Instituições vão poder abrir muito mais vagas em cursos como Medicina ou Educação

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Fernando Alexandre explicou que é preciso um sistema que garanta que a oferta formativa das instituições corresponde às preferências dos alunos, que à partida estão ajustadas à economia.

As instituições de ensino superior vão poder abrir mais vagas nos cursos mais procurados pelos alunos, revelou o ministro da Educação, dando como exemplo Medicina e a área de Educação, que terá um “aumento muito significativo”.

“Há um conjunto muito elevado de alunos em Portugal que desiste porque estão desajustados do curso que queriam tirar”, disse hoje o ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI), Fernando Alexandre, na abertura de uma conferência em Lisboa sobre sucesso académico e abandono escolar.

Segundo o ministro, “a percentagem de alunos que não entra na 1.ª opção é muito elevada e, por isso, chegam logo ao ensino superior com alguma desmotivação”.

Segundo Fernando Alexandre, há mais casos de desistência entre os estudantes que não ficam colocados no curso e instituição que tinham colocado como 1.ª opção na sua candidatura de acesso e, perante esta realidade, é preciso “ajustar a oferta à procura”.

“Não estou a dizer que se irá liberalizar o sistema”, garantiu o ministro, durante a sessão de abertura do III Encontro Intercalar de Provedores do Estudante, organizado pela Rede Portuguesa de Provedores do Estudante do Ensino Superior, cuja conferência principal se focou na “Promoção do sucesso académico e combate ao abandono no Ensino Superior”.

Fernando Alexandre explicou que é preciso um sistema que garanta que a oferta formativa das instituições corresponde às preferências dos alunos, que “à partida estão ajustadas às necessidades da economia e da sociedade”.

Em declarações aos jornalistas, explicou que a ideia é continuar o plano que, no atual ano letivo, já permitiu às instituições abrir mais vagas nos cursos mais procurados.

“Vamos ter um aumento muito significativo de vagas na área da Educação”, disse, garantindo que “será permitida uma maior flexibilização onde há mais procura, como na educação e na Medicina”, mas tal não significará acabar com os numerus clausus.

Outro projeto em curso é a revisão do regulamento das bolsas de estudo, que Fernando Alexandre diz ser “uma manta de retalhos”, uma vez que nem sempre é claro para os alunos quais são os apoios a que podem ter direito.

Resultado: “Não é óbvio que seja eficaz e garanta a equidade para que todos possam ter acesso ao ensino superior”, salientou.

A revisão do Regulamento das Bolsas de Estudo no âmbito da Ação Social no Ensino Superior (RABES) está já na sua fase final, devendo estar concluído em abril, para que possam entrar em vigor no próximo ano letivo.

Já sobre as críticas dos sindicatos ao processo de auscultação do Governo para a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), cuja proposta de lei foi aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros, Fernando Alexandre disse terem sido “feitas 25 auscultações”, tendo-se reunido “três ou quatro vezes com os sindicados do ensino superior”.

“Enviámos a todas as entidades a nossa proposta em dezembro”, recordou o ministro, defendendo que a atual equipa não queria repetir “o ritmo muito lento” da anterior, até porque o diploma já deveria ter sido revisto há vários anos.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) criticou o executivo por não ter realizado uma segunda reunião de auscultação com a federação e de ter aprovado a revisão do RJIES apenas dois dias após a aprovação do parecer do Conselho Nacional de Educação, um órgão consultivo do ministério.

Fernando Alexandre salientou hoje que o novo RJIES dá “mais autonomia” às instituições, no que toca à gestão orçamental, ao património ou à estratégia para definir os seus objetivos.

Uma das novidades do RJIES é o fim do monopólio da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), podendo as instituições recorrer a outras agências de acreditação nacionais dos estados-membros da União Europeia que desenvolvam atividade de avaliação dentro dos princípios adotados pelo sistema europeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santander fora da corrida ao Novobanco: “Não está no nosso radar fazer aquisições”

Castro e Almeida considera "estranho" se a Caixa avançar para a compra do Novobanco. "Os portugueses devem pronunciarem-se se querem um mercado com mais de um terço nas mãos de um banco público".

O Santander Totta está fora da corrida pelo Novobanco. “Não está no nosso radar fazer aquisições”, adiantou o CEO do banco. Pedro Castro Almeida acha “estranho” que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) possa vir a ficar com o quarto maior banco em Portugal e com um terço de quota de mercado, mas acredita nas autoridades da concorrência para avaliar a operação.

“Relativamente a poder haver um banco nacional público comprar um outro banco, as palavras do governador do Banco de Portugal falava em consequências sistémicas. Não sei muito bem o que quererá dizer, mas não deixa de ser estranho num panorama europeu um banco público que é o maior banco poder comprar um outro banco, o quarto player e ficar com mais de um terço do mercado“, disse Castro e Almeida.

“Temos as autoridades nacionais e a nível europeu a DG-Comp pronunciarem-se se isso acontecer e aos portugueses que querem ter o mercado financeiro português com mais de um terço nas mãos de um banco público“, acrescentou.

Recentemente, numa conferência sobre a banca em Portugal, Castro e Almeida referiu que avançar para o Novobanco seria uma “questão de oportunidade”, sugerindo que o Santander estaria interessado na operação (como foi amplamente noticiado em Espanha na altura). O gestor afastou agora liminarmente o interesse. “Vai comprar o Novobanco? Não. Nós queremos crescer organicamente. Não queremos comprar o Novobanco”, afirmou na apresentação dos resultados anuais.

Castro e Almeida lembrou que o Santander já fez várias aquisições em Portugal no passado — nomeadamente o Banif e o Popular. Mas a estratégia atual passa pelo crescimento orgânico.

“Passado: olhámos várias vezes para o que se passa no mercado. Acompanhámos o que se passa no mercado. Presente e futuro: a nossa estratégia passa por crescimento orgânico“, referiu.

O Santander Totta anunciou esta sexta-feira lucros na ordem dos mil milhões de euros em 2024, uma subida de 11% em relação ao ano anterior.

(notícia atualizada às 13h22)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

⛽ Combustíveis mais caros na próxima semana. Gasolina sobe mais do que o gasóleo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,659 euros por litro de gasóleo simples e 1,773 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão subir na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá subir meio cêntimo, enquanto a gasolina deverá subir um, de acordo com os dados publicados pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP).

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,659 euros por litro de gasóleo simples e 1,773 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo desceu 1,5 cêntimos e a gasolina 0,7 cêntimos, um desempenho inferior às expectativas do mercado, que apontavam para uma descida de 2,5 cêntimos do diesel e de um cêntimos na gasolina. O primeiro-ministro reiterou, no debate quinzenal desta semana, que só admite tomar medidas se os preços dos combustíveis subirem para níveis “insuportáveis”.

“Se houver uma escalada do preço que antecipe uma subida permanente a níveis que sejam insuportáveis tomaremos as medidas, nomeadamente na área fiscal, para desagravar a situação e repor o equilíbrio no acesso aos combustíveis”, disse Luís Montenegro. Mas ressalvou: “Se o Governo tem já a possibilidade de intervir, tem. Mas não é adequada.”

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a subir 0,51% para os 74,67 dólares por barril e caminha para a terceira queda semanal. Tudo aponta para que a descida seja de 2,3% depois de o Presidente norte-americano Donald Trump ter repetido a promessa de aumentar a produção de petróleo dos EUA, o que deixou os traders em stress, um dia depois de o país ter divulgado um salto superior ao previsto nos stocks de petróleo bruto, fruto de uma redução da procura num momento em que as refinarias estão em trabalhos de manutenção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

DLA Piper assessora Barings em joint-venture no ramo imobiliário

A equipa da DLA Piper envolvida na operação foi coordenada, em Portugal, pelo sócio Luís Filipe Carvalho e, em Espanha, pelo sócio Orson Alcocer.

A DLA Piper assessorou a Barings, numa joint-venture com a Panattoni, no investimento imobiliário para a aquisição de imóveis à Saint-Gobain. O objetivo desta aquisição é a construção de um parque logístico de grande dimensão na Área Metropolitana de Lisboa.

“O projeto envolve a aquisição de um terreno de 210.000 metros quadrados localizado em Santa Iria, para a construção de edifícios logísticos, que será um dos maiores parques logísticos da zona de Lisboa”, refere a firma em comunicado.

A equipa da DLA Piper envolvida na operação foi coordenada, em Portugal, pelo sócio Luís Filipe Carvalho e, em Espanha, pelo sócio Orson Alcocer, contando ainda com a participação dos associados sénior Alejandro Marquez Carretero e Paulo Anjo e dos associados Cidália Correia e Francisco Maria Rodrigues.

A firma foi responsável pela due diligence aos imóveis, pela celebração do contrato promessa de compra e venda e pela escritura definitiva de compra e venda, em conjunto com a Panattoni.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abreu e Morais Leitão assessoram operação de compra e venda de 55 postos de combustíveis

A Abreu foi responsável pela assessoria da Prio, empresas de comercialização de combustíveis, enquanto a Morais Leitão assessorou o Grupo Vapo, responsável pela gestão da marca Q8 em Portugal.

A Abreu Advogados e a Morais Leitão assessoraram a Prio e o Grupo Vapo, respetivamente, no processo de aquisição pela Prio de 55 postos de combustíveis anteriormente operados sob a marca Q8 detidos pelo Grupo Vapo.

“Com esta operação, a Prio passa a operar mais de 300 estações de serviço em Portugal, permitindo um crescimento de cerca de 15% do volume de combustíveis vendidos em Portugal e um aumento da produção de biocombustíveis em aproximadamente 10%”, referem as firmas em comunicado.

A assessoria da Abreu à Prio incluiu a realização de due diligence às sociedades alvo, a negociação do contrato de compra e venda, a notificação da operação à Autoridade da Concorrência e a implementação da transação.

A equipa da Abreu Advogados foi liderada pela sócia Alexandra Courela e pelo sócio António Pina e contou com uma equipa multidisciplinar composta por mais de 20 elementos.

Já a Morais Leitão, que esteve do lado do Grupo Vapo, apoiou a negociação do contrato de compra e venda e a execução da transação, através de uma equipa que integrou o sócio Bernardo Lobo Xavier e os advogados João P. Monjardino e Sofia Cerqueira Serra, do Departamento de Corporate e M&A, bem como Gonçalo Rosas, do departamento de Concorrência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dona do ChatGPT escolhe Munique para abrir primeiro escritório na Alemanha

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

OpenAI escolheu a cidade de Munique para a abertura do primeiro escritório na Alemanha. Na Europa, a proprietária do ChatGPT já conta com escritórios em Paris, Bruxelas e Dublin.

A norte-americana de inteligência artificial (IA) OpenAI, proprietária do ChatGTP, vai abrir o primeiro escritório alemão em Munique, um anúncio que antecede a cimeira mundial de Paris sobre esta tecnologia.

O ministro da Economia da Baviera, Hubert Aiwanger, saudou a “nova localização da empresa em Munique”, num comunicado de imprensa na quinta-feira, sem fornecer detalhes ou calendário.

O ministro das Finanças alemão, Jörg Kukies, na rede social X, deu as boas-vindas a Munique da OpenAI e ao presidente executivo (CEO) da tecnológica norte-americana, Sam Altman, saudando “a abertura do seu primeiro escritório na Alemanha e dos seus ambiciosos projetos no nosso país”.

Sam Altman confirmou ao Handelsblatt a inauguração do escritório, que acontecerá de acordo com o diário económico este ano.

A OpenAI fez da Europa uma prioridade ao estabelecer os seus escritórios em todo o mundo, com instalações em Paris, Bruxelas e Dublin. A empresa sediada na Califórnia tem também escritórios em Nova Iorque e Singapura.

A OpenAI anunciou ainda que permitirá aos clientes europeus armazenar dados das suas conversas com os seus chatbots dentro da União Europeia, em vez de nos Estados Unidos ou noutro local, dando-lhes controlo sobre esta informação.

Estes anúncios surgem no momento em que se abre em Paris uma cimeira global sobre inteligência artificial, que deverá reunir uma miríade de intervenientes no setor de mais de 80 países.

A OpenAI provocou um verdadeiro frenesim em torno da inteligência artificial generativa com o lançamento do ChatGPT no final de 2022, sendo que a entrada da chinesa DeepSeek no final de janeiro veio a agitar os mercados pela capacidade do seu modelo R1 igualar a capacidade da concorrência norte-americana com um investimento inferior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O luxo invade o paddock: Louis Vuitton na Fórmula 1

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 7 Fevereiro 2025

A Louis Vuitton acelera rumo à Fórmula 1 como Parceiro Oficial. A maison traz a sua herança de luxo e inovação para as corridas, assinando os novos Trophy Trunks e marcando presença nos circuitos.

A aliança entre a Louis Vuitton e a Fórmula 1® confirma uma tendência crescente: a interseção entre o luxo, o desporto e o entretenimento. Um tema, aliás, que já tínhamos explorado há uns meses, neste artigo. Com um compromisso de uma década, a maison francesa torna-se Parceira Oficial da competição automobilística mais prestigiada do mundo e assume o papel de Title Partner do Grande Prémio da Austrália de 2025. Esta colaboração acontece no ano em que a F1 celebra o seu 75º aniversário e reflete a procura conjunta pela inovação e excelência.

Desde os seus primórdios, a Louis Vuitton construiu a sua identidade através do conceito de viagem. Agora, essa filosofia estende-se à velocidade e à performance, numa competição onde cada fração de segundo conta. A parceria inclui a presença da marca nas pistas, com sinalização em locais estratégicos e uma forte ligação ao momento mais esperado: a consagração do vencedor.

O troféu de cada Grande Prémio será apresentado dentro dos icónicos Trophy Trunks, desenvolvidos artesanalmente no histórico atelier de Asnières. A ligação destes baús tradicionais da casa francesa ao desporto remonta a anteriores parcerias como com o Grande Prémio do Mónaco (2021-2024) e eventos desportivos como a Taça do Mundo da FIFA, os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e a America’s Cup.

A relação entre a Louis Vuitton e o automobilismo não é recente. No final do século XIX, Georges Vuitton antecipou o crescimento da indústria automóvel e criou as primeiras malas resistentes às viagens sobre rodas. Nos anos 90, a maison organizou os Louis Vuitton Classic – Grand Prix d’Elegance, eventos que celebravam o design e a engenharia automóvel. Hoje, a marca leva esse legado até ao paddock, através de uma colaboração que reflete a precisão e a mestria partilhadas entre os ateliers e as boxes das escuderias.

“Estou muito orgulhoso desta parceria entre a Louis Vuitton e a Fórmula 1”, afirma Pietro Beccari, CEO da marca. “A sinergia dos nossos mundos reflete-se no savoirfaire dos nossos ateliers e na precisão dos engenheiros e pilotos”. Stefano Domenicali, CEO da F1, reforça: “Esta união junta duas das marcas mais importantes do mundo, focadas na inovação, criatividade e excelência. Sabemos que os nossos públicos vão desfrutar desta ligação”.

Com a popularidade crescente da Fórmula 1, a presença da Louis Vuitton nos circuitos traduz-se numa visibilidade inédita para o setor do luxo. A mensagem é clara: a vitória viaja em Louis Vuitton.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Custo de construir casa nova sobe 4,3% em dezembro, o maior aumento desde março de 2023

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Fevereiro 2025

Subida dos custos de construção de novas habitações resulta, sobretudo, do aumento de 8,6% dos custos com a mão-de-obra. O preço dos materiais registou, em dezembro, o maior crescimento de 2024.

Os custos de construção de habitação nova terão aumentado 4,3% em dezembro face ao mês homólogo, estima o Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida do indicador, num valor nove décimas acima do observado em novembro, é influenciada principalmente pelo aumento do custo da mão-de-obra, sendo a maior desde março de 2023.

De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo gabinete estatístico, o custo da mão-de-obra teve uma subida homóloga de 8,6%, mais 0,7 pontos percentuais do que no penúltimo mês de 2024. Já o preço dos materiais aumentou 0,9% em dezembro, depois de uma queda de 0,2% em novembro.

Variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova:

Fonte: INE

O custo da mão-de-obra contribuiu com 3,8 pontos percentuais (3,5 pontos percentuais no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova e os materiais com 0,5 pontos percentuais (-0,1 pontos percentuais em novembro), detalha o INE.

Os betumes, as obras de carpintaria e o betão pronto foram os materiais que mais contribuíram positivamente para a variação agregada do preço, ao registarem subidas próximas dos 10% no mês em análise, seguidos do cimento e os consumos de produtos energéticos, com um crescimento homólogo de cerca de 5%.

Em sentido inverso, o INE destaca as madeiras e derivados e a chapa de aço macio galvanizada, que tiveram uma descida de cerca de 10%, e as tubagens de aço, de ferro fundido e aparelhos para canalizações, os vidros e espelhos e os artigos sanitários, com reduções de cerca de 10%.

No que diz respeito à variação em cadeia, a taxa de variação mensal do índice foi de 0,2% em dezembro, semelhante à do mês anterior, tendo o custo dos materiais aumentado 0,3% e o da mão-de-obra subido 0,1%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reprogramação do PEPAC aprovada com aumento do rendimento dos agricultores

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Reprogramação vai promover uma maior flexibilidade, ao disponibilizar 50 milhões para a criação de instrumentos financeiros, que vão mobilizar cerca de 500 milhões de investimento.

A Comissão Europeia aprovou a reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que vai permitir aumentar o valor médio do apoio ao rendimento base dos agricultores em 50%, anunciou esta sexta-feira o Ministério da Agricultura.

Esta reprogramação vai permitir aumentar o valor médio do apoio ao rendimento base dos agricultores portugueses em mais de 50%, dos 82 euros por hectare — inicialmente previstos — para 126 euros por hectare, já a partir do Pedido Único de 2025″, indicou o Ministério da Agricultura, numa nota enviada às redações

A terceira reprogramação PEPAC para 2023-2027 recebeu ‘luz verde’ na terça-feira.

De acordo com o Executivo, esta reprogramação vai também promover uma maior flexibilidade, ao disponibilizar 50 milhões de euros para a criação de instrumentos financeiros, que vão mobilizar cerca de 500 milhões de euros de investimento.

Entre 17 de fevereiro e 15 de maio decorre o período de apresentação do Pedido Único (PU) referente à campanha de 2025.

O PU abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.

Citado na mesma nota, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, defendeu que, com estas medidas, a implementação da PAC será mais equilibrada, com maior rendimento para os agricultores. Esta vai ainda promover “a renovação geracional, assegurando o aproveitamento completo dos recursos disponíveis sem perder um único cêntimo”.

O Governo precisou, no documento da reprogramação, que o principal objetivo prende-se com o reforço da resiliência do solo com utilização agrícola, florestal e agroflorestal, “respondendo a alterações de contexto económico e de políticas europeias e corrigindo opções disruptivas anteriores”.

Conforme apontou, a instabilidade dos mercados tem causado o adiamento da execução de investimentos, verificando-se um desfasamento temporal dos instrumentos de apoio, nomeadamente do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Por outro lado, a inflação diminuiu o valor dos apoios da PAC e levou a uma diminuição do rendimento, o que coloca em causa “uma parte importante da superfície agroflorestal”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Figueira da Foz será a zona com mais eólico offshore. Tem espaço para quase metade da potência

Leixões, Sines e Viana do Castelo também estão na lista das áreas onde deverão ser instalados os projetos de eólico offshore que irão a leilão.

O plano para as áreas que irão receber a potência eólico offshore, que constitui mais um passo na direção do leilão desta energia, foi publicado esta sexta-feira em Diário da República. Figueira da Foz sai como “vencedora”, arrecadando a maior potência e área, mas é acompanhada por outras quatro, de Viana do Castelo a Sines.

Na Figueira da Foz deverá ser instalada uma potência de 4,6 gigawatts, quase metade dos 10 gigawatts inscritos no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), ao longo de uma área de 1.325 quilómetros quadrados (km2). Ainda no “pódio” fica Leixões, onde o plano é instalar 2,5 GW de capacidade para produção de energia eólica offshore, os quais serão espalhados por 722 km2, e, finalmente, Sines, que tem “direito” a 1,5 GW, correspondentes a 430 km2.

Com menos capacidade fica a zona de Viana do Castelo, que poderá aproveitar apenas 229 km2 para produzir 0,8 GW, e resta Aguçadoura, no município de Póvoa do Varzim, que, apesar de não ter atribuída qualquer potência, vai reservar 5,6 km2 para instalar uma área de projetos de investigação e/ou de demonstração não comerciais.

Nestas mesmas áreas, além de energia eólica offshore, também vai poder ser explorado o recurso energético das ondas, lê-se na descrição do mapa acima, que consta do diploma publicado em Diário da República.

Antes da publicação desta versão do PAER — Plano de Afetação para Exploração de Energias Renováveis Offshore em Diário da República, oficializando as zonas que deverão ir a concurso num futuro procedimento para a instalação de energia eólica offshore, foram conhecidas outras versões. A primeira data do início de 2023, e esteve, já com algumas alterações, em consulta pública até ao final desse mesmo ano.

A versão que foi a consulta pública tem algumas diferenças face à definitiva: Viana de Castelo perde agora capacidade, comparando com os 2,1 GW que lhe eram atribuídos na última versão de 2023, na qual contava com um lote de 1,09 GW a Norte e o Sul do distrito ficava com 1,03 GW.

Em sentido contrário, Leixões, região na qual estavam previstos apenas 2 GW, ganha agora mais meio gigawatt. Também a Figueira da Foz tinha anteriormente direito a menos, mais precisamente, 4 GW. A potência prevista para Sines mantém-se inalterada. Entre as várias versões foram caindo ainda algumas áreas. Foi o caso de Ericeira e Sintra-Cascais.

O Plano de Afetação para as Energias Renováveis Offshore (PAER) é parte integrante do Plano de Situação de Ordenamento do Espaço Marítimo Nacional (PSOEM), “tendo sido desenvolvido de acordo com as características específicas de cada zona marítima, privilegiando o uso múltiplo do espaço marítimo nacional e a sustentabilidade e o bom estado ambiental do meio marinho”, lê-se no diploma agora publicado.

De acordo com o mesmo, o PAER foi aprovado por maioria na Comissão Consultiva, sendo que a concertação obtida entre todas as partes que integraram essa Comissão e a aprovação do plano “permitem concluir que a maioria das questões se encontram consensualizadas”. O Resolução de Conselho de Ministros que aprova o PAER dá conta que foram realizadas nove reuniões com as associações de pescadores e organizações de pesca mais afetadas, as quais permitiram aprofundar o conhecimento quanto aos constrangimentos sobre o setor, tendo sido consensualizado um equilíbrio entre a autonomia estratégica energética e a autonomia estratégica alimentar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santander Totta lucra quase mil milhões em 2024

Totta registou lucros de 990 milhões de euros no ano passado, uma subida de 11% em relação a 2023. Crédito às empresas disparou 20%, um desempenho "anormal", como admitiu Castro e Almeida.

O Santander Totta registou lucros de 990 milhões de euros em 2024, subindo 10,7% em comparação com o ano anterior. “Foi um ano muito bom para o Santander em Portugal“, referiu Pedro Castro e Almeida esta sexta-feira na conferência de apresentação de resultados.

“Mais importante do que o resultado é a rentabilidade”, acrescentou o gestor que acabou de ver o mandato renovado até 2027. O ROE atingiu os 23,4%, menos 0,6 pontos percentuais em relação a 2023. “Vamos desafiando a lógica, estamos num mercado maduro”, referiu.

Pedro Castro e Almeida sublinhou que “mesmo com as taxas a descer, o banco tem tido um crescimento sustentável”. “É o resultado da transformação do banco”, frisou. A margem financeira atingiu os 1,59 mil milhões de euros, subindo 6,6% em termos homólogos. Um desempenho que compensou a quebra ligeira nas receitas de comissões, que desceram 1,1% para 452,2 milhões. O produto bancário cresceu assim 5,9% para superar a fasquia dos dois mil milhões de euros.

Crédito às empresas dispara mais de 20%

Na base do crescimento do resultado está o aumento do negócio. Tanto o crédito como os depósitos aumentaram de forma expressiva. A carteira de empréstimos teve uma retoma em grande depois do impacto da subida dos juros e cresceu 12,9% para 50,3 mil milhões de euros. O banco sinaliza que no ano passado foi responsável por um quarto da nova produção de crédito à habitação, cuja carteira aumentou 5,5% para 23,3 mil milhões.

Mas foi no crédito às empresas que registou um autêntico disparo, “anormal” nas palavras de Pedro Castro e Almeida: o stock disparou 21,6% para 24,9 mil milhões, refletindo um crescimento de quase quatro mil milhões de euros da carteira.

Em relação aos recursos de clientes, o Totta observou um aumento de 5,9% para 45,9 mil milhões. Os depósitos cresceram 5,4% para 45,9 mil milhões de euros e os recursos fora de balanço subiram 8,1% à boleia da aposta dos clientes em fundos de investimento (+14,8%).

900 milhões a caminho de Madrid

Questionado sobre os dividendos, o administrador financeiro Manuel Preto respondeu que “não andará longe do payout dos últimos anos”. O banco português tem distribuído cerca de 90% do resultado junto do acionista, o que significa que deverá entregar este ano aproximadamente 890 milhões à casa-mãe.

O banco terminou 2024 com o rácio de capital CET1 nos 16%, garantindo que “continua a dispor de níveis de capitalização bastante elevados, claramente acima dos requisitos mínimos exigidos pelo BCE”.

Mil pedidos na garantia para os jovens

O banco adiantou ainda que já “foram efetuados mais de mil pedidos de crédito” ao abrigo da linha de garantia pública para ajudar os jovens no financiamento para a compra de casa, correspondendo a um volume de empréstimos de cerca de 200 milhões de euros.

O Santander Totta é quem tem a maior quota da linha disponibilizada pelo Estado, podendo usar um montante de 259 milhões de euros. “Permite conceder crédito à volta de 1,7 mil milhões nos próximos dois anos”, revelou Miguel Belo de Carvalho. Cerca de 30% da garantia já está em ‘pipeline’. “Está a ter sucesso e uma grande adesão”, sublinhou ainda.

O responsável referiu ainda que 40 milhões de euros em crédito já foram escriturados, tendo tido um peso de 10% na produção de crédito à habitação em janeiro. “É normal que a produção convirja para 20% todos os meses ao longo deste ano”, explicou Belo de Carvalho.

Desde o final do ano passado que os bancos estão a aceitar pedidos de crédito para a compra de casa no âmbito da linha de garantia de Estado no valor de 1,2 mil milhões de euros.

Além da Santander Totta, mais 17 bancos aderiram à linha de garantia do Estado que se destina a a jovens entre os 18 e os 35 anos que pretendam adquirir a sua primeira habitação própria permanente.

(Notícia atualizada às 13h07)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Laboratório francês de IA lança novo modelo de tradução simultânea

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Kyutai, um laboratório francês de inteligência artificial (IA), acaba de lançar o Hibiki, um modelo que traduz em tempo real do francês para inglês.

O laboratório francês de investigação em inteligência artificial (IA) Kyutai, apresentou na quinta-feira o seu último modelo experimental de tradução simultânea, avançou a agência AFP.

Chamado “Hibiki”, este instrumento de IA traduz em tempo real as palavras do utilizador do francês para inglês, tal como faria “um intérprete”, disse à AFP o diretor de modelização da Kyutai, Neil Zeghidour. O projeto contou também com a colaboração do antigo patrão da Google, Eric Schmidt.

O modelo, que pode funcionar num telefone sem ter necessariamente acesso à internet, reproduz a voz do utilizador, mas não permite ser controlado “com texto para que diga o que se quer”, disse Zeghidour. “Só pode traduzir algo que foi realmente dito”, acrescentou, numa altura em que imagens e gravações de áudio falsificadas com recurso a IA proliferam na internet, alimentado a desinformação, salienta a agência francesa.

Treinado com dados públicos, o projeto está disponível gratuitamente em código aberto para todos os interessados. “A ideia é ter um modelo que possa ser utilizado em viagem, durante videoconferências ou para ‘streaming'”, uma vez que o “Hibiki” é capaz de fornecer legendas em direto, explicou Neil Zeghidour.

Já em julho do ano passado, o laboratório tinha apresentado o “Moshi” que através da fala dos utilizadores gerava repostas faladas ou escritas, resultando em milhões de descarregamentos.

Lançado em novembro de 2023, o laboratório sem fins lucrativos, conta com cerca de 15 investigadores e dispõe de um financiamento de 300 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.