Natal, a celebração da vida

As sociedades ocidentais estão a dividir-se entre os que vivem a vida e os que vivem a morte. E isso está presente em cada vez mais dimensões das nossas vidas.

Neste Natal, deixo o desejo para que as virtudes no ser e a santidade no viver reinem entre nós, e que cada um “procure mais consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado”.

E que “Onde houver Ódio, que eu leve o Amor”, onde houver ditaduras sanguinárias, ideologias totalitárias e activismos intolerantes, que eu leve a entrega gratuita, o valor da caridade e a dádiva ao outro, “Pois é dando, que se recebe”.

Onde houver dúvidas fingidas, mortes não sentidas e valores corrompidos, que eu leve a fé na vontade de não morrer e a certeza da verdade que é viver.

Onde houver a triste escolha do que é fácil e a ilusão do “prazer” em quantidade, que eu leve a alegria de viver, a perseverança para crescer e a vivência em comunidade.

“Onde houver Trevas”, mortes na solidão face aos demais e o abandono de idosos nos hospitais, “que eu leve a luz”, o respeito pela experiência vivida e o amor pelos que estão entre nós.

E “Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança”, onde houver a falsa compaixão do desprezo pela vida, que eu leve a esperança aos que vivem.

Onde houver quem esquece os que durante a pandemia não foram tratados, que eu leve a lembrança dos que precisam de ser ajudados.

Onde houver quem esconde a falta de médicos e de assistência, que eu leve a cura aos doentes com o apoio da ciência.

Onde houver longas horas de espera nas urgências e longos meses a aguardar por uma cirurgia, que eu leve uma mão a todos para que possam viver com alegria.

Natal é a celebração da vida pelo nascimento do Menino. O contraste com a cultura de morte que entre nós impera nos dias de hoje não podia ser maior.

Santo Natal para todos.