Avançar socialmente, a par de tecnologicamente
Está ao nosso alcance libertar as jovens mentes de hoje de constrangimentos e preconceitos sociais. Isto será decisivo para o tipo de futuro que conseguirão imaginar que irão construir.
Já se tornou óbvio que diferentes ideias, perspetivas, interesses e culturas, a par do espaço no qual todas estas diferenças se possam cruzar positivamente, são essenciais para o sucesso de qualquer organização. E o facto de que as empresas têm um papel importante na desconstrução de preconceitos sociais, também.
A boa notícia? Muitas empresas já o estão a desempenhar.
As empresas, e especialmente as tech, estão a dar passos largos para ser cada vez mais inclusivas e diversificadas. Para muitas, estes são já valores centrais que orientam decisões em inúmeras áreas, desde a constituição de equipas, à forma de comunicar e até ao modo como se posicionam publicamente, direcionando-se a públicos diversos.
Apoiar role models, principalmente mulheres em liderança, e potenciar a sua visibilidade é outra das áreas em que as empresas têm um papel crucial. As gerações mais jovens, e particularmente jovens raparigas, precisam de ter exemplos com as quais se possam identificar e até interagir
regularmente! Apenas assim será possível desconstruir preconceitos e cultivar a certeza de que há mulheres bem-sucedidas em todas, mesmo todas, as profissões. Sobretudo na tecnologia.
Manter estes temas no topo das prioridades das empresas, governos e, de uma forma mais ampla, de toda a sociedade, é um trabalho a tempo inteiro. Por isso, as empresas estão a colaborar com organizações que já trabalham exclusivamente neste âmbito. Juntando forças conseguem desenvolver ações com maior impacto, criar mais envolvimento junto da comunidade e visibilidade para as ações que ainda são necessárias.
O papel das empresas é linear, mas estão longe de ser os únicos intervenientes sociais com capacidade e responsabilidade de agir.
Um facto óbvio, contudo, importante recordar: a inclusão e diversidade são pilares fundamentais da qualidade dos produtos, da tecnologia e do próprio tecido social. É por este motivo que se torna premente criar uma abordagem a longo prazo que considere a relevância destes temas para a construção do nosso futuro.
Repensar e reestruturar os formatos instituídos de interação e, acima de tudo de ensinar, as novas gerações deverão ser prioridades pois, tal como referido por Andy Warhol, “they always say time changes things, but you actually have to change them yourself”. Está ao nosso alcance libertar as jovens mentes de hoje de constrangimentos e preconceitos sociais. Isto será decisivo para o tipo de futuro que conseguirão imaginar e, em última análise, que irão construir.
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