Diamantes políticospremium
O debate pré-eleitoral em Portugal é a ressonância de um conjunto de fragmentos dispersos e destituídos que pertencem à natureza de uma ruína.
O País pré-eleitoral é um bando de papagaios a voar pelos túneis do metro. As cores somem-se na escuridão e o ruído ecoa numa canção cansada. Os portugueses não frequentam túneis, embora vivam num País que ocupa um lugar cativo no túnel do tempo. E assim é a missa das entrevistas, umas atrás das outras, sem nada para dizer, com tudo para fazer e com grandiosos planos para o País regenerado. As entrevistas são espaços seguros, porque os jornalistas não são inconvenientes, porque o ambiente é politicamente asséptico, porque o político diz o que lhe convém de acordo com o guião estabelecido pelo calculismo antecipado. Catam nos relatórios e consomem notícias de imprensa. O dia começa de manhã e acaba à noite. É o que basta para uma hora de entretenimento nacional. Três meses para realizar
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