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Betano Euro Village: o “Football Park Oficial” de Lisboa para a transmissão do Euro 2024

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  • 7 Junho 2024

Betano, Lidl, Sagres, Hisense, Calvé, Olá, Hisense, JCDecaux e Hellmans são as marcas patrocinadoras da iniciativa que quer servir de "ponto de encontro" para assistir aos jogos da competição.

“Betano Euro Village” é o nome do “Football Park Oficial” de Lisboa que vai assegurar a transmissão de todos os jogos do Euro 2024, numa iniciativa conjunta da Sport TV, Doca da Marinha e Câmara Municipal de Lisboa.

O espaço, na Doca da Marinha, é de entrada gratuita e visa ser o “ponto de encontro favorito para todos os que desejam assistir aos jogos em grande estilo”, dispondo de vários ecrãs gigantes, áreas de alimentação, entretenimento ao vivo e atividades interativas.

“A Sport TV como casa do Euro 2024 quer levar como sempre, aos portugueses, todas as emoções do Europeu, e colocar todo o país a apoiar e a vibrar com as conquistas da nossa seleção. Por isso quisemos garantir que haverá um ponto de encontro para acompanhar os jogos das melhores equipas europeias e celebrar as grandes conquistas da nossa seleção até à final”, diz Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV Portugal, citado em comunicado.

“Mais do que a transmissão dos jogos do Euro 2024, queremos que o Betano Euro Village seja o grande ponto de encontro para todos aqueles que querem desfrutar o Euro 2024 com muita festa e animação à mistura. O eixo do entretenimento será por isso tão relevante quanto o do desporto. Para esse efeito, contamos com parceiros tão importantes como a Betano, o Lidl, a Sagres, a Hisense, a Calvé e a Hellmans, que através das suas ativações trarão um sem número de atividades muito divertidas e para várias idades”, diz Francisco Mello e Castro, head of events da Doca da Marinha.

A inauguração do espaço decorre a 14 de junho (18h), primeiro dia da competição, com a transmissão do jogo entre a Alemanha e a Escócia nos ecrãs gigantes às 20h e um DJ Set até às 00h.

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BdP não foi consultado ou informado por Fundo de Resolução na compra de 4,14% do Novobanco, diz Centeno

Mário Centeno revela que o Fundo de Resolução tem um mecanismo de financiamento próprio e que "tem um conjunto de funções muito claras na legislação".

O Fundo de Resolução (FdR) investiu recentemente 128,67 milhões de euros para adquirir 4,14% do capital do Novobanco, mas o Banco de Portugal, entidade a quem cabe prestar os serviços técnicos e administrativos indispensáveis ao bom funcionamento do fundo, não foi ouvido na operação.

“O Banco de Portugal não foi consultado nem informado da decisão”, referiu Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, esta sexta-feira no decorrer da apresentação do Boletim Económico de junho. “O Fundo de Resolução goza dessa autonomia e por isso fê-lo dentro dessa autonomia”, sublinhou o governador.

O último relatório e contas disponível do FdR, referente ao ano de 2022, mostrava que o FdR apresentava uma dívida ao Estado de 6.383 milhões de euros e de 1.129 milhões junto de sete instituições de crédito nacionais. Mas em vez de optar pela amortização dessa dívida, o FdR preferiu investir em aumentar a sua posição no Novobanco.

“O FdR tem um mecanismo de financiamento próprio que está em funcionamento há bastante tempo”, referiu Centeno, destacando ainda que o Fundo “tem um conjunto de funções muito claras na legislação”, devendo por isso “fazer tudo o que puder a que se atente essas funções.”

Sem se prenunciar sobre as razões da operação, Centeno destacou apenas que a única coisa que “está em causa é qual das entidades dentro do perímetro do Estado detém os 4,14% dos DTA (direitos de conversão em capital dos ativos por impostos diferidos), se o Tesouro ou o FdR.”

Sobre a possibilidade deste investimento ter algum impacto orçamental, o governador do Banco de Portugal referiu também que sendo uma transferência dentro do perímetro do Estado não há impacto ornamental. “Houve sim impacto orçamental aquando do reconhecimento dos DTA”, recordou Centeno.

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O fim do BES, dez anos depois

  • ECO
  • 7 Junho 2024

Passam dez anos sobre o colapso do maior grupo financeiro português. O ECO vai publicar uma série de cinco episódios com os cinco dias decisivos do fim do BES.

Passam dez anos sobre o colapso do maior grupo financeiro português. Nos próximos dois meses, o ECO vai publicar a série “O fim do BES, dez anos depois”, com cinco episódios (no site e em podcast) sobre os cinco dias decisivos do fim do BES, a 3 de agosto de 2014.

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#1. Como perder mil milhões em dois meses 11 de junho
#2. O fim da Era Salgado 20 de junho
#3. Rei morto, rei posto 14 de julho
#4. O buraco de 3,5 mil milhões 30 de julho
#5. O dia da capitulação 3 de agosto

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Eikko usa a IA para ligar profissionais ao mercado de trabalho e fazer match com ronda seed

A startup nacional tem planos para avançar com uma ronda de investimento seed de 500 mil euros até ao final do terceiro trimestre.

Usar a Inteligência Artificial (IA) para ajudar profissionais e empresas a fazer match no mercado de trabalho é objetivo da Eikko. A startup nacional tem planos para avançar com uma ronda de investimento seed de 500 mil euros para alimentar planos de expansão do negócio e internacionalização.

“Para alavancar a próxima fase de crescimento da Eikko, estamos a angariar uma ronda de investimento seed de 500 mil euros até ao final do terceiro trimestre de 2024. Estes fundos serão fundamentais para adquirir mais clientes/empresas, criar parcerias estratégicas com universidades e instituições de ensino focadas na inovação e desenvolvimento de competências, bem como a expansão internacional para outros mercados europeus”, revela Hugo Esteves, CEO da Eikko.

“Também prevemos aumentar a nossa workforce, com especial foco nas áreas de business development, customer success e marketing de forma a proporcionar uma experiência ímpar aos nossos candidatos, clientes e parceiros”, acrescenta. Hoje a startup conta com seis pessoas.

O que propõe a plataforma

Em desenvolvimento há três anos, a plataforma já tem “mais de dez mil candidatos e várias empresas já inscritas”, informa a startup em comunicado, referindo que, permite reduzir para 21 dias — abaixo da média de 71 dias — o período médio de contratação, “em especial nas fases de pesquisa e triagem de candidatos, o que permite reduzir custos associados ao recrutamento”.

“Os nossos processos estão desenhados para aumentar a eficiência nas empresas, reduzir custos associados ao recrutamento e diminuir o tempo e a subjetividade na contratação. O objetivo das empresas é contratar a pessoa que irá ter o melhor desempenho e, com a Eikko, conseguimos tudo isto com instrumentos validados, cientificamente”, afirma Hugo Esteves, citado em comunicado.

A Eikko procura ir ao encontro de um recrutamento unbiased, trabalhando sobretudo em áreas funcionais da tecnologia (HR, R&D, Software Development, Data & IA), engenharias, marketing, design, vendas, gestão de produto e operações, entre outras.

A Eikko está incubada digitalmente no Instituto Pedro Nunes (IPN) e, mais recentemente, também na Startup Lisboa, abrangendo o mercado internacional. A Eikko tem uma parceria estabelecida com a APPDI (Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão) e a Business Research Unit do ISCTE.

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Preços da Dazn e Sport TV aumentam a partir de agosto

  • + M
  • 7 Junho 2024

As alterações significam aumentos mensais de três euros para os clientes individuais da Dazn. A Sport TV diz que o aumento é feito pelas operadoras, afirmando desconhecer as alterações de preçário.

A Dazn vai aumentar em cerca de 22% o valor das suas subscrições mensais para particulares – tanto para novos clientes como para atuais subscritores – confirmou o +M. O preço da Sport TV também vai aumentar, embora o canal desportivo não adiante valores, referindo que o aumento de preçário vai ser feito pelas operadoras e não por si.

Os dois pacotes mensais da Dazn dirigidos aos clientes individuais vão encarecer cerca de três euros, enquanto o pacote dirigido às empresas vai sofrer um aumento de 10 euros.

Já o aumento de preços dos pacotes da Sport TV vai ser feito pelas operadores, segundo fonte do canal, pelo que os aumentos podem depender de cada uma das operadoras (Meo, Nos, Vodafone). O canal desportivo diz não saber assim em quanto os preços de subscrição vão aumentar.

Atualmente, e de forma geral, a subscrição da Sport TV Sport TV Premium HD Multiscreen custa 29,99 euros/mês, da Sport TV HD 25,99 euros/mês e da Sport TV Empresas Multiscreen 59,99 euros/mês. Os preços e ofertas, no entanto, apresentam ligeiras diferenças entre os operadores.

Os novos preços – tanto da Dazn como da Sport TV – entram em vigor no início do mês de agosto, em antecipação à nova época desportiva, e já depois do Campeonato Europeu de Futebol, que se realiza entre 14 de junho e 14 de julho. Os jogos desta competição vão ser transmitidos pela RTP, SIC, TVI e pela Sport TV, tendo o canal desportivo assegurado os direitos de transmissão da totalidade das partidas da competição.

Confira a atualização de preços da Dazn:

  • Pacote anual (com pagamento mensal) passa dos 13,99 euros/mês para os 16,99 euros/mês
  • Pacote mensal passa dos 17,99 euros/mês para os 20,99 euros/mês
  • Pacote mensal (para empresas) passa dos 49,99 euros/mês para os 59,99 euros/mês

Recorde-se que a partir da próxima época, entre 2024-2027, os canais em sinal aberto vão deixar de transmitir os jogos da Liga dos Campeões (UEFA Champions League), naquela que foi eleito como o “desafio do ano” por Daniel Oliveira, diretor geral de entretenimento da SIC.

Os direitos de transmissão são divididos entre dois canais por cabo – Sport TV e Dazn (Eleven) – sendo que este último foi o detentor em exclusivo dos direitos de transmissão da Liga dos Campeões durante os últimos seis anos.

A Sport TV garantiu os jogos “mais importantes” das competições, tendo a Dazn ficado com o resto.

Na totalidade das três competições europeias, a Sport TV vai transmitir 57 jogos (37 da Liga dos Campeões + 19 da Liga Europa/Liga Conferência + 1 da Supertaça Europeia). No entanto, a partir de 2025, está a ser analisada pela UEFA a possibilidade de realizar um torneio de pré-época envolvendo o campeão europeu e as três melhores equipas classificadas na fase ‘de campeonato’ da Liga dos Campeões do ano anterior, em vez da Supertaça. Nesse caso, os quatro jogos também serão transmitidos pela Sport TV.

A Dazn, por seu lado, passa a ter os direitos de transmissão de 489 jogos por época das três competições de clubes da UEFA (166 da Liga dos Campeões + 172 da Liga Europa + 151 da Liga Conferência), sendo a primeira vez que este canal vai transmitir jogos da Liga Europa e Liga Conferência. A Dazn garantiu ainda os direitos de transmissão de todos os jogos da UEFA Youth League.

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Comissão Europeia propõe subida para 37.000 euros das ajudas de “minimis” agrícolas

  • Lusa
  • 7 Junho 2024

Comissão propõe que seja alargado o período de referência para 2012-2023 (o vigente é 2012-2017) para o cálculo dos limites máximos nacionais.

A Comissão Europeia propôs esta sexta-feira o aumento das ajudas de Estado de minimis na agricultura até ao limite de 37 mil euros ao longo de três anos, de modo a incluir a pressão inflacionária, tendo lançado uma consulta pública.

As ajudas de minimis são as que os Estados-membros podem atribuir sem o aval prévio do executivo comunitário por se considerar que não afetam nem concorrência nem o comércio no mercado único e que atualmente têm um limite de 20 mil euros ou 25 mil, se o país dispuser de um registo central a nível nacional para estes auxílios.

A Comissão propõe ainda que seja alargado o período de referência para 2012-2023 (o vigente é 2012-2017) para o cálculo dos limites máximos nacionais, permitindo assim ter em conta o aumento do valor da produção agrícola, especialmente nos últimos anos. O montante máximo de auxílio será calculado ao longo de um período de três anos naturais em vez de três exercícios financeiros. As partes interessadas têm até 21 de julho para participar na consulta pública.

Bruxelas tenciona adotar as alterações relativas aos auxílios de minimis “o mais rapidamente possível, tendo em conta as respostas recebidas dos Estados-membros e das partes interessadas”, segundo um comunicado.

Na sequência dos protestos dos agricultores da UE nos últimos meses, muitos Estados-membros apelaram a um limite máximo mais elevado para as ajudas públicas à agricultura que Bruxelas não precisa de aprovar.

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Centeno alerta para forte pressão da despesa nas contas públicas

O Banco de Portugal estima um diferencial acima dos 2 mil milhões de euros ou 0,7% do PIB entre a margem orçamental e o referencial de despesa.

O Banco de Portugal calcula que a margem orçamental para 2025 deverá rondar os 5.385 milhões de euros, sendo esse valor sustentado por uma variação do PIB potencial nominal de 5%. Contudo, a análise dos próximos anos levanta preocupações sobre a capacidade do país manter as finanças em ordem sem sacrificar o crescimento económico.

No lado da despesa, o cenário é de forte pressão, alertou o governador do Banco de Portugal no decorrer da apresentação do Boletim Económico de junho, esta sexta-feira. As pensões e outras prestações sociais vão absorver cerca de 1.900 milhões de euros, enquanto os custos com pessoal aumentam em 1.050 milhões e o consumo intermédio e as prestações sociais em espécie somam mais 1.100 milhões de euros à fatura.

O investimento nacional e outras despesas de capital, impulsionados pelo PRR, somam 1.120 milhões. E a tudo isso soma-se o efeito das medidas já aprovadas, como o Complemento Solidário para Idosos, o apoio aos jovens e a revisão da carreira dos professores, que adicionam mais 465 milhões.

Somando tudo, o Banco de Portugal estima uma despesa total de 5.635 milhões de euros, que ultrapassa em 4,6% a margem orçamental disponível, levando Mário Centeno a referir que, com base nas novas regras orçamentais europeias, “em 2024 estamos já numa situação de incumprimento”, de acordo com o que está inscrito no “Orçamento do Estado e com as medidas que já foram anunciadas.”

Do lado da receita, o panorama também é desafiante. O Banco de Portugal estima que a redução de impostos está avaliada em 2.330 milhões de euros, parcialmente compensada por aumentos de 520 milhões devido à reversão de medidas temporárias de alívio fiscal, resultando numa redução líquida de 1.820 milhões de euros. Isso eleva a variação do referencial para a despesa a 7.455 milhões de euros, nas contas do regulador. Porém, este exercício não considera várias medidas em negociação que afetam mais de 220 mil trabalhadores da administração pública, além de planos de emergência nas áreas da saúde e habitação, notam os técnicos do Banco de Portugal no Boletim Económico de junho.

Esta disparidade entre a margem orçamental e o referencial de despesa, superior a 2.070 milhões de euros (ou 0,7% do PIB), “excede o limite máximo de 0,3 pontos percentuais que está inscrito no atual procedimento por défice excessivo para economias com um rácio da dívida superior a 60%”, lê-se no Boletim Económico. Nesse sentido, “uma eventual correção deste desvio exigiria a adoção de medidas restritivas, com o risco de serem assumidas numa fase descendente do ciclo económico e, por isso, pró-cíclicas.”

Além disso, o Banco de Portugal refere que “a manutenção de uma situação orçamental que respeite rigorosamente as regras europeias é vital para evitar retrocessos na credibilidade da política económica”, sublinhando que “falhar neste ponto poderia significar um risco acrescido para o financiamento dos setores público e privado, com consequências nefastas para a estabilidade financeira do país.”

Por essa razão, Mário Centeno alerta mais uma vez para a necessidade de o Governo adotar políticas económicas com base numa gestão orçamental “prudente e contraciclicas”.

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Empresas de calçado e vestuário lideram insolvências no arranque do ano

A maioria dos processos de insolvência concentraram-se na região Norte, em especial nos distritos do Porto e Braga, revelam os dados da D&B Informa.

O número de insolvências voltou a aumentar até maio, mantendo a tendência de subida registada ao longo do último ano. As empresas de fabrico de calçado e de confeção de vestuário lideraram os processos de insolvência, estando a maior parte destas empresas localizadas no Norte do país.

Até ao final de maio, 914 empresas iniciaram um processo de insolvência, o que representa um aumento de 12%, ou 101 processos de insolvência, face ao período homólogo, mantendo assim a tendência de subida que se verificou no último ano, revela um relatório da D&B Informa.

A D&B Informa realça que esta subida é maioritariamente suportada pelo setor da indústria (+81%; mais 125 processos de insolvência), o setor com maior número de insolvências. Dentro deste setor, as insolvências concentraram-se em empresas de têxtil e moda (+163%; mais 109 processos de insolvência), nomeadamente nas atividades de fabrico de calçado (+442%; mais 53 processos de insolvência) e confeção de outro vestuário exterior em série (+113%; mais 35 processos de insolvência), localizados na região Norte, em especial nos distritos do Porto e Braga.

Além da indústria, também o setor do retalho, o segundo setor com mais insolvências, registou uma subida expressiva, de 20%, com mais 22 processos de insolvência.

No que diz respeito aos encerramentos, o mesmo relatório refere que, nos cinco primeiros meses do ano, encerraram 5.119 empresas, menos 4,4% que no período homólogo.

Ainda assim, no acumulado dos últimos 12 meses, este indicador atinge os 15.120 encerramentos, um registo 2,1% acima dos 12 meses anteriores, com mais 308 encerramentos. Para esta subida contribuíram em especial os setores dos serviços empresariais (+12%; mais 258 encerramentos), transportes (+21%; mais 144 encerramentos) e alojamento e restauração (+6,4%; mais 106 encerramentos).

Criadas menos empresas até maio

Nos primeiros cinco meses do ano, foram criadas 23.488 novas empresas em Portugal, menos 2,9% do que no período homólogo, com menos 690 constituições de empresas. A descida deve-se a uma descida no primeiro trimestre face ao ano anterior, diz a D&B Informa.

A descida na criação de empresas ocorre na maior parte dos setores, em particular nos transportes (-24%; menos 713 constituições de empresas), uma tendência que se verifica desde dezembro do ano passado, em especial no transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros.

Entre os quatro setores onde aumentou o número de constituições de empresas, destaca-se a construção, com mais 225 novas empresas do que no período homólogo (+8,4%).

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Sindicato dos Jornalistas pede demissão da administração da Global Media

  • Lusa
  • 7 Junho 2024

Face à "incapacidade demonstrada pela atual administração, parece-nos que se não têm soluções para os problemas ou respeito pelas pessoas só têm um caminho: demitir-se", aponta o Sindicato.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) escreveu esta sexta-feira uma carta aberta à Global Media, manifestando consternação face aos recibos verdes que estão sem receber e instando a administração a demitir-se caso não tenha soluções para os problemas.

“É com grande apreensão e consternação que a direção do Sindicato dos Jornalistas redige esta carta aberta, por sentir que não há linhas de comunicação com a empresa, após repetidas promessas não cumpridas“, começa a estrutura sindical numa carta aberta ao grupo de media que está online no site do SJ.

Ao dia 7 de junho, dezenas de trabalhadores a recibos verdes continuam sem receber o vencimento correspondente aos trabalhos realizados em março, uma situação que está a levar várias pessoas ao desespero e à desesperança” e o momento “é tão mais grave porque dezenas de outros trabalhadores receberam os montantes correspondentes ao mesmo período de tempo, os trabalhadores do quadro têm o salário em dia e alguns até receberam o subsídio de Natal, em atraso para a maioria” na Global Media, aponta o SJ.

Trata-se de “uma situação desumana, que está a deixar pessoas à fome, que está a corroer a vida de dezenas de jornalistas e que não pode durar mais uma hora, quanto mais um dia, ou mês, uma vez que a administração admite apenas regularizar os pagamentos em atraso quando finalizar o negócio de venda do JN, TSF, O Jogo e várias revistas à empresa Notícias Ilimitadas“, prossegue.

“E também é desumano deixar os trabalhadores à mercê de um totoloto da subsistência, pois a ideia de ir pagando à medida que entra dinheiro deixa todos ansiosos. Duplamente, entre alívio de ver finalmente a lei ser cumprida e a tristeza de ter amigos e camaradas sem receber ou a tristeza de continuar à espera do dinheiro que lhe é devido e a alegria de ver amigos e camaradas a receber”, enfatiza o SJ.

O Sindicato dos Jornalistas critica ainda a “discricionariedade destes pagamentos“, referindo parecer-se “muito mais a uma forma de tortura” do que “uma atabalhoada e triste forma de resolver um problema gravíssimo que está a destruir a vida de muitas pessoas“.

Até porque alguns dos trabalhadores que “continuam com azar têm processos de integração a correr na ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho]”, recorda.

“Tanto mais grave quando a administração de Vítor Coutinho admitiu, recentemente, ter recebido uma verba da NI [Notícias Ilimitada] para salários, tendo deixado de fora alguns dos mais desfavorecidos”, denuncia o SJ.

Face à “incapacidade demonstrada pela atual administração, parece-nos que se não têm soluções para os problemas ou respeito pelas pessoas só têm um caminho: demitir-se“, remata a direção do Sindicato dos Jornalistas.

Em 5 de junho, a Autoridade da Concorrência (AdC) divulgou a sua deliberação sobre a compra de títulos da GMG pela NI, referindo que esta operação não constituía uma operação de concentração, depois da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) ter dado luz verde.

A operação inclui marcas como o Jornal de Notícias, O Jogo, Revistas JN História, Notícias Magazine, Evasões, Volta ao Mundo e TSF.

Em 29 de abril, a Notícias Ilimitadas tinha notificado a AdC da operação. A Notícias Ilimitadas é detida pela Verbos Imaculados, que se dedica à produção, edição, venda e distribuição de jornais e revistas a outros meios de comunicação social.

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Empresa norte-americana compra 12% do capital da dona da Pepe Jeans

  • Lusa
  • 7 Junho 2024

O acordo vai "impulsionar o crescimento das marcas icónicas do grupo", levando também a que a AWWG se torne num distribuidor das marcas DKNY, Donna Karan e Karl Lagerfeld em Espanha e Portugal.

O fabricante norte-americano de vestuário G-III Apparel anunciou esta sexta-feira que adquiriu cerca de 12% do All We Wear Group, que detém marcas como Pepe Jeans London, Hackett e Façonnable.

Além da aquisição de cerca de 12% do capital da All We Wear Group (AWWG), ambas as empresas assinaram um acordo estratégico e de investimento, refere o grupo norte-americano All We Wear Group em comunicado.

Este acordo vai “impulsionar o crescimento das marcas icónicas do grupo”, levando também a que a AWWG se torne num distribuidor das marcas DKNY, Donna Karan e Karl Lagerfeld em Espanha e Portugal, adianta.

Tanto a AWWG como a G-III não deram qualquer informação financeira sobre o acordo assinado.

A AWWG foi fundada em 1998 com o nome de Pepe Jeans Group, tem sede em Madrid e possui dois ateliers de design em Londres e Nice.

Tem também o principal franchising e distribuidor da marca Tommy Hilfiger, em Espanha e Portugal, bem como da Calvin Klein nos dois países da Península Ibérica.

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É necessária regulamentação global e descentralizada no uso da IA na produção de conteúdos

A IA traz benefícios para a produção de conteúdos, mas também diversos desafios, pelo que existe a necessidade de apostar em regulamentação global e descentralizada, defendeu-se no encontro da APIT.

É necessária regulamentação descentralizada, a nível global, e com homogeneidade, no que diz respeito ao uso da inteligência artificial (IA) na produção de conteúdos, defendeu-se numa mesa redonda no Encontro de Produtores Independentes de Televisão, evento que visa refletir e debater os temas do audiovisual internacional e nacional.

O risco não é se ainda vamos criar ou não. É o que é que vai ser criado que torna irrelevante aquilo que o humano pode criar“, defendeu Manuel José Damásio, diretor do Departamento de Cinema e Comunicação Multimédia da Universidade Lusófona, na nona edição do evento organizado pela Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT). Segundo Manuel José Damásio, a IA vai permitir uma maior eficiência na produção de conteúdos, mas existe depois um “reverso da medalha”, em que a IA já consegue produzir conteúdos com uma “qualidade exatamente igual ao topo que se possa encontrar em termos profissionais”.

“E essa é que é a diferença, como é que aguentamos um mercado com uma pulverização de conteúdos que ninguém sabe de onde é que vêm“, disse, acrescentando que acredita que a solução passa pela regulamentação.

Eu acredito que é possível regulamentar esse mercado e a Europa tem sete ou oito meses para o fazer“, afirmou, apontando que o grande desafio é encontrar regulamentação de forma descentralizada.

Paulo Santos, diretor geral da GEDIPE (Associação para a Gestão De Direitos De Autor, Produtores E Editores Cinematográficos e Audiovisuais), também defende que a IA traz “desafios enormes”, para os quais a única solução passa por regulamentar e tentar minimizar os efeitos perversos que a IA possa ter.

Tem de haver um conjunto de regulamentação, mas acima de tudo convinha existir alguma homogeneidade em termos globais, porque o que se passa na rede é global, não há territórios“, disse, referindo que, neste âmbito, a Europa está “na linha da frente”.

O diretor geral da GEDIPE abordou ainda a questão dos direitos de autor, apontando desde logo que uma máquina não pode ser alvo de proteção de diretos de autor, por não ter individualidade e que a IA é de tal maneira disruptiva que utiliza obras sem as utilizar.

“A máquina é burra”, pois vai buscar informações que já existem para construir o seu conteúdo, com base nos inputs que lhe são dados, apontou, referindo que tal passa por uma utilização de direitos de terceiros, sem que seja pedida autorização, pelo que que tem de ser encontrada uma solução compensatória.

Temos de encontrar aqui uma solução compensatória, onde estas entidades que são multinacionais altamente rentáveis têm de encontrar um sistema de compensação para os autores. E isto são coisas que temos de pensar muito bem, porque isto é muito bom, tem grandes virtudes, mas no final do dia pode ter efeitos perversos, e é a isso que temos de estar atentos“, afirmou.

Já Bruno Gaminha, diretor do departamento de distribuição da GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas), ressalvou o papel que a escolha humana tem a desempenhar, pois “aquilo que será a história da implementação deste tipo de sistema dependerá também das escolhas que nós fizermos”.

Segundo Gaminha, estes sistemas tanto permitem aumentar a criatividade e valorizar o trabalho e o papel do ser humano, “como também se forem implementadas e pensadas de forma diferente permitem substituir ou desvalorizar. E isto é um campo que está em aberto”.

Para o diretor do departamento de distribuição da GDA, a forma como a sociedade se vai adaptar vai ser a resposta. “Enquanto sociedade, temos muito mais poder sobre o que será a evolução destas ferramentas do que às vezes assumimos, temos é de ter esta discussão de forma muito séria”, afirmou.

O diretor da GFK Metris, por seu turno, defendeu que muito do que se faz no campo da IA não é do conhecimento comum, até porque a “parte mais agressiva” do desenvolvimento que está a ser feito na IA não é trabalhada em regime aberto, mas sim de uma forma interna, fechada e “mais customizada”. Segundo António Gomes, “a indústria da IA está a bater à porta de todas as indústrias”, pelo que muitas empresas já têm as suas próprias ferramentas internas, em modelos fechados.

Manuel José Damásio defendeu que a IA é também uma tecnologia que “surge dentro de grandes multinacionais, numa lógica completamente concêntrica e com uma capacidade de desenvolvimento que nunca tivemos nada similar“. Esta é assim a “parte do pânico” em relação a este tema, onde se pensa que “vai ser uma desgraça total, com um número elevadíssimo de desinformação e de destruição de empregos”.

Mas há também uma “parte boa”, que “está na rapidez de se conseguir treinar modelos rapidamente, e de conseguirmos trabalhar sobre o conteúdo existente“, defendeu, fazendo menção a uma “idade de ouro dos arquivistas“, pois “quem controlar tudo o que seja conteúdo interpolado tem provavelmente modelos de negócio muito interessantes”, defendeu o diretor do Departamento de Cinema e Comunicação Multimédia da Universidade Lusófona.

Já Vasco Monteiro considera que ainda não se está no ponto de pânico mas que se está “mais como a avestruz”, com a cabeça enterrada na areia. Segundo o vice-presidente da APAD (Associação Portuguesa de Argumentistas e Dramaturgos), ainda não se percebeu bem como se pode trabalhar com a IA, entendendo que esta vai ser integrada “de alguma maneira” no trabalho criativo, embora na escrita seja “muito difícil” substituir por completo o lado humano.

No entanto, em alguns casos – como no uso de drones – a IA já é treinada para tomar decisões sem precisar de humanos, lembrou António Gomes, sublinhando que é importante serem traçados limites. Um destes limites, defendeu, pode passar por se definir se deve ou não ser aceitável a geração de conteúdos sem interação humana, avançou.

Vasco Monteiro rebateu esta ideia, argumentando que “pode ser perigoso pensar que o humano pode ser retirado por completo da equação” e que terá sempre de haver alguma intervenção humana. Segundo o responsável da APAD, é provável que um argumento possa ser apenas escrito por IA num futuro próximo, mas terá sempre de haver alguém para lhe dar o input, sendo que essa pessoa é que será considerada o autor.

A ideia de que uma máquina pode sonhar um argumento do nada, não existe. A arte é muitas vezes confrontarmo-nos com coisas que intuímos e que não racionalizámos ainda“, disse.

Já quanto à utilização da inteligência artificial para prever gostos e tendências, Bruno Gaminha defendeu que leva a uma “enorme pressão da homogenização” dos conteúdos.

António Gomes concordou com a ideia de que esta tecnologia vai contribuir para “cimentar o mainstream“, mas que também vai ser capaz de ditar “tendências”, ao analisar de uma forma histórica e cíclica como surgem as tendência e conseguir conseguir prever quando algumas destas tendências vão voltar.

O responsável da GFK, referindo que os “predictive modeling” têm como objetivo prolongar o consumo, ressalvou ainda que os grandes investimentos nestes modelos são feitos por indústrias que têm de prever consumos a nível do comércio e não tanto relacionados com a criatividade, exemplificando com marcas eletrónicas que têm de antecipar as compras de televisões que vão ser feitas em lojas tendo em conta a aproximação do Euro 2024, por exemplo.

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PS quer ouvir secretária de Estado Cristina Dias na AR sobre indemnização da CP

  • Lusa
  • 7 Junho 2024

Deputado João Torres criticou a falta de transparência no processo de indemnização da antiga administradora da CP pela velocidade com que o procedimento avançou e a proximidade da saída para a AMT.

O PS entregou esta sexta-feira um requerimento para ouvir no Parlamento a atual secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Dias, no âmbito da sua saída, em 2015, da administração da CP para a AMT.

O anúncio foi feito esta manhã no Parlamento pelo deputado socialista João Torres, que criticou a falta de transparência no processo de indemnização da antiga administradora da CP, aquando da sua demissão, pela velocidade com que o procedimento avançou e a proximidade da saída com a sua mudança para a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

O socialista lembrou que o requerimento de Cristina Dias para uma rescisão por mútuo acordo foi dirigido ao conselho de administração da CP no dia 22 de julho de 2015 e, nesse mesmo dia, houve uma reunião extraordinária onde estava “já calculada a indemnização que lhe era devida no âmbito desse acordo de rescisão”.

“No dia 23 de julho, o Conselho de Administração da CP reuniu novamente de forma extraordinária para prescindir do prazo de produção de efeitos de renúncia previsto na lei e nesse mesmo dia, entretanto, a secretária de Estado da Mobilidade já havia renunciado ao cargo de vice-presidente do conselho de administração da CP e de imediato ingressado na AMT como vogal do conselho de administração”, afirmou o deputado socialista.

E acrescentou: “Foi uma via verde de transição da CP para a AMT com uma indemnização de aproximadamente 79 mil euros que está envolta de um conjunto de questões de natureza política, ética e jurídica que urge esclarecer”.

O caso tem sido debatido na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação com audições a várias figuras ligadas à CP e ao Governo na época, mas para o PS essas audiências apenas “trouxeram mais dúvidas e adensaram incertezas”.

Temos a obrigação de chamar a secretária de Estado da Mobilidade e temos a obrigação de lhe dar a oportunidade de se explicar e terá que se explicar cabalmente em relação a este processo perante um potencial grave tratamento de favor de que poderá ter sido alvo”, concluiu João Torres.

O jornal Correio da Manhã noticiou, em 19 de abril, que Cristina Pinto Dias, atual secretária de Estado da Mobilidade, saiu da CP em julho de 2015, com uma indemnização de cerca de 80.000 euros, e foi depois ganhar como administradora da AMT, convidada pelo governo PSD/CDS-PP, um salário e despesas de representação na ordem dos 13.440 euros por mês, quase o dobro dos 7.210 euros que recebia na CP.

Ao longo das últimas semanas, foram várias as figuras a prestar esclarecimentos no Parlamento. O ex-diretor da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário Francisco Fortunato considerou que nenhuma norma foi cumprida na indemnização de 80.000 euros paga pela CP à atual secretária de Estado da Mobilidade e que o processo lesou o interesse público.

O antigo presidente da CP Manuel Queiró negou ter tido conhecimento prévio da ida da então administradora e atual secretária de Estado Cristina Dias para a AMT.

O antigo secretário de Estado Sérgio Monteiro negou ter tido conhecimento da indemnização paga à antiga administradora da CP e atual secretária de Estado Cristina Dias e garantiu que não houve qualquer aprovação da sua parte. Garantiu também que Cristina Dias desconhecia o salário que ia auferir na AMT quando pediu para sair da CP CP e rejeitou “fatos feitos à medida” para indemnização.

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