PLMJ e CMS Portugal envolvidos na compra da BOL pela SIC

Com este acordo, a SIC passará a deter uma participação indireta de 27% na empresa Etnaga. Este investimento enquadra-se no plano estratégico da SIC.

A PLMJ assessorou a SIC na realização de um investimento conjunto com o fundo CREST II – FCR para adquirirem uma participação do capital social da Etnaga – Consultores Sistemas de Informação, empresa detentora da bilheteira online BOL. Já a CMS Portugal assessorou o fundo CREST II. A equipa responsável pela assessoria foi composta pelos sócios de Corporate M&A, João Caldeira e Tiago Valente de Oliveira, pelo associado sénior André Guimarães e pela associada Ana Rita Santos.

No caso da PLMJ, a equipa envolvida na operação foi liderada pela sócia da área de Corporate M&A, Bárbara Godinho Correia, e por Ânia Cruz e Rita Pereira Jardim, associadas seniores da mesma área.

“Com este acordo, a SIC passará a deter uma participação indireta de 27% na empresa Etnaga. Este investimento enquadra-se no plano estratégico da SIC, que estabeleceu como objetivos prioritários acelerar a transformação digital e diversificar as fontes de receita da SIC”, explica a PLMJ em comunicado.

Ânia Cruz, associada sénior da PLMJ, Bárbara Godinho Correia. sócia da PLMJ, e Rita Pereira Jardim, associada sénior da PLMJ

“O investimento realizado pela SIC ascende a, aproximadamente, 2,5 milhões de euros, correspondendo a uma participação indireta de 27% na Etnaga – Consultores Sistemas de Informação, Lda.”, sociedade que desenvolve a sua atividade predominantemente na área da venda especializada e reserva de bilhetes através de plataforma própria (a bilheteira online BOL)”, segundo nota da CMVM.

A estação televisiva, pertencente ao grupo Impresa, esclarece que “este investimento enquadra-se no âmbito da estratégia anteriormente definida, que estabeleceu como objetivos prioritários acelerar a transformação digital e diversificar as fontes de receita da SIC”.

O investimento foi realizado em “conjunto com o fundo CREST II – FCR, fundo de investimento de capital de risco, gerido e representado pela Crest Capital Partners, SCR, S.A.”, detalhou. No total, a SIC e este fundo “adquiriram indiretamente uma participação conjunta de 90% do capital social da Etnaga”, segundo a mesma notificação aos mercados.

João Caldeira e Tiago Valente de Oliveira, sócios de Corporate M&A da CMS

Segundo fonte oficial da PLMJ, a assessoria começou em janeiro com o arranque da fase de due diligence, tendo durado cerca de sete meses. “Esta transação foi particularmente complexa em função do perfil distinto das partes envolvidas no processo e com desafios próprios da atividade que desenvolvem. Por outro lado, o investimento foi realizado através de uma parceria entre a SIC e a Crest, o que, aliado aos timings ambiciosos da transação, tornou o processo extremamente exigente na fase final de implementação, com várias frentes de negociação, conciliação de diversos interesses necessária à concretização dos múltiplos documentos da transação. Por fim, é de destacar a forma como o investimento foi realizado, tendo sido necessário recorrer a diversas estruturas de financiamento”, segundo a mesma fonte.

Já João Caldeira e Tiago Valente de Oliveira, sócios de Corporate M&A da CMS Portugal, consideraram, em declarações à Advocatus que “o principal desafio da operação terá, porventura, sido o esforço de coordenação entre co-investidores, e destes com a contraparte, no contexto de transação estruturada e concretizada num curto espaço de tempo”.

Receitas da SIC

Entre janeiro e junho, “as receitas totais da SIC aumentaram 1,7%, para 74,6 milhões de euros, impulsionadas pelas vendas de conteúdos e de publicidade“. De acordo com a empresa, no semestre em análise, “a SIC representou 47,1% de quota de mercado do investimento publicitário entre os canais generalistas”.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da SIC cresceu 30,7% para 4,5 milhões de euros e os custos operacionais “mantiveram-se em linha com o valor do primeiro semestre de 2023”, na ordem dos 70 milhões de euros.

Edifício Impresa

Em 11 de junho, a SIC anunciou “a emissão de 1.000.000 de obrigações, com o valor unitário de 30 euros e o valor nominal global inicial de até 30 milhões de euros (posteriormente aumentado para 1.600.000 obrigações e para um valor nominal global inicial de até 48 milhões de euros), representativas de um empréstimo obrigacionista denominado ‘Obrigações Ligadas a Sustentabilidade SIC 2024-2028′”, no âmbito de uma oferta pública de subscrição de Obrigações SIC 2024-2028 e de uma oferta pública de troca de Obrigações SIC 2021-2025”.

A operação, concluída em julho, “com uma procura de 54,2 milhões de euros, representativa de 1,13 vezes o valor da oferta, foi a primeira emissão de obrigações ligadas a sustentabilidade no setor dos media em Portugal”, salienta a SIC.

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