Média nacional inalterada com escolas públicas mais próximas de colégios

  • Lusa
  • 12 Julho 2024

Média nacional de todos os exames do secundário manteve-se face ao ano anterior, com uma ligeira melhoria das notas das escolas públicas em relação aos colégios, agora separados por 1,53 valores.

A média nacional de todos os exames do secundário manteve-se praticamente inalterada em relação ao ano anterior, com uma ligeira melhoria das notas das escolas públicas em relação aos colégios, agora separados por 1,53 valores.

A média nacional dos exames do secundário realizados em 2023 foi de 11,68 valores (numa escala de zero a 20), o que representa uma subida de 0,28 valores em relação ao ano anterior, segundo uma análise da Lusa aos dados disponibilizados pelo Ministério da Educação.

A subida deve-se mais à performance dos alunos das escolas públicas, que registaram uma melhoria da média de 0,22 valores, já que a subida dos colégios foi de apenas 0,06 valores: A média no privado é agora de 13,02 valores, enquanto no público é 11,49 valores, segundo uma análise a quase 197 mil provas.

No entanto, olhando para as disciplinas em que se realizaram pelo menos mil provas verifica-se que houve casos em que a média subiu ou desceu quase dois valores.

Neste “sobe e desce” destaca-se Matemática B, que subiu 2,33 valores. A disciplina que no ano passado estava no fundo da tabela com uma média negativa de 8,93, aparece agora a meio da lista com 11,26 valores.

Português e Matemática Aplicada às Ciências Sociais são as outras duas disciplinas com maiores subidas, ambas com uma melhoria de 1,65 valores em relação ao ano anterior: Matemática Aplicada às Ciência Sociais passou de 10,47 para 12,12 valores e Português chegou aos 12,55 valores.

No caso das provas que levam mais de 30 mil alunos a exame houve subidas e descidas: as médias de Português e Biologia e Geologia subiram, enquanto as provas de Matemática A e Fisica e Química A desceram, segundo a análise da Lusa.

Se os cerca de 34 mil alunos que fizeram o exame de Português fizeram a média subir de 10,9 para 12,55 valores, os 38 mil alunos que mostraram os seus conhecimentos a Biologia e Geologia aumentaram a média nacional 0,66 valores, situando-se agora nos 11.43 valores.

Matemática A desceu 0,9 valores, tendo em conta que a média dos quase 34 mil alunos foi de 11,05 valores. Já Física e Química A sofreu mais ligeira descida de 0,44 valores, sendo agora a média nacional de 11,25 valores, segundo a análise da Lusa aos mais de 31 mil exames realizados em 2023.

A maioria das restantes disciplinas analisadas teve ligeiras alterações, como Inglês que subiu 0,04 ou Filosofia que subiu 0,05 valores.

A subida das médias nacionais teve também impacto no aumento de escolas com média positiva: Apenas 28 escolas “chumbaram” num universo de 500 estabelecimentos de ensino analisados.

No ano passado, houve 51 escolas em que a média dos exames realizados pelos seus alunos ficou abaixo dos 10 valores.

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“Estado tem de usar todos os expedientes para recuperar o máximo de dinheiro possível”, diz Castro Almeida sobre a Operação Maestro

Qual a expectativa de recupera os 30 milhões pagos indevidamente a Manuel Serrão? "Estado tem de usar todos os expedientes para recuperar o máximo de dinheiro possível", diz Castro Almeida ao ECO.

Feira têxtil MODtissimo, na Alfândega do Porto - 23SET20
Manuel Serrão, CEO da Associação Selectiva ModaRicardo Castelo

O Estado tem de usar todos os expedientes ao seu alcance para recuperar o máximo de dinheiro possível”, disse ao ECO o ministro Adjunto e da Coesão, sobre a possibilidade de recuperar os 30 milhões de euros pagos indevidamente ao empresário Manuel Serrão. A ação de controlo da Agência para o Desenvolvimento & Coesão (AD&C) identificou situações de “apropriação indevida” de fundos europeus nos projetos investigados no âmbito da Operação Maestro, cujo principal mentor foi, segundo o Ministério Público, Manuel Serrão. As “insuficiências” de gestão vão obrigar à devolução de 30 milhões de euros de fundos europeus já pagos.

O ECO questionou Manuel Castro Almeida sobre as expectativas de recuperação dos 30 milhões de euros e a resposta foi clara: “Os serviços têm de fazer, tudo o que está ao seu alcance para recuperar todo o dinheiro. Se não for todo, será o mais possível”, disse o responsável que tem a tutela dos fundos europeus.

É às autoridades de gestão que compete recuperar o valor de fundo irregular pago aos beneficiários. Como sublinhava o comunicado do Ministério da Coesão, “Compete 2030, Norte 2030 e Lisboa 2030 devem desencadear todos os procedimentos adequados, conducentes à recuperação das despesas indevidamente objeto de apoio”.

Os beneficiários são notificados para repor o dinheiro. Têm 30 dias para aceitar ou não, sendo que podem pagar a prestações, ao longo de um ano. Mas esta opção implica o pagamento de juros, tal como o ECO já explicou. Se não aceitarem, não responderem ou reclamarem da decisão, as autoridades de gestão podem requerer a correção por via de execução fiscal. E se os beneficiários não tiverem património, são penhorados salários, reformas (até um terço), carros, etc.

Mas, sendo este um caso que já está a ser investigado pelo Ministério Público – esta quinta-feira foram levadas a cabo mais buscas de norte a sul do país –, e já foram constituídos vários arguidos, pode dar-se o caso de as verbas pagas indevidamente serem tentativamente recuperadas por via penal, em julgamento ou fases instrutórias.

No limite, se não houver a reposição do total dos incentivos recebidos indevidamente será o Estado a repor as verbas em falta, mas não necessariamente via Orçamento do Estado. Uma opção é usar os reembolsos de quadros comunitários anteriores ou, tendo em conta que já está a decorrer o Portugal 2030 com as respetivas transferências da Comissão, em nome do princípio da unidade de tesouraria, a AD&C poderia ir devolvendo a Bruxelas, ainda que, no final, o problema se manteria, ainda que talvez numa menor dimensão.

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Escola Pública com melhor média nos exames nacionais fica em 39.º lugar

  • Lusa
  • 12 Julho 2024

A média dos exames dos alunos do Colégio Efanor, em Matosinhos, foi de 16,15 valores, colocando o colégio em primeiro lugar tendo em conta a média obtida nos exames nacionais do secundário.

As escolas públicas com melhores resultados médios nos exames nacionais situam-se maioritariamente no norte do país, com a mais bem classificada em 39.º lugar de uma tabela liderada pelo Colégio Efanor, em Matosinhos.

Numa lista que ordena os 500 estabelecimentos de ensino público e privado com mais de 100 provas realizadas no ano passado, os colégios voltam a ocupar os primeiros lugares tendo em conta a média obtida nos exames nacionais do secundário.

A média dos exames dos alunos do Colégio Efanor, em Matosinhos, foi de 16,15 valores, colocando o colégio em primeiro lugar de uma tabela elaborada pela Lusa com base em dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

É preciso descer até ao 39.º lugar para encontrar a primeira escola pública com melhores resultados nacionais. São quase três valores e uma hora de carro que separam o Colégio Efanor da Secundária de Vouzela, a escola na vila da Beira Alta com uma média de 13,23 valores nos 119 exames realizados.

Vouzela volta a quebrar a tendência de os primeiros lugares das escolas públicas serem ocupados por estabelecimentos situados no centro das grandes cidades, em bairros onde quase não existem alunos carenciados.

Este ano, a secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, volta a aparecer em 2.º lugar com uma média de 13 valores, uma escola que já ficou no topo da tabela vários anos ao longo das mais de duas décadas de rankings elaborados pela Lusa.

No top 10 das escolas públicas, a maioria fica no norte do país: Em 3.º lugar surge a secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, em Vila Nova de Gaia (média de 12,97 valores); seguindo-se a Tomaz Pelayo, em Santo Tirso (12,96 valores); a Dr. Ferreira da Silva, em Oliveira de Azeméis, e a secundária Alves Martins, em Viseu.

Há apenas um outro estabelecimento de ensino no centro do país nesta curta lista que reúne os 10 melhores resultados nacionais, que é a secundária Dr. Mário Sacramento, em Aveiro, que surge em 7.º lugar graças à média de 12,89 valores dos 587 exames realizados.

Segue-se a secundária Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim, e em 9.º lugar volta a aparecer uma escola que não fica no norte do país: A secundária D. Filipa de Lencastre, em Lisboa, que já por várias vezes encimou a lista das escolas públicas com melhores resultados, surge agora com uma média de 12,85 valores.

Em 10.º lugar aparece a Escola Secundária da Lixa, Felgueiras, com uma média de 12,83 valores dos 277 exames realizados. No ranking que junta as 500 escolas públicas e privadas, a secundária da Lixa surge em 51.º lugar.

O top 5 do ranking geral é encimado pelo Colégio Efanor (Matosinhos), ao qual se seguem os colégios Nossa Senhora do Rosário e Grande Colégio Universal, ambos no Porto, D. Diogo de Sousa, em Braga, e Rainha Santa Isabel, em Coimbra.

No final da tabela geral, com as médias mais baixas, surgem oito escolas públicas e duas privadas, nove das quais situadas na área metropolitana de Lisboa. A exceção é uma secundária nos Açores, na Povoação.

Olhando para as médias por distrito, volta a ser no norte que se encontram os melhores resultados: Viana do Castelo surge no topo da tabela (12,25), seguindo-se o Porto (12,20), Viseu (12,06), Braga (12,01) e Aveiro (11,82).

Lisboa, o distrito com mais alunos e mais de 50 mil exames realizados, desce dois lugares em relação ao ano passado ficando em 9.º lugar (11,57 valores).

Mais uma vez, as médias dos alunos que estudam nas escolas portuguesas no estrangeiro foram as mais baixas (10,37 valores).

Entre os distritos com piores resultados, voltam a destacar-se Setúbal, Portalegre e Beja. Notando-se uma melhoria da média dos alunos das ilhas dos Açores, que costuma ser a pior do país e agora regista uma subida de quase um valor (10,9 valores no ano passado para 11,41 valores).

Quadro das 10 escolas públicas com melhores classificações nos exames nacionais do secundário

Posição na Tabela Geral   Distrito       Escola                                                                  Média Exame (Valor)   Numero de Exames
39                        Viseu          Escola Secundária de Vouzela                                            13,23781513           119
42                        Coimbra        Escola Secundária Infanta D. Maria, Coimbra                             13,00234009           641
43                        Porto          Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, Vila Nova de Gaia   12,9789071            915
44                        Porto          Escola Secundária Tomaz Pelayo, Santo Tirso                             12,96695652           345
45                        Aveiro         Escola Básica e Secundária Dr. Ferreira da Silva, Oliveira de Azeméis   12,9375               104
47                        Viseu          Escola Secundária Alves Martins, Viseu                                  12,91207921           1515
48                        Aveiro         Escola Secundária Dr. Mário Sacramento, Aveiro                          12,89574106           587
49                        Porto          Escola Secundária Eça de Queirós, Póvoa de Varzim                       12,86201629           982
50                        Lisboa         Escola Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre, Lisboa               12,85931929           617
51                        Porto          Escola Secundária da Lixa, Felgueiras                                   12,83465704           277

 

Quadro das 10 escolas com melhores classificações nos exames nacionais do secundário

Posição na Tabela Geral   Distrito       Escola                                                             Média Exame (Valor)   Numero de Exames
01                        Porto          Colégio Efanor                                                     16,15639535           172
02                        Porto          Colégio Nossa Senhora do Rosário                                   16,11286682           443
03                        Porto          Grande Colégio Universal                                           15,81919643           224
04                        Braga          Colégio D. Diogo de Sousa                                          15,81897436           585
05                        Coimbra        Colégio da Rainha Stª Isabel                                       14,99159159           333
06                        Porto          Colégio Novo da Maia                                               14,93716216           296
07                        Lisboa         Colégio Bartolomeu Dias                                            14,85703125           128
08                        Porto          Colégio de Nossa Senhora da Paz                                    14,800625             160
09                        Lisboa         Salesianos de Lisboa - Colégio Oficinas de São José                14,7683153            647
10                        Lisboa         Colégio Manuel Bernardes                                           14,7458498            253

 

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Hoje nas notícias: Pacote da economia, Saudi Telecom e INEM

  • ECO
  • 12 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Grandes empresas cotadas e banca devem ser excluídas de algumas medidas do pacote do Governo para a economia. A Saudi Telecom está a ser aconselhada a adquirir a Vodafone Portugal, depois de ter abandonado as negociações para a compra da Altice. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Governo admite excluir grandes empresas e banca de parte das medidas do pacote de apoio à economia

O ministro da Economia, Pedro Reis, admitiu que algumas das 60 medidas do pacote de apoio à economia, apresentado na semana passada, deverão deixar de fora as grandes empresas cotadas e bancos. É o caso de propostas como o aumento da dedutibilidade dos gastos em que as empresas incorreram para financiar operações de fusões e aquisições e a revisão que flexibiliza as regras fiscais aplicáveis ao goodwill (diferença entre o valor a que uma empresa é comprada e o valor dos seus ativos). Isto significa, por exemplo, que uma eventual compra do Novobanco não poderá aproveitar os incentivos do “pacotão”.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Saudi Telecom aconselhada a analisar Vodafone Portugal após abandonar negociações para compra da Altice

Depois de há dias ter abandonado as negociações para a aquisição da Altice Portugal, a Saudi Telecom Company está agora a avaliar outras possibilidades para tornar realidade o objetivo de criar uma aliança ibérica nas telecomunicações, através da fusão de uma operadora de telecomunicações portuguesa com a espanhola Telefónica, da qual adquiriu 9,9%. Os sauditas estão a ser aconselhados a considerar a Vodafone Portugal, que recentemente viu a Autoridade da Concorrência chumbar a compra da Nowo.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Presidente do INEM demite-se uma semana após ter sido nomeado para o cargo

Vítor Almeida, que tinha sido nomeado presidente do INEM no passado dia 3 de julho, já não vai assumir as rédeas do instituto. Depois de aceitar o cargo, para substituir o presidente demissionário Luís Meira, o médico terá imposto condições ao Ministério da Saúde que não foram acolhidas, uma das quais relacionada com o dossiê dos helicópteros de emergência médica, cujo contrato por ajuste direto corre o risco de ser chumbado pelo Tribunal de Contas.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Despesas em saúde têm peso “catastrófico” na carteira de quase 30% dos idosos

Portugal é “o terceiro país da OCDE” onde as despesas diretas em saúde absorvem uma maior percentagem das despesas totais dos cidadãos, uma situação que se verifica, sobretudo, junto dos idosos — especialmente mulheres, pessoas que vivem sozinhas e com menores rendimentos e escolaridade. De acordo com o Relatório de envelhecimento, da cátedra BPI/Fundação “La Caixa” em economia da saúde, “considerando o limiar de 10% do rendimento líquido alocado a despesas em saúde, 12,44% da população não idosa está sujeita a despesas catastróficas, as passo que 29,21% dos idosos apresentam despesas catastróficas em saúde”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Travão à subida das portagens custou 42 milhões ao Estado

O travão aplicado pelo Governo à subida das taxas de portagem no ano passado, que permitiu um aumento de 4,9% em vez de cerca de 10%, representou um pagamento global de apoio às concessionárias de autoestradas de quase 42,5 milhões de euros (incluindo IVA) em 2023. De acordo com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, a Inspeção-Geral de Finanças já apurou mais de 83,4 mil euros de pagamentos em excesso só na primeira metade do ano passado, garantindo que já foram regularizados.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

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Gonzalo Sánchez, Presidente da PwC: “O talento é o grande ativo que permitirá às empresas competir no ambiente atual”

  • Servimedia
  • 12 Julho 2024

No encerramento da oitava edição do programa "Women to Watch".

O Presidente da PwC Espanha, Gonzalo Sánchez, afirmou durante a cerimónia de encerramento da edição de 2024 do Programa PwC Women to Watch, destinado a promover a presença de mulheres executivas nos conselhos de administração das empresas, que “o talento será o grande ativo que permitirá às empresas competir no ambiente atual. É hoje e será, ainda mais, no futuro”.

Este ano, o evento contou com a presença de María Dolores Dancausa, Presidente do Bankinter, como patrona do evento. Para Gonzalo Sánchez, “num ambiente de incerteza económica generalizada, de rápida mudança empresarial e, sobretudo, de crescentes conflitos geopolíticos, a importância do capital humano só aumenta. As crescentes tensões entre territórios dividem e obrigam a investimentos para a autonomia estratégica das diferentes economias, exigem investimentos em ativos industriais e, naturalmente, no desenvolvimento de conhecimentos e competências”.

O presidente da PwC destacou “as enormes mudanças que as empresas estão a enfrentar. Mudanças não só na tecnologia, devido à necessidade de digitalização, mas também nos modelos de negócio, como resultado da descarbonização, ou mudanças regulatórias, devido ao aumento dos requisitos de reporte e transparência”. E afirmou que “o capital humano será o grande ativo que garantirá o crescimento económico e o bem-estar social dos países e das empresas”.

O responsável da firma em Espanha assinalou que “o compromisso da PwC com as pessoas é o nosso maior ativo” e destacou “o trabalho de formação que a empresa realiza para apoiar e desenvolver o talento”. A este respeito, destacou o programa Work Academy, recentemente lançado e pioneiro na Europa, que permite aos profissionais da PwC Espanha acreditar a sua experiência profissional com dois diplomas universitários e um mestrado, certificados pelo CEU.

DIVERSIDADE

Gonzalo Sánchez, também destacou o compromisso da PwC com as mulheres no local de trabalho. “A diversidade de género faz parte do ADN da empresa, porque sabemos que a economia moderna já não pode funcionar sem todo o capital humano disponível”, acrescentou. E forneceu alguns números que corroboram este facto: das 1.500 pessoas que entraram na PwC este ano, mais de metade são mulheres.

Em todo o quadro de pessoal, composto por 5.500 pessoas, quase 50% são mulheres, bem como 40% da equipa de direção. Além disso, nos últimos dois anos, o escritório promoveu a carreira de mais de 200 profissionais do sexo feminino através de vários programas de talento feminino. “Estamos orgulhosos destes números, mas estamos convencidos de que continuarão a aumentar, porque são um reflexo da sociedade em que vivemos. Não se trata de quotas, mas sim de talento e é a prova de que a diversidade em todos os aspetos nos dá equilíbrio de pensamento, execução e visão”, concluiu.

O programa Women to Watch da PwC celebrou a sua oitava edição em 2024 e, durante este período, participaram 320 executivas seniores, das quais mais de 90 já ocupam cargos nos conselhos de administração de algumas das principais empresas espanholas. O programa está estruturado em quatro grandes áreas: formação, desenvolvimento profissional, networking e mentoring.

O evento realizado hoje contou com a presença de Elena Guede, Vice-Presidente Sénior de Estratégia de Sustentabilidade da CRH e diretora independente do Grupo Celsa; Beatriz Puente, directora independente da Metrovacesa e da Valeo, e Ana García Fau, diretora independente da Cellnex, JDE Peet’s, Gestamp, Merlin Properties e Santalucía, como mentora.

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A Mutua Universal apresenta os seus resultados anuais e a sua contribuição para o sistema de Segurança Social na Assembleia Geral de Acionistas

  • Servimedia
  • 12 Julho 2024

A empresa alcançou recordes nos seus principais indicadores, com 159.869 empresas associadas, mais 1,2% do que no ano anterior, e 1.712.590 trabalhadores protegidos e filiados, mais 4,5% que em 2022.

Com uma receita de contribuições para a segurança social de 1.665 milhões de euros, um aumento de 11,5% em relação ao ano anterior, a Mutua Universal fechou 2023 com um resultado positivo para o ano a ser distribuído de 20,83 milhões de euros. Estes números são “consequência da boa saúde de uma empresa centenária que contribui com 21,24 milhões de euros para a Tesouraria Geral da Segurança Social, contribuindo assim para a sustentabilidade do sistema e do Estado social, em linha com a nossa missão e propósito de sermos sustentáveis não só economicamente, mas também socialmente, eticamente e ambientalmente”, disse Juan Güell, diretor-geral da Mutua Universal.

“A boa gestão da empresa, baseada em valores éticos, integridade e boa governança, só é possível graças a uma equipe de excelentes profissionais que, com vocação de serviço, moldam um modelo de atenção integral à saúde que continua a ser, junto com a gestão integral e rigorosa de serviços e benefícios, nossa razão de ser “, disse Jaime Aguirre de Cárcer y Moreno, presidente da Mutua Universal.

A Mutua Universal investiu 6,6 milhões de euros na remodelação e manutenção das suas instalações, uma vasta rede de centros distribuídos por toda a Espanha, que em 2023 satisfizeram mais de 1,4 milhões de consultas de cuidados primários, 544.166 sessões de reabilitação e 6.061 internamentos hospitalares. Este desempenho foi possível graças a um ecossistema de cuidados de saúde abrangente baseado na humanização, personalização e inovação que combina cuidados presenciais em 132 centros próprios, duas áreas de controlo hospitalar em Madrid e Barcelona e dois hospitais intermutuais em Bilbau e Valência, com um sistema avançado de telemedicina e telerreabilitação que garante a equidade dos cuidados.

Num ano em que os números do absentismo em Espanha atingiram níveis recorde, a Mutua Universal continuou a avançar na aplicação de soluções inovadoras baseadas na inteligência artificial e na análise avançada de dados, com o objetivo de continuar a fornecer soluções personalizadas, agilizando processos e oferecendo cuidados cada vez mais eficientes e personalizados.

Entre as novidades da Mutua Universal para os próximos anos está um novo projeto de futuro que vai além do investimento em instalações, uma iniciativa baseada no trabalho colaborativo e na gestão de dados que propõe um modelo de gestão inovador ao serviço da Administração, do setor e das diferentes partes interessadas da entidade.

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A Fundación Jiménez Díaz repete-se como hospital de referência em Espanha na lista da ‘Forbes’

  • Servimedia
  • 12 Julho 2024

A revista Forbes publicou esta semana a sua lista dos 25 centros de saúde mais importantes do país.

De acordo com este ranking, que inclui centros de Madrid, Catalunha, Andaluzia, Valência, País Basco, Cantábria, Galiza e Navarra, o Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz continua a ser o principal hospital de referência em Espanha.

Na sua seleção, a revista teve em conta os rankings de saúde mais reconhecidos a nível nacional e internacional, bem como os prémios e reconhecimentos que os centros acumularam e os seus principais marcos. Após esta análise, foram selecionados 25 centros, todos eles um verdadeiro reflexo da qualidade dos cuidados e da excelência de um dos sistemas de saúde mais elogiados do mundo.

Especificamente, a “Forbes” destaca a liderança da Fundación Jiménez Díaz em investigação e inovação tecnológica, bem como a sua equipa médica e o amplo e complexo portfólio de serviços disponíveis para os seus pacientes. Entre as suas conquistas, salienta que em 2023 foi considerado o melhor hospital de Espanha de acordo com o IEH pelo oitavo ano consecutivo ou o seu primeiro lugar no Health Reputation Monitor como o hospital em Espanha com a Melhor Equipa de Gestão. Este centro sediado em Madrid tem também o selo de ouro da Joint Commission International, a acreditação mais exigente do mundo em matéria de segurança e qualidade clínica no domínio dos cuidados de saúde.

Depois da Fundación Jiménez Díaz, o “top 5” é completado pelos hospitais La Paz, 12 de Octubre, Clínic de Barcelona e Gregorio Marañón. A seleção dos 25 centros foi feita tendo em conta mais de 700 centros públicos e privados em Espanha.

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Restalia ultrapassa as 40 aberturas no primeiro semestre do ano e intensificará o ritmo de crescimento até ao final do ano

  • Servimedia
  • 12 Julho 2024

A Restalia anunciou na quinta-feira que consolidou mais de 40 aberturas no primeiro semestre do ano, incluindo uma variedade de formatos, bem como 20 restylings.

Esta renovação da imagem dos estabelecimentos é outra das prioridades da empresa nos últimos meses, devido à elevada duração média de vida da sua rede de franchisados desde a abertura do seu primeiro estabelecimento em 2000.

Este ritmo de crescimento, que se intensificará no segundo semestre do ano, está a ocorrer tanto dentro como fora de Espanha, liderado pela sua marca icónica 100 Montaditos, e pelo TGB-The Good Burger, a proposta de hambúrguer de sucesso da Restalia que consolida a sua posição como a maior cadeia de hambúrgueres espanhola.

Desta forma, a 100 Montaditos – que acaba de lançar a mudança mais importante na sua ementa em quase 25 anos de história e com a qual espera aumentar a sua faturação em 11% (e 86% no canal delivery) – continua a liderar o crescimento da empresa. Em Espanha, a cadeia abriu lojas nas Ilhas Baleares e Canárias, várias localizações em Madrid, Valência, Andaluzia, Extremadura, Catalunha e Castilla La Mancha, entre outras.

A nível internacional, Portugal acolheu a abertura de dez novos 100 Montaditos, um crescimento espetacular que levou a empresa a abrir recentemente novos escritórios em Lisboa para acompanhar esta forte expansão no país vizinho.

A TGB, por seu lado, também mantém um ritmo de crescimento constante, com novas unidades de negócio em Alicante, Albacete, Múrcia e Madrid, e com uma grande variedade de formatos: desde espaços ao nível da rua ou em centros comerciais, a food trucks ou quiosques, demonstrando assim a forte versatilidade das marcas do grupo. A Restalia também se estreou com a TGB na cidade autónoma de Ceuta, abrindo aí o seu primeiro ponto de venda e preparando o segundo para julho.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 12 de julho

  • ECO
  • 12 Julho 2024

Ao longo desta sexta-feira, 12 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Lusocargo reforça ligação à “placa giratória” do comércio europeu

A transitária portuguesa, comprada pelo grupo BBL, vai aumentar a sua ligação aos Países Baixos, nomeadamente ao Porto de Roterdão, uma importante ponte para os EUA e para a Ásia.

A Lusocargo, um dos maiores transitários do país, vai reforçar a sua ligação rodoviária aos Países Baixos, um dos principais mercados da empresa, através de uma parceria a empresa de transporte líder no país, a Van Duuren. Através desta aliança, a companhia vai aumentar a ligação àquela que é considerada a “placa giratória” do comércio europeu, de onde saem mercadorias para a Ásia e para os EUA.

A parceria com a empresa neerlandesa vai permitir à Lusocargo oferecer serviços logísticos e de transporte otimizados, assegurando uma entrega mais frequente e fiável das mercadorias entre ambas as geografias.

Esta aposta na sexta maior economia da União Europeia, um dos principais mercados da empresa portuguesa, é especialmente importante, dado o elevado nível de abertura ao exterior, com os Países Baixos a representarem um importante hub de transporte, nomeadamente através do porto de Roterdão, o maior da Europa, considerado uma placa giratória do comércio europeu, conforme adiantou a empresa ao ECO.

Apenas entre janeiro e abril de 2024, as exportações portuguesas para este mercado representaram mais de 850 milhões de euros. “Com a possibilidade de conexões diárias, tanto para Lisboa como do Porto, as importações e exportações que contarem com este serviço expresso de grupagem para transporte rodoviário de mercadorias ficam disponíveis num portal de tracking, de acesso online e intuitivo”, adianta uma nota, acrescentando que “a integração de tecnologias inovadoras vai permitir aumentar a eficiência operacional, reduzir os custos e melhorar a satisfação geral das empresas.”

“Estamos entusiasmados por unir forças com a Van Duuren nesta parceria estratégica. A expertise comprovada e recursos combinados reforçarão, sem dúvida, o relacionamento comercial contínuo e eficiente com os Países Baixos, um centro de distribuição de bens e capitais, especialmente da Ásia e EUA, que está no “top 10” das exportações nacionais. Representa, dessa forma, um mercado essencial para todas as empresas que pretendem intensificar a sua internacionalização”, refere João Silva, diretor-geral da Lusocargo.

A parceria tem como principais objetivos fortalecer as rotas comerciais, simplificar as operações logísticas e promover o crescimento económico entre os dois mercados, diz a empresa que tem atualmente em Espanha, Alemanha, França, Itália, Países Baixos, Turquia e Reino Unido os seus principais mercados.

Com cerca de 200 trabalhadores, o transporte rodoviário representa o core da atividade da Lusocargo, “desdobrando-se na importação, exportação e no transporte a nível nacional, sendo, atualmente, 86% da faturação anual”, explica João Silva, em declarações ao ECO.

Com a Europa a atravessar um momento de alguma instabilidade, o responsável explica que “é também pela visão do transporte rodoviário de mercadorias que podemos deparar-nos com um espelho do clima económico global.” “Ligamos, principalmente, empresas a empresas, ao largo de toda a Europa, pelo que a incerteza sobre que decisões serão tomadas a nível político desempenham bastante influência na forma como as empresas atuam, mas, principalmente, no modo como antecipam os próximos ciclos”, nota.

“Economias abertas ao exterior desempenham mais efeitos positivos do que negativos nos negócios e nas comunidades, pelo que os sinais de protecionismo a que temos vindo a assistir são sempre preocupantes”, alerta João Silva.

Fundada em 1984 e integrada no Gropo BBL, a Lusocargo dispõe de espaços físicos no Porto, Mealhada, Lisboa e Pombal, em áreas totais de 20.000 m² de armazéns e 5.000 m² de escritórios. “Com a integração no Grupo BBL, a Lusocargo ambiciona reforçar a sua capacidade, otimizando a qualidade e eficácia do serviço prestado aos seus clientes e que reforcem a posição da empresa como um dos líderes de mercado na organização do transporte internacional, nacional, logística e despachos aduaneiros”, realça o diretor-geral da transitária.

“O Grupo BBL está ativo em 20 países, principalmente na Europa, mas também no Brasil, EUA e México, e permanentemente atento a novas oportunidades de desenvolvimento da sua atividade“, remata.

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Faculdade de Economia do Porto testa inteligência artificial com chatbot, novas salas e cursos

Novo chatbot para apoio ao estudo vai ser lançado no próximo ano letivo na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, que aposta na inteligência artificial também com novas salas e cursos.

A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) vai avançar no próximo ano letivo com um projeto-piloto para integrar a inteligência artificial (IA) no ensino superior, ao abrigo de um projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que será igualmente testado noutras instituições de ensino do Norte do país, como a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto Politécnico do Porto.

Em fevereiro de 2025, no segundo semestre do próximo ano letivo, e a começar por dez unidades curriculares de diferentes áreas de estudo, perto de 500 estudantes vão começar a utilizar um chatbot desenvolvido com inteligência artificial generativa. Na prática, em cada disciplina, o docente pode carregar os documentos necessários para a criação de uma base de conhecimento que depois pode ser utilizada pelos alunos e também por docentes e investigadores.

Como funciona o chatbot?

Desenvolvida pela tecnológica portuense Armis, esta ferramenta já está a ser testada internamente na FEP. Nuno Moutinho, coordenador da inovação pedagógica, explica ao ECO que “cada docente vai fazer o upload do material e criar a sua base de conhecimento”. “Os alunos já estão a usar a IA, mas não estão a usar fontes credíveis. Estão entregues a eles próprios. Com esta ferramenta sabem que todas as fontes de conhecimento são validadas pelo docente”, completa.

Os alunos passam a ter uma espécie de tutor pessoal e que interage em várias línguas, o que é uma ajuda enorme para os estudantes internacionais. (…) A ideia é ser usado sobretudo em estudo autónomo, mas pode ser usado também em trabalhos de grupo ou em dinâmicas presenciais na sala de aula, pois os professores vão ter acesso a informação agregada e várias métricas, como os conceitos em que os alunos têm maiores dificuldades”, descreve.

Os alunos já estão a usar a Inteligência artificial, mas não estão a usar fontes credíveis. Estão entregues a eles próprios. Com esta ferramenta sabem que todas as fontes de conhecimento são validadas pelo docente.

Nuno Moutinho

Coordenador da inovação pedagógica da FEP

O que vai acontecer a seguir a este projeto-piloto, que conta com um financiamento próximo de 250 mil euros? “O objetivo é estudar o que foi feito, criar guiões. No fundo, termos um género de um manual de boas práticas de como é que a IA pode ser usada. Vai haver um estudo completo sobre como é que resultou esta experiência, as áreas em que funciona melhor e outras em que pode ser melhorado, e avaliar as várias formas pedagógicas como pode ser usado, do ponto de vista dos professores e dos alunos”, responde Moutinho.

Novos cursos e salas para integrar IA no ensino

Nas últimas semanas, a Universidade do Porto viu também aprovado outro projeto do PRR, no valor de 225 mil euros, para dar formação na área da inteligência artificial e de business inteligence. Os primeiros dois cursos começam já em setembro, estando previsto, no âmbito do chamado STEAMUP, abranger cerca de 320 pessoas durante os dois anos de execução deste projeto.

“Estes cursos são dirigidos a profissionais que estão no mercado de trabalho e têm formação de base noutras áreas, e que precisam de competências digitais e de um upgrade nestas duas áreas. No fundo, é o contributo da academia para capacitar o tecido empresarial português”, ilustra Nuno Moutinho, especialista em economia dos media, que lidera a equipa que trabalha o tema da IA na FEP e que integra também Bruno Veloso (especialista em sistemas de informação) e Mafalda Teles Roxo (especialista em uso de tecnologia nas ciências empresariais).

A primeira sala do FEP Innovation Hub entrou em funcionamento em janeiro de 2024. Faculdade de Economia da Universidade do Porto

Por outro lado, depois de ter inaugurado em janeiro deste ano a primeira sala flexível para integrar a inteligência artificial no ensino, em parceria com a Microsoft e com tecnologia de ponta para apoio às aulas em modo presencial, à distância ou híbrido, a faculdade nortenha vai promover mais espaços criativos neste FEP Innovation Hub, “permitindo a estudantes e a executivos que frequentam mestrados experimentarem tecnologias emergentes que têm o potencial de transformar as organizações”.

Com estes dois projetos financiados pela bazuca europeia, sublinha o diretor da Faculdade de Economia do Porto, Óscar Afonso, o objetivo é “ajudar as organizações portuguesas na capacitação dos seus recursos humanos e preparar estudantes de Economia e Gestão para um mundo global, em que a tecnologia provoca constantes disrupções na sociedade e no contexto económico”.

Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia do Porto, em entrevista ao ECO - 17MAI23
Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP)Ricardo Castelo/ECO

Além de passar a ser um Certified Authorized Training Center (CATC), um centro em que profissionais e estudantes podem obter certificações pela Microsoft, pela Meta ou pelo Project Management Institute, a Faculdade de Economia do Porto estabeleceu ainda um novo protocolo de cooperação com o Knightsbridge Examination and Training Centre, apresentado como o primeiro centro platinum de Cambridge English em Portugal.

Este acordo prevê a realização dos exames de proficiência em inglês sem necessidade de deslocação, o acesso gratuito a serviços de aconselhamento especializado que ajudem a preparar as suas carreiras internacionais, ou descontos especiais em serviços relacionados com a certificação do inglês. Cada estudante que ingressar nas licenciaturas de Economia e Gestão no próximo ano letivo receberá ainda um voucher gratuito para aferir online o seu nível de inglês.

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Governo negoceia com Bruxelas aumento da despesa líquida. O que está em causa?

Despesa primária estrutural e PIB potencial são dois pontos centrais nas negociações entre os técnicos das Finanças e da Comissão Europeia. Governo confiante que país está numa posição confortável.

As negociações entre o Governo português e a Comissão Europeia sobre o plano orçamental estrutural de médio prazo arrancam em duas semanas, mas o Executivo está confortável com a trajetória de referência indicada a Portugal.

A trajetória de referência ainda não é pública, uma vez que é precisamente sobre esse indicador que as negociações entre os serviços técnicos do Ministério das Finanças e do executivo comunitário se vão iniciar, contudo, segundo fonte próxima do processo, os números sobre a despesa líquida primária e o Produto Interno Bruto (PIB) potencial — centrais na negociação — deixam o país numa posição confortável para atingir as metas.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, numa audição regimental no Parlamento, garantiu que a trajetória que o Governo prevê “para a despesa é consistente com o que a Comissão Europeia considera ser o ponto crítico”.

A trajetória de referência enviada pela Comissão Europeia ao Governo português é baseada no risco, sendo expressa em termos de despesas líquidas plurianuais para os Estados-membros. Todos os países com défices orçamentais superiores a 3% do PIB ou um rácio da dívida pública acima dos 60% recebem esta indicação, que é diferenciada para cada Estado, mas, com o objetivo de simplificar o quadro orçamental europeu, o indicador operacional será único e baseado na sustentabilidade da dívida.

Um dos primeiros pontos de negociação entre os serviços técnicos das Finanças e os do executivo comunitário será, então, sobre a estimativa da despesa primária estrutural, isto é, a despesa primária deduzida de operações one-off e da componente cíclica da despesa. Segundo fonte próxima do processo, a despesa será calculada como uma média a quatro anos (período do plano), tendo como ponto de partida o ano de 2024. Ao ser uma média, estabelece que se num ano a despesa for mais elevada, no ano seguinte terá de ser mais reduzida. Sendo calculada em percentagem do PIB, será também influenciada pelo crescimento da economia.

Na prática, se o Governo carregar mais na descida de impostos em 2025 terá de adotar uma postura mais ligeira nos anos seguintes, segundo fonte ouvida pelo ECO. A prioridade é que o país mantenha, pelo menos, ligeiros excedentes orçamentais, não deixando a despesa líquida derrapar.

Outro indicador central nas negociações será a previsão do PIB potencial, que terá de ser coerente com a redução da dívida pública. No Governo acredita-se que, provavelmente, Bruxelas será mais exigente com Portugal sobre as previsões deste indicador do que sobre a despesa primária.

No Programa de Estabilidade 2024-2028, o Governo prevê (num cenário de políticas invariantes) um crescimento do PIB potencial de 2,2% em 2024, de 2,1% em 2025, de 2% em 2026, de 1,8% em 2027 e de 1,7% em 2028.

De acordo com uma análise do think-tank Bruegel, divulgada no final de junho, a previsão é de que Portugal registe um saldo primário estrutural de 2,2% este ano, sendo 2,6% a percentagem que satisfazia todos os critérios, e irá ter de fazer um ajuste orçamental médio de 0,09% no caso de um plano a quatro anos ou de 0,54% num plano a sete anos.

O plano será negociado durante o verão e, segundo Miranda Sarmento, entregue até 15 de outubro à Comissão Europeia. A data de entrega pelo Estados-membros para o primeiro bloco de planos de quatro anos está prevista para 20 de setembro, mas o prazo pode ser prolongado, por acordo entre a Comissão Europeia e o Estado-membro, por “um período razoável”, desde que de forma justificada, de acordo com o regulamento. Neste caso, até 15 de outubro, em conjunto com o envio da proposta orçamental.

No caso de um Estado-membro não apresentar o primeiro plano estrutural orçamental de médio prazo dentro do prazo, o artigo 19.º do regulamento especifica que o Conselho deve — sob recomendação da Comissão — recomendar ao Estado-membro em causa que a trajetória de referência emitida pela Comissão (em regra) sirva como a trajetória líquida das despesas do Estado-membro, recordou um porta-voz da Comissão Europeia ao ECO.

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