Stellantis: dona da fábrica de Mangualde cai 15% após anunciar queda dos objetivos para este ano

Grupo que produz Citroën, Fiat, Opel e Peugeot em Mangualde perde 55% desde março. O presidente, Carlos Tavares, tem estado sob fortes críticas, com os sindicatos nos EUA a pedirem a sua demissão.

A Stellantis, grupo automóvel que juntou as companhias PSA – Peugeot/Citroën e o grupo Fiat/Chrysler, está a ser fortemente penalizada pelos investidores, como reusltado de uma revisão em baixo das prespetivas do negócio.

Às 12h30, os títulos da companhia liderada pelo português Carlos Tavares cotavam a 12,41 euros na Bolsa de Milão, que se traduziam numa queda de 14,7% face ao valor de encerramento da sessão de sexta-feira e no valor mais baixo desde 14 de outubro de 2022.

Surpreendidos pela nova previsão de margem operacional para 2024 entre 5,5% e 7% para 2024 — bem abaixo da anterior perspetiva de dois dígitos –, os investidores estão a prolongar a onda vendedora dos títulos, seguindo uma tendência que se regista na cotada desde o máximo histórico de março último, quando o título superou os 27 euros por ação. Desde essa altura, as ações da construtora automóvel acumulam perdas de 55%.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

O comunicado emitido pela companhia esta segunda-feira aponta ainda para uma revisão em baixa dos fluxos de caixa industrial, que transitam de uma previsão de positivo para uma quebra de 5 mil milhões a 10 mil milhões de euros.

O papel de Carlos Tavares tem sido muito contestado nos EUA, de onde provém a maioria dos resultados da Stellantis, com o poderoso sindicato United Auto Workers a pedir a sua saída. O português, que este ano assumiu que a postura a seguir no domínio dos elétricos é a que os chineses têm adotado — muito alicerçada num preço baixo –, tomou recentemente medidas nos EUA que estão a criar contestação, designadamente o adiamento de abertura de uma fábrica no Illinois e o corte de postos de trabalho em fábricas da Dodge e Jeep.

As vendas também não contribuíram para melhorar a situação do presidente executivo, com o primeiro semestre a revelar uma quebra de 48%. Nos EUA, onde o mercado avançou 2,4%, as marcas da Stellantis caíram 16%.

Na semana passada, quando falta menos de um ano para o fim do mandato de Carlos Tavares, a Stellantis anunciou que está a olhar para a sucessão. O português, que tomou posse como CEO em janeiro de 2021, já assumiu a dificuldade em lidar com os automóveis elétricos chineses, um problema comum à maioria das tradicionais marcas dos dois lados do Atlântico.

A empresa, criada num acordo de parceria em dezembro de 2019, junta algumas das principais construtores de automóveis europeias (Citroën, Fiat, Peugeot e Opel, por exemplo) e norte-americanas, designadamente a Chrysler, Dodge e Jeep.

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MFA Legal e Paxlegal assinam parceria em private clients e wealth management

A MFA Legal e a Paxlegal acabam de anunciar o estabelecimento de uma parceria estratégica direcionada para a área de private clients e wealth management.

A MFA Legal e a Paxlegal acabam de anunciar o estabelecimento de uma parceria estratégica direcionada para a área de private clients e wealth management, “permitindo a prestação de serviços jurídicos complementares e altamente especializados a clientes individuais e investidores estrangeiros em domínios como a gestão de patrimónios, a estruturação fiscal de investimentos, o planeamento sucessório, a obtenção de vistos e autorizações de residência, processos de nacionalidade ou operações imobiliárias”, segundo comunicado conjunto de ambos os escritórios.

A MFA Legal é uma boutique especializada em assessoria fiscal, compliance e gestão de risco, “dispondo de uma equipa reconhecida no mercado pela assessoria fiscal a multinacionais e clientes individuais nos mais diversos setores de atividade. Por seu turno, a Paxlegal é um escritório especializado em private clients e investidores estrangeiros, dispondo de ampla e reconhecida experiência em processos de nacionalidade e autorizações de residência, investimento imobiliário e planeamento sucessório”.

De acordo com Joana Lobato Heitor, sócia da área fiscal da MFA: “Estamos muito satisfeitos com esta parceria com a Paxlegal, um escritório altamente especializado na prestação de serviços a private clients, e que partilha connosco a mesma cultura de proximidade e serviço ao cliente”. Samuel Fernandes de Almeida, managing partner da MFA Legal acrescenta: “a área de private clients é estratégica para uma boutique fiscal como a nossa. Esta parceria insere-se na nossa estratégia de reforço da oferta de serviços de elevada especialização e valor acrescentado, através de parceiros e equipas multidisciplinares com experiência reconhecida nas suas áreas de expertise”.

Bárbara Pestana, sócia fundadora da Paxlegal sublinha: “estamos muito entusiasmados com esta parceria, que vem reforçar a nossa capacidade de prestar um serviço ainda mais completo aos nossos clientes, incorporando nos nossos serviços assessoria fiscal altamente especializada e reconhecida no mercado através da MFA Legal”. António Patricio, sócio fundador da Paxlegal afirma: “Este acordo, que se insere na política de crescimento sustentado do escritório e deriva do crescente interesse pelo nosso país por parte de investidores estrangeiros, complementa o trabalho que temos vindo a desenvolver internamente, de oferta de soluções cada vez mais abrangentes e de elevado valor, sem perder o foco na qualidade e personalização que caracterizam a nossa firma”.

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Governo vai permitir que pensões sejam atualizadas logo no ano seguinte à atribuição

  • Lusa
  • 30 Setembro 2024

No próximo Conselho de Ministros o Governo vai lançar "medidas na área da longevidade e das dependências". Uma delas é permitir que pensões sejam atualizadas no ano seguinte à atribuição.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social confirmou esta segunda-feira que o Governo vai rever a legislação para permitir a atualização das pensões no ano seguinte à sua atribuição, medida que será aprovada no Conselho de Ministros desta semana.

Maria do Rosário Ramalho falava nas jornadas parlamentares do PSD e CDS-PP que decorrem até terça-feira na Assembleia da República, altura em que anunciou que, “no âmbito do dia internacional da pessoa idosa”, no próximo Conselho de Ministros o Governo vai lançar “medidas na área da longevidade e das dependências”.

A governante afirmou que uma delas “até já foi pré-anunciada” no espaço de comentário do social-democrata Luís Marques Mendes, na SIC: “As atualizações de novas pensões no ano imediatamente subsequente”.

O PS anunciou uma iniciativa legislativa nesse sentido hoje de manhã.

Desde 2006, a lei estabelece que as pensões e reformas da Caixa Geral de Aposentações ou Segurança Social só são atualizadas a partir do segundo ano da sua atribuição. O BE agendou para dia 17 de outubro um debate no parlamento sobre um projeto da sua bancada relativo a este tema.

“Mas quero-vos dizer que não é a única que vamos lançar”, afirmou a ministra.

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Líder da CIP ataca Pedro Nuno Santos por ser “radicalmente contra” descida do IRC. Eleições “pior” que duodécimos

  • Lusa
  • 30 Setembro 2024

Armindo Monteiro considera "muito preocupante" a hipótese de o país ficar a ser governado em duodécimos, mas disse ser "pior ainda ter de antecipar eleições".

O presidente da CIP acusou esta segunda-feira o líder do PS de ser “radicalmente” contra a descida do IRC, enquanto o ministro da Agricultura considerou que o pensamento de Pedro Nuno Santos é de um “radical” próximo da extrema-esquerda.

A abertura do Congresso da FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, em Lisboa, contou com a presença do ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, e do presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, que partilharam a ideia de o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ser um “radical” no que concerne ao IRC.

“A CIP não entra na discussão partidária, mas preocupa-me quando o líder de um partido estabelece como princípio orientador da sua base programática ser radicalmente contra descida do imposto sobre as empresas”, disse Armindo Monteiro, na sua intervenção.

O presidente da CIP afirmou que, mais do que o custo, é uma questão de apoio às empresas, de as valorizar, defender a redução desse imposto. “Não é possível compatibilizar o princípio de ‘nós apoiamos as empresas’ com o ser radicalmente contra a redução em qualquer formato da sua tributação”, acrescentou o presidente da confederação patronal.

Não é possível compatibilizar o princípio de ‘nós apoiamos as empresas’ com o ser radicalmente contra a redução em qualquer formato da sua tributação.

Armindo Monteiro

Presidente da CIP

Ainda sobre o Orçamento do Estado para 2025 e as discussões em torno da sua viabilização, Armindo Monteiro considerou “muito preocupante” a hipótese de o país ficar a ser governado em duodécimos, mas disse ser “pior ainda ter de antecipar eleições”.

“[Ambas as situações] criariam um ambiente pouco propício à superação dos desafios que Portugal enfrenta”, afirmou.

Sobre aumentos salariais, o presidente da CIP afirmou que as empresas querem fazer aumentos, mas que para isso precisam de criar mais riqueza, ser mais competitivas e produtivas.

“Não podemos continuar nesta espécie de milagre económico português que é distribuir o que não se cria. É importante, primeiro, criarmos”, disse, defendendo que uma política demasiado expansionista dos salários pode ter efeitos perversos, como destruição de empregos.

Armindo Monteiro, presidente da CIP, em entrevista ao ECO - 15DEZ23
Armindo Monteiro, presidente da CIP, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

Presente na mesma sessão de abertura do Congresso da FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, na capital, o ministro da Agricultura e Pescas partilhou a ideia de radicalismo por parte do líder do maior partido da oposição.

“Felizmente, temos um primeiro-ministro [Luís Montenegro, PSD] que conhece Portugal, que está altamente preparado e não é condicionado por radicalismo. Peço desculpa, mas quem considera que o IRC não se pode descer quando é alto, é evidente que quem tenha este pensamento é um radical que está mais próximo que eu denomino como radicais e extremistas de esquerda e que não é moderado”, afirmou José Manuel Fernandes.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, tem dito que rejeita o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) com as alterações ao IRS e IRC propostas pelo Governo e que não aceita “nem nenhuma modelação” dessas mesmas medidas porque estas “são más” e nem isso as tornaria boas.

Os socialistas, segundo afirmou o seu líder, não podem aceitar “duas medidas que teriam impacto estrutural e permanente”.

O Governo defende uma redução gradual do IRC até final da legislatura de 21 para 15%.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 tem de dar entrada na Assembleia da República até 10 de outubro e tem ainda aprovação incerta, já que PSD e CDS-PP (partidos que suportam o executivo) somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização do documento.

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Euribor cai e termina setembro com a taxa a 12 meses com média abaixo de 3%

  • Lusa
  • 30 Setembro 2024

As taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram em todos prazos e termina setembro com uma média abaixo de 3% no prazo mais longo.

A Euribor desceu esta segunda-feira a três, seis e 12 meses para mínimos desde maio e março de 2023 e novembro de 2022, respetivamente, e termina setembro com uma média abaixo de 3% no prazo mais longo.

Com as alterações, a taxa a três meses, que baixou para 3,279%, continuou acima da taxa a seis meses (3,105%) e da taxa a 12 meses (2,747%).

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou esta segunda-feira para 3,105%, menos 0,047 pontos do que na anterior sessão e um mínimo desde 21 de março de 2023. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho mostram que a Euribor a seis meses representava 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2023, caiu esta segunda-feira, para 2,747%, menos 0,024 pontos do que na sexta-feira e um mínimo desde 3 de novembro de 2022.
  • A Euribor a três meses também desceu esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,279%, menos 0,047 pontos e um novo mínimo desde 9 de maio de 2023.

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Na quarta-feira, em 18 de setembro, foi a vez da Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Conclusão da investigação do processo EDP/CMEC vai sofrer novo adiamento

  • Lusa
  • 30 Setembro 2024

A conclusão do inquérito ao processo EDP/CMEC vai ser novamente adiada e não será cumprido o prazo de 30 de setembro que tinha sido definido pela Procuradoria-Geral da República.

A conclusão do inquérito ao processo EDP/CMEC vai ser novamente adiada e não será cumprido o prazo de 30 de setembro que tinha sido definido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), adiantou no sábado à Lusa fonte judicial.

Segundo a mesma fonte, a conclusão do inquérito — que está a ser investigado pelo Ministério Público (MP) desde 2012 — dentro do prazo que tinha sido fixado em 1 de julho não será viável por o processo se encontrar no Tribunal Central de Instrução Criminal há cerca de um mês para decisão sobre alegadas nulidades invocadas por arguidos.

Foi proposta pelos procuradores do caso a concessão de mais 30 dias para fechar o inquérito, ou seja, até 30 de outubro, de acordo com a mesma fonte, faltando apenas a validação superior, que, em julho, coube ao vice-procurador-geral da República, Carlos Adérito Teixeira.

Entre os principais arguidos deste processo estão os antigos administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto, que acabaram por ser afastados das suas funções na empresa na sequência deste caso, além de João Conceição, administrador da REN e antigo consultor do ex-ministro da Economia Manuel Pinho.

O processo tem sido marcado por sucessivos adiamentos na sua conclusão, retardando dessa forma um despacho de acusação ou arquivamento, depois de já terem sido fixados anteriormente os prazos de 30 de abril e 30 de junho para a conclusão do inquérito.

As últimas prorrogações de prazos ficaram a dever-se, sobretudo, à presença no processo de 3.277 emails apreendidos aos ex-administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto e cuja apreensão foi anulada em outubro de 2023 por um acórdão de fixação de jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça (STJ)

Com a declaração destes emails como prova proibida, foi preciso analisar as consequências e ramificações sobre o resto da prova reunida pelo MP.

O Caso EDP/CMEC acabou por levar em dezembro de 2022 à acusação do ex-ministro Manuel Pinho, da mulher Alexandra Pinho, e do ex-banqueiro Ricardo Salgado por factos não relacionados com a empresa e os Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), que estiveram na origem do inquérito aberto em 2012.

O julgamento terminou em junho com a condenação do ex-governante a 10 anos de prisão e do ex-banqueiro a seis anos e três meses (além da condenação de Alexandra Pinho a quatro anos e oito meses de pena suspensa).

O processo foi então separado e ficaram aqui sob investigação os procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

António Mexia e João Manso Neto, arguidos desde 2017 neste caso, são suspeitos dos crimes de corrupção e participação económica em negócio, enquanto João Conceição é suspeito de corrupção passiva.

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PS quer que pensões sejam atualizadas logo no ano seguinte à atribuição

PS entregou projeto de lei que visa garantir a atualização das pensões no ano seguinte à sua atribuição. Em julho, Governo sinalizou que estava a estudar esta norma.

O PS quer acabar com a regra que dita que as pensões só podem ser atualizadas se tiverem sido iniciadas há mais de um ano. De acordo com o projeto de lei apresentado no Parlamento pela bancada socialista, a intenção é que, no ano de atribuição, as reformas sejam atualizadas com base na “revalorização da carreira contributiva, sendo nos anos seguintes ajustadas pela fórmula prevista na lei”. Já em julho, a ministra do Trabalho revelou, numa audição parlamentar, que estava a refletir sobre esta regra.

De acordo com a lei em vigor neste momento, todas as pensões atribuídas num determinado ano não são atualizadas no ano seguinte. “São atualizadas as pensões que à data da produção de efeitos do aumento anual tenham sido iniciadas há mais de um ano”, dita a regra.

Mas o PS quer mudar essa norma, propondo que a referida alínea seja substituída pela seguinte: “são atualizadas as pensões que à data da produção de efeitos do aumento anual tenham sido iniciadas até 31 de dezembro do ano anterior“. Ou seja, uma pensão atribuída, por exemplo, em abril de 2024, passaria a poder ser atualizada logo em janeiro de 2025.

“Desta forma garante-se que as pensões são atualizadas todos os anos: no ano da atribuição são atualizadas pela revalorização da carreira contributiva e em todos os anos seguintes são atualizadas anualmente pela fórmula de atualização prevista na Lei n.º 53-B/2006, de 29 de dezembro”, salienta o projeto de lei de autoria de quatro deputados socialistas: Alexandra Leitão, Ana Sofia Antunes, Tiago Barbosa Ribeiro e Ana Mendes Godinho (ministra do Trabalho e da Segurança Social até abril deste ano).

O Bloco de Esquerda e o PCP também já avançaram com propostas legislativas que preveem a atualização das pensões independentemente da data em que começam a ser pagas. E o Movimento Justiça para os Pensionistas e Reformados lançou uma petição sobre este tema.

Confrontada, a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, disse em julho, numa audição parlamentar, que o Governo “está a refletir sobre esta matéria”, mas não detalhou o que está em cima da mesa.

Por outro lado, o projeto de lei apresentado agora pelo PS prevê também a atualização do valor de referência do complemento da prestação social para a inclusão, equiparando-o ao valor de referência do complemento solidário para idosos.

A pobreza não é menos significativa quando afeta pessoas com deficiência. Não pode uma decisão desta natureza fundar-se em mera opção política pontual, pelo que não vislumbramos razão para que esta situação de discriminação persista por inércia na atualização dos valores”, lê-se na proposta.

“Neste sentido, entendemos que os valores de ambas as prestações devem ser equiparadas, enquanto instrumentos fundamentais de combate a situações de pobreza, devendo fixar-se esta regra automaticamente para futuro”, acrescenta ainda a bancada do PS.

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Dinheiro Vivo deixa de ser título autónomo e passa a integrar DN

  • Lusa
  • 30 Setembro 2024

Apesar desta integração, o Dinheiro Vivo "não deverá ser descontinuado", adianta o CR, que não se opõe à passagem dos jornalistas para o DN, tendo em conta a situação que se vivia.

O Dinheiro Vivo vai deixar de ser um título autónomo, com a publicação e os seus jornalistas a passarem a integrar o Diário de Notícias (DN), a partir de 01 de outubro, segundo comunicado do Conselho de Redação (CR).

O CR do Dinheiro Vivo, publicação que foi fundada há 13 anos, “regista que esta alteração ocorre na sequência de um profundo desinvestimento em recursos humanos e meios e condições deste título económico que, recorde-se, chegou a ter mais de 30 profissionais, tendo hoje apenas cinco redatores e um editor“.

A redação do Dinheiro Vivo tem vivido num “contexto profissional de grande incerteza e constrangimentos”, indica o CR, notando também que “foi sem comunicação formal prévia que, no dia 24 de setembro, a Direção de Recursos Humanos do GMG comunicou, por e-mail, à atual equipa do DV, que “está em curso uma reorganização editorial que extingue o DV como publicação autónoma” e que os jornalistas “serão integrados na redação do DN já a partir de dia 01 de outubro“.

Apesar desta integração, o Dinheiro Vivo “não deverá ser descontinuado”, adianta o CR, que não se opõe à passagem dos jornalistas para o DN, tendo em conta a situação que se vivia.

Contudo, destaca que “a redação foi informada que o DV passará a ser produzido através de colaborações externas e que deverá continuar a publicar-se a edição impressa juntamente com uma das edições diárias do DN e (talvez) do JN“, mas os seis jornalistas em causa “poderão ter de contribuir com artigos para a edição impressa do DV e terão, temporariamente, de assegurar a gestão do respetivo site mesmo após o dia 1 de outubro”.

“O CR não compreende esta situação, que suscita dúvidas deontológicas”, lê-se no comunicado, que dá ainda conta de que o GMG [Global Media Group] “continua sem clarificar esta situação”.

Filipe Alves, diretor do DN e do DV, salienta, citado em comunicado do CR, que “o Dinheiro Vivo deixará, de facto, de ser uma marca de informação autónoma, mas não vai deixar de existir, porque será integrado no DN“.

“Vamos construir juntos uma nova oferta de informação económica e financeira de qualidade, tanto no DN como no DV, que a partir de agora estará integrado no primeiro”, conclui o também presidente do CR.

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PSD acusa Pedro Nuno de “enganar o país” ao ter “criado expectativa” de que negociaria IRS Jovem e IRC

  • Lusa
  • 30 Setembro 2024

“Que diabo, será assim tão difícil entendermo-nos quanto à baixa de impostos?”, pergunta líder parlamentar do PSD, apontando “capricho e “taticismo eleitoral e partidário” ao secretário-geral do PS.

O líder parlamentar do PSD perguntou esta segunda-feira se “é assim tão difícil” um entendimento num Orçamento do Estado que baixa impostos, acusando o PS de ter enganado o Governo e o país quanto à possibilidade de negociar medidas.

Hugo Soares falava na sessão de abertura das jornadas parlamentares conjuntas do PSD/CDS-PP, na Assembleia da República, e que têm como tema “Um Orçamento do Estado para resolver os problemas das pessoas”.

“Que diabo, será assim tão difícil entendermo-nos quanto à baixa de impostos? Há alguém no país que não concorde com a redução de impostos?”, questionou o porta-voz parlamentar dos social-democratas.

Para Hugo Soares, “apenas por capricho, ou por taticismo eleitoral e partidário, ou por falta de capacidade de pôr o interesse nacional acima de qualquer pequeno interesse ou interesse partidário, é que é possível imaginar” que não haja entendimentos quanto à redução de impostos sobre os mais jovens e sobre as empresas.

Sobre estes dois pontos – que o PS apresentou como as duas medidas que não aceita que constem do próximo Orçamento para o viabilizar -, o líder parlamentar do PSD acusou ainda os socialistas de terem andando “a enganar o país” e o Governo, “criando a expectativa de que havia uma hipótese de negociar as duas medidas do programa do Governo”.

Momentos antes, o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, salientou que “não há memória de um primeiro orçamento de um Governo com maioria relativa que não tenha sido viabilizado em Portugal” e avisou que o chumbo da proposta de OE 2025 “terá consequências muito graves para todos os autarcas do país”.

“E por isso, a bem do interesse nacional, eu gostava de fazer hoje aqui um apelo ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. E o apelo é muito direto: ponha o interesse nacional à frente dos interesses partidários, é isso que o sentido de Estado exige”, apelou.

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Dormidas turísticas registam máximo histórico em agosto com “ajuda” canadiana e americana

Mercado britânico manteve a liderança das dormidas de não residentes em Portugal, com uma quota de 17,1%. Alojamento turístico recebeu um total de 3,8 milhões de hóspedes em agosto, um novo recorde.

Em agosto, o setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes e 10,5 milhões de dormidas, atingindo um novo máximo histórico, correspondendo a crescimentos de 5,9% e 3,8%, respetivamente, o que representa um crescimento de +1,7% e 2,6% em julho, pela mesma ordem.

“Depois de terem registado um decréscimo em julho, as dormidas de residentes aumentaram 4,6%, crescimento superior ao registado pelos não residentes (+3,4%), que abrandaram pelo teceiro mês consecutivo. As dormidas de residentes totalizaram 3,6 milhões e as de não residentes totalizaram 6,9 milhões“, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Fonte: INE

Nos mercados externos, o britânico manteve-se como principal mercado emissor (quota de 17,1%), tendo registado um crescimento de 1,3% em agosto, seguido da Espanha (peso de 16,3%), que cresceu 4,6%. Apesar de decréscimo de 2,9% em agosto, o mercado francês fecha o top 3 com uma quota de 11,3%.

No grupo dos dez principais mercados emissores em agosto, os que mais cresceram foram o canadiano (+11,2%) e o norte-americano (+8,4%). Por outro lado, o mercado brasileiro e o italiano registaram os maiores decréscimos entre os dez principais dez mercados emissores, com uma quebra de 5,9% 0,8%), respetivamente.

No oitavo mês do ano, todas as regiões registaram crescimento nas dormidas, com exceção da Região Autónoma da Madeira (-0,3%). Os maiores crescimentos verificaram-se na Península de Setúbal (+8,1%) e na Região Autónoma dos Açores (+7,5%), sendo mais modestos no Algarve (+1,1%) e no Oeste e Vale do Tejo (+1,6%).

Fonte: INE

As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, exceto nas Regiões Autónomas da Madeira (-14,9%) e dos Açores (-1,5%). Os aumentos mais expressivos foram registados na Península de Setúbal (+10,7%) e no Alentejo (+10,3%). Enquanto as dormidas de não residentes registaram os crescimentos mais expressivos na RA Açores (+10,5%) e no Norte (+9,2%). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos no Oeste e Vale do Tejo (-3,1%), no Alentejo (-0,5%) e no Algarve (-0,2%).

Apesar de as dormidas de residentes e de não residentes terem aumentado no oitavo mês do ano, a estadia média nos estabelecimentos de alojamento turístico diminuiu 2%, para 2,7 noites. O gabinete de estatística dá nota de que a “estada média dos residentes (2,45 noites) diminuiu 2,1% e a dos não residentes (3,03 noites) decresceu 1,8%.

Neste indicador, os maiores crescimentos continuaram a observar-se na Madeira (4,85 noites) e no Algarve (4,31 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,99 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,05 noites) e no Norte (2,09 noites).

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Parar para pensar. Fazer silêncio. E ouvir. O que aconteceu na Leadership Summit Portugal 2024

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  • 30 Setembro 2024

Sob o tema “Humanity is Calling - Be Silent, Decide with Truth”, 32 oradores participaram na 8.ª edição da Leadership Summit Portugal, a 25 de setembro, no Casino Estoril.

Desacelerar, pensar, sem desviar o olhar das grandes discussões do momento, com a lente da IA, da sustentabilidade, das lideranças modernas, das emoções, do envelhecimento, da literacia digital, da beleza moral e da ética. Estaremos prontos para silenciar o ruído que nos rodeia?

Sob o tema “Humanity is Calling – Be Silent, Decide with Truth”, 32 oradores nacionais e internacionais subiram dia 25 de setembro, ao palco do Casino Estoril, para a 8.ª edição da Leadership Summit Portugal, perante uma audiência de 850 pessoas.

No arranque do evento, Nelson Pires, General Manager & Board Member da Jaba Recordati, acordou a audiência no Lounge do Casino, com a wake-up talk “Qual das inteligências artificiais substituirá o ser humano?”.

The Call of Humanity

Já no salão Preto e Prata, o programa inicia-se com um bailado coreografo por Tiago Barreiros e Joana Simões, sob a batuta de Filipa Peraltinha.

Filipe Vaz, CEO da Tema Central, arranca com os discursos institucionais. «Vivemos um período de proliferação de estímulos que condicionam a nossa sociedade e organizações. Vamos refletir e encontrar novos caminhos para a paz e para o desenvolvimento humano. Fazer silêncio, abstrair do excesso de estímulos».

Nuno Piteira Lopes, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, reflete que: «O Mundo está a sofrer várias mutações, é um lugar cada vez mais perigoso e menos confortável, alguns valores e direitos podem ficar comprometidos. A liberdade é um dos objetivos mais nobres da nossa Humanidade. É mais do que direito ou privilégio, é a essência do que nos torna humanos. (…) É preciso líderes que saibam ouvir e refletir nas vozes e ações da população. Liderar é acima de tudo para todos, nunca deixar ninguém para trás».

O Apresentador Fernado Alvim com o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes

Por seu lado, António Leitão Amaro, Ministro da Presidência, explica a origem da figura do Ministro. E faz questão de salientar: «Quando se vive em Democracia perceber o que é o bem comum, é uma tarefa dificílima – a primeira condição é ouvir. Não partir para a função convencido que se sabe tudo. E fazer este exercício em verdade. Se servimos, respeitamos e se respeitamos tratamos o outro com verdade. Se nós não vivemos para servir, não servimos para viver.»

João Póvoa Marinho é o host do evento, cujo programa se divide em três slots: The Call of Humanity; The Sound of Silence – Listening; e Decide with Truth.

A slot The Call of Humanity começa com Rupert Read, Filósofo Ambiental, com a talk “From Dystopia to Thrutopia”. O autor faz uso do catastrofismo, da ironia, mas sobretudo de factos para mostrar que o futuro vai ser duro. Não tem outra forma de o dizer. E faz um apelo a toda a audiência: «O tempo já chegou, o limite de 1,5º C já foi ultrapassado e neste momento é libertado na atmosfera o equivalente a 12 bombas de Hiroshima por segundo. Há 20 anos era quatro vezes menos (três bombas)». A boa notícia é que «à medida que as coisas pioram, a Humanidade vai melhorando e juntos vamos construir uma Thrutopia».

O momento que se segue explora o papel das empresas na resolução dos desafios globais em matéria de Sustentabilidade. Da sede da Philip Morris International (PMI), na Suíça, Miguel Coleta, Director Sustainability, Activation & Support, disserta sobre o impacto da saúde causado pelos produtos da PMI.

Indígenas Líderes da Humanidade, Ecologia e Natureza é um grito de alerta para «um povo que é o mais impactado pelas alterações climáticas, e o menos responsável por isso».

«As empresas devem contribuir para os desafios de hoje repensando os seus modelos de negócio» sublinha, como aconteceu na PMI, em 2016, ao ter anunciado um “futuro sem fumo”. «Um novo modelo, onde a estratégia de negócio e a sustentabilidade são um só, focado no compromisso de deixar de vender cigarros». Hoje, 2/3 das receitas em 2030 vêm dos novos produtos com 33 milhões de utilizadores no Mundo. Cerca de 40% das receitas em Portugal vêm dos produtos sem fumo, e o footprint da Tabaqueira também mudou. A PMI tenciona atingir a neutralidade carbónica em 2025. «A transformação e inovação criou oportunidades de negócio para nós e para a sociedade. A sustentabilidade é uma oportunidade tremenda para as empresas», remata.

Os exemplos de três comunidades indígenas, Endorois, Cofán e Batwa, servem de base à talk de Mariana Marques, CEO da Azimuth World Foundation. Indígenas Líderes da Humanidade, Ecologia e Natureza é um grito de alerta para «um povo que é o mais impactado pelas alterações climáticas, e o menos responsável por isso». O trabalho da organização é o de servir estas comunidades e de «descolonizar a filantropia». Pelas suas palavras, «é preciso parar e escutar quem melhor conhece o equilíbrio ecológico, respeita a natureza e os diferentes ecossistemas».

The sound of Silence

Após um momento de pausa, segue-se a slot The Sound of Silence – Listening. «Nos Estados Unidos, há dados concretos de comunicação de atividade extraterrestre, e eles estão muito ativos», a afirmação é de Jim Garrison, Ativista Social e Político. Adianta que o contacto é feito desde 1945, numa linguagem não verbal, mas mental. E o que dizem é: «estamos preocupados com a raça humana». Na talk Listening to the Context, o Fundador da Universidade Ubiquity, partilhou as «mega tendências» que estão a marcar o Mundo. As alterações climáticas vão levar-nos aos primeiros eventos de extinção, entre 2026 e 2027. E a Europa, e o resto do Mundo, estão a ser apanhados num momentum de Guerra que é dos EUA, referindo-se à Guerra da Ucrânia.

Martim Sousa Tavares, Maestro e Diretor criativo

Na intervenção seguinte, Martim Sousa Tavares fala da sua experiência a conduzir orquestras. «Um Maestro é um Músico silencioso. Alguém treinado e pago para dar cabo do silêncio com a música», começa por contar, enquanto explica a importância do silêncio.

Martim vai buscar a frase de José Pinho, Fundador da Ler Devagar: “Tudo o que é bem feito é feito devagar”. «Tudo começa no silêncio, o silêncio é uma quimera, é uma predisposição para ele. Há também o silêncio que comanda a ação».

As aulas que teve para aprender a ser maestro eram em silêncio. O Professor dizia: “Só podes ter um encontro com o som, quando na tua cabeça tiveres a tua música a soar perfeitamente”. «Há uma natureza de escuta permanente nos maestros. O maestro é o ouvido da orquestra. Quem ouve, subtrai a capacidade de intervir», sublinha.

No campo da indústria inteligente, Cristina Castanheira Rodrigues partilha que «a Capgemini está a desenvolver padrões para 2033, e isso implica muita escuta e tempo para pensar».

Martim Sousa Tavares, continua em palco enquanto moderador do momento que se segue. No debate Decidir: A Arte de Saber Ouvir, juntaram-se ao maestro, Cristina Castanheira Rodrigues, Administradora-Delegada da Capgemini Portugal, Armindo Monteiro, Presidente da CIP, Luís Rodrigues, Presidente da TAP e Raúl Neto, CEO da Randstad Portugal.

O ponto de partida para a conversa é o do «silêncio como espaço para a escuta». No campo da indústria inteligente, Cristina Castanheira Rodrigues partilha que «a Capgemini está a desenvolver padrões para 2033, e isso implica muita escuta e tempo para pensar». O silêncio é preciso ser empreendedor. Para criar, olhar e reagir aos estímulos é preciso ter esse espaço e nisso utiliza a regra dos três S’s: «solidão, silêncio e ser sólido naquilo que se faz».

Melómano e praticante de mergulho, Armindo Monteiro está habituado ao silêncio e à solidão. Como equilibra a escuta com a necessidade de se fazer ouvir? «A arte de se fazer ouvir vai contra a ideia tradicional do líder, que raramente tem dúvidas e nunca se engana!», afirma. Para Portugal ser uma Economia de primeira divisão, os líderes têm de ser mais empresários e menos patrões e partilha quatro conselhos: «(1) Aprender a ouvir exige ser paciente, e isso é dar tempo, (2) saber perguntar, (3) mostrar que estamos de facto a escutar (a capacidade de dar feedback), e (4) evitar julgamentos precipitados».

Leadership Summit Portugal 2024

Luís Rodrigues, conseguiu fazer o que há muito se procurava, tirar a TAP dos destaques das notícias e silenciar o burburinho. Conhecido por «entrar mudo e sair calado das reuniões», o líder da TAP afirma «tenho de ouvir porque tenho de minimizar o erro na tomada de decisão». «Falo muito pouco e tenho muitas dúvidas», remata.

«Ouvir todos os intervenientes é meio caminho para uma solução. Há momentos para partilhar ideias e há momentos para focar e tomar decisões», destaca Raul Neto, para além da «honestidade com as pessoas».

O que é que o silêncio já vos ensinou? «A afastarmo-nos das ideias feitas, este momento de introspeção ajuda a partir do zero a uma reflexão sem fronteiras», responde Armindo Monteiro. «Ensina-me tudo, tenho de estar em silêncio. Quando era estudante nem punha fones», partilha Luís Rodrigues. «A escuta ativa, ouvir o que os outros têm para dizer, a voz dos clientes, dos colaboradores e dos acionistas é fundamental», desenvolve Cristina Rodrigues. Para o Raúl Neto: «o silêncio diz-me sobretudo o que é importante escutar. Muitos fazemos muitas reuniões, procuro ser sempre o último a falar porque quero ouvir e perceber a opinião de todos e sei que se falar vou influenciar.

Armindo Monteiro
Armindo Monteiro, Presidente da CIP

Alegria, medo, raiva, nojo e tristeza são as cinco emoções em que se baseia o Inside Out. O orador seguinte fez parte da equipa de produção do filme de animação da Pixar e veio apresentar uma nova emoção, o espanto: Awe. Moral Beauty: How to Meet the Crisis of our Times é o nome da talk de Dacher Keltner, Professor de Psicologia e Fundador do Greater Good Science Center na Universidade de Berkeley.

Na sua investigação, recolheu narrativas de 26 culturas sobre a capacidade de se espantar e da admiração quando algo nos transcende no Mundo, e daí construiu o conceito de ‘beleza moral’. «A beleza moral é a nossa resposta à virtude humana, à gentileza, à coragem e à generosidade. Eu acredito que cultivar a beleza moral começa pelas lideranças e com isso podemos combater as crises no Mundo», afirma.

Líderes contemporâneos devem ameaçar. E outros ensinamentos da Leadership Summit Portugal (Parte 2)

Como decidir com ética e verdade, fazer uso dos conselhos dos avós, dos ensinamentos do rugby, do poder de uma conversa e o que têm os gatos a ensinar para sermos melhores líderes. Foram algumas das ideias que aprendemos na Leadership Summit Portugal, no dia 25 de setembro, no Casino Estoril.

O arranque da segunda parte do evento traz ao palco Raquel Bilro e Isabel Lopes Cardoso, representantes dos Global Shapers – Lisbon Hub, a comunidade mundial de jovens líderes do World Economic Forum. Raquel Bilro fala do seu percurso e de como os jovens líderes criam impacto nas comunidades através dos Global Shapers com a talk “Youth Leadership & Technology in a Disruptive Age”.

Raquel Biro, representante do Global Shapers – Lisbon Hub

Seguiu-se a conversa “Decisões informadas pelo silêncio” com Andrés Ortolá, General Manager da Microsoft Portugal, conduzido por Isabel Lopes Cardoso. Um líder experiente, de origem argentina, que trabalhou em diversas geografias e liderou muitos imprevistos. No meio de tantas culturas e tantos desafios, como erupções vulcânicas, pandemias, terramotos, Andrés Ortolá explica que não é negociável o espaço para refletir. Outro dos seus grandes princípios é o equalizador social, ensinamento bebido ao mate – a bebida argentina, que o faz tratar as equipas como iguais e tenta trazer o melhor de cada colaborador. O CEO que gere uma equipa de mais de 1400 pessoas na Microsoft Portugal, partilhou o sonho de ser piloto e explicou como os ensinamentos da prática de rugby, ao longo de 27 anos, o tornaram um melhor líder.

Margarida Guedes de Quinhones, Diretora Executiva da Pedalar Sem Idade, é o rosto do movimento Pelo Direito ao Vento nos Cabelos, um ramo português do projeto solidário internacional Cycling without age, cuja missão é combater a solidão não desejada e o isolamento da população sénior. ‘Quem diria que aos 80 anos ia andar de bicicleta pela primeira vez?’, sob este mote, Margarida conduziu o riquexó (trishaw) da Associação no palco do São Preto e Prata, com uma voluntária e uma beneficiária a bordo. Em Portugal, o segundo país mais envelhecido da Europa, já fazem dois mil passeios por ano e contam com cerca de 400 voluntários.

No momento “Leadership Summit NEXT GEN” demos um salto até à Geração Z. Nascidos entre 1996 e 2010, esta é a primeira geração a crescer com a Internet, e com valores fortes relacionados com a justiça racial e a sustentabilidade. O projeto NEXT GEN vai envolver jovens a partir dos 15 anos na discussão dos temas de liderança.

"Temos de rehumanizar estes jovens. Faz-me confusão estarem presos no mundo digital. Se o Mundo fosse mais humanizado, era um mundo mais bonito e com mais amor. Temos de desligar das redes sociais”

Nuno Piteira Lopes, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais

No palco, os estudantes David Amorim, Natacha Ferreira e Filipe Carvalho demostraram muita preocupação com o coletivo e saber bem o papel de um líder. Partilharam o momento com Nuno Piteira Lopes, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais, que fez questão de salientar que «eles são os líderes de hoje e do presente, e não do futuro (…) por isso tenho sempre consciente de que as decisões que tomamos impactam nas gerações a seguir a nós». Sublinhou ainda a importância de envolver esta comunidade na tomada de decisões. E deixou um conselho aos jovens que se aplica aos pais, avós e aos líderes. «Temos de rehumanizar estes jovens. Faz-me confusão estarem presos no mundo digital. Se o Mundo fosse mais humanizado, era um mundo mais bonito e com mais amor. Temos de desligar das redes sociais», remata.

Decide with Truth

Puxar cordelinhos, meter uma cunha, tráfego de influência e abuso de confiança, fazem parte do léxico do fenómeno da Corrupção. O próximo orador, Luís de Sousa, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, apresentou os principais resultados do recente Barómetro da Corrupção, uma iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Como olham os portugueses para a Corrupção? Partindo da medição do grau de tolerância dos cerca de 1100 inquiridos, «há tipos de corrupção a que se é mais sensível». «Futebol e Política são as áreas mais expostas ao foco da comunicação social e por isso mais relacionadas com a corrupção». Quanto ao universo das organizações, «o fator cunha afeta o clima de negócios no país, e a sua perceção afeta a vida das pessoas».

Seguiu-se o debate “Liderança Ética: As Virtudes do Líder”, composto por Alexandre Antunes, CEO do Grupo Egor; Vera Rodrigues, Diretora de Recursos Humanos da MC; Inês Narciso, Investigadora, ISCTE-IUL; Nelma Fernandes, Presidente da CPLP, com a moderação de Laurinda Alves, Professora de Comunicação, Liderança e Ética.

Debate “Liderança Ética: As Virtudes do Líder”

«A liderança ética é uma realidade e as organizações têm de pensar que é constante e inegociável. O que pode um líder fazer? Ter os ouvidos maiores do que a boca. Um estudo no Japão diz que o CEO só conhece 4% do que se passa na empresa. Por isso, uma vez por mês, conheço sete pessoas representantes de cada linha de negócio, sentamo-nos a discutir a “realidade real”. Um dia de proximidade, abertura e transparência», confidencia Alexandre Antunes.

Vera Rodrigues dirige uma empresa com 40 mil trabalhadores, abriu o debate a referir que a liderança ética é o caminho para organizações com culturas fortes e diversas. «As organizações precisam de encontrar formas eficazes para ajudar os nossos líderes. Uma das coisas que fizemos foi definir o nosso modelo de liderança, inserido num quadro de valores. Há um caminho a ser feito. Os “no go’s” é o desrespeito pela diversidade e inclusão. Temos a capacidade de, olhos nos olhos, dizer o que está correto ou não».

"Temos de nos rodear de pessoas que nos contrariam, e que questionam as nossas decisões. Estar rodeados de pessoas que fazem as perguntas certas”

Inês Narciso, especialista em criminologia, fake news e pânico moral

Inês Narciso, especialista em criminologia, fake news e pânico moral, diz: «Não há uma solução simples para um problema complexo. A UE tem investido em literacia digital. A comunidade da área de desinformação faz o “follow the money” – quem é esta empresa que compra likes? Quem são estas comunidades que dizem que vacinar faz mal? Isso é o pânico moral – agir perante um perigo, sentindo-o como real». A investigadora demonstra que temos responsabilidade coletiva de valorizar a ética, mas tem de se levar em linha de conta a componente cultural, e a realidade de cada um. «Temos de nos rodear de pessoas que nos contrariam, e que questionam as nossas decisões. Estar rodeados de pessoas que fazem as perguntas certas», adianta.

Para Nelma Fernandes, o desafio de falar sobre ética pode ser acrescido, o universo CPLP composto por muitas culturas introduz na equação a possibilidade de depender conforme o território. «No Aeroporto levamos coisas na mala que devemos declarar ou não. Entre a ética de cada um, a responsabilidade é de cada um. Muitas vezes desculpamo-nos por sermos tão éticos».

Sobre a virtude e situações não éticas, o que pode ser feito na escala de uma empresa? São todos unânimes: «O erro é humano. Não existe ser 100% ético, a ética entra quando o reconhecemos».

O próximo momento vai traz uma abordagem sobre a importância de começar a preparar hoje o amanhã. Afinal, o que está a falhar? E quando é que a sustentabilidade será aplicada na prática? Catarina Marques Rodrigues, Jornalista, conduz a entrevista a Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, entidade que gere o sistema de recolha de embalagens em Portugal.

Jornalista Catarina Marques Rodrigues e Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde

«O ato de reciclar é um ato individual, mas é também coletivo», destaca Ana Trigo Morais. Em 2022, 35 milhões de euros em embalagens foram enviadas para aterros. «Precisamos de fazer muito mais. Temos um mantra: não queremos nada nos aterros. As embalagens que vão para lá ocupam espaço e perdem valor. O que nos falta? Consciência. (…) Cada um tem de fazer o seu papel, e a responsabilidade é de todos. É uma mudança de mindset. As empresas também devem ter esse reconhecimento e adotar as boas práticas. Deixaremos uma pegada, deixaremos sempre uma marca. O que temos a fazer é tentar reduzir e minimizar ao máximo esse impacto», acrescenta.

A desinformação é um dos maiores problemas da atualidade. Alex Edmans, Professor de Finanças da London Business School, é o orador que se segue com a talk May Contain Lies: how to decide with truth? A propósito do seu recente livro, onde analisa os preconceitos que afetam a forma como interpretamos a informação, afirma que «a verdade não é suficiente».

Alex Edmans, Professor de Finanças da London Business School

Segundo a sua visão, «apenas verificar os factos não é suficiente, porque mesmo que seja 100% preciso, isso pode levar ao engano». Então, como decidir com verdade? «Não é necessária uma quantidade imensa de dados». A principal pista é «se há algo que vejamos e que queiramos que seja verdade, temos de imaginar o seu posto». Tendencialmente, não gostamos de informação que vá contra aquilo em que acreditamos e por «não alimentar a confirmação do seu enviesamento, é algo que não queremos que seja verdade». E ter esse discernimento, ajuda a ultrapassar esse enviesamento.

Vivemos num Mundo em que a única coisa que temos certa é a da era da incerteza. A talk “Navigating a World of Chaotic Uncertainty”, orquestrada por Brian Klaas, Professor, Cientista Político americano e Autor do livro Corruptíveis. «Os cérebros tentam encontrar padrões sobre o caos que está a acontecer no Mundo e tentamos otimizar os resultados. Se vivermos numa era que o mundo é muito instável uma das coisas a fazer é experimentar coisas novas, novos instrumentos, novas rotas», adianta.

Na sua apresentação, refere-se também à Teoria do Caos, e à ideia que as o bater das asas de uma borboleta podem provocar um furação do lado posto da Terra. «Resiliência é o que queremos perseguir. Resiliência em vez de otimização», e partilha o conselho do avô, o segredo de um negócio bem-sucedido é “evitar a catástrofe”. E provoca a plateia: «Ter a sabedoria de reconhecer a incerteza radical e admitir: eu não sei. Esta plateia tem mais influencia do que a restante população – as vossas asas são grandes, o que fazem na Terra conta».

Líderes contemporâneos devem ameaçar, poderia ser o título do momento que se segue, e que marca o encerramento da 8.ª edição da Leadership Summit Portugal. São cada vez mais raras as presenças em público de Miguel Esteves Cardoso, figura incontornável da esfera intelectual e literária portuguesa, mas o tema “Gatos, Líderes e Filosofia” foi o motivo para contar com a sua participação no palco do Salão Preto e Prata do Casino Estoril. A conversa com Catarina G. Barosa, Diretora de Conteúdos da Líder, partiu da pergunta: O que podem os líderes aprender com os gatos?

Miguel Esteves Cardoso, Escritor

O sentido de humor acutilante do escritor desconstrói a ideia inspiracional de um líder, ao afirmar que «o grande objetivo dos gatos é passar o tempo». Mas «quem manda lá em casa é o gato, eu não mando nada!». Então, como conseguem que as pessoas façam o que eles querem? «Não se importam de pedir ajuda, miam para convencer o ser humano, e o gato não se importa de ameaçar. O líder contemporâneo tem de aprender a ameaçar verdadeiramente!». Os gatos insistem teimosamente e conquistam o seu território, com ameaças, mas também, com ronron.

E contradiz a ideia de que são animais egoístas e que querem estar sozinhos. «O líder que não tem gato, tem de aprender com os cães», e reforça a ideia de que devemos ter vontade de aprender com os gatos, os cães, e até, com as formigas.

No final, partilha algumas ideias sobre liderança, do que tem aprendido com a observação dos gatos. «Os gatos são muito pequenos e têm uma maneira de nos encantar. Têm a capacidade de fazer bluff, desde pequeninos. Incham-se, podem não acreditar neles próprios, mas fazem-se por fazer acreditar». Na verdade, «os gatos não querem fazer nada». Apesar de pequenos e frágeis, são «extremamente sinceros e eficazes», como os verdadeiros líderes deveriam ser.

Tenha acesso à galeria de imagens aqui.

Assista a todos os momentos a partir de dia 27 de setembro, disponíveis on demand na Líder TV, na posição 165 do MEO e 560 da NOS.

Por TitiAna Amorim Barroso e Rita Rugeroni Saldanha

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Vendas no comércio aceleram 5,2% no pico do verão

As vendas no comércio a retalho subiram 5,3% em agosto, enquanto o comércio por grosso registou um crescimento homólogo de 6,3%, de acordo com os dados publicados pelo INE.

O Índice de Volume de Negócios no Comércio subiu 5,2% em agosto, face ao período homólogo, um crescimento que ficou muito acima dos 1,9% registados no mês anterior, segundo os números divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, as vendas no comércio a retalho cresceram 5,3% (2,2% no período anterior), enquanto o indicador no comércio por grosso aumentou 6,3% (2,8% em julho).

A justificar o aumento registado esteve a subida do comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos, que passou de uma redução de 1,9% para um aumento de 1,0%.

Já o comércio por grosso (inclui agentes), exceto de veículos automóveis e motociclos (divisão 46), registou uma subida homóloga de 6,3% em agosto, acelerando 3,5 pontos percentuais face a julho.

Em termos nominais, o índice total do Comércio apresentou um crescimento homólogo de 3,8%, mais 2,5 p.p. que o observado no mês anterior. “As vendas no comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos passaram de uma redução de 1,3% para um aumento de 1,2%. O Comércio por grosso (inclui e Comércio a retalho, aceleraram 3,6 p.p. e 0,9 p.p. para variações de 4,6% e 3,8%, respetivamente”, acrescenta o INE.

Já os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas apresentaram variações homólogas de 0,9%, 6,4% e -0,4% em agosto (1,4%, 7,5% e 1,5% no mês precedente), respetivamente, acrescenta o instituto.

 

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