Digitalização: uma nova forma de liberdade
Alexandre Ramos, Chief Information Officer da Liberty na Europa Ocidental, considera que, para além de preço, notoriedade e coberturas, os clientes querem que as seguradoras ofereçam liberdade.
No último ano, o tempo pessoal ganhou ainda mais importância e a obrigatoriedade de aceleração do processo de digitalização por parte das empresas do setor segurador veio criar um novo conceito de liberdade para os clientes: a liberdade de customizar e personalizar produtos flexíveis, adaptáveis e modulares, de acordo com necessidades que são cada vez mais inconstantes e imprevisíveis.
A possibilidade de os consumidores viverem com esta nova conceção de liberdade aconteceu a par com uma forte transição digital das principais seguradoras do mercado, quase como lei de ação-reação. Rapidamente, as seguradoras viram confirmada a necessidade para o caminho já iniciado anteriormente, mas que agora sofre uma rápida aceleração. Mais do que um desafio, a tecnologia reforçou o seu posicionamento como um veículo único e imprescindível na inovação dos produtos e na forma de os comercializar. Num mercado em que a oferta supera a procura, como acontece a nível nacional, a oferta disruptiva e o investimento em literacia financeira e em ferramentas que alterassem a perceção que ainda hoje os clientes têm das seguradoras e dos seus produtos foram convertidos nas principais prioridades.
Sabemos que, de forma geral, cada setor oferece produtos e serviços com especificidades diferentes e que têm como principal objetivo endereçar uma necessidade concreta ou resolver problemas na vida do cliente. No caso de um seguro, estes procuram confiança, uma marca que lhes transmita solidez, estabilidade, que cumprirá as promessas de que estará presente perante uma qualquer eventualidade e que apresente uma facilidade de interação, descomplicada e simples com o mínimo de burocracia para o máximo de proteção. Na hora de contratar um seguro, o atendimento transparente, especializado e aconselhador reforça a fidelização e a confiança do cliente, pela forma como a oferta se molda às rotinas e necessidades, e como acompanha as distintas fases da vida com rapidez e eficiência garantido, ao mesmo tempo, total agilidade e simplicidade. Uma interação simples, digital e transparente são aspetos que hoje se apresentam como não negociáveis e que os clientes esperam da sua seguradora.
Dados recolhidos junto de clientes e analisados pela Liberty mostram ainda que o preço continua a ser um fator determinante, assim como a notoriedade da companhia de seguros e as coberturas disponíveis. No caso do seguro automóvel, por exemplo, os clientes estudam a relação entre a qualidade e o preço, optando muitas vezes por uma marca já reconhecida no setor e que ofereça o maior número de coberturas pelo menor valor possível, capazes de se ajustar ao tipo e frequência de utilização e ao automóvel.
O clique como distância máxima que os clientes querem ter das respetivas seguradoras é uma tendência que tem vindo a aumentar, concretizada através de canais, como aplicações ou sites que permitem esclarecer dúvidas, fazer pagamentos de forma simples, ou consultar qualquer informação, tudo em tempo real.
Um novo conceito de liberdade que ganhou forma e se fortaleceu durante um período de privação da liberdade que dávamos como certa. Uma liberdade que as empresas têm de oferecer aos seus clientes e potenciais clientes caso queiram sobreviver e ter sucesso nesta nova era digital.
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