que proíbem tal uso por receio da reação de Moscovo.

Austin reafirmou que “os EUA continuarão a apoiar a Ucrânia em termos de segurança”, em conformidade com o acordo de cooperação militar assinado pelos dois países, de acordo com Zelensky. “Austin também partilhou os seus planos de convocar uma nova reunião em formato Ramstein para coordenar uma maior assistência com os aliados internacionais”, acrescentou ZelenskY.

Os aliados da Ucrânia deveriam ter-se reunido na base americana de Ramstein, no sul da Alemanha, em 12 de outubro, mas a reunião foi cancelada quando o Presidente dos EUA, Joe Biden, cancelou a sua participação devido à devastação causada no seu país pelo furacão Milton. A reunião terá lugar em novembro por videoconferência, de acordo com a Casa Branca.

No encontro com Austin, Zelensky mencionou também o designado Plano de Vitória, um documento no qual Kiev pede aos EUA e a outros aliados a garantia da sua adesão à NATO quando a guerra terminar e o fornecimento de armas e liberdade de ação suficientes para forçar a Rússia a sentar-se e a negociar nos próximos meses. O pacote de ajuda anunciado hoje por Austin em Kiev é o segundo aprovado pela Casa Branca este mês, com Biden a anunciar um pacote de ajuda militar de 425 milhões de dólares (393 milhões de euros) à Ucrânia a 16 de outubro.

A visita de Austin a Kiev ocorre duas semanas antes das eleições presidenciais americanas de 5 de novembro. A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

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