Sovos Saphety lança plataforma para simplificar receção de faturas nas PME

Com a entrada em vigor da obrigatoriedade da faturação eletrónica no setor público, a plataforma vem ajudar a desmaterializar e simplificar o tratamento e validação de faturas recebidas pelas PME.

A Sovos Saphety, empresa global especializada em soluções de faturação eletrónica e conformidade fiscal, lançou uma plataforma para simplificar a receção de faturas para as pequenas e médias empresas (PME).

O SIN AP (Saphety Invoice Network for Accounts Payable), “já com integração nativa em mais de 150 sistemas de gestão (ERP) para a emissão de faturas eletrónicas, vem agora automatizar todo o processo de receção de faturas, desde a integração dos documentos financeiros até ao seu pagamento“, adianta a empresa num comunicado.

“Esta solução representa um passo estratégico na nossa missão de digitalizar o ciclo financeiro completo das empresas portuguesas. Com o SIN AP fechamos o ciclo da faturação eletrónica e tornamos mais simples um processo que era complexo e manual para muitas PME”, refere Rui Fontoura, Managing Director Europe da Sovos.

“Com a entrada em vigor da obrigatoriedade da faturação eletrónica no setor público (B2G), obrigatória para PME a partir de 1 de janeiro de 2026, e a progressiva digitalização fiscal promovida pela Autoridade Tributária, o SIN AP responde à necessidade de desmaterializar e simplificar o tratamento e validação de faturas recebidas, considerado um dos processos mais críticos e historicamente manuais das organizações”, explica a empresa.

O portal da plataforma permite aos contabilistas e fornecedores de ERP acompanhar em tempo real o estado de cada documento, receber alertas automáticos antes do vencimento e consultar todo o histórico de ações, ajudando as empresas a fazer um melhor planeamento do fluxo de caixa e a reduzir custos associados a erros ou atrasos no pagamento.

“A chegada deste produto reforça a aposta da Sovos no mercado português, onde, após integrar as tecnologias Saphety e PetaPilot, a empresa já suporta milhares de clientes no cumprimento das obrigações fiscais digitais, do SAF-T à faturação eletrónica B2G e B2B”, remata.

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Engenheiros de Matosinhos armam “escândalo” nas pontes com inteligência artificial

Ao fim de 15 anos, a BERD vai partilhar a “galinha dos ovos de ouro” na engenharia de pontes. Plataforma de inteligência artificial promete baixar conceção e orçamentação de 180 dias para 180 minutos.

Fundada em 2006 como um spin-off da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) pelas mãos de Pedro Pacheco e Diogo Graça Moura, com o apoio da Portugal Ventures e o ‘empurrão’ industrial da Mota-Engil e da Martifer, a BERD — Bridge Engineering Research & Design vai partilhar com o mundo a “galinha dos ovos de ouro” que ajudou a empresa de Matosinhos a ascender ao pódio global na área das soluções e métodos para a construção de pontes e viadutos.

Através da Bridge Intelligence, uma estrutura autónoma participada pela Explorer Investments na sequência da realização de duas rondas de financiamento que ascenderam a oito milhões de euros, a empresa controlada pela holding de Pedro Pacheco – integra também a Armilar Venture Partners e ainda a capital de risco pública – prepara-se para lançar uma plataforma de inteligência artificial (IA) aplicada à engenharia de pontes. Até agora mantido em segredo, é anunciado como um produto “pioneiro” nesta indústria.

O presidente executivo da BERD avança ao ECO que esta tecnologia está a ser testada e ultimada para chegar ao mercado em junho de 2026 e “alterar o paradigma na construção”. A disponibilizar num modelo de Software as a Service (SaaS), promete reduzir o prazo de conceção e orçamentação inicial de uma ponte de 180 dias para 180 minutos, além de otimizar a utilização de materiais e baixar as emissões de carbono. “É um escândalo o que aquilo faz, o que permite poupar em tempo e recursos”, resume Pedro Pacheco.

Pedro Pacheco, CEO da BERD

Foi em 2012 que a BERD começou a desenvolver algoritmos para as vertentes de projeto e de gestão de obra, tendo aproveitado nos últimos anos esse software interno para ganhar contratos e potenciar aquelas que são até agora as duas principais áreas de negócios: a original de equipamentos para pontes; e a que criou em 2016 para fornecimento de pontes modulares, que pesa atualmente mais de 50% nas vendas. Com projetos em dezenas de países dos cinco continentes, só este ano, a empresa nortenha vai estar envolvida em mais de 250 pontes no mundo.

“A partir de 2018 começámos a questionar-nos sobre usar essa galinha dos ovos de ouro, esses algoritmos, para desenvolver uma plataforma e partilhá-la com a comunidade mundial. Fizemos as contas e percebemos que o valor desse negócio seria ‘N’ vezes superior ao da BERD. O impacto do software para as nossas áreas de negócio é muito bom, mas melhor do que aumentar a faturação em 20% ou 30% é aumentá-la em 1000%. Começámos a investir fortemente nesse software, de tal maneira que se tornou no investimento prioritário para nós”, explica Pedro Pacheco.

A faturação média anual da BERD estimada para o triénio em curso (2024 – 2026) será de 16 milhões de euros, acima dos 13 milhões no triénio anterior. Mais de 96% do negócio é feito com clientes no estrangeiro, com destaque para Alemanha, França, Reino Unido, EUA, Peru, Chile, Turquia, Índia e Eslováquia. No período entre 2027 e 2029, as contas da empresa apontam para uma subida deste indicador para 60 milhões de euros e para um novo disparo para 140 milhões ao ano no triénio seguinte, com o “contributo esperado” da Bridge Intelligence para este indicador consolidado a rondar os 85%.

Começámos a questionar-nos sobre usar essa galinha dos ovos de ouro, esses algoritmos, para desenvolver uma plataforma e partilhá-la com a comunidade mundial. Fizemos as contas e percebemos que o valor desse negócio seria ‘N’ vezes superior ao da empresa.

Pedro Pacheco

CEO da BERD - Bridge Engineering Research & Design

Se nos equipamentos para pontes os clientes são construtores e nas pontes modulares a essa lista acrescenta as entidades públicas donas de infraestruturas, no caso desta plataforma de IA, os potenciais interessados são todos os players de engenharia de pontes, incluindo também os projetistas e fornecedores. “Temos feito apresentações, já há manifestações de interesse e alguns pediram licenças antecipadas. As vantagens são por demais evidentes. Mas queremos um reasonable viable product, um produto já com uma certa maturidade, por isso, por decisão estratégica, só vamos entrar no mercado em junho de 2026”, explicita.

“Temos um conceito próprio de inteligência artificial. Os algoritmos têm potencialidades extraordinárias, mas algumas fragilidades quando aplicadas a áreas com grande responsabilidade. Há um fenómeno com o nome técnico de alucinação e que se vê nos chats: responde bem a muitas coisas, mas de repente diz um disparate. O nosso tipo de IA é específico, com âncoras que são ligações do algoritmo à realidade. É mais caro, mas mais fiável. Não pode dizer disparates”, sublinha Pedro Pacheco, 57 anos, que leciona a disciplina de pontes na FEUP.

As pontes modulares valem atualmente mais de 50% da faturação da BERD.

Depois de uma primeira ronda de investimento de cinco milhões de euros em 2021 e de uma segunda em abril deste ano, no valor de três milhões e que a Explorer voltou a acompanhar, a Bridge Intelligence “provavelmente” terá outras para captar financiamentos de dois milhões antes de entrar no mercado e de 5 milhões adicionais logo a seguir a essa data. Para que precisa deste dinheiro? “Em vez de esperamos pela libertação de EBITDA do negócio, os números são tão atrativos que queremos acelerar o plano de negócio”, responde.

Parte desse investimento vai ser canalizado para o reforço da equipa da BERD, que neste momento ronda as 50 pessoas distribuídas pelas três áreas de negócio, quase todas instaladas em Matosinhos. Focados na Bridge Intelligence estão já 15 funcionários internos e 25 colaboradores em outsourcing a partir da Índia e do Paquistão. Especialistas em IA, tecnologias de informação, business analysts ou data engineers são alguns dos perfis “altamente qualificados e ambiciosos” que está a tentar recrutar para fazer crescer esta unidade em Portugal até às 50 pessoas no final do próximo ano.

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Virgílio Lima sem oposição na corrida à liderança do Montepio

Ao contrário do que sucedeu nas anteriores eleições, haverá apenas uma lista na corrida à liderança da maior mutualista do país. Virgílio Lima com via aberta para renovar mandato.

A maior associação mutualista do país vai a votos no final do ano para eleger os novos órgãos associativos. E o atual presidente, Virgílio Lima, já sabe que tem a vida facilitada para conseguir uma renovação do seu mandato à frente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). Ao contrário das últimas eleições, desta vez haverá apenas uma lista candidata – a lista incumbente– ao conselho de administração e conselho fiscal.

Com mais de 600 mil associados, o Montepio saiu dos holofotes nos últimos anos, mas continua a apresentar muitos desafios. Apesar dos lucros, mantém-se sob pressão sobretudo ao nível do seu balanço inflacionado pelos ativos por impostos diferidos e pelo banco (como o auditor tem repetido na certificação das contas), e também da necessidade de convergir para as regras do setor dos seguros exigidas pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) até 2030 – as quais obrigam a reduzir a sua exposição ao banco.

O próximo mandato, que irá até 2029, será assim decisivo para o futuro da mutualista, mas a oposição interna a Virgílio Lima – que transitou da administração de Tomás Correia – vai ficar de fora da corrida, ao contrário do que sucedeu em anteriores eleições.

ASF acelera prazos das eleições

Embora as eleições só venham a ter lugar previsivelmente na primeira quinzena de dezembro, o processo eleitoral já arrancou há vários meses por forma a dar tempo para se prepararem as listas e candidaturas.

O novo código mutualista, aprovado em 2018, trouxe uma exigência acrescida neste capítulo: para poder apresentar candidatura, os associados passaram a estar sujeitos a registo prévio da ASF que, não sendo ainda a autoridade de supervisão da AMMG, tem de autorizar o exercício de funções. Assim, para cumprir este requisito, os interessados tinham de solicitar os documentos à mutualista – incluindo a certidão de associado e um relatório de avaliação individual — até ao passado dia 30 de abril para darem início ao processo de avaliação junto do regulador.

O ECO sabe – e fonte oficial da AMMG confirmou – que apenas os associados que vão integrar a lista de Virgílio Lima para o conselho de administração e conselho fiscal fizeram este pedido.

Virgílio Lima, candidato à presidência da Associação Mutualista Montepio Geral, em entrevista ao ECO - 17NOV21

Mudanças à vista na próxima administração?

Virgílio Lima, que assumiu a liderança do grupo em 2019, após o afastamento de Tomás Correia, tendo sido reeleito no final de 2021, tem assim caminho aberto para mais um mandato.

Internamente, especula-se que poderá haver alterações na sua equipa, informação que a AMMG não confirma, nem desmente. “Este é um período sigiloso, por natureza e por razões óbvias, pelo que não seria ético prestar qualquer informação sobre nomes”, indica fonte oficial da instituição, prometendo revelar os nomes “oportunamente”.

Oposição só no conselho de representantes

Do lado dos que há quatro anos se candidataram contra Virgílio Lima, Eugénio Rosa lamenta a falta de unidade para se juntarem várias tendências numa lista única concorrente, enquanto Pedro Corte-Real afirmou, com desalento, que o “esforço e dedicação pessoal e financeiro são muito grandes para uma luta que os associados não estão disponíveis para participar”.

“Vale a pena concorrer quando se consegue uma grande unidade. Agora também não foi possível construir uma unidade com as outras tendências”, refere Eugénio Rosa ao ECO. “Nas últimas houve uma divisão. As listas concorrentes tiveram mais votos que a lista de Virgílio Lima, que só ganhou porque houve um fracionamento nas outras listas”, lembra.

Corte-Real diz que ainda acompanha a vida do Montepio, mas apenas na qualidade de associado-espectador. E continua a apontar-lhe os mesmos problemas que apontava quando se encabeçou a lista B em 2021: “Infelizmente é uma associação que decidiu ficar no século XX”.

O ECO tentou falar com Pedro Gouveia Alves, o outro cabeça-de-lista, mas não conseguiu contactá-lo.

Sem listas concorrentes ao conselho de administração e conselho fiscal, à oposição restará lutar por assentos no conselho de 30 representantes, lugares aos quais ainda poderão concorrer sem ter de obter autorização do regulador.

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Novas regras da mobilidade elétrica dividem setor quanto ao efeito nos preços e concorrência

Avaliação das empresas face à proposta para um novo regime da mobilidade elétrica diverge acentuadamente. Parte acusa efeito negativo nos preços e concorrência, outros apontam sobretudo benefícios.

O Novo Regime Jurídico de Mobilidade Elétrica está em suspenso desde a conclusão da consulta pública, que terminou há mais de dois meses. E os intervenientes do setor, ouvidos pelo ECO/Capital Verde, dividem-se na avaliação que fazem do documento preliminar: embora a permissão de autoconsumo nos pontos de carregamento seja um ponto positivo consensual, assim como a disponibilização de terminais de pagamento automático, as previsões dos efeitos nos preços, na concorrência e no crescimento da rede são antagónicas.

O objetivo do novo regime é, de acordo com a introdução da consulta pública, “dar à mobilidade elétrica um novo impulso para responder aos novos desafios do mercado e dos seus consumidores, que em muito se alteraram nos últimos 15 anos em Portugal e em todo o mundo”.

Para Ricardo Pacheco, responsável em Portugal da Iberdrola Bp pulse, “a mudança é claramente positiva“. O mesmo entende José Maria Sacadura, cofundador e diretor geral da Powerdot. Ambas as empresas têm o papel de operadores de pontos de carregamento, sendo responsáveis por instalar, operar e manter postos de carregamento. No entanto, com o novo regime, a Powerdot explica que terá de adaptar alguns dos seus sistemas e processos, nomeadamente para responder à gestão direta da venda de energia. Algo que já faz noutros mercados.

Já Daniela Simões, CEO e cofundadora da Miio, reconhece o esforço “para simplificar e liberalizar”, mas identifica “preocupações relevantes“, defendendo “mecanismos sólidos de regulação e coordenação” a acompanhar as mudanças. “Sem estas salvaguardas, corremos o risco de comprometer o progresso alcançado até agora na construção de uma mobilidade elétrica acessível, funcional e verdadeiramente centrada no utilizador”, alerta.

A Miio atua como facilitador entre os utilizadores de veículos elétricos e os operadores de pontos de carregamento, disponibilizado uma plataforma que integra informações em tempo real sobre localização, disponibilidade e preços dos postos, além de permitir o pagamento e a gestão centralizada de carregamentos.

Esta última posição é acompanhada por Ricardo Soares, diretor-geral da Go.Charge, que considera que a proposta, na forma atual, “apresenta mais riscos do que benefícios” e que “deve ser alvo de uma revisão profunda” para não levar a recuos na evolução da mobilidade elétrica. Esta empresa opera uma plataforma digital com o objetivo de facilitar os carregamentos, e oferece soluções que vão desde a instalação e operação de postos até à gestão de energia e frotas.

Na resposta à consulta pública, a UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos afirma que “a atual proposta é uma boa iniciativa, com pontos positivos e importantes para a maturação da mobilidade elétrica em Portugal”, mas “necessita de várias melhorias antes de ser publicada”. Toma o novo regime como “um modelo diferente que restringe escolhas e retira opções ao utilizador“, acusando que “a direção deste documento parece querer voltar ao ponto de partida”.

Há alguns pontos consensualmente positivos. Um deles é o facto de passar a ser possível vender nos postos energia produzida localmente, através de soluções de autoconsumo, “o que incentiva o uso de fontes renováveis“, realça Ricardo Pacheco. Ao mesmo tempo, vai permitir que seja adicionada a possibilidade de carregamento bidirecional, isto é: quando o sistema precisar, o veículo elétrico pode “emprestar” a sua energia à rede.

Outro dos pontos mais apreciados é a disponibilização nos pontos de carregamento elétrico de meios de pagamento eletrónico alternativos, como o QR Code ou o cartão bancário. Desta forma, qualquer condutor pode usar os postos sem ter um contrato com uma empresa.

Um dos pontos que mais causa discórdia é a eliminação da figura do comercializador de eletricidade para a mobilidade elétrica (CEME) e da gestão centralizada da rede de mobilidade elétrica em Portugal, até agora operada pela Entidade Gestora da Rede Mobilidade Elétrica (Mobi.E). Cria-se, em paralelo, a figura de Prestadores de Serviços de Mobilidade, que prestam serviços ao utilizador em troca de remuneração, incluindo a venda de serviços de carregamento elétrico. Os prestadores de serviços poderão estabelecer as suas próprias redes de pontos de carregamento, sem necessidade de ligação obrigatória a uma rede comum, lê-se no documento em consulta.

Na ótica da Iberdrola Bp Pulse, a integração de funções que até agora estavam separadas, de operador de postos de carregamento (OPC) e CEME, “torna o sistema mais eficiente e transparente”. A Powerdot acredita que esta iniciativa “simplifica toda a cadeia de valor, promovendo uma relação mais direta entre operador e utilizador“.

Atualmente, os operadores de postos de carregamento registam-se na Mobi.E, assim como os comercializadores, sendo que os segundos podem vender eletricidade em qualquer infraestrutura, independentemente do OPC que a gere. Na reformulação do regime, ao deixar de existir a figura de CEME, é o OPC que vende a energia, passando o CEME a ser unicamente um prestador de serviços de mobilidade (eMSP — Electric Mobility Service Provider), pelo que os utilizadores poderão realizar contratos com estes últimos (ou pagar através de TPA), mas os ex-CEME têm de chegar a acordo com os OPC para operarem na sua infraestrutura.

A primeira crítica, apontada pela Miio, prende-se com a possibilidade de se acabar por limitar os utilizadores que prefiram estar vinculados a um prestador de serviço único e queiram usar o respetivo cartão/aplicação, em vez de pagarem através dos terminais de multibanco nos postos. Isto, já que os OPC podem optar por não abrir a sua rede a todos os prestadores.

A integração OPC/CEME e eventual fragmentação do mercado “poderá resultar em cálculos de rotas menos eficientes, maior risco de zonas sem cobertura e a necessidade de recorrer a várias aplicações para comparar opções de carregamento e preços”, assinala Daniela Simões. Deste modo, pode vir a ser necessário ter-se várias aplicações e cartões de cada rede caso o utilizador não queria pagar através de QR Codes ou TPA quando estes estiverem disponíveis. “Podemos estar a dar um passo para trás, assemelhando a nossa realidade com a de outros países“, indica.

As empresas, face ao novo modelo, podem ter de fornecer cartões de crédito ou débito a cada colaborador com veículo elétrico, para que estes não tenham o acesso à rede limitado, indica o diretor-geral da Go.Charge.

Em segundo lugar, “acresce o fim da faturação centralizada, que pode complicar a gestão de custos, sobretudo para empresas“, continua o diretor-geral da Go.Charge. No sistema atual, o CEME escolhido pela empresa consegue reunir todas as faturas relativas ao cliente e entregá-las num mesmo documento. O uso de TPA implica a recolha e processamento de múltiplas faturas. A eventual adesão a diferentes prestadores de serviço também acarreta maiores custos burocráticos.

Por fim, a Go.Charge e a Miio unem-se na preocupação relativa à concorrência. Atualmente, existem mais de 100 OPC e mais de 30 CEME. A Miio concede que a liberalização pode “abrir espaço para novas dinâmicas comerciais e maior flexibilidade na definição de preços”, mas assinala ” o risco de práticas desleais e de concentração do mercado em poucos operadores dominantes”, o que “poderia prejudicar a diversidade de ofertas, reduzir a inovação e, no longo prazo, comprometer a experiência do utilizador final”, entende. “Sem um modelo que assegure a coexistência de múltiplas ofertas comerciais num único ponto de carregamento, como acontece atualmente, não haverá verdadeira concorrência“, reforça Ricardo Soares, tendo em conta que não é tecnicamente viável instalar postos de diferentes operadores no mesmo local.

Pelo contrário, a Powerdot considera que a integração “terá um efeito positivo no que toca à concorrência, ao permitir que os operadores se diferenciem na qualidade do serviço, nos preços e nas soluções tecnológicas que oferecem”.

A mesma empresa concede ainda que, se não houver uma boa integração técnica entre os operadores de pontos de carregamento (OPC) e as aplicações de mobilidade elétrica (CEMEs), a experiência dos utilizadores poderá, em alguns casos, piorar, com dificuldades na autenticação ou no acesso às melhores tarifas. Para a Iberdrola Bp Pulse, o ponto mais negativo é a incerteza gerada pela necessidade de regulamentação complementar, já que algumas portarias ainda estão por definir.

Efeito no preço é uma incógnita

A Powerdot acredita que o novo modelo “não deverá trazer grandes alterações imediatas nos preços de carregamento”, e estes deverão manter-se “muito semelhantes aos atuais”. A grande diferença, assinala José Maria Sacadura, será na forma como esses preços são apresentados: “serão mais fáceis de entender, mais transparentes e acessíveis para os utilizadores“.

Isto porque os OPC vão ser obrigados a afixar de forma “clara, completa, adequada e visível”, nos respetivos pontos de carregamento, informação relativa ao preço aplicável e todas as suas componentes, nomeadamente o preço por quilowatt-hora (kWh), de modo a dar a conhecer aos utilizadores estes elementos antes de iniciarem uma sessão de carregamento, lê-se na proposta legislativa.

Contudo, as empresas que assinalam perigo para a concorrência são, naturalmente, as mesmas que apontam o risco de aumento de preços. A Miio concede que a liberalização do setor poderá incentivar a celebração de acordos bilaterais entre os ex-CEME e OPC, “promovendo ações comerciais mais agressivas e vantajosas para o utilizador final“. No entanto, assinala que a integração das figuras de CEME e OPC pode beneficiar operadores com maior capacidade de mercado, o que, a médio prazo, pode levar à concentração do setor e a práticas menos favoráveis para o utilizador. ” A simples introdução de terminais de pagamento por cartão não assegura concorrência nos preços; garante apenas mais uma forma de pagamento”, sublinha Ricardo Soares, da Go.Charge.

Crescimento da rede pode ser afetado

A Iberdrola Bp Pulse está otimista quanto ao efeito do novo regime na proliferação da rede de carregamento. ” Estas simplificações vão facilitar a instalação de novos pontos de carregamento, inclusive em zonas de menor densidade populacional, promovendo uma maior utilização de veículos elétricos e uma rede mais densa e coesa em todo o país”, vaticina Ricardo Pacheco.

Se a confiança na rede for abalada — por problemas de acesso ou interoperabilidade —, arriscamos assistir a uma desaceleração no crescimento do setor“, afirma Ricardo Soares. A Miio sublinha igualmente a importância do acesso universal aos postos (roaming) para que a rede expanda, assim como a existência de um ecossistema previsível, estável e atrativo para o investimento.

O contexto de eleições tem afetado a capacidade de avançar a discussão do regulamento, que prevê desde já a criação de um regime transitório de dois anos “para salvaguardar uma transição sem disrupções” entre o regime centralizado e aquele que se segue. Contactado sobre os próximos passos, o ministério das Infraestruturas não se pronunciou até ao fecho deste artigo.

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MBA português com intercâmbio nos EUA escapa (para já) a ‘aperto’ de Trump

Cerca de 100 estudantes do The Lisbon MBA passam, todos os anos, até um mês no MIT Sloan, nos Estados Unidos. Imersão vai manter-se, apesar de 'aperto' anunciado nos vistos para estudantes.

Primeiro foram os estudantes estrangeiros em Harvard. A administração de Donald Trump decidiu retirar a essa universidade a capacidade de matricular alunos vindos de fora dos Estados Unidos e forçar os que já lá estavam a irem para outras escolas. Agora, o aperto promete alargar-se, tendo o Governo norte-americano ordenado às embaixadas que interrompam (temporariamente) o agendamento de novas entrevistas para a atribuição de vistos a alunos.

Ainda assim, a imersão dos estudantes do The Lisbon MBA na escola norte-americana MIT Sloan vai manter-se, garante a diretora executiva desse programa, em declarações ao ECO. Maria José Amich diz estar, no entanto, atenta “às possíveis alterações nos procedimentos e requisitos que possam vir a afetar os alunos no futuro”.

Considerado um dos 25 melhores na Europa, o The Lisbon MBA junta a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) à escola de negócios da Universidade Católica, em colaboração com a MIT Sloan School of Managment, nos Estados Unidos.

É composto por dois programas: o International MBA, de 12 meses, a tempo inteiro; e o Executive MBA, de 20 meses, a tempo parcial. Ambos incluem uma imersão no MIT Sloan, em Boston (de um mês e uma semana, respetivamente), “focada em empreendedorismo e inovação”.

Ao ECO, a diretora executiva explica que, no âmbito destes dois programas, 90 a 100 alunos viajam todos os anos até Boston para participarem na imersão, que decorre “habitualmente durante o mês de junho“.

No âmbito dos nossos dois programas, o The Lisbon MBA Internacional e o The Lisbon MBA Executivo, entre 90 a 100 alunos viajam anualmente até Boston para participarem na experiência única que é o MIT Sloan Immersion.

Maria José Amich

Diretora executiva do The Lisbon MBA Católica|Nova

Com junho agora a começar, a imersão deste ano acontece assim num momento de incerteza nos Estados Unidos, também no que aos estudantes estrangeiros diz respeito.

Ainda na semana passada, o Politico avançou que a Administração Trump está a ponderar exigir que todos os estudantes estrangeiros tenham a sua presença nas redes sociais avaliada. E, em preparação, o Governo norte-americano ordenou às embaixadas e postos consulares que interrompam o agendamento de novas entrevistas para a atribuição de vistos a estudantes.

Essa ordem chegou, contudo, já depois de os vistos terem sido atribuídos aos estudantes do The Lisbon MBA, pelo que — pelo menos, nesta edição — o programa “escapou” ao aperto do Presidente.

“Este ano, dado que a participação dos nossos alunos no MIT Sloan Immersion tem início já na primeira semana de junho, não registámos, até ao momento, qualquer impacto no processo de atribuição de vistos. No entanto, estamos atentos às possíveis alterações nos procedimentos e requisitos que possam vir a afetar os nossos alunos no futuro”, assinala Maria José Amich.

“Importa também referir que, até à data, não recebemos quaisquer preocupações adicionais por parte dos candidatos que estão atualmente a preparar as suas candidaturas para o The Lisbon MBA Executivo (com início em outubro de 2025) ou para o The Lisbon MBA Internacional (com início em janeiro de 2026)”, acrescenta a mesma.

Este ano, dado que a participação dos nossos alunos no MIT Sloan Immersion tem início já na primeira semana de junho, não registámos, até ao momento, qualquer impacto no processo de atribuição de vistos.

Maria José Amich

Diretora executiva do The Lisbon MBA Católica|Nova

Já questionada sobre se o “travão” decidido pelos EUA pode pôr em risco a parceria com o MIT Sloan, a diretora executiva frisa que essa é uma “colaboração estratégica e de longa data, com mais de 15 anos”.

“Esta parceria é essencial para o posicionamento e a proposta de valor do The Lisbon MBA Católica|Nova, não só pelo prestígio da instituição, mas também pela complementaridade dos conteúdos oferecidos, que enriquecem o currículo dos nossos programas de MBA”, afirma a responsável.

“Esta colaboração proporciona ainda um benefício adicional muito valorizado: os nossos graduados adquirem o estatuto de MIT Sloan Affiliate Alumni, o que lhes permite integrar a rede global de alumni desta prestigiada escola. Este estatuto vem complementar a sua pertença à comunidade de alumni do The Lisbon MBA, da CATÓLICA-LISBON e da Nova SBE, ampliando significativamente as suas oportunidades de networking e desenvolvimento profissional a nível internacional”, nota Maria José Amich.

Temos uma colaboração [com a Universidade de Harvard], no contexto do nosso Centro de Medicina Humanitária e de Catástrofe. Não foi afetada que tenhamos conhecimento.

João Eurico Cabral da Fonseca

Diretor da FMUL

O The Lisbon MBA não é o único programa português com parceiros norte-americanos. Por exemplo, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa colabora com a Universidade de Harvard no contexto do Centro de Medicina Humanitária e de Catástrofe, confirmou ao ECO João Eurico da Fonseca, diretor desta faculdade.

Também neste caso o bloqueio aos estudantes estrangeiros promovido por Trump “não foi afetado”, garante o responsável.

O ECO questionou também o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Ministério da Educação sobre estas parcerias, mas não obteve respostas até ao momento.

O ECO também pediu esclarecimentos à embaixada dos Estados Unidos em Lisboa acerca do agendamento das entrevistas para atribuição de vistos e da avaliação das redes sociais dos estudantes, mas foi remetido para o Departamento de Segurança Interna norte-americano.

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Cirurgias extra representam menos de 5% da atividade dos maiores hospitais privados

Grupos CUF, Luz Saúde e Lusíadas Saúde realizaram entre 2% a 4,9% do total das cirurgias no âmbito do sistema de redução das listas de espera. No contexto de toda a hospitalização privada, são 5,5%.

As cirurgias adicionais, realizadas no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), representam menos de 5% da atividade cirúrgica dos maiores grupos de saúde privados em Portugal. Os hospitais de gestão privada colaboram com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para aliviar as listas de espera de doentes, mas nem uma em cada 20 operações na CUF, Luz Saúde e Lusíadas Saúde são feitas ao abrigo deste programa.

No grupo Lusíadas Saúde, o peso do SIGIC na atividade cirúrgica é de apenas 2%. A convenção com o Ministério da Saúde para SIGIC abrange as unidades hospitalares de Braga, Porto, Amadora e Albufeira. Em 2024, estes quatro hospitais Lusíadas realizaram 2.350 cirurgias no âmbito do SIGIC, sendo que, entre janeiro e abril deste ano, foram aproximadamente 800 intervenções.

“O SIGIC foi criado no seguimento dos programas especiais de combate às listas de espera para cirurgia e é, sobretudo, executado atualmente pelos Hospitais do SNS. A Lusíadas Saúde aderiu a este programa por ter um forte compromisso com o SNS, trabalhando em colaboração para melhorar a saúde de todos os portugueses”, refere ao ECO fonte oficial do grupo liderado por Vasco Antunes Pereira.

A CUF realizou 2.084 cirurgias através do SIGIC no ano passado, o que representa 4,2% do total de cirurgias totais nesta rede hospitalar, cuja presidência executiva está a cargo de Rui Diniz. Nos primeiros quatro meses de 2025, a percentagem é de 3,5%, de acordo com os dados enviados ao ECO.

Para a Luz Saúde, as cirurgias em contexto SIGIC foram 4,9% do total de intervenções feitas pelos hospitais da empresa gerida por Isabel Vaz. Ou seja, aproximadamente 3100 doentes das listas de espera do Estado foram operados na Luz Saúde, tendo em conta que em 2024 o número de cirurgias realizadas rondou os 65 mil.

No conjunto de todos os hospitais privados do país, foram realizadas 15.766 cirurgias em SIGIC de um total de quase 287 mil cirurgias (286.941) feitas no ano passado, o que corresponde a 5,5%. “É um valor historicamente baixo. Em termos proporcionais, nunca tínhamos tido tão pouca atividade com o Estado”, reafirmou, em declarações ao ECO, o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).

Óscar Gaspar considera que há duas leituras destes valores: “Por um lado, o Estado internalizou uma boa parte das cirurgias, o tal SIGIC interno [produção adicional] do qual se tem falado nos últimos dias. Por outro lado, na componente de relação entre os hospitais privados e o SNS, o SIGIC tem múltiplos problemas que impedem que haja mais recurso aos privados”.

“Quando o cidadão recebe um voucher, e escolhe o hospital onde quer fazer a cirurgia, tem que ser transitado o processo clínico do hospital de origem para o hospital que vai fazer a cirurgia. Em muitos casos, essa transição não era feita. E o hospital de origem bloqueava o processo e não libertava o dossiê clínico”, denunciou o presidente da APHP.

Na opinião de Óscar Afonso, os hospitais públicos “têm feito tudo para impedir que as cirurgias sejam feitas nos hospitais privados”, mas recusa fazer “considerações” sobre o assunto. “É um problema do SNS e dos administradores hospitalares com a tutela. Sempre manifestámos a nossa disponibilidade para fazer mais cirurgias e também mais consultas de especialidade para reduzir listas de espera”, declara.

Sistema de gestão vai mudar

O SIGIC permite aos profissionais de saúde realizarem cirurgias fora do horário laboral com o intuito de reduzir as filas de espera nos hospitais públicos. É um sistema criado há 21 anos, mas na semana passado voltou à esfera mediática após a polémica em torno do dermatologista do Hospital de Santa Maria que recebeu mais de 400 mil euros por dez dias de trabalho adicional ao sábado em 2024, sendo que um deles foi utilizado para retirar lesões benignas aos pais, como noticiou a CNN Portugal.

Ainda antes de este caso vir a público, o Governo começou a preparar o sucessor do SIGIC. O novo sistema de gestão de cirurgias – Sistema de Informação Nacional de Acesso a Consulta e Cirurgia (SINACC) – pode vir a ser testado no final de setembro, depois de ser entregue o relatório do grupo de trabalho responsável pela pasta. O ECO sabe que o prazo de entrega é o dia 20 de setembro, mas os 19 membros do grupo coordenado pela médica anestesista Joana Irene Barros Mourão estarão prontos para dar ao Ministério da Saúde a versão final do documento no dia 16 de setembro.

O SINACC – previsto no Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS) aprovado pelo Governo em maio – irá definir tempos para triagem para o período entre o pedido e a análise do mesmo pelo médico triador do hospital e permitir fazer “o percurso do doente desde que é referenciado pelo centro de saúde para uma primeira consulta hospitalar”, avançou o jornal Público.

A Ordem dos Médicos foi consultada pelo grupo de trabalho sobre este sistema, mas pretende estar envolvida formalmente na sua criação e operacionalização. Aliás, o bastonário Carlos Cortes apelou a que se faça uma “mudança profunda” e se implemente um “plano de gestão robusto, transparente, escrutinável” composto por mecanismos de validação clínica dos atos codificados (verificações independentes e regulares que assegurem que os atos médicos registados correspondem à realidade clínica), sistemas de alerta precoce para produção anómala centralizados na direção executiva do SNS (ferramentas que sinalizem automaticamente padrões anómalos de produção ou codificação), controlo externo regular (auditorias independentes com peritos) e avaliação dos resultados.

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Carris em greve parcial até sexta-feira

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

Trabalhadores da Carris iniciam uma greve parcial até sexta-feira, às primeiras e últimas horas do serviço diário de cada profissional dos vários setores, em protesto pelo impasse das negociações.

Trabalhadores da Carris iniciam esta segunda-feira uma greve parcial até sexta-feira, às primeiras e últimas horas do serviço diário de cada profissional dos vários setores (tráfego, oficinas ou administrativo), em protesto pelo impasse das negociações com a transportadora.

Os sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa lisboeta (que opera o serviço público rodoviário da cidade e também elétricos e ascensores de rua), convocaram uma paralisação de duas horas no início e no fim de cada turno entre hoje e 06 de junho e de 24 horas em 12 de junho, tendo sido decretados serviços mínimos por um tribunal arbitral. Além de serem obrigatórios serviços como o transporte exclusivo de deficientes ou os postos médicos da empresa, têm de funcionar “em 50% do seu regime normal” as carreiras 703, 708, 717, 726, 735, 736, 738, 751, 755, 758, 760 e 767.

Em 13 de maio, o Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) explicou que o acordo sobre as atualizações salariais não implicaria o encerramento do processo negocial e que, juntamente com a empresa, iria constituir “grupos de trabalho com vista, nomeadamente, à redução do horário de trabalho de forma faseada para as 35 horas semanais”.

Segundo o sindicato, já se tinha conseguido reduzir a prestação de trabalho efetivo para cerca de 37 horas e 30 minutos semanais, “facto que só foi assumido por todos os envolvidos nesse processo algum tempo depois”, tendo-se realizado em 30 de abril a primeira reunião do grupo de trabalho criado para a redução da prestação de trabalho efetivo para as 35 horas semanais.

Em declarações à Lusa, o presidente da Carris, Pedro de Brito Bogas, realçou que tem tido “um bom diálogo com as organizações sindicais”, mas assumiu como evidência que “os sindicatos querem sempre mais”. “Este ano tivemos esta dificuldade, estamos a ter esta dificuldade que é estarmos num ciclo de forte aumento salarial e ao mesmo tempo há uma reivindicação de diminuição do horário de trabalho das 40 para as 35 horas“, disse.

De acordo com Pedro Bogas, a diminuição das 40 para as 35 horas, que o responsável diz ser uma ambição legítima, é “extremamente difícil e põe em causa a sustentabilidade da empresa”.

“Nós não conseguimos, num mesmo momento e num período tão curto, aumentar bastante as remunerações e diminuir o tempo de trabalho […]. Temos muita consideração, muita atenção a todas essas reivindicações, já demos vários exemplos disso, mas tem um custo para a empresa muito [grande]: neste momento estimamos em oito milhões de euros, mas poderá ser superior e para além disso não é, do ponto de vista logístico, exequível”, frisou.

A Carris está sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017 e os trabalhadores são representados por várias estruturas sindicais, como o SNMOT, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos (STRUP), o Sitra – Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, o Sitese – Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços e o ASPTC – Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas.

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Estas cinco escolas portuguesas estão entre as melhores do mundo na formação de executivos

Nova SBE consolida a liderança entre escolas portuguesas, subindo 11 posições na tabela da formação aberta. Católica, ISEG, ISCTE, PBS/FEP também estão em destaque no ranking do "Financial Times"

cinco escolas de negócios portuguesas entre as melhores do mundo, no que diz respeito à formação de executivos. Na edição deste ano do ranking do Financial Times, a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) consolida a liderança nacional, melhorando 11 posições nos programas abertos. Já nos programas customizados, é a Porto Business School em conjunto com a Faculdade de Economia da Universidade do Porto que mais sobem.

“Em 2025, a Nova SBE consolida a sua posição como líder nacional, ocupando o primeiro lugar em Portugal, tanto nos programas customizados como nos programas abertos”, sublinha a escola liderada por Pedro Oliveira, numa nota enviada às redações.

No que diz respeito aos programas abertos a todos, a Nova SBE aparece em 30.º lugar no ranking do Financial Times, melhorando 11 posições face à edição do ano passado.

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Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE)Hugo Amaral/ECO

Já nos programas feitos à medida para organizações individuais, a Nova SBE ocupa o 15.º lugar da tabela, piorando duas posições face ao último ano. Mantém-se, ainda assim, “no grupo restrito das quinze instituições de topo a nível global“, salienta a escola.

“Este reconhecimento internacional é um reflexo do compromisso da Nova SBE com a formação de líderes preparados para transformar organizações e sociedades. Continuamos a desafiar os limites do ensino executivo, combinando ciência, inovação e propósito para criar impacto real”, afirma Pedro Oliveira, dean da Nova SBE.

Católica melhora nos programas abertos, mas piora nos fechados

Na edição deste ano dos rankings do Financial Times, a Católica LisbonSchoolof Business & Economics, à semelhança da Nova SBE, melhora a sua posição nos programas abertos, mas piora nos customizados.

Na formação aberta a todos, esta escola aparece em 37º lugar na tabela, subindo cinco posições face ao resultado do último ano.

Já na formação customizada, ocupa a posição 50, deslizando 20 posições em comparação com a edição de 2024 do ranking do jornal britânico.

“A Católica Lisbon School of Business and Economics volta a ser reconhecida pelo 18º ano consecutivo no ranking Financial Times executive education, posicionando-se entre as melhores escolas de negócios do mundo nos programas de inscrição aberta e formação customizada para empresas”, assinala a escola em comunicado.

Na visão de Filipe Santos, dean desta escola, ocupar há 18 anos o lugar de uma das melhores escolas de negócios do mundo na formação executiva “é motivo de grande orgulho e uma prova da consistência e compromisso com a excelência”. “Este reconhecimento sublinha, em particular, a qualidade do nosso corpo docente e a inovação dos nossos programas, pilares essenciais na formação de líderes preparados para antecipar tendências, tomar decisões estratégicas e liderar com visão, responsabilidade e impacto”, realça o mesmo.

ISEG entre as melhores, mas piora em ambos os rankings

Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG)Hugo Amaral/ECO

Se na edição passada o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) era uma das escolas que podia celebrar por ter melhorado as suas classificações, desta vez a história é diferente. A escola presidida por João Duque mantém-se entre as melhores do mundo, mas piora tanto na formação executiva aberta a todos, como nos programas customizados.

No que diz respeito aos programas abertos, o ISEG aparece no lugar 68 do ranking do Financial Times, descendo 11 lugares.

Já nos programas customizados, a quebra é menor: nove lugares, para a posição 48 da tabela mundial.

João Duque, presidente desta escola, sublinha que o ISEG não trabalha para rankings, mas realça que este reconhecimento é um incentivo para que se continue a trabalhar com “ambição, consistência e paixão“. “Sempre ao serviço daquela que é a nossa missão de desenvolver líderes conscientes, preparados para criar valor nas organizações e na sociedade“, frisa.

E acrescenta: “deixa-nos também muito satisfeitos que cinco escolas portuguesas façam parte deste ranking, pois atesta a qualidade da oferta em formação executiva que Portugal tem para oferecer, e reforça a capacidade que o nosso país tem de atrair – eventualmente, reter – os líderes do futuro”.

ISCTE também cai na formação aberta, mas melhora na customizada

À semelhança do ISEG, também o Iscte Executive Education continua entre os melhores do mundo, mas desce no ranking do Financial Times da formação de executivos aberta a todos. Nos programas feitos à medida de organizações, consegue, contudo, melhorar face ao último ano.

No que diz respeito à formação de executivos aberta, esta escola de negócios ocupa o lugar 67 do ranking do jornal britânico, piorando três posições face à edição do ano passado.

Já nos programas feitos à medida, há uma melhoria homóloga. Neste caso, o Iscte aparece em 44.º lugar, melhorando um lugar em comparação com a última edição.

Para José Crespo de Carvalho, presidente do Iscte Executive Education, estes resultados “são um sinal inequívoco da confiança que as organizações globais depositam” nesta escola, mas também da dedicação dos docentes e da motivação dos alunos. “Estar no top 50 mundial é motivo de orgulho, mas não é um ponto de chegada. É um incentivo renovado para continuar a transformar líderes e organizações, com impacto real e alcance global”, declara.

Escolas do Porto são as únicas que melhoram em ambos os rankings

Faculdade de Economia da Universidade do Porto

Entre as cinco escolas nacionais que aparecem nesta edição do ranking do Financial Times, só uma melhora tanto na formação de executivos aberta a todos, como nos programas customizados. Em causa está a Universidade do Porto (Faculdade de Economia e Porto Business School).

No que diz respeito aos programas abertos a todos, a Universidade do Porto aparece no lugar 43 da tabela do Financial Times, subindo uma posição face ao resultado da última edição.

Já nos programas customizados, a melhoria é mais acentuada. Com uma subida de cinco posições, a Universidade do Porto chega ao 42.º lugar do ranking do jornal britânico. “Com estes resultados, a PBS destaca-se como a escola de negócios portuguesa que mais subiu na categoria de programas customizados, um reconhecimento adicional da qualidade dos programas desenvolvidos em parceria com empresas e organizações“, é sublinhado numa nota enviada às redações.

Para José Esteves, dean da Porto Business School, “estes resultados reforçam o posicionamento internacional da Porto Business School como uma escola de excelência na formação executiva, focada na preparação de líderes para os desafios atuais e do futuro”.

Estes rankings do Financial Times analisam a formação de executivos, nas 85 melhores escolas em programas abertos e as 95 melhores em programas customizados.

Nos programas abertos, o “ouro” é London Business School, que toma o lugar à HEC Paris (que ocupa agora o segundo lugar). Já na formação customizada, o topo do pódio é ocupado pela IMDInternational Institute for Management Development, que “rouba” o lugar cimeiro à Insead (que aparece agora em quinto lugar).

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ARCOlisboa destaca dinamismo das vendas

  • Lusa
  • 1 Junho 2025

A Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa 2025 termincom "resultados positivos". Destaca-se o "dinamismo das vendas" e os mais de 14 mil visitantes.

A Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa 2025 terminou este domingo com “resultados positivos”, segundo a organização, que destaca o “dinamismo das vendas” e os mais de 14.000 visitantes num balanço da iniciativa.

Em comunicado, a organização, que integra a IFEMA Madrid e a Câmara Municipal de Lisboa, considera que esta oitava edição da feira reafirmou “o seu papel como plataforma internacional da arte contemporânea em Portugal”. “O dinamismo das vendas reportado pelas galerias participantes reflete o firme compromisso dos colecionadores, tanto portugueses como internacionais, com a arte contemporânea“, indica.

Quanto aos estimados mais de 14 mil visitantes, o balanço assinala a “adesão significativa” dos jovens “impulsionada pela iniciativa do Ministério da Cultura, que promoveu o acesso gratuito a menores de 25 anos na sexta-feira e no sábado”, considerando que tal “contribuiu para aproximar a arte contemporânea das novas gerações e reforçar o compromisso da ARCOlisboa com a formação de novos públicos culturais”.

O atrativo das propostas artísticas apresentadas pelas galerias participantes [83 de 17 países], aliado ao dinâmico programa cultural das instituições públicas e privadas da cidade, foi fundamental para atrair colecionadores e profissionais de destaque a nível mundial”, refere a diretora da ARCOlisboa, Maribel Lopez, citada no comunicado.

A organização adianta que a Câmara Municipal de Lisboa comprou 14 obras de sete artistas – Gabriela Albergaria, Ana Jotta, Carla Filipe, Mónica de Miranda, Maria Condado, João Maria Gusmão e Jonathan Saldanha -, enquanto a Fundação ARCO adquiriu obras das artistas Carla Filipe, Marina González e Nana Mandl.

Em relação aos prémios atribuídos, cujo “número continua a crescer”, o comunicado indica que a galeria madrilena Travesía Cuatro venceu o III Premio Fundação Millennium bcp para o melhor expositor, tendo o Prémio Opening Lisboa distinguido o Enhorabuena Espácio, com os artistas Venuca Evanán e Fátima Rodrigo, enquanto a galeria Method, com os artistas Ammama Malik, Shivangi Kalra e Sajid Wajid Shaikh, recebeu uma menção especial.

Os novos Prémio Aquisição Museu de Arte Contemporânea Armando Martins (MACAM) e Prémio Aquisição Coleção Studiolo — Candela A. Soldevilla, da colecionadora espanhola, foram atribuídos à obra de Glenda Leon – galeria Max Estrella – e à obra de Leonor Serrano Rivas – galeria Carlier | Gebauer -, e de Jorge Queiroz – Bruno Múrias -, respetivamente.

O Prémio de Aquisição MEXTO Property Investment foi atribuído à artista Ana Malta, da galeria This is not A White Cube.

A nona edição da ARCOlisboa vai decorrer de 28 a 31 de maio de 2026, mais uma vez no edifício da Cordoaria Nacional.

Lusa/Fim

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Projeções dão empate nas presidenciais na Polónia

  • Lusa
  • 1 Junho 2025

Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.

Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, realizada este domingo, estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.

As projeções, divulgadas nas emissoras polacas, dão uma curta vantagem ao atual presidente da Câmara de Varsóvia, o liberal europeísta Rafal Trzaskowski, com 50,3% dos votos, contra 49,7% do seu adversário conservador, o historiador independente Karol Nawrocki.

O estudo da Ipsos tem uma margem de erro de dois pontos percentuais.

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Ageas premeia projetos inovadores na prevenção

  • ECO Seguros
  • 1 Junho 2025

Aos vencedores foi-lhes atribuído um selo e um troféu e o acesso a análises preventivas e serviços de gestão de risco por parte das equipas, Ageas Seguros.

A Ageas Seguros anunciou os vencedores da 5.ª edição do Prémio Inovação em Prevenção que premeia as práticas empresariais mais inovadoras e eficazes na área de prevenção. Os projetos são distinguidos em três categorias, nomeadamente, pessoas, património e ambiente e com um prémio para o Melhor Projeto de Inovação em Prevenção.

Aos vencedores foi-lhes atribuído um selo e um troféu e o acesso a análises preventivas e serviços de gestão de risco por parte das equipas, Ageas Seguros – serviços PAR e Ageas Repara. Ainda, com a atribuição de propostas de valor formativas pelos parceiros ISQ e IAPMEI, bem como visibilidade mediática e espaço publicitário.

A Herdade da Malhadinha Nova foi reconhecida com a distinção “Melhor Projeto em Ambiente” pela aplicação de práticas regenerativas e circulares, como a compostagem, reutilização de águas através da sua ETAR biológica, eficiência no uso da água e mobilidade elétrica com a aquisição de diversas viaturas, além do uso de energia solar, que corresponde a 20% do consumo.

Na categoria do Património a Ilhaplast foi distinguida pela implementação de rigorosas medidas de segurança e prevenção na produção de embalagens para medicamentos, que asseguram a qualidade e a proteção do património.

Já a Gofoam foi reconhecida na categoria pessoas pelo seu programa de segurança e bem-estar dos colaboradores, que inclui ginástica laboral, inspeções proativas de riscos e otimização dos processos de trabalho, com o objetivo de prevenir acidentes e melhorar as condições da comunidade interna. A Gofoam foi ainda reconhecida com o prémio “Melhor Projeto de Inovação em Prevenção”.

Destaque, ainda, para as empresas que receberam uma menção honrosa: na categoria de Ambiente, a Addvolt foi distinguida pela sua solução inovadora para eletrificar e descarbonizar veículos de refrigeração, reduzindo emissões de CO2 e promovendo a sustentabilidade no setor dos transportes. Na categoria de Património, a Cartonagem São Tiago, foi reconhecida pelo seu investimento numa nova unidade produtiva com foco na otimização de processos e na sustentabilidade, através da modernização da sua unidade de Braga.

“Estes projetos demonstram não só ganhos de eficiência operacional, mas também a criação de ambientes de trabalho mais protegidos e sustentáveis. Esperamos que as práticas agora reconhecidas inspirem outras organizações a priorizar a gestão de riscos, tornando o setor empresarial mais seguro e as comunidades mais protegidas”, afirma Gustavo Barreto, Membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal e Membro do Júri.

O premeio para o melhor projeto contou com vários parceiros: Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), COTEC Portugal, Compete 2030, Ordem dos Economistas, Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), Agência Nacional de Inovação (ANI) e A Cor do Dinheiro.

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Seguradoras europeias criticam FiDA. “Arrisca-se a criar mais problemas do que aqueles que resolve”

Para a Insurance Europe o atual Regulamento de Acesso a Dados Financeiros impõe custos extra às empresas, podendo atrasar a inovação. Veja as recomendações que apresenta.

Ainda que reconheça que o Regulamento de Acesso a Dados Financeiros (FiDA) possa “trazer ganhos”, a Insurance Europe (IE) considera que a proposta apresentada pela Comissão Europeia e pelo Conselho Europeu “tal como está arrisca-se a criar mais problemas do que aqueles que resolve”, indicou em comunicado.

Na prática, o Regulamento FiDA estabelece um novo ecossistema de partilha de dados financeiros, baseado no consentimento do consumidor e em regras para garantir segurança e transparência. Define regras estritas.

A federação que representa as associações nacionais de seguros e resseguros da Europa, à qual se associa a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), considera que para as empresas se tornarem “mais competitivas e proporcionarem benefícios aos seus clientes”, o FiDA deve “evitar acrescentar novos custos e complexidade que as atrasem”. Por outro lado, defende que o regulamento “não deve abrir a porta para que as grandes empresas tecnológicas e as empresas não comunitárias acedam aos dados dos cidadãos da UE de formas que possam prejudicar a privacidade dos dados ou a concorrência leal”.

No que aos encargos financeiros para as empresas diz respeito, a Insurance Europe defende que no modelo que está sobrecarga as empresas “sem uma imagem clara dos benefícios para o consumidor, mercado ou inovação”. Por isso, propõe implementar por fases e, só passar da fase inicial se tiverem resultados os benefícios previstos, na fase seguinte defende que se podem adicionar novas categorias de dados.

Além disso, as seguradoras europeias defendem que a implementação gradual permite que as empresas consigam suportar financeiramente os custos da regulação ao mesmo tempo que apostam na melhoria da experiência do cliente e inovação.

Relativamente ao conteúdo, a Insurance Europe defende que deve “garantir clareza jurídica desde o início (…) assegurando “que as definições e exclusões de dados específicos, como os dados sensíveis e os dados proprietários, são claras e explicitamente mencionadas no texto”. A IE acredita que de outra forma, trará “maiores riscos jurídicos e operacionais”.

A Insurance Europe defende que “as grandes empresas tecnológicas e as empresas não comunitárias não devem ser autorizadas a atuar como prestadores de serviços de informação financeira”. Desta forma, acredita que vai ajudar “a proteger os dados dos clientes da UE, evitará a concorrência desleal e apoiará uma economia europeia de dados forte e segura

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