Crescimento leva a um novo ciclo na Andersen

José Mota Soares, managing partner da Andersen, explicou a mudança da sede em Lisboa, fez um balanço dos últimos seis anos da firma no país e frisou que o "casamento" com Espanha está a ser perfeito.

O crescimento da equipa da Andersen em Portugal levou a que o escritório liderado por José Mota Soares tivesse que mudar de instalações em Lisboa. Assim, em setembro, a firma mudou-se para o edifício nº 38 da Rua Alexandre Herculano.

O novo escritório tem cerca de 1.000 metros quadrados de área bruta, o dobro da área da anterior sede que era no Saldanha. Ao todo, o espaço possui 14 gabinetes, quatro salas de reuniões e dois open spaces.

À Advocatus, José Mota Soares, managing partner da Andersen em Portugal, explicou que o que motivo da mudança prende-se com a integração de novos sócios”, nas áreas do direito público e contencioso, bem como o “crescimento contínuo” das equipas em todos os departamentos.

“No anterior escritório o espaço estava a ficar reduzido e sem capacidade de expansão. Pretendemos continuar a crescer, o que estimulou a nossa mudança”, sublinhou o advogado.

José Mota SoaresHugo Amaral/ECO

O líder da Andersen descreveu o novo espaço como “luminoso”, “acolhedor”, “moderno” e “muito funcional”. “Procurámos tornar este espaço idêntico aos escritórios que temos em Madrid, Valência, Barcelona, Sevilha e em Málaga. A identidade visual dos escritórios da Andersen Ibérica é muito similar, pretendendo transmitir aos nossos clientes e colaboradores os traços distintivos da nossa cultura”, acrescentou.

Objetivos cumpridos e novos desafios

Foi em 2017 que a Andersen se implementou no mercado português e José Mota Soares fez um balanço positivo destes primeiros seis anos, descrevendo-os como “extraordinários”.

“Como costumamos dizer, a Andersen não é um nome, é um verbo. O crescimento que temos conseguido, desde que adotámos a marca, em 2017, tem sido sem precedentes. Foram anos de muita dedicação, contínuo acompanhamento dos nossos clientes, integração de novos advogados, sócios e colaboradores que logo ficam imbuídos do espírito da Andersen”, disse.

Até ao momento, admite que a grande maioria dos objetivos têm sido cumpridos e “até ultrapassados”. “Temos procurado crescer bastante, mas sempre com o cuidado de nunca descurar a plena integração de todas as pessoas e a manutenção da cultura e valores da firma”, notou.

O managing partner relembrou que na firma estão vocacionados para a assessoria de clientes nacionais e internacionais através de todas as firmas que integram a Andersen Global. “Prestamos aconselhamento de forma global e coordenada, assegurando os mesmos padrões de qualidade em todas as geografias. Contratamos os melhores profissionais, pois a nossa filosofia é investir nas equipas para que estas assegurem o legado da Andersen”, referiu.

Com cerca de 50 profissionais, José Mota Soares assume que são uma sociedade de advogados que preconiza “valores de excelência”, querendo ser uma referência de qualidade no setor.

Atuamos de forma independente e sempre na defesa dos nossos clientes. Procuramos entender o negócio de quem nos procura e atuar como o seu parceiro jurídico nas tomadas de decisão, resolução de problemas, encontrando a melhor solução para cada caso”, considerou.

José Mota SoaresHugo Amaral/ECO

À Advocatus, o managing partner avança que todas as áreas têm contribuído para o crescimento da firma, mas é nas de Tax, Corporate e Laboral onde têm crescido mais. Ainda assim, acredita que o “contributo de todos os sócios tem sido decisivo” para a expansão da firma. “Temos um espírito de total solidariedade. Sabemos que só juntos é que conseguimos ser mais fortes”, acrescentou.

“A atividade da advocacia terá de acompanhar a evolução da sociedade. Cremos que irão surgir novas áreas, nos diversos domínios da tecnologia, inteligência artificial, robótica, saúde ou outras, em que os escritórios deverão apostar”, disse.

Sobre o principal desafio que enfrentam, José Mota Soares apontou a atração e retenção de talento, implementar planos de carreira que possibilitem a evolução de todos os advogados da firma, “garantido o equilíbrio entre a vida pessoal e o crescimento profissional”.

O “casamento perfeito” e planos futuros

Em fevereiro de 2022, os escritórios de Espanha e Portugal da Andersen fundiram-se. Esta mudança inseriu-se na estratégia de expansão das firmas que pretendem maximizar sinergias entre os dois países para prestar melhores serviços aos clientes, através do aumento e integração das equipas bem como das capacidades dos escritórios.

Um ano e alguns meses depois, José Mota Soares volta a frisar que tem sido um “casamento perfeito”.

A firma espanhola tem sido das que mais tem crescido no respetivo mercado jurídico, com a integração de equipas e advogados de enorme qualidade, sendo um padrão que queremos prosseguir. As relações pessoais têm sido extraordinárias, além de excelentes sócios e profissionais somos, também, amigos, com quem é sempre muito fácil trabalhar e continuar a aprender”, descreveu.

José Mota SoaresHugo Amaral/ECO

Já no mercado português, a Andersen está presente em Lisboa e Porto. Questionado se pretendem expandir-se para outras cidades, o líder não descartou a ideia. “Estamos atentos ao mercado e à possibilidade de servir, cada vez melhor, os nossos clientes em todo o território nacional. Nesta medida, não descartamos a possibilidade de nos expandirmos para outra cidade”, disse.

Sobre os próximos passos a dar, o advogado assume que querem continuar a crescer de forma orgânica, dando carreira aos advogados mais jovens e permitindo que os mesmos vão assumindo mais responsabilidades e ajudem a alargar os profissionais de cada departamento.

Estamos atentos à evolução e consolidação do mercado, equacionamos a integração de mais alguns sócios e equipas que partilhem os nossos valores e visão, e constituam uma mais-valia para o nosso projeto”, referiu.

Para os próximos anos as perspetivas são de desafio. “A entrada das sociedades multidisciplinares na advocacia era inevitável, parece-nos muito salutar e permitirá servir os nossos clientes de forma mais transversal. É certo que devem ser criados mecanismos de controle que permitam a proteção do segredo profissional a prevenção de conflitos de interesses e outras regras específicas da atividade”, concluiu.

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