Veolia, a Enagás e a Câmara Municipal de Barcelona inauguram uma rede que introduz o frio residual do GNL como fonte de energia sustentável

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  • 25 Novembro 2024

A solução evitará a emissão de 32.000 toneladas de CO2 por ano.

A Veolia, a Enagás e a Câmara Municipal de Barcelona (BSM e Tersa) inauguraram esta segunda-feira uma solução pioneira de recuperação de frio residual instalada no terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Enagás no Porto de Barcelona, o décimo maior porto da Europa.

Trata-se de um projeto pioneiro de eficiência energética, desenvolvido pela Veolia e pela Enagás nas suas respetivas áreas de atividade, que permite a produção e distribuição de frio como fonte de energia sustentável para uso industrial, terciário e residencial. Esta inovação tecnológica, que já está operacional, gera 131 gigawatts por hora (GWh) de energia local sustentável, baixa em carbono e competitiva por ano, equivalente ao consumo anual de uma cidade como Reus (Tarragona), com mais de 100.000 habitantes.

No processo tradicional de regaseificação, o gás natural liquefeito (GNL) chega ao terminal por navio em estado líquido a -160ºC, e utiliza a água do mar para o transformar em gás natural à temperatura ambiente. Graças a esta nova solução de regaseificação e transporte, este frio residual é recuperado e utilizado a uma temperatura de -20ºC; é depois distribuído para fornecer energia com baixo teor de carbono ao sul de Barcelona e a uma parte de L’Hospitalet de Llobregat.

A Fira de Barcelona, os escritórios da Generalitat de Catalunya, os centros industriais e outros edifícios terciários (escritórios, hotéis, centros comerciais) e instalações públicas, bem como os clientes residenciais, beneficiarão desta rede de arrefecimento urbano, a maior do sul da Europa.

Os CEOs da Veolia e da Enagás, Estelle Brachlianoff e Arturo Gonzalo, respetivamente, aproveitaram a ocasião para assinar um acordo para desenvolver oportunidades de negócio conjuntas e replicar a solução de recuperação, distribuição e comercialização de frio noutros terminais de GNL, tanto em Espanha como a nível internacional.

Durante o evento, a Veolia assinou também um acordo de intenções para a utilização desta solução com a Mercabarna, o mercado grossista alimentar de Barcelona e um dos principais da Europa, com mais de 600 empresas especializadas na distribuição, preparação, importação e exportação de produtos frescos e congelados.

COMPROMISSO ESTRATÉGICO

Coincidindo com esta apresentação, a Veolia revelou as suas ambições para apoiar a transformação verde em Espanha. Líder em eficiência energética no nosso país, o objetivo da empresa é apoiar a eletrificação do mercado até 2030 através de uma plataforma energética sólida. Espera-se que oito aquisições de projetos energéticos sejam concluídas até ao final do ano, incluindo Geoter, Groen, Electrimega, Frimarte e Cactus, com um investimento total de 50 milhões de euros.

Segundo a Veolia, “Espanha é uma zona chave na Europa”, tendo investido mais de 360 milhões de euros entre 2022 e 2023, o que se traduziu num volume de negócios de 2,6 mil milhões de euros no último exercício nas suas três áreas de atividade: água, energia e resíduos. Destes investimentos, a Veolia alocou mais de 270 milhões de euros em adaptação, tanto em concessões de água, a implementação de soluções inovadoras para reutilizar águas residuais ou para garantir água de qualidade livre de poluentes, bem como em planos relacionados com a seca.

A este respeito, a CEO da Veolia, Estelle Brachlianoff, afirmou que devido ao “recrudescimento e força dos sucessivos episódios climáticos no país, e enquanto 70% dos cidadãos espanhóis se sentem vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas, é mais necessário do que nunca agir rapidamente”.

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Fundação Cofares inaugura o Natal com o seu tradicional Concerto de Beneficência

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  • 25 Novembro 2024

O evento contou com a presença de parceiros e colaboradores da Cofares, bem como de representantes do setor farmacêutico e da saúde e de personalidades de outras áreas da sociedade.

O Teatro Real de Madrid acolheu mais uma vez o Concerto de Natal Solidário da Fundação Cofares, que já vai na sua 29.ª edição.

Eduardo Pastor, Presidente da Cofares e da sua Fundação, aproveitou a oportunidade para se dirigir a todos os parceiros da Cofares e destacar o seu trabalho diário. “O empenho e a dedicação constante dos nossos parceiros são a força motriz da nossa missão de melhorar a qualidade de vida de tantas pessoas. Esta noite é, sem dúvida, uma merecida homenagem à sua excelência e vocação, que contribuem com um valor incalculável para a sociedade”, afirmou.

Durante o concerto, Eduardo Pastor entregou o 24.º Prémio Fundação Cofares, um galardão que reconhece o trabalho social de indivíduos, entidades ou organizações em prol de doentes e comunidades que necessitam de cuidados de saúde ou sociais. Nesta edição, foram premiadas duas fundações: por um lado, foi reconhecido o trabalho da Associação Espanhola de Investigação da Glomerulosclerose Focal e Segmentar (AEGEFYS) pelo seu trabalho de investigação sobre esta doença e, por outro, a Fundação Querer, pelo seu projeto de Estimulação Magnética Transcraniana para melhorar as capacidades cognitivas de crianças com doenças neurológicas.

Mª Paz Martínez de Carvajal, membro da direção da AEGEFYS e doente do GEFS, agradeceu o prémio e afirmou que este é “um incentivo para continuar a trabalhar no nosso objetivo de sensibilizar para esta doença e para os seus sintomas, bem como para o desafio que representa para os doentes e as suas famílias. Ajudará também a fomentar a colaboração entre investigadores, médicos e a indústria farmacêutica, para a compreender melhor e encontrar tratamentos que curem ou, pelo menos, melhorem a qualidade de vida das pessoas que dela sofrem.

Antonio Camuñas, vice-presidente da Fundação Querer, indicou que “receber este reconhecimento destaca a colaboração interdisciplinar de uma equipa extraordinária liderada pelo Dr. Álvaro Pascual-Leone, Dr. Tormos e Dr. Moreno, juntamente com o empenho incansável da equipa docente e científica do Cole de Celia y Pepe. Graças a este apoio, podemos continuar a avançar na nossa missão de melhorar a qualidade de vida das crianças com doenças do neurodesenvolvimento através da ciência, da educação e da inovação”.

As actuações da Orquestra Dèlica Chambre e da Orquesta Clásica Santa Cecilia, dirigidas por Juan Pablo Valencia e com a violinista Esther Abramic como solista, deram o toque musical ao XXIX Concerto de Natal Solidário da Fundação Cofares. A gala serviu também para angariar fundos para o programa “SANAMOS”, num evento que combinou música e solidariedade.

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L’Abarset abre as suas portas este sábado com um cartaz completo e uma nova oferta gastronómica

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  • 25 Novembro 2024

A temporada abre com um cartaz definitivo de novembro a março, com o Brunch Electronik e o Bresh mais uma vez no centro das atenções.

No dia 30 de novembro, o Abarset, referência do après-ski em Andorra e nos Pirinéus, dá início à sua nova temporada 2024-2025. Com a fusão de lazer, música, gastronomia, arquitetura e paisagem, apresenta um inverno rodeado de experiências, com os melhores DJs do momento e uma renovação do menu gastronómico.

A oferta para os amantes da house e da música eletrónica este ano será liderada por Davide Squillace, o DJ de renome internacional presente no lineup do Circoloco DC10 Ibiza, que aterra no Abarset pela primeira vez num evento gratuito, para dar as boas-vindas a uma temporada que irá ao ritmo de Brunch Electronik e Bresh em várias datas, para todos aqueles que querem dar continuidade ao dia de esqui com as melhores festas. A proposta mistura sessões ao vivo de DJ residentes de domingo a quinta-feira, e de outros artistas de renome mundial aos fins-de-semana.

O fim de semana prolongado de dezembro marca o início das principais datas a ter em conta nesta estação. No fim de semana de 6 de dezembro, Maceo Plex abre o primeiro festival Brunch Electronik no melhor après-ski do momento. E ao som da fusão da música eletrónica e do flamenco tradicional, MËSTIZA fará bater l’Abarset no dia seguinte, 7 de dezembro, para encerrar um fim de semana de experiências musicais, cujos protagonistas fazem a sua estreia neste universo coberto de neve. No final deste mês, cheio de estreias, Bresh, “a festa mais bonita do mundo”, regressa a l’Abarset com a sua primeira aparição a 27 de dezembro.

Para começar o ano, a 3 de janeiro, Âme aterra no Elecrtonik Brunch no l’Abarset para dar as boas-vindas a 2025. E pouco depois, no dia 11, a emergente DJ Lola Bozzano surpreenderá com um set híbrido onde a música ao vivo também terá o seu lugar, onde cantará, tocará piano e será DJ. O mês de janeiro encerra com a presença do conceituado DJ Dennis Cruz, no dia 25, que já passou por cá anteriormente, mas que regressa para fazer dançar ao ritmo do techno com influências de funk, dub e música latina. Outro incomparável Bresh, no dia 31, também se despede deste primeiro mês cheio de surpresas.

Fevereiro começa em grande com o NOW HERE de Paco Osuna no dia 1, seguido de Andrea Oliva no próximo fim de semana, dia 8. E continua com a mesma intensidade até ao fim, com a interessante combinação de Edu Imbernon e Los Suruba num evento único a 22 de fevereiro.

março não pára e a música de Bresh continua a ser a banda sonora do pico do après ski nos Pirinéus, com uma última sessão no dia 7. Tal como a música inovadora de Mason Collective, a 8 de março. Estes e todos os bilhetes podem ser encontrados no canal de vendas oficial: ‘www.abarset.com/agenda’.

Além disso, desde a última temporada, l’Abarset foi mais longe e oferece um formato de clube com a sua “After Party” em certos sábados, com música até às 2 da manhã e lugares limitados no interior do recinto, para aqueles que não se cansam.

GASTRONOMIA

Nesta nova temporada, l’Abarset consolida a sua oferta gastronómica. Da hora do vermute, já tradicional, aos almoços e jantares que se tornam “uma viagem sensorial”, o restaurante l’Abarset é o local onde a tradição e a modernidade se fundem, numa abordagem versátil e conceptualizada, baseada em produtos sazonais.

Este ano, a ementa foi reinventada e alterada quase na totalidade, mantendo apenas alguns dos pratos mais emblemáticos dos anos anteriores. Com uma proposta lúdica e de elevada qualidade, a nova ementa pretende conquistar todos os paladares com uma aposta na amplitude e diversidade de produtos. Sob alguns dos conceitos mais atrativos e selecionados, como “Dits Atrevits”, “Forquilla Tradicional” ou “Fregits de Mar” – entre muitos outros – esconde-se uma seleção de pratos para todos os gostos, desde um brioche de dois salmões e creme azedo para aqueles que gostam de dar uma pequena dentada, até um fondue de queijo cremoso para aqueles que preferem envolver-se da forma mais tradicional.

Além disso, pelo segundo ano consecutivo, o foodtruck Goiko estará de volta às pistas, com o seu hambúrguer gourmet sobre rodas para garantir uma experiência informal mas de qualidade aos participantes do Après-ski.

VIP

A experiência gastronómica atinge o seu auge nas jornadas culinárias do Snowclub Gourmet, lideradas por chefs de renome internacional, como o chef José Sánchez, que vem a Andorra para satisfazer os paladares mais requintados com os melhores mariscos; ou Ugo Chan, o restaurante Michelin de Hugo Muñoz com alma japonesa.

A exclusividade também está presente na festa, nomeadamente na zona VIP para quem quiser desfrutar de uma experiência num local privilegiado a poucos metros da cabine do DJ. Além disso, acompanhada por uma excelente proposta gastronómica, simultaneamente premium e informal devido ao seu formato “fIngerfood”, com sugestões especiais como um sortido de ostras oferecido pela linha Raw Bar Luxury, ou “deluxe bites” com Baos grelhados.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 25 de novembro

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 25 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Emilio Sánchez Vicario elogia a grandeza, a humildade e a dedicação de Rafa Nadal

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  • 25 Novembro 2024

Um “super-herói” que se mostrou ao mundo através do ténis, marcando uma era e deixando um legado que nem os jogadores mais experientes tinham conseguido alcançar, afirma Emilio Sánchez.

Num artigo publicado no seu blogue, Sánchez Vicario revê em pormenor a carreira do tenista de Manacor, na altura da sua reforma, e os momentos partilhados com ele, centrando-se na grandeza que o tornou único ou quase “extraterrestre”, ao quebrar barreiras no mundo do ténis.

Recorda que, sob a orientação do seu tio Toni, que o treinou no ténis, trabalhou também um pilar fundamental, a mente: “Concentrou-se principalmente em criar um guerreiro que pudesse crescer quando a adversidade era maior; conseguiu trabalhar a mente para que as emoções não se transformassem em frustração, para conseguir simplicidade nos padrões táticos e para que o seu físico e mente se tornassem privilegiados, repetindo e repetindo até criar hábitos de comportamento”, escreve Sánchez Vicario.

O também fundador da Academia Emilio Sánchez recorda o momento em que assumiu as rédeas da equipa espanhola da Taça Davis. “Compreendi o outro Rafa quando conheci a sua mãe, que era a peça que completava o puzzle. A mãe trouxe humildade, proximidade, gentileza, era o oposto da personalidade do pai, e a combinação resultante é o Rafa”.

Neste sentido, Sánchez Vicario recorda que Rafa é também a soma de todos, dos seus pais, do seu fisioterapeuta Maymó, do seu médico Ruiz-Cotorro, do seu empresário Costa e do seu tio Toni.

A FORMAÇÃO, UMA EXPERIÊNCIA

No artigo, Sánchez Vicario sublinha também que treinar com Rafa Nadal é quase como jogar uma final. “Rafa tem sido o exemplo de como treinar com a máxima intensidade, não há uma jogada em que não se concentre ao máximo, a sua concentração e esforço são tais que raramente o vemos a não escolher bem o seu repertório. Ele começa a 100% em cada pancada, em cada ponto, em cada jogo, em cada set, em todo o jogo”.

Para o tenista espanhol, a grandeza de Rafa Nadal é difícil de resumir, é como um estado excecional de desempenho e superioridade em todos os momentos da batalha, encontrando a forma de ser melhor do que os outros nos momentos-chave dos jogos.

Sánchez Vicario, que se declara fã de Rafa, explica que o é devido à sua própria grandeza. “Os seus 4 C’s: condição, cabeça, coração e coragem”, acrescenta. “A partir de agora, mesmo que já não jogue, ficará o seu legado, a sua maneira de ser, a sua filosofia e os seus superpoderes, que podem ser ensinados. Ele tem diante de si um novo desafio na sua vida, ele vai certamente encontrar maneiras de continuar a fazer a diferença”.

Emilio Sánchez Vicario termina o seu artigo com um agradecimento a Nadal, por lhe ter permitido aprender e inspirar-nos a todos. “Hoje não é um dia de despedida, porque ao ver-te a torcer na Taça Davis nestes dias, sei que ainda estarás por perto e que poderás levar esta grandeza a tantas outras coisas que fazes.

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“Um terço de toda a comida produzida no mundo é desperdiçada”

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  • 25 Novembro 2024

Luís Almeida Capão, diretor de ambiente e sustentabilidade na Câmara Municipal de Cascais, aponta alteração de comportamentos como caminho. Desperdício alimentar custa 940 mil milhões por ano.

Quando o tema são as alterações climáticas, a poluição ou o desperdício alimentar, os dados tendem a ser pouco animadores. E não é para menos: todos os anos, são deitadas ao lixo mais de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos, com um custo económico associado de 940 mil milhões de dólares por ano. “Há comida suficiente no mundo para alimentar toda a gente. Reduzir o desperdício é a forma mais efetiva de cada indivíduo contribuir”, sublinhou Luís Almeida Capão, diretor de ambiente e sustentabilidade na Câmara Municipal de Cascais, durante a conferência da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, que decorreu quinta-feira em Cascais.

Luís Almeida Capão, Diretor Municipal de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Cascais

A iniciativa, organizada pela Cascais Ambiente com o ECO como media partner, contou com a participação de especialistas e representantes de diferentes setores de atividade, bem como com uma intervenção de Carlos Carreiras. “Acima de tudo, o que estamos todos a discutir é uma alteração comportamental e coletiva. Isso não é fácil de fazer, isso demora o seu tempo”, avisou o presidente da Câmara Municipal de Cascais. Para o autarca, cujo mandato tem sido marcado por uma forte aposta na sustentabilidade do município, é preciso envolver a comunidade em torno deste assunto e mostrar que as consequências da inação afetam todos, incluindo aqueles que nos são mais próximos.

A grande alteração comportamental é que já começa a afetar as fotografias que temos no móvel da sala. São pessoas reais e aí já há uma relação pessoal”, aponta, identificando esta como uma estratégia que deve ser seguida para mobilizar a população.

Apesar das naturais dificuldades na mudança de comportamentos, quem vive, trabalha e estuda em Cascais tem vindo a aderir às iniciativas de sustentabilidade promovidas pela autarquia. Luís Almeida Capão revelou que, atualmente, cada família produz 23 quilos de resíduos semanalmente, mas este número pode ser drasticamente reduzido. “Sabemos que, se toda a população de cascais realizasse a separação correta de materiais recicláveis e dos biorresíduos, o desperdício destinado a aterros poderia ser reduzido em 83%”, assegurou o responsável. Isto significaria passar de 23 quilos por semana para cerca de quatro quilos.

"Temos de passar a usar a matéria-prima uma, duas, três, quatro vezes. É toda uma alteração de filosofia na utilização de recursos que é preciso mudar”

Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente

Emídio Sousa, secretário de Estado do Ambiente, reconhece que “temos um desafio tremendo em Portugal”. “Temos todo o setor dos resíduos numa situação difícil porque vamos ter o esgotamento dos nossos aterros em 2027 e temos toda uma necessidade de encontrar novas soluções”, avisou, lembrando que que é preciso apostar mais na prevenção de resíduos. “Temos de passar a usar a matéria-prima uma, duas, três, quatro vezes. É toda uma alteração de filosofia na utilização de recursos que é preciso mudar”, sugeriu ainda.

Desperdiçar menos, dia após dia

No âmbito da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos, Francesco Lembo, secretário-geral a ACR+ – Associação de Cidades e Regiões, explicou que a instituição que representa tem procurado “apoiar a transição para a economia circular e a gestão sustentável na Europa há cerca de 30 anos”. Para Lembo, é crucial implementar “políticas de redução e de consumo” e “quebrar silos” para potenciar a colaboração e, com isso, encontrar novas soluções. Na última edição da iniciativa, em 2023, a associação conseguiu realizar mais de 14 mil ações em 29 países europeus.

O tema do desperdício alimentar foi debatido por um painel de especialistas que juntou Hunter Halder (Refood), Guilherme Gonçalves (MC Sonae Continente), Eduardo Diniz (Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar) e Fernanda Santos (DECO). Os participantes são unânimes a identificar a sensibilização como uma das medidas em que é preciso insistir mais. “Em termos de educação, há muito interesse por parte das escolas, nomeadamente por via da cidadania. Contudo, acabam sempre por faltar recursos para poder fazer um trabalho maior e com maior envolvimento com a escola”, lamenta a coordenadora do departamento de formação e educação da DECO.

Painel: Desperdício Alimentar (grande tema EWWR 2024)

Se com as crianças é facil falar de sustentabilidade e instá-las a alterar comportamentos, “com os adultos há mais dificuldade”. “Tem de haver fortes campanhas informativas sobre serem os consumidores, nas suas próprias casas, responsáveis por mais de 50% dos resíduos”, avisa.

O fundador do projeto Refood – que recolhe excedentes alimentares em restaurantes e outros estabelecimentos semelhantes para depois entregar a quem precisa – diz, porém, que “há uma evolução considerável nas pessoas e nas empresas” desde o início da iniciativa. Existe, porém, espaço para melhorar: desde logo no alcance da entidade, que está apenas em 62 freguesias nacionais, e também num sistema que “desincentive deitar fora comida e incentive a doação”.

Na distribuição, também se verificou uma evolução. Guilherme Gonçalves, gestor de projetos de I&D e Inovação da Sonae MC Continente, lembra as já conhecidas “etiquetas cor-de-rosa” que identificam produtos perto do final da validade e os vendem com desconto. “A Sonae foi das primeiras empresas no mundo a usar estas etiquetas. No ano passado, doámos o equivalente a 30 milhões de euros em produtos a entidades como a Refood”, destacou ainda.

O peixe e a carne são produtos mais difíceis de doar porque têm responsabilidade associada”, assinalou Eduardo Diniz. O responsável pela Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar recordou que o país está obrigado, no seio da União Europeia (UE), a reduzir o desperdício alimentar e que é preciso investir para conseguir fazê-lo. “O nosso melhor sucesso é acabarmos com os nossos cargos”, apontou.

Quanta comida deitou fora hoje?

A resposta à pergunta surpreenderia pela realidade dos números, que indica que “Portugal é, neste momento, o terceiro país da UE em que se regista maior desperdício alimentar”. Sara Correia, engenheira ambiental da Associação Zero, diz que cada português deita fora, anualmente, cerca de 184 quilos de comida, um valor acima da média europeia (132 quilos/habitante/ano). “Enquanto uns desperdiçam muito, outros não têm a possibilidade de ter duas refeições diárias”, critica. As metas da UE são claras: reduzir 55% até 2025, 60% até 2030 e 65% até 2035.

A Zero juntou-se à iniciativa internacional Zero Waste, que tem como objetivo a promoção da economia circular e “conservar e recuperar os recursos” sempre que possível. A associação está a apoiar tecnicamente as cidades que queiram aderir e ostentar o selo Lixo Zero, ficando obrigadas ao cumprimento de objetivos para 2030. “Há um processo de pré-certificação que demora três anos”, explicou.

Prevenir é palavra de ordem

A prevenção de resíduos é uma das preocupações centrais da Smart Waste Portugal, representada no evento pela sua diretora-executiva, Luísa Magalhães. “Do lado da indústria, sentimos que temas como o eco design estão na ordem do dia. A questão do passaporte de produtos e materiais é uma questão que também preocupa”, assinalou durante o painel dedicado a este tema. Participaram ainda Luís Almeida Capão, Nuno Soares (Tratolixo) e Pedro Nazareth (Electrão).

Passámos a recolher unidades [de equipamentos elétricos e eletrónicos] na casa do cidadão, identificando o seu estado de operação, o que nos permite fazer inspeção e verificação. Alguns desses equipamentos estão a ser utilizados”, assegura Nazareth. Só este ano, a empresa já contabilizou 500 toneladas de equipamentos que passaram pelo seu centro de reutilização. A par deste novo projeto, surgiu recentemente o ondedoar.pt, uma plataforma que faz “encontrar a oferta e a procura para bens doados”, fazendo com que cheguem a instituições de solidariedade social.

Painel: A Prevenção na Cadeia de Valor dos Resíduos

Ainda no digital, a Smart Waste Portugal tem um marketplace online para resíduos e subprodutos, a MyWaste, mas a tarefa não tem sido fácil “por causa das barreiras culturais”. Já a Vidro+ é uma ferramenta que tem como objetivo promover a circularidade das embalagens de vidro em Portugal, uma área em que o país compara mal com a Europa. “O vidro tem um problema enorme, porque a nível de recolha e reciclagem está muito abaixo da média europeia”, afirma Luísa Magalhães.

A Tratolixo – que tem operações de recolha seletiva em Cascais, Oeiras, Mafra e Sintra – iniciou um projeto com os quatro municípios onde tem presença para a recolha seletiva de biorresíduos, que passou a ser obrigatória desde o início do ano. “Os biorresíduos são 55% daquilo que recolhemos”, aponta Nuno Soares, que explica que esta iniciativa permite poupar dinheiro aos cofres públicos e emissões de CO2 para o planeta. “As poupanças para os quatro municípios são na ordem dos cinco milhões de euros por ano”, aponta, o que se traduz em menos 300 mil metros cúbicos de água gasta, menos 850 mil litros de combustível e menos 2,2 milhões de quilos de CO2.

Comunicar pela positiva

Mudar comportamentos implica tempo, mas há fatores que podem contribuir para uma transmissão mais eficaz de mensagens relacionadas com a sustentabilidade, assegura Catarina Barreiros. A fundadora e CEO da Loja do Zero sugere que se “desligue a superioridade moral” quando se fala de assuntos ambientais, mas também que se seja muito transparente e suportado por factos. “Quando somos demasiado otimistas podemos deixar de conferir à pessoa que está a ouvir a importância da ação. Não podemos dizer “o mundo está a arder, mas não faz mal porque temos extintores””, afirma a ativista.

Para Catarina Barreiros, é fundamental que empresas e instituições procurem envolver a comunidade na jornada da sustentabilidade, explicando as medidas que tomam e, sobretudo, as razões que levaram a essa decisão. “Quando somos radicalmente transparentes, damos às pessoas uma oportunidade de compreenderem o nosso lado”, acredita.

Assista o vídeo na íntegra aqui:

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TÜV SÜD reforça o seu compromisso com a formação e a segurança com um novo centro de formação em Burgos

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  • 25 Novembro 2024

A TÜV SÜD adquiriu recentemente a empresa CTVA, especializada na área da segurança de máquinas, anunciou a abertura de um centro de formação técnica nas instalações da CTVA em Burgos.

Segundo a empresa, este novo “tecnocentro” oferecerá formação teórica e prática de qualidade a empresas e profissionais no domínio da segurança das máquinas, com modelos reais e formadores altamente experientes. O centro proporcionará uma oferta de formação completa e especializada, perfeita para os profissionais que procuram atualizar os seus conhecimentos ou adquirir novas competências num setor em constante evolução.

Entre os cursos de formação disponíveis encontram-se Segurança e regulamentação aplicável às máquinas, Avaliação de riscos UNE EN 12100, Dispositivos eletrónicos de segurança, Segurança em células robóticas, Segurança em robôs colaborativos, Segurança em AMR e AGV, Segurança funcional ISO 13849, Software de sistema, Verificação e validação de funções de segurança, etc.

Os programas de formação do TÜV SÜD Technocentre são concebidos para se adaptarem às necessidades específicas de cada profissional e baseiam-se nas diretivas e outras normas aplicáveis. A formação pode ser efetuada no local, no centro de Burgos, ou nas instalações das empresas interessadas.

Ricardo Marcos, Diretor de Segurança de Máquinas da TÜV SÜD, explicou que “este novo centro de formação em Burgos representa um passo importante no nosso compromisso com a segurança e o desenvolvimento de competências no setor. Na TÜV SÜD, acreditamos que a formação prática, especialmente em temas tão críticos como a segurança das máquinas e a prevenção de riscos, é essencial para garantir ambientes de trabalho seguros e para cumprir os mais elevados padrões de qualidade”.

Com esta nova abertura, a empresa afirmou que a TÜV SÜD e o CTVA “reforçam” o seu compromisso com a segurança e a formação de profissionais em toda a Espanha, “reafirmando a sua missão de proporcionar formação de alta qualidade para promover ambientes de trabalho seguros e eficientes”.

 

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Mais um imóvel para a Ordem dos Advogados: 2,5 milhões para instalações no Porto

Para além do imóvel para instalações do Conselho Geral no valor de 3,4 milhões, o orçamento da Ordem prevê ainda um investimento de 2,5 milhões para a nova sede do Conselho Regional do Porto.

A bastonária da Ordem dos Advogados (OA), Fernanda de Almeida Pinheiro, revelou que em 2025 a OA vai investir 2,5 milhões de euros para as novas instalações do Conselho Regional do Porto. O anúncio foi feito na última assembleia geral extraordinária, realizada na passada segunda-feira.

Este investimento está previsto no Plano de Atividades e Orçamento para 2025 (página 15). Questionada pelo ECO, a bastonária remeteu explicações para o Conselho Regional do Porto.

A este investimento junta-se o do imóvel para novas instalações do Conselho Geral da OA, liderado pela bastonária, e que “deverá ser financiado na sua totalidade por saldos próprios do Conselho Geral, ao contrário do que foi apresentado no orçamento anterior, em que parcialmente se recorria a financiamento bancário”. O edifício situa-se na Av. Gago Coutinho, em Lisboa e custará aos cofres dos advogados cerca de 3,4 milhões de euros.

“Por uma questão de prudência, visto não existir data de concretização de aquisição de instalações complementares, mantém-se igualmente neste orçamento a necessidade de aquisição de um imóvel que satisfaça as prementes necessidades da Ordem dos Advogados”, pode ler-se no documento. Esta referência está incluída no capítulo das “despesas de investimento” que incluem a “aquisição de hardware, equipamento eletrónico, software, outro tipo de equipamento ou obras de benfeitoria ou construção” (ver quadro abaixo).

“Estas despesas decorrem da necessidade de melhorar o cumprimento pela Ordem dos Advogados das suas obrigações legais, nomeadamente, no que respeita à qualidade da informação prestada ao Estado, nas diversas vertentes em que a mesma é efetuada, bem como melhorar qualidade dos serviços que a Ordem dos Advogados presta aos seus associados, através da substituição de soluções informáticas que estão na base do funcionamento dos serviços ou que constituem a fonte de informação dos Advogados, já obsoletas e incapazes de proporcionar um tratamento da informação com a qualidade, celeridade e rigor que se impõem, por novas aplicações, desenvolvidas à medida das necessidades da Ordem dos Advogados”, explica a OA.

Em janeiro, a bastonária da Ordem dos Advogados (OA) – e o seu Conselho Geral – anunciaram a compra de um edifício na Av. Gago Coutinho, em Lisboa, para acomodar alguns serviços da OA. Para isso, o Orçamento para 2024 estimava que, com esta aquisição, se gastasse 3,4 milhões de euros. Feitas as contas, o valor para esse investimento na aquisição de um novo imóvel seria de 3,1 milhões para a compra em si e 300 mil euros para as obras de adaptação do novo espaço.

Uma despesa não foi bem vista com bons olhos pelo Conselho Fiscal da OA. No parecer desta proposta, o presidente Pedro Madeira de Brito, explicava que “o Conselho Fiscal manifesta alguma preocupação com o facto do saldo orçamental global ser negativo e estar-se a consumir as reservas de tesouraria acumuladas e bem assim, com a assunção de encargos futuros com a contratualização de financiamento bancário, para além de não ter sido efetuada uma demonstração de custo benefício da opção tomada e do seu efeito no médio prazo”. Compete ao CF acompanhar e controlar a gestão financeira da Ordem dos Advogados bem como dar pareceres, fiscalizar e pronunciar-se sobre assuntos a nível orçamental, contabilístico, financeiro e fiscal.

CPAS desmente Ordem dos Advogados

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) anunciou, em comunicado, que o contrato de arrendamento do Prédio “Escadinhas da Barroca” – usado pela Ordem dos Advogados – encontra-se atualmente em vigor e foi renovado no presente mês de novembro. Em causa a intenção da OA de investir 3,4 milhões na aquisição de um novo imóvel para agregar as instalações da instituição. Isto porque, para justificar esta despesa, na proposta do orçamento para 2025, a OA disse que a direção da CPAS “no decorrer do ano de 2023 informou o Conselho Geral da sua intenção de não renovar o contrato de arrendamento do prédio denominado as ‘Escadinhas da Barroca’, o que colocou a Ordem dos Advogados na iminência de ficar despojada dessas instalações num prazo de 60 dias, que é o prazo de não renovação previsto no contrato de arrendamento existente, sendo que o mesmo tem renovação anual. O objetivo do senhorio era, naturalmente, aumentar a renda num valor bem acima do coeficiente legal permitido, ou seja, propôs um aumento de 20% na renda, o que veio a ser concretizado através de correio eletrónico que deu entrada neste Conselho em setembro de 2023″, diz o documento.

Mas a CPAS, em comunicado, vem desmentir perentoriamente esta questão dizendo que “nunca teve a intenção de não renovar o contrato de arrendamento do prédio “Escadinhas da Barroca” arrendado pela Ordem dos Advogados (OA)”. Acrescentando que, “assim, não corresponde à verdade a alegação de que a CPAS terá comunicado ao Conselho Geral da OA a intenção de não renovar este contrato”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

No mesmo dia em que o 25 de novembro é celebrado no parlamento, reúnem-se os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 e Mario Draghi fala em Portugal sobre o futuro desafiante da União Europeia.

O 25 de novembro é celebrado em sessão solene no parlamento e o ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, marca presença em Portugal, num evento da CNN Portugal. O Eurostat divulga dados sobre o comércio da União Europeia (UE) com a Rússia (relativos ao terceiro trimestre deste ano) e os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 reúnem-se para debater os principais temas da política internacional.

Como vai o comércio da UE com a Rússia?

Esta segunda-feira o Eurostat divulga dados sobre o comércio da União Europeia (UE) com a Rússia, relativos ao terceiro trimestre deste ano. O Gabinete de Estatísticas da União Europeia divulga ainda estimativas sobre as despesas com segurança social na UE, em 2023.

Mario Draghi em Portugal

O ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, vai estar presente em Portugal, na CNN Portugal International Summit, para falar sobre “o futuro da União Europeia num contexto político e económico desafiante”. Além de Draghi, marcam ainda presença no evento, que tem como tema “Embrace the Future: Paz e Desenvolvimento Sustentável”, Luís Montenegro (primeiro-ministro), Mário Centeno (governador do Banco de Portugal), João Vale de Almeida (embaixador da União Europeia), Pedro Nuno Santos (secretário-geral do PS), António Lagartixo (CEO Deloitte), ou Tanja Fajon (ministra dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia).

25 de novembro celebrado no Parlamento

O 25 de novembro é celebrado esta segunda-feira em sessão solene no parlamento. Esta é a primeira vez que a data é comemorada no Parlamento após a aprovação de uma deliberação em junho para que a operação militar de 25 de novembro de 1975 passasse a ser assinalada anualmente na Assembleia da República. A iniciativa, proposta pelo CDS, foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, IL e Chega, tendo merecido a oposição das bancadas de esquerda.

Combustíveis voltam a subir esta semana

Os preços dos combustíveis vão voltar a ficar mais caros esta semana. A gasolina deverá ficar um cêntimo mais cara e o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá subir 2,5 cêntimos. Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,606 euros por litro de gasóleo simples e 1,705 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira. É preciso recuar a 22 de abril para encontrar os preços do diesel mais caros.

Ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 reúnem-se

Esta segunda-feira tem início uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). O foco da reunião, que se prolonga até terça-feira, irá centrar-se em diversos temas internacionais, como a guerra do Médio Oriente, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia ou a estabilidade do Indo-Pacífico.

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Microeletrónica de Ílhavo avança nos Estados Unidos sem medo de Trump

Com vendas de 34 milhões e 60 trabalhadores, a PICadvanced abre escritório na Florida para garantir tecnologia “crucial” nos semicondutores e antecipa-se ao protecionismo do novo presidente americano.

Ao começar a sentir na pele o impacto das crescentes tensões geopolíticas na limitação da livre circulação de mercadorias, com incidência na “crucial” área dos semicondutores, a portuguesa PICadvanced decidiu abrir um escritório nos Estados Unidos “para poder continuar a operar de forma livre e conseguir ter acesso a tecnologias de outra forma interditas”, além de aproveitar o crescimento do negócio na maior economia do mundo, avança António Teixeira, sócio e fundador, ao ECO.

Especializada em soluções optoeletrónicas para o mercado das telecomunicações, com tecnologias que prometem maior utilização da largura de banda e ser mais eficientes energeticamente, a empresa de Ílhavo começou por instalar-se em Fort Lauderdale, no sul da Florida. Entretanto, face aos “investimentos fortíssimos” a ser feitos na Florida Central, alargou a presença a essa zona para estar integrada no chamado “photonics corridor” e ter acesso a pessoas e recursos especializados na área da fotónica e dos semicondutores.

Não vejo impedimentos de maior na estratégia que seguimos. Sinto apenas que fomos oportunos, pois já estamos implantados nos EUA e as políticas protecionistas já podem ter muito menos impacto.

António Teixeira

Fundador e CSTO da PICadvanced

Após a eleição de Donald Trump, o empresário diz não temer os impactos da mudança política que se avizinha do outro lado do Atlântico, com o regresso do republicano à Casa Branca. Antes pelo contrário. “Trump tem uma política muito agressiva no sentido do desenvolvimento das empresas e, recentemente, adicionou ainda mais ênfase ao tech. Este é o nosso foco, logo, não vejo impedimentos de maior na estratégia que seguimos, sentindo apenas que fomos oportunos, pois já estamos implantados nos Estados Unidos e as políticas protecionistas já podem ter muito menos impacto”, alega.

Sem quantificar o investimento nesta estrutura — “foi o suficiente para um período de lançamento de dois a três anos que esperamos [que chegue] para que esta empresa se torne autónoma em áreas específicas do ramo da fotónica integrada” —, António Teixeira refere que terá cinco pessoas em três anos. Além de “estabelecer as bases para a expansão”, também serve de “veículo de comunicação e tradução cultural entre a equipa de Portugal e a nova emergente equipa dos EUA”. Com esta aposta pretende “encontrar novas oportunidades de negócio e [aproximar-se] dos atuais clientes”, como é a gigante das telecomunicações Verizon.

Foi há dez anos que este professor catedrático da Universidade de Aveiro se juntou aos então estudantes Ana Tavares (membro do conselho de administração) e Francisco Rodrigues (atual CEO) para fundar esta empresa. Em conjunto, os três ainda detêm mais de 60% do capital. A HFA – Henrique, Fernando & Alves, de Águeda, foi o primeiro sócio institucional e, em 2020, entraram a americana Verizon Ventures e o Banco de Fomento através do fundo 200M, criado pelo governo de António Costa para apoiar operações de investimento de capital e quase capital em PME, em regime de coinvestimento com os privados.

Instalada no PCI – Creative Science Park, em Ílhavo, e beneficiando do ecossistema da incubadora da academia aveirense (IEUA), a PICadvanced faturou cerca de 34 milhões de euros em 2023 (e diz estar a crescer 20% este ano) e exporta diretamente 60% do volume total dos produtos e serviços para a Europa e para os EUA. Emprega cerca de 60 trabalhadores, dos quais 45 exclusivamente ligados à investigação e desenvolvimento (I&D), que produzem soluções optoeletrónicas para redes óticas passivas, isto é, transceivers para a casa do cliente e para o operador. Os clientes são maioritariamente operadores de telecomunicações ou system vendors.

Em paralelo com a entrada nos EUA, onde abriu este ano o primeiro escritório fora de Portugal, e já de olho também no mercado asiático com o objetivo de se afirmar como uma marca global na área da fotónica e microeletrónica, a empresa faz parte dos projetos europeus Flexscale e Proteus, e está envolvida na Agenda de Microeletrónica, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Num consórcio com 17 entidades e liderado pela Amkor Technology, este projeto de investimento vai dotar a empresa de novas máquinas que irão permitir o encapsulamento e montagem avançada de chips fotónicos numa linha de produção automática.

Com ligação próxima a várias universidades portuguesas, com destaque para Aveiro, Porto e Lisboa, a PICadvanced acolhe ainda vários estudantes de mestrado e doutoramento nas áreas de física, ótica, telecomunicações, eletrónica e informática. Neste momento e ainda ao nível do recrutamento, descreve António Teixeira, que antes de fundar esta empresa trabalhou na Altice Labs e em empresas como a Nokia Siemens Networks, está também “em forte crescimento” nas áreas do desenho de eletrónica, testes e programação de baixo e alto nível, incluindo inteligência artificial para automação e controlo dos processos internos.

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Pagamentos invisíveis e biométricos. Oiça o podcast ‘À Prova de Futuro’ com a CEO da SIBS e a country manager da Mastercard

Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS, e Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, falam do futuro dos pagamentos.

A digitalização, o surgimento das mobile wallets, a tecnologia contactless ou as transações instantâneas estão a revolucionar os sistemas de pagamentos a e dar fôlego ao comércio eletrónico.

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Em Portugal, a SIBS tem sido um dos principais protagonistas desta mudança com o desenvolvimento do MB Way. Neste episódio do podcast À Prova de Futuro, conversámos com a presidente executiva, Madalena Cascais Tomé, que fala das novas funcionalidades do MBway e das tendências que vão marcar o futuro dos pagamentos.

“Uma grande tendência é, sem dúvida, aquilo a que chamamos os pagamentos invisíveis, que passaram de ser pagamentos com contacto e com PIN, para pagamentos contacless e agora pagamentos no telemóvel, em mobilidade”, afirma a CEO da SIBS, na entrevista ao podcast do ECO, que tem o apoio do Meo Empresas.

Na rubrica “Gestor sem medo”, conversamos com Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, sobre a evolução da tecnologia dos pagamentos, o impacto para as PME e o ecossistema de fintech em Portugal. “Tivemos mais uma edição da Web Summit que mostrou que Portugal está no radar não só de investidores, mas também de startups e fintechs internacionais, o que significa que isso vai dar mais espaço às fintechs nacionais para crescerem”, considera.

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Pedro Santa Clara: “Acho que somos uma sociedade profundamente anestesiada”

  • ECO
  • 25 Novembro 2024

Pedro Santa Clara, crítico do ensino e da sociedade, "construtor de escolas" e empreendedor social, é o sétimo convidado do podcast "E Se Corre Bem?".

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Formado em Economia e doutorado em Finanças, Pedro Santa Clara descreve o percurso inicial da sua vida como um “primeiro ato” dedicado à escrita de artigos científicos e ao ensino no MBA. No entanto, foi no regresso a Portugal que iniciou o “segundo ato” da sua vida, marcado pelo empreendedorismo social e pela construção de projetos educativos, como a NOVA SBE, a Escola 42 e a Tumo. “Foi uma sorte tremenda na minha vida ter dois atos. A maior parte das pessoas tem apenas um”, afirma.

Foi sob a sua liderança que surgiu o campus da Nova SBE em Carcavelos, um projeto ambicioso que transformou a escola numa das melhores da Europa, mesmo em tempos de crise económica. Esta transição ilustra o desafio de conciliar a visão académica com a prática empreendedora. A junção destas duas qualidades é o resultado de uma visão estratégica que tem como base a inovação e a esperança, uma qualidade que, na sua opinião, Portugal está a perder.

"Portugal é de tal maneira arreigado que eu acho que as pessoas são capazes de andar na rua e quase que nem veem as pessoas que não são do seu meio”

Pedro Santa Clara, professor e empreendedor

Apesar de se considerar um otimista, Pedro Santa Clara refere-se a Portugal como um país marcado por uma sociedade estratificada, com pouca mobilidade social e com um sistema de ensino segregado. “Portugal é de tal maneira arreigado que eu acho que as pessoas são capazes de andar na rua e quase que nem veem as pessoas que não são do seu meio”, explica.

O empreendedor refere que na Tumo existe uma preocupação muito grande em misturar alunos de todas as diferentes proveniências sociais na mesma experiência. Pedro Santa Clara considera que a chave para a mobilidade social passa por “misturar um aluno que veio de uma família em que toda a gente foi à Universidade com outro aluno em que ninguém da sua família teve essa oportunidade”.

Apesar dos desafios, este líder mantém uma visão otimista e orientada para a ação. Reconhece as dificuldades do sistema, mas acredita no poder da iniciativa individual e coletiva para promover a mudança. “Não temos que estar só à espera do Estado ou irritados porque o Estado não faz”, afirma, sublinhando a importância de construir projetos com impacto e devolver à sociedade aquilo que ela lhe proporcionou.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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