Ministra da Juventude e Modernização participa na cimeira de IA de Paris

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Cerca de uma centena de países deverão participar na cimeira mundial de inteligência artificial de Paris, que decorre entre segunda e terça-feira, com os EUA serem representados pelo vice-presidente.

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, vai participar na cimeira de inteligência artificial (IA) de Paris, confirmou esta sexta-feira à Lusa fonte oficial do ministério.

Cerca de uma centena de países deverão participar na cimeira mundial de inteligência artificial de Paris, que decorre entre segunda e terça-feira, com os Estados Unidos a serem representados pelo vice-presidente J.D. Vance. A cimeira será uma oportunidade de compromisso conjunto para desenvolver a ciência, soluções e padrões que garantam que a tecnologia serve o fundamental interesse público, de acordo com um comunicado da presidência francesa.

A IA tem um “potencial incrível e pode resolver muitos problemas muito complexos, procurando novas terapias, prevendo perigos climáticos e descobrindo novas correlações científicas através da análise de grandes conjuntos de dados”, segundo a iniciativa francesa. A cimeira deverá também “permitir progressos para abrir o acesso à inteligência artificial independente, segura e fiável a muitos, para que todos, independentemente da sua origem e conhecimento da tecnologia, a possam adotar e beneficiar dela”, lê-se no comunicado.

Com o objetivo de “reduzir a crescente exclusão digital no contexto da concentração excessiva no mercado de inteligência artificial, nas mãos de alguns atores privados, esta cimeira procurará também demonstrar os benefícios tangíveis e quotidianos que pode trazer para todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com base em projetos já trabalhados por empresas privadas e governos em todo o mundo”.

E deverá também promover “uma iniciativa de grande escala para a inteligência artificial de interesse público, para criar um ecossistema mais diversificado, aberto e acessível para todos”. Pretende-se também desenvolver sistemas de IA mais económicos e ecológicos para fazer face à transição climática e energética.

“Embora a inteligência artificial possa ajudar a combater o aquecimento global e a proteger os ecossistemas, encontra-se atualmente numa trajetória insustentável no que diz respeito à utilização de energia, especialmente em termos de consumo de energia fóssil”, refere o comunicado.

“As últimas previsões sugerem que as necessidades energéticas do setor da inteligência artificial serão dez vezes superiores em 2026 do que em 2023”, o que é insustentável.

Em resposta, a cimeira deve permitir que todos os tipos stakeholders [partes interessadas], de todos os países, se comprometam” com uma IA mais sustentável, o que significa “compromissos de utilização de energia com baixo carbono, investigação aprofundada sobre o impacto ambiental do desenvolvimento da IA e maior investimento verde, entre outros.

Além disso, esta cúpula de IA deve “garantir que a governação global da inteligência artificial é eficaz e inclusiva”. Todos os líderes internacionais devem poder discutir todas as preocupações suscitadas pela IA: “Não apenas questões essenciais de ética e segurança, mas também as de proteção das liberdades fundamentais, de combate à desinformação, de salvaguarda da propriedade intelectual, de combate à concentração de mercado e de garantia de acesso aos dados”, refere o comunicado.

Em setembro, as Nações Unidas esboçaram uma visão para esta governação global da IA num Pacto Digital Global. “Queremos agora ajudar a implementar as suas recomendações”, salienta França.

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Mondlane promete fundar novo partido político em Moçambique este ano

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

"Este ano vamos apresentar o nosso próprio partido. Já chega de dar boleias a 'penduras'", declarou o político moçambicano, após divergências com o partido Podemos.

O ex-candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane anunciou esta sexta-feira que vai criar o seu próprio partido, após o anúncio do fim da relação com o Podemos, com o qual teve um “acordo político” para as eleições de outubro passado.

“Este ano vamos ter o nosso próprio partido”, declarou Mondlane, sem avançar mais detalhes, falando em cima da cabine de uma viatura, perante milhares de pessoas, no centro de Chibuto, na província de Gaza, sul de Moçambique.

Em causa estão divergências entre Mondlane e a direção do partido Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), uma força política que viu a sua popularidade aumentar desde o anúncio, a 21 de agosto de 2024, do apoio à candidatura do político nas presidenciais de 9 de outubro.

“Este ano vamos apresentar o nosso próprio partido. Já chega de dar boleias a ‘penduras'”, declarou o político moçambicano, aplaudido por milhares de simpatizantes que o acompanharam pelas ruas de um dos principais distritos de uma província considerada o “bastião” do partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

O “acordo político” entre Mondlane e o Podemos aconteceu pouco tempo depois de o político ter tido a sua Coligação Aliança Democrática (CAD) rejeitada pelo Conselho Constitucional por “irregularidades”.

Nas eleições de 9 de outubro, o Podemos, que nunca teve um deputado no parlamento desde a sua criação (2019), tornou-se o maior partido da oposição em Moçambique, tirando um estatuto que era da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), desde as primeiras eleições multipartidárias, em 1994.

No novo parlamento, dos 250 assentos, o Podemos tem 43, a Renamo 28 e o MDM oito, tendo a Frelimo, no poder desde a independência, a maioria parlamentar, com 171 deputados. Na terça-feira, o assessor de Mondlane, que já passou pelos três principais partidos políticos em Moçambique, anunciou o fim da relação com o Podemos, acusando aquela formação política de “vender a luta do povo”.

“Como, para nós, nem tudo na vida é dinheiro e posições, em respeito à dor de milhares de moçambicanos que pagaram com seu sangue, membros mutilados, sequestros, execuções sumárias e extrajudiciais ou ainda privação de liberdade, renunciamos [a] todos os direitos e prerrogativas a favor do partido Podemos”, lê-se num documento do autointitulado “Gabinete do Presidente Eleito pelo Povo”, assinado por Dinis Tivane, assessor de Mondlane.

No documento, o Podemos é acusado de adulterar o acordo político que existia entre as duas partes e critica-se o facto de o partido integrar a mesa de diálogo para o fim da crise pós-eleitoral que está a ser promovida pelo Presidente da República, Daniel Chapo, sem apresentar ao público “uma agenda concreta ou propor termos de referência”.

O porta-voz do Governo e ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, apelou esta sexta-feira, durante uma conferência de imprensa em Maputo, a que Mondlane seja parte do processo de pacificação do país, mas salientou que não se pode esperar que o político “seja convocado [ao diálogo] como se fosse um representante de um partido”, acrescentando: “O que sabemos é que ele não é de nenhum partido”.

Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas, primeiro, por Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frelimo.

Atualmente, os protestos, em pequena escala, têm ocorrido em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e outros problemas sociais. Desde outubro, pelo menos 327 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e cerca de 750 foram baleadas durante os protestos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais.

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Croqueteria apresenta rebranding pela mão da Judas

  • + M
  • 7 Fevereiro 2025

A par do rebranding, a Croqueteria lançou também um novo website e abriu uma nova loja em Alvalade.

A agência Judas foi a responsável pelo rebranding da Croqueteria, que apresentou uma nova identidade de marca e assinatura “o resto é conversa”. Já presente com um espaço no Time Out Market, a marca abre agora também uma nova loja em Alvalade, em Lisboa.

“A Judas sendo Judas, claro que entregou um resultado incrível. Uma marca mais rica e mais atual, representada por um novo logótipo que celebra a nossa relação de longa data com a mostarda, e assinada pelo conceito ‘O resto é conversa’ que celebra a nossa qualidade incomparável e também o que os clientes sempre esperam da Croqueteria: uma boa desculpa para pôr a conversa em dia, ao sabor de um croquete e de uma imperial”, diz Zé Catalão, consultor criativo e estratégico da Croqueteria, citado em comunicado.

Um dos principais motivos que levou a este rebranding, segundo o responsável, passou por “fazer crescer a Croqueteria de forma coerente“, uma vez que a marca gostava de espalhar a sua “nova forma de estar” e o conceito de loja de Alvalade “por mais bairros e locais clássicos pelo país fora”.

A par do rebranding, a Croqueteria lançou também um novo website dedicado às encomendas de croquetes congelados, com entrega em Lisboa, para complementar a app já existente, refere-se em nota de imprensa.

A estes canais de entrega de congelados, junta-se ainda a opção “pronto a comer” disponível na área reservada Glovo do Time Out Market, que no futuro será alargada à presença própria da marca nestas plataformas.

A nova loja em Alvalade foi “criada de raiz” de acordo com a nova marca e conceito e desenhada para “proporcionar uma experiência mais intimista, bairrista e descontraída” aos clientes”, experiência que também foi transportada para a loja do Time Out Market, através do redesign do espaço de “fio a pavio”.

O projecto de arquitectura e de decoração de ambas as lojas esteve a cargo do atelier Matte Interior Design e as obras a cargo de Manuel Moura. Os espaços contaram ainda com uns toques de iluminação/decoração criados em parceria pela marca Casca Grossa e pelo atelier Mitó Creative Site.

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Von der Leyen pede que UE “gaste melhor e em conjunto” em nova era da Defesa

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

"A Europa precisa de um aumento da defesa. A guerra moderna exige escala, tecnologia e coordenação", disse a presidente da Comissão Europeia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu esta sexta-feira que a União Europeia (UE) está a entrar numa “nova era” em relação à defesa, pedindo aos 27 Estados-membros que “gastem melhor e em conjunto”.

“Este novo ciclo político marca o início de uma nova era na defesa europeia”, disse a líder do executivo comunitário numa conferência de imprensa na cidade polaca de Gdansk, onde o colégio de comissários da Comissão Europeia se encontra desde quinta-feira para a habitual viagem da presidência rotativa do Conselho, desta vez ocupada pela Polónia.

Em declarações junto ao primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e quando a presidência semestral polaca se centra na questão da segurança, Ursula von der Leyen apontou, nestes quase três anos de guerra na Ucrânia na sequência da invasão russa, que a UE acelerou a sua produção militar.

Mas, frisou, “isso não é suficiente”, e exortou os 27 a “fazerem mais, mais do que nunca, gastar mais, gastar melhor e gastar em conjunto” em defesa. “Porque a Europa precisa de um aumento da defesa. A guerra moderna exige escala, tecnologia e coordenação – demasiado grande para que qualquer um dos nossos Estados-membros a possa gerir sozinho”, sublinhou.

Ursula von der Leyen admitiu serem necessários mais fundos na UE, tanto públicos como privados, bem como “maior cooperação para melhorar a interoperabilidade e reduzir os custos e legislação mais simples como em matéria de contratos públicos e mais inovação”.

A política alemã defendeu o “aumento do financiamento comum”, recordando ainda estar aberta a explorar a possibilidade de “dar mais espaço aos orçamentos nacionais” para este efeito, estudando agora um alívio dos apertados tetos das regras orçamentais comunitárias para despesas com defesa.

Reunidos informalmente na segunda-feira em Bruxelas, os líderes da União Europeia pediram à Comissão Europeia para analisar como aliviar as apertadas regras orçamentais para permitir investimentos em defesa, pedido que será estudado devido aos atuais “tempos extraordinários”, disse Ursula von der Leyen nesse dia.

Na segunda-feira decorreu na capital belga o primeiro retiro de líderes da UE, iniciativa criada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, para debates mais informais entre os chefes de Governo e de Estado europeus. O primeiro encontro foi focado na área da segurança e defesa.

Para meados de fevereiro, está prevista a apresentação do programa de trabalho da Comissão Europeia para 2025, bem como uma comunicação da instituição sobre o caminho a seguir para o próximo Quadro Financeiro Plurianual, enquanto em meados de março será publicado um Livro Branco sobre o Futuro da Defesa Europeia.

Cálculos da Comissão Europeia divulgados em junho passado revelam que são necessários investimentos adicionais na defesa de cerca de 500 mil milhões de euros durante a próxima década.

A Polónia, país vizinho da Ucrânia, assume desde 1 de janeiro passado e até 30 de junho próximo a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, com atenções focadas na segurança do bloco comunitário, numa altura de incertezas e de desafios geopolíticos causados por conflitos.

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Anacom revela que Digi tem mais antenas 5G do que a Meo, mas está em menos concelhos

A nova operadora de origem romena tem 36% mais estações de base 5G do que a incumbente, apesar de estar presente em menos 67 concelhos que a Meo, de acordo com dados do regulador das comunicações.

Acabam de ser conhecidos os primeiros dados oficiais sobre a real dimensão da rede móvel da Digi Portugal, a nova operadora presente no mercado português. O balanço oficial da Anacom, referente ao quarto trimestre, mostra que a Digi tem 2.130 antenas 5G instaladas no país, 36% mais do que as antenas 5G da Meo, que é historicamente considerada a operadora incumbente, mas tem menos cobertura do país. “Analisando os dados por operador, a Nos era o operador com mais estações de base 5G instaladas (4.786), sendo seguida pela Vodafone (4.611), pela Digi (2.130) e pela Meo (1.562)“, lê-se no balanço feito pelo regulador das comunicações.

Apesar de a Digi ter mais antenas 5G, tal não implica uma melhor cobertura móvel do que a da rede da Meo. Aliás, quando se lançou no país, no início de novembro do ano passado, a operadora romena disse ter 93% da população coberta com 2G e 4G e 40% da população com 5G, exclusivamente em áreas urbanas, abaixo do prometido por qualquer uma das três concorrentes no mercado.

Os dados do regulador das comunicações também revelam que, entre estas quatro empresas de telecomunicações, a Digi é a que tem menos antenas 5G considerando todas as tecnologias – ou seja, incluindo as antenas 2G, 3G, 4G e 5G. Visto desse prisma, as 9.373 estações totais da Digi, em Portugal, ficam aquém das 12.368 da Meo, das 16.913 da Nos e a léguas das 20.685 da Vodafone, de acordo com informação reportada pela Anacom.

O relatório da Anacom revela ainda que “a Digi está presente em 240 concelhos”. São bastante menos do que os 307 concelhos cobertos pela Meo, enquanto Nos e Vodafone já têm antenas em todos os 308 concelhos do país.

Mas estes dados são relevantes por serem os primeiros números oficiais do regulador sobre a pegada da Digi em Portugal e a expansão da sua rede móvel. Enquanto isso, a empresa também tem estado a desenvolver uma rede de fibra e fechou recentemente a compra da Nowo, por 150 milhões de euros.

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Trabalhadores da dona da Visão recebem salário de janeiro. Paralisação fica sem efeito

"Era também importante que este esforço que os trabalhadores estão a fazer também pudesse ser um selo de confiança de quem costuma investir na empresa", apela a comissão de trabalhadores.

Os trabalhadores da Trust in News, dona da Visão e outros títulos, receberam esta sexta-feira o salário referente ao mês de janeiro. A paralisação anunciada no início do mês fica assim sem efeito.

Recorde-se que os trabalhadores tinham decidido em plenário na semana passada que deixariam de trabalhar esta sexta-feira (dia 7 de fevereiro), caso até então não recebessem o salário e subsídio de refeição de janeiro. “Se o pagamento do salário e subsídio de refeição de janeiro não se concretizar até ao próximo dia 7 de fevereiro, os trabalhadores reservam para si o direito de tomarem a decisão que entenderem para não continuarem a trabalhar (…)”, lia-se na resolução aprovada por “ampla maioria”.

Por pagar ficou o subsídio de alimentação referente ao mês de janeiro, sendo que a comissão de trabalhadores recebeu a indicação por parte do administrador de insolvência que o seu pagamento deveria ocorrer nos próximos dias.

Nós neste momento vamos ter uma coisa na empresa que já não tínhamos há algum tempo, que é estabilidade, dentro daquilo que é possível e do que são as circunstâncias. Acho que agora o importante é as pessoas focarem-se nessa estabilidade para continuarmos a fazer o nosso trabalho, para que o desenrolar possa ser o mais positivo possível para a situação da empresa, das publicações e dos trabalhadores“, diz Rui da Rocha Ferreira, da comissão de trabalhadores, ao +M.

Segundo o responsável, “aquilo que os credores decidiram é que a empresa deve continuar a operar mais algum tempo para que se possa discutir o plano da administração anterior [de Luís Delgado] e outros que venham a aparecer num momento futuro”, sendo que isso “nunca deve acontecer antes de 20 de março“.

Aquilo que nós assumimos agora é levar a empresa até esse ponto para que os planos possam ser discutidos e depois, aí sim, perceber o que vai acontecer“, afirma.

Recorde-se que a assembleia de credores decidiu a 29 de janeiro que queria que o plano de reestruturação Luís Delgado, acionista único da empresa, fosse apresentado e votado, tendo ficado suspensa a liquidação da empresa.

A Autoridade Tributária e a Segurança Social (os principais credores) votaram a favor da apresentação do plano, enquanto a Impresa se absteve e o Novobanco votou contra, tendo ficado estabelecido que a apresentação do plano de insolvência com recuperação teria de ser apresentado dentro de 30 dias.

O plano apresentado por Luís Delgado, recorde-se, prevê como principais medidas a suspensão ou venda de oito títulos e o ajuste da periodicidade de mais quatro, a redução em cerca de 50 pessoas do quadro de funcionários e o pagamento de 40% da dívida aos credores comuns em 15 anos, com bullet (amortização única) de 60% na 150.ª prestação.

Também em dívida aos trabalhadores estão outros montantes, nomeadamente seis meses de subsídios de refeição (junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro), o salário de outubro (que só foi recebido por cerca de 58 trabalhadores e o restante consolidado na massa insolvente), o salário de novembro (nenhum trabalhador recebeu), o subsídio de férias (nenhum trabalhador recebeu) e parte subsídio de Natal. No entanto, estes montantes são referentes a um período anterior ao de a empresa ter sido declarada insolvente.

Embora a Trust in News esteja numa situação “mais difícil”, os “nossos compromissos com os leitores têm sido cumpridos em grande parte”, diz ainda Rui da Rocha Ferreira.

Nesse sentido, “era também importante que este esforço que os trabalhadores estão a fazer também pudesse ser um selo de confiança de quem costuma investir na empresa, porque agora mais do que nunca todos esses apoios e parcerias vão ser muito importantes, precisamente para nos ajudar a sair desta situação mais complicada“, conclui.

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Tupperware alarga até 14 de fevereiro dispensa de trabalhadores

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

A incerteza do futuro da fábrica da Tupperware, em Constância, e dos 200 trabalhadores continua, agora até dia 14 de fevereiro.

Os 200 trabalhadores da fábrica da Tupperware em Montalvo, Constância (Santarém), que cessariam funções esta sexta-feira na empresa, foram notificados do alargamento da dispensa da apresentação ao trabalho até 14 de fevereiro, disse à Lusa fonte sindical.

“Os trabalhadores já foram notificados ontem [quinta-feira], através de mensagem, para se manterem em casa até à próxima sexta-feira, portanto, dia 14 de fevereiro, sexta-feira da próxima semana, e na segunda-feira deslocam-se à empresa para trazerem o documento [comprovativo] que os está a mandar ficar em casa”, disse à Lusa fonte do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras (SITE CRSA).

Segundo Isabel Matias, dirigente sindical, a incerteza do futuro da fábrica e dos 200 trabalhadores continua, agora até dia 14 de fevereiro. “Depois, a partir daí, logo se vê, mas por agora continua a incerteza”, declarou.

Os 200 funcionários da Tupperware foram informados em 9 de janeiro que iriam continuar a trabalhar até final do mês, com o respetivo pagamento de vencimento, sendo o período alargado, inicialmente, até 7 de fevereiro, e agora, por mais uma semana, mantendo-se a incerteza sobre o futuro da fábrica e dos trabalhadores.

“A administração começou a dispensar trabalhadores por falta de serviço e para não estarmos lá parados começou a dispensar os trabalhadores para poderem ficar em casa, a receber com todos os direitos, com subsídio de alimentação e subsídio de turno, quem tivesse turnos”, disse à Lusa, no final de janeiro, um trabalhador da fábrica instalada em Montalvo.

A carta, entregue em mãos em 31 de janeiro, “diz que fomos dispensados do serviço até dia 7 de fevereiro, salvo se a empresa precisar dos nossos serviços, e aí ligará para nos apresentarmos para trabalhar”, disse então à Lusa Rui Caseiro, com 47 anos de idade e 23 de casa, tendo hoje indicado que irá na segunda-feira “assinar mais uma semana de dispensa”.

A carta de dispensa “não é ainda uma carta de despedimento”, notou Caseiro, tendo referido que as cartas foram entregues “de forma gradual e por secções”, e que os funcionários “podem ser chamados a retomar o trabalho”, havendo ainda a “esperança” que a empresa não feche portas e que os trabalhadores não vão para o desemprego.

Numa das cartas de dispensa, dirigida aos trabalhadores da produção e assinada pelo diretor da unidade fabril, a que a Lusa teve acesso, pode ler-se que, “na sequência da reunião de 09 de janeiro de 2025 e conforme acordado, vimos pela presente comunicar que se encontra dispensado de comparecer ao serviço e prestar trabalho de 16 de janeiro a 07 de fevereiro de 2025, inclusive”.

A carta refere ainda que, “durante o referido período, [o trabalhador] fica dispensado dos deveres de assiduidade e pontualidade”, e que “esta dispensa não altera a sua situação laboral, mantendo todos os direitos e regalias, incluindo o pagamento da remuneração e respetiva contagem da antiguidade”.

Apesar da dispensa, o trabalhador “deverá manter-se disponível para colaborar com a Tupperware – Indústria Lusitana de Artigos Domésticos Lda ou retomar a sua prestação de trabalho quando tal lhe seja solicitado”, pode ler-se, comprometendo-se a empresa a “avisar com um dia útil de antecedência caso seja necessário retomar a prestação de trabalho”.

Rui Caseiro disse hoje à Lusa que “os vencimentos estão todos em dia”, incluindo o do mês de janeiro, tendo indicado que o futuro “continua incerto” e que “há interessados em tentar manter o funcionamento” da fábrica. “Dizem que ainda há uma luz para o futuro. As pessoas andam na expectativa. Estamos na incerteza mesmo. As pessoas estão a viver um dia de cada vez”, afirmou.

Contactado o presidente da Câmara de Constância, Sérgio Oliveira disse esta sexta-feira à Lusa que o processo negocial com o grupo de empresários portugueses interessados na fábrica da Tupperware continua a decorrer. “As informações que tenho é que o processo negocial mantém-se. Vamos ver se nos próximos dias existem desenvolvimentos”, declarou, tendo feito notar que “o poder de decidir está nas mãos dos credores, dos investidores e dos fundos de investimento na América”.

Face a estas movimentações, Sérgio Oliveira disse existirem várias possibilidades, sendo que “a da insolvência é que ninguém quer”.

A fábrica da multinacional Tupperware em Portugal, a funcionar desde 1980, dependia a 100% da casa-mãe norte-americana, vendida depois de em setembro ter entrado em falência, e os planos para o futuro não parecem passar pela Europa, uma vez que a empresa revogou a sua licença de venda de produtos em todos os países europeus, segundo noticiou a imprensa internacional.

O pedido de insolvência da casa-mãe tem consequências diretas na unidade portuguesa e pode deixar no desemprego os 200 trabalhadores que ali são efetivos, a maioria dos quais residente em Montalvo. A Lusa pediu informações à administração da fábrica instalada em Portugal, sem resposta até ao momento.

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Startup que ofereceu solução de IA ao INEM denuncia sistema obsoleto: “É impossível conseguir alguma coisa”

Atendedor automático com IA oferecido pela Sword Health foi posto na gaveta. Startup denuncia sistema do INEM "obsoleto", enquanto a comissão de trabalhadores diz que a proposta era "impossível".

A startup portuguesa que ofereceu ao INEM um sistema de atendimento automático de chamadas com recurso a inteligência artificial (IA) admitiu estar a enfrentar sérias dificuldades na sua implementação. Segundo o fundador da Sword Health, Virgílio Bento, “não é possível integrar” a solução no sistema de informação do instituto de emergência médica porque este, além de “frágil”, está “obsoleto”. Entretanto, a Comissão de Trabalhadores do INEM acusou a empresa portuguesa de ser “alarmista” e de ter “ideologias utópicas”, considerando que era “garantidamente impossível” que a solução proposta fosse funcionar.

O Expresso avançou esta sexta-feira que a ideia da startup para o INEM terá sido posta na gaveta e, ao semanário, o empreendedor português mostrou-se “perplexo” com o que os técnicos da startup encontraram no INEM: “Precisamos de muita coisa, é uma lista muito longa. Não é possível integrar a nossa solução no sistema de informação do INEM para as chamadas serem roteadas para o operador humano ou para a IA. O que encontrámos é assustador”, afirmou.

A história começa em novembro, quando se soube da intenção da Sword Health de oferecer esta solução ao Governo. No mês seguinte, em dezembro, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, confirmou na Assembleia da República que a IA iria passar a ajudar o INEM no atendimento de chamadas “dentro de poucas semanas”, disse a governante, aceitando desta forma o contributo da empresa privada. O anúncio não escapou desde logo a críticas e alertas sobre a proteção de dados sensíveis e outros riscos.

Todavia, no terreno, a Sword Health admite agora ter encontrado muitas dificuldades em implementar esta solução junto do INEM: “É impossível conseguir alguma coisa com a camada intermédia de técnicos que estão na mesma posição há 10/20 anos sem conhecimentos básicos. Adicionalmente, há uma aversão à mudança patológica. Esses dois ingredientes combinados explicam o estado do sistema de informação que encontrámos”, defendeu Virgílio Bento esta sexta-feira, numa publicação no LinkedIn.

O CEO foi ainda mais além: “As verdadeiras vítimas disto tudo são os técnicos de emergência médica que trabalham com sentido de missão e têm um sistema que em vez de lhes tornar a vida mais fácil, torna o trabalho deles ainda mais difícil”, acrescentou, adiantando que, mesmo perante estes desafios do sistema, os técnicos do INEM “tiveram todo o interesse e disponibilidade” em ajudar.

O fundador desta startup, que já conquistou o estatuto de ‘unicórnio’, por ter sido avaliada em mais de mil milhões de euros, deixou também em suspenso se alguma vez este sistema chegará ao terreno: “Gostaríamos que fosse uma realidade no INEM, mas a integração não depende de nós. Se acontecer, vai melhorar o sistema de emergência. Se não, ao menos peçam uma auditoria ao sistema de informação e garantam que é robusto e não falha. Só isso já evita um desastre no futuro”, apelou.

Um dos aspetos salientados por Virgílio Bento no LinkedIn foi o facto de a empresa não ter conseguido aceder às chamadas gravadas do INEM. “Nunca tivemos acesso às mesmas o que tornou significativamente mais difícil o desenvolvimento do sistema”, escreveu, algo que diz ser necessário “para perceber a robustez real do sistema” de IA, que “segue uma árvore de decisão clínica especificada” pela própria startup.

O ECO tentou contactar Virgílio Bento, mas não foi possível até à publicação desta notícia. A Sword Health oferece soluções tecnológicas com base em IA aplicadas à prestação de cuidados de saúde, estando também presente no mercado norte-americano.

Proposta da Sword era “impossível”, dizem trabalhadores do INEM

Apesar do elogio de Virgílio Bento aos técnicos do instituto, as declarações caíram mal junto do organismo que os representa. A Comissão de Trabalhadores do INEM publicou um comunicado esta sexta-feira à tarde no qual recusa que os trabalhadores do instituto sejam “incapazes”. “Não se devem confundir os profissionais do INEM com a incapacidade de empresas externas ao INEM em implementar soluções que na nossa opinião são impossíveis”, anunciou.

“O INEM não precisa de um sistema de substituição incapaz de lidar com as subtilezas do discurso e análise humana, mas sim de uma atualização de recursos informáticos que permita aos profissionais utilizar as ferramentas tecnológicas em benefício da rapidez e eficiência da tarefa e consequentemente do cidadão”, acrescentou. Defendendo que “nenhum sistema informático poderá substituir um profissional de saúde”, a comissão pede, em alternativa, mais “contratação de recursos humanos” para diminuir os tempos de resposta às chamadas.

“Lamentamos profundamente a posição desta empresa, não só pela incapacidade que demonstrou em implementar um sistema que, nos moldes em que foi proposto, era garantidamente impossível, mas também do arrastar de culpas para o INEM e mais gravoso ainda para os seus profissionais”, apontou a comissão de trabalhadores.

Sword Health demonstra solução proposta ao INEM

Também esta sexta-feira, antes da resposta da Comissão de Trabalhadores, o líder da Sword Health publicou na mesma rede social um vídeo que demonstra o funcionamento da solução que pretendia aplicar no INEM.

O conteúdo simula uma chamada telefónica para o 112 após a ocorrência de um acidente, em que o operador, um programa de IA, vai guiando a chamada em linguagem natural, despacha uma ambulância após pedir a localização e afere o estado da vítima.

A empresa assegura que a demonstração é verdadeira. Mas Virgílio Bento prometeu fazer uma demonstração em direto no Instagram, para afastar quaisquer dúvidas.

Ora, a controvérsia em torno da implementação de um sistema de IA por uma empresa privada num organismo público de saúde já vinha de trás. Pouco depois de ter sido conhecida a intenção da Sword Health e do Ministério da Saúde no final do ano passado, alguns especialistas alertaram para eventuais riscos num artigo publicado no jornal Público, incluindo, mas não só, questões relacionadas com a proteção de dados pessoais e com um eventual direito dos utentes a saberem que estão a conversar com uma máquina, e não com um humano.

Esses alertas foram mal recebidos pelo fundador da Sword: “Quando se tenta fazer algo inovador e com verdadeiro impacto nas pessoas, pode-se sempre contar com os típicos Velhos do Restelo, autodenominados ‘especialistas’, a inventar problemas que não existem e que não têm relevância alguma”, reagiu Virgílio Bento, em dezembro, noutra publicação no LinkedIn.

Por sua vez, Nuno Sebastião, fundador da Feedzai, outra empresa portuguesa que aplica IA ao setor financeiro (e que também é acionista da Sword Health), escreveu na mesma plataforma ter participado numa reunião com “membros muito seniores do Governo” sobre o uso de IA e de IA generativa na “máquina administrativa como um todo. Mas saiu do encontro “profundamente desapontado” com os “especialistas” que defendiam “que fosse o Estado a correr o risco”, a “pagar a conta” e a “criar mais uma agência”, desabafou.

Com as declarações de Virgílio Bento a serem mal recebidas pela Comissão de Trabalhadores do INEM, a controvérsia volta a instalar-se. O caso é paradigmático e expõe as tensões que podem existir entre um setor privado tendencialmente mais veloz e um setor público bastante mais lento e cauteloso, como o ECO antecipou em janeiro.

(Notícia atualizada às 16h48 com reação da comissão de trabalhadores do INEM em comunicado)

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Netflix acelera para comprar direitos da F1 nos EUA

Gigante do streaming está a considerar fazer uma proposta para ficar com os direitos de transmissão das corridas de Fórmula 1 nos Estados Unidos a partir de 2026. Acordo com a ESPN está a terminar.

A gigante do streaming Netflix está a considerar fazer uma proposta para adquirir os direitos de transmissão em direto das corridas de Fórmula 1 (F1) nos Estados Unidos a partir de 2026, avança a The Athletic. A empresa norte-americana quer entrar na competição com a ESPN, que assinou um acordo de 90 milhões de dólares (87 milhões de euros) para transmitir as principais provas mundiais de automobilismo.

A ESPN tem os direitos de transmissão da F1 nos Estados Unidos desde 2017, mas o contrato termina no final da temporada de 2025. Segundo as fontes do portal desportivo do “New York Times”, a Netflix está a acelerar para a substituir partir do próximo ano.

Esta seria o primeiro investimento da Netflix na transmissão de provas desportivas em direto em grande escala e não surpreenderia o mercado, dado que foi sinalizando o interesse de diversificar os conteúdos além dos filmes e séries e documentários. Note-se o exemplo da transmissão dos jogos da NFL no Natal e dos combates de boxe entre Jake Paul e Mike Tyson.

Além disso, a Netflix estreou em 2019 uma série documental, que se tornou um fenómeno mundial, dedicada exclusivamente à F1 e aos bastidores da categoria-rainha do automobilismo: “Drive to Survive”. A série renovou e aumentou de novo o público nas bancadas dos grandes prémios, especialmente nos Estados Unidos. Inclusive em 2023 a F1 regressou à cidade de Las Vegas mais de quatro décadas depois.

Na Europa, a batalha pelos direitos televisivos faz-se a partir de Espanha. A espanhola Dorna Sports, que tem os direitos exclusivos do MotoGP, está em processo de venda de uma participação maioritária de 86% ao grupo norte-americano Liberty Media, dona da F1 por cerca de 4,2 mil milhões de euros.

A Comissão Europeia tem estado atenta ao negócio entre as empresas norte-americana e espanhola e, em janeiro, esteve a receber comentários (observações de terceiros) para dar sequência à investigação. Bruxelas deu início, a 19 de dezembro de 2024, ao processo de análise à operação, após ter concluído que a “concentração notificada suscita sérias dúvidas quanto à sua compatibilidade com o mercado comum”.

A Dorna Sports, que também tem os direitos das Superbikes até 2036 e dos campeonatos do mundo de juniores e das motos elétricas até 2041, teve prejuízos consolidados de 27 milhões de euros em 2023, o que representa mais do triplo do ano anterior, apesar do crescimento de 2,4% do volume de negócios para 482 milhões de euros.

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Estado entrega quase 5 milhões à gestora do Alqueva em novo aumento de capital

Este é o primeiro aumento de capital de 2025, mas no ano passado, a EDIA recebeu 61,4 milhões do Estado.

A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva vai beneficiar de mais uma injeção de capital por parte do Estado. Esta quinta-feira foi aprovado um aumento de capital de 4,9 milhões de euros.

“Foi aprovado por deliberação social unânime por escrito aumentar o capital social da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, no montante de 4.931.280 de euros, através da emissão de 986.256 de ações nominativas, no valor de 5 euros cada, a subscrever e a realizar pelo Estado, em numerário”, lê-se no comunicado publicado na página do regulador dos mercados, a Comissão do Mercado e dos Valores Mobiliários.

Este é o primeiro aumento de capital este ano, mas as injeções por parte do Estado são algo recorrentes. Só no ano passado, até 10 de dezembro, o Estado entregou 54,9 milhões de euros a esta empresa, que gere o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, em aumentos de capital.

No entanto, a 30 de dezembro foi notificada ainda a celebração de um contrato de suprimentos de 6,5 milhões de euros, “destinado a satisfazer as necessidades de financiamento da empresa, nomeadamente para fazer face aos pagamentos de gastos com energia”, lê-se na nota.

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Braga investe 2,5 milhões de euros em iluminação pública LED

Braga substitui iluminação convencional por tecnologia LED para obter um "retorno financeiro atrativo num período de tempo inferior a 10 anos devido ao menor consumo energético".

A Câmara Municipal de Braga vai investir 2,5 milhões de euros na substituição de iluminação convencional por tecnologia LED que permite reduzir em 60% os atuais custos. Segundo a autarquia, liderada pelo social-democrata Rui Moreira, “a iluminação pública é o principal fator de encargos municipais com a energia”.

Num comunicado, o município explica que “a substituição da iluminação existente para tecnologia LED, embora represente custos no imediato, permite obter um retorno financeiro atrativo num período de tempo inferior a 10 anos devido ao menor consumo energético“.

O assunto será levado à reunião do Executivo municipal da próxima segunda-feira. Em cima da mesa vai estar a proposta da empreitada de promoção da eficiência energética na iluminação pública no concelho.

Com um preço contratual estimado de cerca de 2,5 milhões de euros, o concurso contempla nove lotes para instalação de equipamento de iluminação exterior. O prazo máximo de execução de cada empreitada é de 65 dias.

A câmara vai, assim, substituir os equipamentos convencionais – com lâmpadas de vapor de sódio – do parque de iluminação pública por luminárias LED. Do total de 37.331 luminárias instaladas no concelho, cerca de 18.441 ainda têm lâmpadas VSAP (vapor de sódio a alta pressão).

Com esta intervenção a autarquia aposta no aumento da eficiência energética com vista a implementar maior sustentabilidade no concelho.

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Ministro da Economia defende aliança ibérica em grandes projetos

O ministro defende que Portugal e Espanha devem unir esforços em áreas estratégicas, como o hidrogénio verde e a mobilidade, capitalizando o potencial de atração de capital estrangeiro.

O ministro da Economia, Pedro Reis, defendeu esta sexta-feira um reforço da agenda ibérica, desafiando Espanha a trabalhar em conjunto com Portugal em grandes projetos e temas estratégicos, como o hidrogénio verde, a mobilidade e a transição para os veículos elétricos.

Sou profundamente defensor de um reforço da agenda ibérica“, destacou Pedro Reis, durante uma intervenção num almoço em que participou esta sexta-feira da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola, no Porto. “É preciso ter um plano de ação. Não podemos ir a todas, mas devemos ir às principais”, argumentou o governante.

No âmbito desta agenda ibérica, Pedro Reis diz que se pode “ir mais longe, nos grandes projetos europeus, nos grandes eventos, na diplomacia económica para mercados terceiros”, mas “sobretudo numa política articulada de atratividade para investimentos estratégicos“.

Sobre o que poderão ser estes investimentos estratégicos, Pedro Reis disse que os dois países podiam apostar numa “aliança para o hidrogénio verde, nos projetos conjuntos de aceleração de projetos de startups tecnológicas, nas data centers e nos giga projetos, na mobilidade, nas renováveis marinhas, no cluster do automóvel elétrico“.

“Se tivermos a grandeza e o pragmatismo de ver isto em conjunto tornamo-nos um player no mapa europeu e no grande jogo do investimento externo mundial”, reforçou.

Num momento em que o mundo enfrenta novos riscos geopolíticos e grande incerteza sobre o potencial impacto de tarifas comerciais por parte dos Estados Unidos, com impacto no comércio internacional, o ministro diz que neste ambiente de “volatilidade extrema”, abriu-se uma oportunidade para Portugal, que se assume como “um caso sério da atratividade do investimento”.

Para Pedro Reis, Portugal é hoje olhado pelos investidores estrangeiros como um “porto de abrigo”, com estabilidade política e a implementar medidas que têm como objetivo promover a competitividade e atrair investimento.

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