A transição energética reúne hoje um largo consenso político no mundo ocidental. Mas uma coisa é o consenso político, outra coisa é a resiliência necessária para manter o rumo.
A cimeira de Paris havia sido a ocasião para definir a visão e Glasgow seria a oportunidade para operacionalizar essa mesma visão, assim li esta semana na imprensa internacional. Mas não. No final, Glasgow terá sido um fiasco.
Por um lado, saltou à vista o número de ausências marcantes, em particular a China e a Rússia, cujos líderes faltaram à chamada.
Por outro, à falta de coisas concretas para mostrar, os presentes fizeram o que se costuma fazer quando as expectativas saem furadas: reforçaram as expectativas, mas para daqui a dez anos não vá o diabo tecê-las. Agora, para além da neutralidade carbónica até 2050, teremos (?) antes disso, em 2030, uma redução da desflorestação em 50% e também uma redução das emissões de metano em 30%. Assunto arrumado.
Até daqui a um ano, na próxima
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