Metaverse Summit – dia #2

Talvez o elemento mais transversal aos dois dias de Metaverse Summit, que decorre este fim de semana em Paris, tenha sido a discussão e reflexão sobre os impactos desta tecnologia na sociedade.

O segundo dia começou mais devagar depois da grande festa de sábado. Um evento impressionante, marcado pelo show imersivo de video mapping inspirado pelas grandes obras de arte em exposição em Paris. Uma experiência inesquecível para as mais de 1000 pessoas que por lá passaram.

Os mais resistentes começaram logo na manhã no segundo dia a partilhar os seus projetos e ideias. Muitos deles sobre NFTs e de como podem ajudar as indústrias criativas a criar novos modelos de negócio. Criando uma relação direta entre artistas e público final. Um dos bons exemplos da criação de conteúdos inovadores é o trabalho desenvolvido pelo TildeStudio ou a Stage11.

Outro tema muito falado foi o da identidade digital, e de como a blockchain irá transformar a relação entre o indivíduo e a sua identificação digital. Usando esta tecnologia podemos reduzir, senão mesmo eliminar, perfis falsos, permitido a criação de ligações mais reais, e seguras.

O marketing também foi um dos temas mais abordados, com uma acesa discussão sobre quais as ferramentas que melhor funcionam para comunicar projetos web3. O que não é discutível é a importância da criação e desenvolvimento da comunidade como parte fundamental da estratégia de marketing. Porque, ao contrário do que acontecia até agora, o publico das marcas será na maioria também ele proprietário de parte da marca. E isto irá transformar profundamente a comunicação e forma como é pensada.

Sejam quais forem as mudanças, o que parece cada vez mais necessário é a necessidade de ancorar as mensagens numa proposta de valor clara e, acima de tudo, valiosa para a comunidade que suporta a marca.

Mas talvez o elemento mais transversal aos dois dias de conferência tenha sido a discussão e reflexão sobre os impactos desta tecnologia na sociedade. Uma discussão fundamental, que infelizmente não foi suficientemente feita na explosão web2. Se tivesse sido feita, talvez o impacto das redes sociais na nossa vida fosse muito diferente.

É agora claro para o setor que, a par da vontade de expansão e crescimento exponencial, importa uma visão interna mais crítica e cautelosa que pode de alguma forma desacelerar o drive de inovação, mas ajuda muito a pensar melhores soluções para o longo prazo.

Um setor a trabalhar na democratização de uma tecnologia, criando produtos, conteúdos, serviço e experiências, cada vez mais acessíveis e socialmente relevantes

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