Euribor desce e a três meses para novo mínimo desde julho

  • Lusa
  • 12 Junho 2024

A taxa Euribor desce esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira e no prazo mais curto para um novo mínimo desde 31 de julho de 2023.

A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira e no prazo mais curto para um novo mínimo desde 31 de julho de 2023.

Com as alterações, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que baixou para 3,720%, ficou abaixo da taxa a seis meses (3,748%) e acima da taxa a 12 meses (3,719%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou para 3,748%, menos 0,003 pontos, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do ‘stock‘ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou para 3,719%, menos 0,009 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,720%, menos 0,019 pontos e um novo mínimo desde 31 de julho de 2023, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

O BCE desceu na semana passada as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.

Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.

A média da Euribor em maio desceu em todos os prazos, mas mais acentuadamente do que em abril e nos prazos mais curtos. A média da Euribor em maio desceu 0,073 pontos para 3,813% a três meses (contra 3,886% em abril), 0,052 pontos para 3,787% a seis meses (contra 3,839%) e 0,021 pontos para 3,681% a 12 meses (contra 3,702%).

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%. As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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PSD força adiamento da votação do IVA reduzido na luz e dedução das rendas no IRS

PSD forçou o adiamento das propostas do PS, já aprovadas na generalidade, que visam aumentar a dedução à coleta das rendas no IRS e alargar o IVA a 6% na eletricidade.

O PSD forçou o adiamento da votação das propostas do PS para o alargamento da dedução de despesas com habitação no IRS e do aumento do consumo de eletricidade sujeito à taxa reduzida do IVA que estava previsto serem discutidas, esta quarta-feira, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República. Ambas as propostas tinham sido aprovadas na generalidade a 24 de maio com a abstenção do Chega e deverão voltar a ser discutidas na próxima semana.

Já a discussão e votação da proposta do Livre, que visa alargar o regime de concessão de crédito bonificado à habitação aos membros do agregado familiar que coabitam com a pessoa com deficiência, também foi adiada por falta de comparência do deputado que estava em representação do partido na comissão. Assim, a discussão deverá ocorrer no dia 19 de junho, estando a proposta aberta à apresentação de propostas de alteração até à próxima sexta-feira, dia 14.

Recorde-se que a proposta do PS para o alargamento da dedução de despesas com habitação em sede de IRS, até 800 euros em 2028 já tinha sido aprovada na generalidade com os votos a favor de todos os partidos, à exceção do PSD e CDS, que votaram contra.

Atualmente declarar as rendas no IRS permite deduzir 15% do valor suportado com esta despesa de habitação, até ao máximo de 502 euros. Contudo, os socialistas defendem um aumento progressivo destas deduções até chegar aos 800 euros, em 2028. Mantém-se o limite de dedução de 15% das despesas suportadas.

Já a proposta dos socialistas prevê o aumento do consumo de eletricidade que está sujeito à taxa reduzida de IVA, de 6%, foi aprovada na generalidade com a abstenção do Chega e votos contra do PSD e do CDS. Os socialistas propunham um alargamento dos consumos sobre os quais se aplica uma taxa reduzida de IVA, mas a discussão na especialidade só deverá ser retomada na próxima semana.

A taxa reduzida de 6% deverá aplicar-se aos primeiros 200 kWh de energia elétrica consumida em cada mês (duplicando os atuais 100 kWh), ou de 300 kWh mensais no caso das famílias numerosas (duplicando os atuais 150 kWh). Em paralelo, prevê que a redução deixe de ter um caráter transitório.

Não compreendemos o adiamento do PSD à votação da proposta relativa ao alargamento de dedução de despesas em habitação em sede de IRS. De resto nem apresentaram propostas de alteração. Só se tratam de manobras dilatórias com objetivo de atrasar este processo não me parecem nem adequadas nem úteis aos portugueses“, afirma Carlos Pereira, deputado do PS ao ECO, acusando o PSD de não ter apresentado diligências à proposta da redução do IVA na luz que se tinha proposto a fazer.

O deputado socialista, que representa o partido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, acusa o grupo parlamentar social-democrata de “negação em relação ao peso” do PS no Parlamento. “78 deputados não são suficientes para aprovar ou reprovar o que quer que seja por isso a falta de capacidade de diálogo tem sido substituído pelos adiamentos e teses mirabolantes de coligações negativas”, diz ainda.

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Portugal com taxa de risco de pobreza ou exclusão social abaixo da média da UE

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Junho 2024

Em 2023, Roménia, Bulgária, Espanha e Grécia tinham as taxas mais elevadas da UE de risco de pobreza ou exclusão social. Portugal, com 20,1%, ficou abaixo da média dos 27.

Um total de 94,6 milhões de pessoas estava em risco de pobreza ou exclusão social na União Europeia (UE) no ano passado, representando 21% da população do bloco comunitário, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Portugal registou uma taxa de 20,1%, a 13.ª mais alta entre os 27 Estados-membros e abaixo da média da UE.

O serviço estatístico europeu indica que a taxa da população em risco de pobreza ou exclusão social “diminuiu ligeiramente” face a 2022, ano em que 22% dos cidadãos da UE (ou 95,3 milhões) viviam em agregados familiares onde há pelo menos um dos três riscos de pobreza e exclusão social: risco de pobreza, privação material ou social severa e/ou estar inserido num agregado com intensidade laboral muito reduzida.

Entre os Estados-membros, as maiores taxas de risco de pobreza ou exclusão social foram registadas, no ano passado, na Roménia (32%), Bulgária (30%), Espanha (27%) e Grécia (26%) e as menores na República Checa (12%), Eslovénia (14%), Finlândia e Polónia (ambas com 16%).

Portugal apresentou uma taxa de 20,1%, igual à registada em 2022 e um recuo face aos 22,4% de 2021, ocupando o 13.º lugar da tabela dos Estados-membros.

Taxa de população em risco de pobreza ou exclusão social em 2023

Fonte: Eurostat

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Saúde vai auditar conselhos de administração dos hospitais

"Temos lideranças fracas. Precisamos de lideranças à frente dos hospitais e à frente dos serviços que sejam mobilizadoras, que atraiam os jovens profissionais e que os tratem bem", disse a ministra.

A ministra da Saúde considera que Portugal tem “lideranças fracas” na Administração Pública, defendendo que os os gestores dos hospitais “têm de ter uma avaliação de desempenho” e que “os bons” líderes “têm de ser recompensados”. Assim, vai ser criada uma comissão de acompanhamento e uma comissão de auditoria aos conselhos de administração dos hospitais.

“Temos lideranças fracas. Precisamos de lideranças à frente dos hospitais e à frente dos serviços que sejam mobilizadoras, que atraiam os jovens profissionais e que os tratem bem. Não tratamos bem as pessoas na Administração Pública“, afirmou Ana Paula Martins, que está esta quarta-feira a ser ouvida na comissão de Saúde, no Parlamento, sobre o plano de emergência para o SNS, na sequência do requerimento do PSD.

A governante considerou que “não é aceitável” que os departamentos de recursos humanos demorem “muitas vezes meses” para responder um médico, a um enfermeiro ou a um técnico superior de diagnóstico e terapêutica e denunciou em janeiro deste ano uma unidade do SNS “já tinha todos os médicos pediatrias a entregar” a declaração de escusa às horas extraordinárias, para além das 250 horas obrigatórias por lei.

“E não aconteceu nada? E não se fez nada? E achou-se normal que isto acontecesse? E isto são bons lideres? Não, não são. E como não são tem que haver escrutínio, tem que haver avaliação”, apontou a governante, sublinhando “os que são bons [gestores] têm que ser recompensados” e que estes “têm que ter uma avaliação de desempenho”.

Esta, aliás, tem sido uma das críticas dos administradores hospitalares, que dizem que estão “há mais de 20 anos sem carreira, sem avaliação de desempenho, sem qualquer progressão ou formação contínua”. Nesse sentido, Ana Paula Martins indicou que no âmbito das medidas de eficiência do Governo vai ser criada uma “comissão de acompanhamento e uma comissão de auditoria aos conselhos de administração” dos hospitais. “Não é hostilizar. É apoiá-los e ajudá-los a cumprir a sua missão”, garantiu.

Ministra arranca negociações sobre revisão da carreira dos gestores hospitalares dentro de “3 semanas”. Promete carreira “aberta a várias áreas”

Questionada pelo deputado e ex-bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães sobre as críticas às chefias da administração pública, a ministra reafirmou-as, lembrando que “a carreira dos administradores hospitalares data de 1982″ e desde então “nunca mais teve uma atualização”, o que não é um bom presságio para ter “gestores cada vez mais aptos” e com “cada vez mais competências”.

Nesse sentido, a governante realça que o Executivo se comprometeu, no programa de Governo, a rever a carreira dos administradores hospitalares, depois de ter conversado com o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), e diz que “tenciona” sentar-se “à mesa” para discutir este tema dentro de “três semanas”.

Nas críticas feitas, Ana Paula Martins apontou ainda que “esta carreira esteve sempre fechada”, dado que “só admite pessoas que têm formação num determinado estabelecimento de ensino”. “E isso não vamos permitir”, atirou a governante, prometendo uma carreira “aberta a várias áreas”, desde a gestão à medicina. “Vamos conseguir construir os gestores do século XXI“, afiançou.
(Notícia atualizada às 13h11 com mais declarações da ministra da Saúde)

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Presidente da República diz que Governo longo seria “o ideal” para o interesse do país

  • Lusa
  • 12 Junho 2024

P primeiro-ministro disse esperar estar não só nas comemorações do próximo dia de Portugal, mas em todas "durante quatro anos".

O Presidente da República afirmou esta quarta-feira que “para o interesse do país era o ideal” que o Governo tivesse um mandato longo, com Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro a preverem muitas viagens juntos nos próximos anos.

Em breves declarações aos jornalistas, antes de entrarem num comboio que os levará de Genebra para Berna e depois para Zurique, no âmbito das comemorações do 10 de junho, o Chefe de Estado e de Governo consideraram que esta será “a primeira de muitas” deslocações conjuntas ao estrangeiro.

“A primeira de muitas, para o ano há também 10 de junho. O primeiro-ministro terá mais [viagens] porque tem a condução da política externa, já vai estar em julho na cimeira da NATO, na da comunidade política europeia, terá uma viagem bilateral a Angola”, enumerou Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado se, ao falar no 10 de Junho de 2025, prevê um Governo longo do PSD/CDS-PP, o Presidente respondeu: “Para o interesse do país isso era o ideal”.

Na mesma linha, o primeiro-ministro disse esperar estar não só nas comemorações do próximo dia de Portugal, mas em todas “durante quatro anos”. “E em todas as ocasiões em que o Governo e o primeiro-ministro devem estar representados, a legislatura só acaba em 2028″, frisou.

Questionado se Luís Montenegro é uma boa companhia, o Chefe de Estado respondeu afirmativamente e deixou nota de um próximo encontro: “Vamo-nos encontrar no São João do Porto e recordámos que há dois anos também estivemos no São João”, disse.

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Ministra dá orientações ao SNS para agendar cirurgias oncológicas acima do tempo máximo de resposta garantida

Ministra da Saúde assegurou que o Executivo não vai "limpar doentes das listas dos médicos de família", mas admite "melhorar" o despacho. "Vamos ter uma lista de reserva", disse.

A ministra da Saúde admite avançar com “modelos autónomos de funcionamento para a obstetrícia” e revelou que deu orientações às unidades do SNS para agendar cirurgias oncológicas acima do tempo máximo de resposta garantida.

Estamos a propor modelos autónomos de funcionamento para a obstétrica porque, para além da portaria de incentivos aos partos que deve ser publicada hoje ou amanhã, também gostaríamos de avançar com CRI [Centros de Responsabilidade Integrada] nesta área“, afirmou Ana Paula Martins, que está esta quarta-feira a ser ouvida na comissão de Saúde, no Parlamento, sobre o plano de emergência para o SNS, na sequência do requerimento do PSD.

Audição da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sobre o Plano de Emergência para o SNS - 12JUN24
Audição da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sobre o Plano de Emergência para o SNSHugo Amaral/ECO

Ao mesmo tempo, Ana Paula Martins garantiu que os mapas que assinalavam quais os blocos de partos e serviços de urgência de ginecologia/obstetrícia e de pediatria temporariamente encerrados vão voltar a publicados no portal do SNS já na quinta-feira. Segundo a governante, a direção executiva alegou o facto de estar em “gestão corrente” para não publicar os mapas.

A ministra da Saúde assegurou ainda que para o Governo “os doentes oncológicos em Portugal têm prioridade”, pelo que anunciou que deu “orientações” às unidades do SNS para “agendar até 14 de junho” todas as cirurgias de “doentes acima do tempo máximo de resposta garantida (TMRG) e até ao limite da capacidade para operar entre a presente data e 31 de agosto no SNS”. De notar que no plano de emergência do SNS, o Governo promete regularizar a lista de espera para cirurgias oncológicas em três meses através do programa OncoStop2024.

“Até ao final de mês de agosto todos estas cirurgias já estão agendadas”, assegurou a governante, indicando que há “7.897 cirurgias realizadas da lista de espera de oncologia total dentro e fora do tempo máximo de resposta garantida desde abril”, 2.306 cirurgias realizadas da lista de espera de oncologia acima do tempo máximo de resposta garantida desde 18 de maio”.

Quanto a agendadas, desde 30 de abril há “4.959 cirurgias agendadas da lista de espera de oncologia total dentro e fora do tempo máximo de resposta garantida e 1.364 cirurgias agendadas da lista de espera de oncologia acima dos tempos máximos de resposta garantida”.

Questionada sobre as novas novas regras do Registo Nacional de Utentes, ainda do anterior Executivo, e que inicialmente determinava que os portugueses com residência fiscal no estrangeiro teriam o seu registo “inativo”, a ministra assegurou que o Executivo não vai “limpar doentes das listas dos médicos de família”, mas admite “melhorar” o despacho. “Vamos ter uma lista de reserva” em que as pessoas que já não usam o SNS “há pelo menos cinco anos estão numa lista de reserva”, mas não desaparecem do sistema e são ativadas a qualquer momento“, garantiu.

(Notícia atualizada)

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SNS com recorde de 613 médicos reformados no ativo em abril

  • ECO
  • 12 Junho 2024

420 dos 613 clínicos aposentados são médicos de família a trabalhar a tempo parcial que, em abril, davam resposta a mais de 87 mil utentes.

Em abril, eram 613 os médicos reformados a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), número que representa um novo recorde. Segundo o Público (acesso condicionado), que cita dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a maior parte (420) é médico de família a tempo parcial, dando resposta a mais de 87 mil utentes, enquanto os restantes exerciam funções nos hospitais públicos e 13 estavam em serviços centrais do Ministério da Saúde.

Estes profissionais são abrangidos pelo regime “excecional” criado em 2010 para fazer face à permanente carência de médicos especialistas nos centros de saúde e nos hospitais públicos. O programa tem sido prorrogado pelos vários governos desde então e, este ano, o Executivo liderado por Luís Montenegro deu ‘luz verde’ para contratar o maior número de sempre de médicos aposentados: 900, mais 313 do que em 2023.

O plano de emergência da saúde apresentado recentemente pela tutela prevê que, ao longo de três anos, os médicos reformados que continuem a trabalhar no SNS acumulem a pensão com 100% do vencimento-base, em vez de 75%, como acontece atualmente, propondo ainda que aqueles em funções numa unidade de saúde familiar (USF) modelo B sejam também elegíveis para 50% dos incentivos indexados ao índice de desempenho.

Num ano em que mais uma vez se bateram recordes no número de médicos aposentados, muitos clínicos optaram, assim, por continuar em funções, não agravando ainda mais o número de utentes que sem médico de família — que, de acordo com a Entidade Reguladora da Saúde, era de 1.565.880 pessoas em abril. Lisboa e Vale do Tejo é a região de Portugal continental com mais utentes sem acesso a um especialista de medicina geral e familiar, com perto de um quarto (24,6%) dos utentes sem médico de família atribuído.

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Lay-off clássico é “bastante burocrático”. Está a precisar de uma nova versão?

Sofia Silva e Sousa, da Abreu Advogados, e Sofia Contente, da Randstad Portugal, discutiram lay-off, compensações pós despedimento e normas polémicas da Agenda do Trabalho Digno na Advocatus Summit.

Apontado como uma das principais razões para o desemprego não ter disparado durante a pandemia, o lay-off simplificado já não está disponível. Em alternativa, as empresas em crise têm à disposição o lay-off clássico, mas este é “bastante burocrático e moroso”.

Uma nova roupagem seria bem-vinda”, defendeu, por isso, Sofia Silva e Sousa, sócia contratada da área de Direito do Trabalho da Abreu Advogados, no painel da Advocatus Summit dedicado às reestruturações. Também Sofia Contente, legal director da Randstad Portugal, deixou críticas ao modelo clássico, propondo que a versão simplificada seja aditada à lei do trabalho, isto é, os dois regimes estariam disponíveis, em paralelo.

As advogados discutiram ainda duas das mexidas à lei laboral mais polémicas do último ano – a proibição do recurso ao outsourcing após despedimentos coletivos ou despedimentos por extinção do posto de trabalho, bem como o fim da remissão abdicativa, o que determina que a renúncia a créditos laborais só é válida se for feita no contexto de uma transação judicial –, deixando claro que o Governo deveria aprovar a revisitação do Código do Trabalho já anunciada para retirar estas normas.

No caso da proibição do recurso ao outsourcing, entretanto, a Provedora de Justiça enviou a norma para o Tribunal Constitucional. “Anseio o desfecho no sentido desta norma vir a ser declarada inconstitucional”, sublinhou Sofia Contente. E também Sofia Silva e Sousa defendeu que esta é uma medida que, tecnicamente, não faz sentido.

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Prazo médio de reembolso do IRS aumentou para 22 dias

  • ECO
  • 12 Junho 2024

Em pouco mais de dois meses, foram entregues quase cinco milhões de declarações de rendimento e emitidos mais de dois milhões de reembolsos.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) tinha indicado que o prazo para os reembolsos do IRS relativo a 2023 iria rondar os 15 a 17 dias. No entanto, este prazo tem vindo a aumentar desde o arranque da entrega das declarações do imposto, com o Ministério das Finanças a apontar agora para uma média de 22 dias, noticia o Público (acesso condicionado).

Dados da administração fiscal divulgados pela tutela revelam que o Fisco recebeu, até à manhã da passada sexta-feira, 4,9 milhões de declarações de IRS relativas a 2023, tendo sido pagos 2.074.776 reembolsos, num valor de 2.002,7 milhões de euros. A média de cada reembolso é de 965 euros. Esta quarta-feira, já tinha sido ultrapassa a fasquia das cinco milhões de declarações entregues pelos contribuintes.

O período de submissão das declarações começou a 1 de abril e termina a 30 de junho, sendo que as liquidações têm de estar concluídas até 31 de julho e os reembolsos pagos até 31 de agosto. Na campanha do ano passado, foram liquidadas quase seis milhões de declarações e, destas, 1,8 milhões foram apresentadas através da funcionalidade do IRS Automático, em que o Fisco já apresenta uma declaração preenchida.

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Hoje nas notícias: IRS, salários e médicos

  • ECO
  • 12 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O tempo médio para o Fisco pagar os reembolsos de IRS é neste momento de 22 dias, mais sete face ao prazo médio de pagamento no início da entrega das declarações do imposto. A atualização de tabelas de IRS em 5,1% no ano passado anulou apenas um terço do impacto da subida recorde de salários. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Finanças estão a demorar 22 dias a pagar reembolsos de IRS

O prazo médio de pagamento dos reembolsos de IRS tem vindo a aumentar desde o arranque da entrega das declarações do imposto, com o Ministério das Finanças a apontar agora para uma média de 22 dias face aos 15 dias que demorava inicialmente. Dados da administração fiscal divulgados pela tutela revelam que o Fisco recebeu 4,9 milhões de declarações de IRS relativas a 2023 (estatísticas registadas até sexta-feira de manhã), tendo sido pagos 2.074.776 reembolsos, num valor de 2.002,7 milhões de euros. A média de cada reembolso é de 965 euros.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Atualizar escalões do IRS não compensou subida de salários

A atualização dos escalões de IRS em 5,1% no ano passado — em linha com o aumento salarial médio previsto para 2023 no acordo de rendimentos assinado pelo Governo, as confederações patronais e a UGT — anulou apenas um terço do impacto da subida recorde de salários — 8,4% em média em contas nacionais –, segundo novas simulações feitas pelo Banco de Portugal. Para este ano, o efeito da atualização das tabelas do imposto em 3% (em linha com a inflação prevista) deverá ser igualmente limitado.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

SNS com recorde de 613 médicos reformados no ativo em abril

O número de médicos reformados a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde atingiu um novo recorde em abril, num total de 613. A maior parte (420) são médicos de família, dando resposta a 87 mil utentes. Num ano em que mais uma vez se bateram recordes no número de médicos aposentados, muitos optaram por continuar em funções para não agravar ainda mais o número de utentes que não tem médico de família. Um estudo recente da Entidade Reguladora da Saúde revelava que, no final de 2022, um em cada quatro utentes inscritos nos cuidados de saúde primários não tinha médico de família em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), enquanto no Norte apenas 2,3% dos utentes estavam nessa situação.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Preço do peixe baixa na lota mas sobe no prato

O preço médio do peixe fresco descarregado nos portos nacionais caiu 6,8% em 2023, o que pode ser explicado pelo aumento das capturas de cavala (52,4%), a redução do preço da sardinha (10 cêntimos por quilo) e a diminuição das capturas na pesca polivalente. No entanto, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) para o peixe fresco cresceu 3,8%, ainda que o preço médio do peixe fresco vendido nas lotas tenha descido 6,6%.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Provedora de Justiça participou ao Ministério Público oito casos de agressões a reclusos em 2023

Em visitas surpresa efetuadas no ano passado a 16 prisões, o Mecanismo Nacional de Prevenção da Tortura — que funciona na Provedoria de Justiça — encontrou evidências de oito casos de agressões a reclusos por guardas prisionais, as quais comunicou ao Ministério Público (MP). Seis destas denúncias foram “suportadas por imagens de videovigilância”. Foi a primeira vez desde o início do seu funcionamento, em 2014, que o Mecanismo Nacional de Prevenção da Tortura fez uma participação direta ao MP de indícios de agressões de guardas prisionais a reclusos.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

 

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“A Donzela” de Juan Carlos Fresnadillo entra no top dos dez filmes mais vistos de sempre na Netflix

  • Servimedia
  • 12 Junho 2024

Damsel", o filme realizado por Juan Carlos Fresnadillo e protagonizado por Millie Bobby Brown, entrou esta semana na lista exclusiva dos dez filmes mais vistos de sempre na Netflix.

Após 87 dias de transmissão, o filme alcançou 137,2 milhões de visualizações, à frente de outros como “A Mãe”, protagonizado por Jennifer Lopez, que ocupa agora o nono lugar deste ranking, com 136,4 milhões de visualizações; e “Daggers in the Back, The Glass Onion Mystery”, que está atualmente no décimo lugar, com 136,3 milhões de visualizações. A entrada de “Damsel” neste ranking dos filmes mais vistos de todos os tempos destronou “Extraction”, com Chris Hemsworth, que estava em 10º lugar, da lista.

Este registo faz do canário Juan Carlos Fresnadillo o primeiro realizador espanhol a alcançar o Top 10 dos filmes em língua inglesa mais vistos na história da plataforma. Em resposta à notícia, divulgada ontem à noite pela própria plataforma, Fresnadillo considera que “o público global acolheu tão bem ‘Damsel’ porque dá uma nova voz às heroínas femininas, sugerindo uma nova forma de conquistar o poder e a liberdade”.

“A recompensa mais emocionante deste grande sucesso é ver como Damsel se tornou um filme icónico para as novas gerações”, afirmou. O realizador refere ainda que deve o sucesso do filme “ao amor incondicional e ao trabalho de um elenco e de uma equipa incríveis, milhares de pessoas que o tornaram possível”.

Protagonizado, entre outras, por Millie Bobbie Brown (Stranger Things, Enola Holmes), Robin Wright (Forrest Gump, House of Cards) e Angela Bassett (Tina, Pantera Negra), “Damsel” é uma fantasia épica cujos protagonistas são maioritariamente mulheres. Depois de estrear na plataforma a 8 de março, “Damsel” passou seis semanas no Top 10 mundial, alcançando o Top 10 dos filmes em 93 países. O filme marcou a maior semana de visualizações de um filme da Netflix desde a sequela de “Knives Out”, “Glass Onion”, no final de 2022, com mais de 50 milhões de visualizações na sua segunda semana no Top 10.

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ISDIN processa a OCU pelos seus estudos sobre fotoproteção porque afirma que são “tendenciosos, sem metodologia científica e com critérios arbitrários”

  • Servimedia
  • 12 Junho 2024

A ISDIN anunciou que interpôs uma ação judicial contra a OCU por considerar que os relatórios desta organização sobre produtos de proteção solar afetam a sua reputação e o seu negócio.

De acordo com a ISDIN, apesar de, através da apresentação dos seus relatórios e estudos laboratoriais, ter recebido o apoio e a validação da Agência Espanhola de Medicamentos (AEMPS) para todos os seus produtos, “a OCU mantém que os seus relatórios se baseiam em resultados científicos e recusa-se a retificá-los”.

“No último estudo da UCO sobre os protetores solares, publicado em março, a UCO constatou que o produto da ISDIN, Fusion Water Magic SPF 50, não respeitava o fator de proteção indicado no rótulo. Poucas semanas depois, após ter recebido os relatórios laboratoriais da empresa, a Aemps, como já fez em mais de uma ocasião, retificou a OCU, declarando num comunicado que “a alegada não conformidade afetava o FP-UVA. A ISDIN forneceu dois testes, um efetuado com o método oficial in vivo (UNE EN ISO 24442) e outro com o método oficial in vitro (UNE EN ISO 24443). Em ambos os casos, o resultado obtido corrobora a alegação do rótulo”, afirma a ISDIN.

Depois de ter solicitado uma retificação à OCU, a ISDIN decidiu igualmente enviar uma carta a 50 000 farmacêuticos e dermatologistas explicando que a organização de consumidores, “apesar de toda a documentação científica fornecida pela empresa e dos esclarecimentos da Aemps”, “se recusou a proceder a uma retificação pública”.

Na comunicação às farmácias, o ISDIN explica o motivo da ação judicial contra a OCU: “Gostaríamos de informar que acabamos de interpor uma ação judicial contra esta empresa privada por ter elaborado e divulgado um estudo tendencioso, sem qualquer metodologia objetiva e baseado em estudos irregulares e critérios arbitrários”.

Na mesma carta, alega que o relatório da OCU sobre fotoproteção está a ser utilizado numa “perseguição à marca com contínuos ataques denegridores por parte de alguns ‘influencers’ e/ou colaboradores de conhecidas marcas concorrentes”.

A empresa salienta que “o sucesso” dos seus produtos e em particular do Fusion Water Magic SPF 50 a nível mundial “levou a que estivesse sempre na mira da OCU e de algumas marcas”, deixando “entrever interesses de terceiros em prejudicar a reputação da empresa”.

“Já em 2019, as principais associações de farmacêuticos manifestaram publicamente o seu apoio à empresa, descrevendo os estudos da OCU como pouco rigorosos e pouco credíveis, cujo objetivo era “fazer barulho mediático com interesses desconhecidos”, sustenta o ISDIN.

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