Para Daniel Bessa, Portugal corre o risco de um novo resgate. O economista diz que o melhor é não falar muito no assunto e que o que vale a pena "é tomar medidas que minimizem" essa probabilidade.
Para Daniel Bessa, o risco de um novo resgate existe. O economista relembra que este é um dos temas sobre os quais, quanto menos se falar melhor. Bessa diz ainda que a DBRS não está em pânico, a avaliar pelas declarações, e isso fica a dever-se ao facto de “termos o défice aparentemente controlado, um pouco menos do que se diz, mas aparentemente controlado”.
Portugal corre o risco de um segundo resgate?Segundo não, o quarto. Sim, claro que sim.
Mas é uma probabilidade séria?É daquelas coisas em que é melhor não falar. Nós aprendemos estas coisas e, se há área de extrema sensibilidade é essa. Um banco, um segundo antes de se apresentar à falência, dirá que tem a maior tesouraria do mundo.
Tem de ser assim, não é?Sim, claro. É o tipo de coisa que não me parece que se ganhe muito em falar. A única coisa que vale a pena é tomar as medidas que minimizem isso, isso sim. O analista de risco da DBRS anda a dizer que o problema não é o défice mas o crescimento e as reformas estruturais.
O que não deixa de ser engraçado, na medida em que gostamos de diabolizar as agências de rating...Sim, o PCP e o Bloco devem ter ficado contentes, bem como o próprio Governo. O senhor anda a dizer que não está em pânico: se ele dissesse que estava em pânico seria mais complicado. Mas tem dito também que há aqui um círculo vicioso que decorre da falta de crescimento e da ausência das ditas reformas estruturais, e que o défice conta pouco. Claro que, sem crescimento, sem reformas estruturais, se lhe enfiar mais défice em cima talvez o senhor fique mesmo em pânico. Apesar de tudo o que o leva a dizer que não está em pânico, é o défice aparentemente controlado, um pouco menos do que se diz, mas aparentemente controlado.
Sabia que…
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Daniel Bessa: “Corremos o risco de um novo resgate? Sim, claro que sim”
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