IA pode aumentar PIB nacional até 22 mil milhões em 10 anos, diz ministro

  • Lusa
  • 27 Junho 2025

Ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, afirma que a tecnologia pode gerar “centenas de milhões de euros anuais de poupança" no setor público, segundo cálculos de especialistas.

O ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, disse esta sexta-feira que a Inteligência Artificial (IA) poderá aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) português entre 18 e 22 mil milhões de euros em 10 anos.

Em Portugal, os especialistas apontam que a IA generativa poderá aumentar o PIB entre 18 a 22 mil milhões de euros em 10 anos”, disse o governante, na abertura do Fórum Financeiro Outlook, em Lisboa.

Gonçalo Matias notou ainda que as tecnologias de IA terão impacto em 85 milhões de postos de trabalhos a nível mundial, porém ressalvou que a IA “pode criar 97 milhões de novos empregos”.

“Isto implica, ou traduz, uma criação líquida de cerca de 12 milhões de empregos a nível global e o aumento do PIB mundial em cerca de 15 pontos percentuais (p.p.) até 2035”, acrescentou.

Em termos de impactos diretos na população, o ministro admitiu que as “aplicações de IA no setor público podem poupar entre 96,7 milhões a 1,2 mil milhões de horas de trabalho por ano”.

O governante afirmou ainda que no panorama português, tal se traduz em “centenas de milhões de euros anuais de poupança”.

Gonçalo Matias afirmou disse que Portugal está atrasado nos ‘drivers’ (condutores) de inovação e IA a nível mundial e reiterou a necessidade de apostar na infraestrutura digital que sirva de suporte para a transição e promova uma adoção generalizada da tecnologia.

Relativamente às propostas do Governo, o ministro trouxe para o discurso a intenção de lançar “um pacto de competências digitais” que garanta a “inclusão social, a literacia digital para todos os cidadãos, independentemente da sua localização, da sua condição social, em parceria com o setor empresarial e direcionada para oportunidades de emprego concretas”.

Em declarações aos jornalistas, o governante disse apenas que o programa de Governo “está preocupado em pôr os cidadãos e as empresas no centro da decisão pública, e utilizar os instrumentos disponíveis, a tecnologia e a IA, como forma de, justamente, simplificar, facilitar, digitalizar a economia”.

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Rendas aumentam 10% no arranque do ano. Só um dos 24 maiores concelhos escapa às subidas

Dados do INE mostram que, apesar da contração no número de novos contratos no primeiro trimestre, os preços cresceram 10% por todo o país. Península de Setúbal e Madeira continuam sob pressão.

A mediana do valor dos novos contratos de arrendamento em Portugal no primeiro trimestre cresceu para 8,22 euros por metro quadrado, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) nesta sexta-feira. Apesar da travagem de 2,5% face ao último trimestre do ano passado, representa um acréscimo de 10% perante o valor que era praticado no arranque de 2024.

A evolução em Lisboa (5,1%) ficou em metade da mediana nacional, mas a capital continua a ser o local do país onde é mais caro conseguir uma habitação, com as novas rendas do primeiro trimestre a custarem, segundo os dados da mediana apresentados pelo INE, 1600 euros mensais para um apartamento de 100 m2.

Ainda na comparação com os valores do primeiro trimestre de 2024, o INE mostra que em 23 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes houve um aumento do custo nos novos contratos para arrendamento de habitação. Braga, com -0,9% no valor (para 7,45 euros por metro quadrado), foi a exceção, enquanto Gondomar teve a maior subida com um disparo de 24,4% nos preços, para oito euros, o que significa, inclusive que uma casa no município vizinho do Porto se tornou mais cara que na capital do Minho.

Nota ainda para a queda de 10,4% na quantidade de novos contratos celebrados entre janeiro e março, para um total de 23.417. Uma retração a que escapou, de forma clara, o Baixo Alentejo, onde houve um aumento de 13,6%, pautando-se esta zona do país como a única onde houve mais contratos celebrados do que no primeiro trimestre de 2024.

A Península de Setúbal e a Região Autónoma da Madeira mantêm-se sob a pressão no que toca ao encarecimento das rendas verificado nos últimos tempos, com um valor por metro quadrado de 10,24 euros e 10,44 euros, respetivamente. Só superado pelos 13,16 euros na Grande Lisboa.

Acima da linha média nacional de 8,22 euros por metro quadrado estão os valores das rendas praticados não só neste trio, mas também o Algarve (9,92 euros) e a Área Metropolitana do Porto (9,12 euros).

Logo a seguir surgem o Alentejo Litoral (8,06 euros) e o Oeste (7,14 euros), potencial reflexo da procura gerada pelo movimento de trabalhadores da construção e exploração dos novos investimentos turísticos, no primeiro caso, e, no Oeste, da “fuga” a Lisboa para a zona compreendida entre Alenquer/Arruda dos Vinhos, a sul, e as Caldas da Rainha, a norte.

No total de contratos celebrados, as zonas de Lisboa e Porto representaram 42,1%. Num cenário nacional de queda generalizada, só oito dos 24 grandes municípios (aqueles com mais de 100 mil habitantes) tiveram mais contratos no primeiro trimestre do que em igual período do ano passado. Dos mesmos 24, só em Barcelos (4,2%) e Setúbal (3%) se arrendaram maior número de casas, enquanto nos demais os novos contratos foram inferiores aos celebrados um ano antes. Loures, Santa Maria da Feira e Gaia tiveram as maiores quebras, entre 15% e 18%.

Mostrando uma menor velocidade na escalada de preços, apesar de prosseguirem os aumentos, estão concelhos da região de Lisboa onde continua a ser cada vez mais caro arrendar, mas a robustez do aumento percentual perde para a de outros municípios. Assim, se a mediana nacional de preços cresceu 10%, a de Lisboa subiu 5,1%, Cascais 1,1%, Oeiras 4,2%, Amadora 9,7%, Almada 5%, Vila Franca de Xira 5,7%, e Setúbal 4,6%. Contudo, apesar de o aumento ser comparativamente mais brando do que o da mediana nacional, estes concelhos continuam a ter valores proibitivos para boa parte das famílias. No exemplo já apontado de uma casa de 100 metros quadrados, a mediana por cada um destes municípios supera o do salário mínimo nacional:

  • Lisboa: 1600€
  • Cascais: 1470€
  • Oeiras: 1390€
  • Amadora: 1220€
  • Almada: 1200€
  • Vila Franca de Xira: 990€
  • Setúbal: 930€

Ainda de acordo com os dados divulgados pelo INE nesta sexta-feira, apenas quatro municípios entre os 24 com mais de 100 mil habitantes conseguiram taxas de variação superiores à do país simultaneamente no valor por metro quadrado e na diferença face ao que era praticado no primeiro trimestre de 2024. Enquanto, no país, a mediana nacional do valor foi de 8,22 euros, num crescimento de 10%, nestes municípios é mais caro arrendar casa do que era no início do ano passado e, em simultâneo, os preços cresceram a uma velocidade superior à registada no “velocímetro” global do país:

  • Funchal: 11,34€/m2 – 17,1%
  • Gaia: 9,91€/m2 – 15,2%
  • Maia: 8,83€/m2 – 18%
  • Coimbra: 8,67€m2 – 10,9%

 

Atualizado às 13h05

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Nicolau Santos justifica exoneração de António José Teixeira com resultados da RTP3

  • + M
  • 27 Junho 2025

A RTP deverá ter um prejuízo de 18,2 milhões de euros em 2025, interrompendo 15 anos consecutivos de lucros, estima Nicolau Santos.

Nicolau Santos confirmou que os resultados da RTP3 estiveram na origem da exoneração de António José Teixeira, demitido de diretor de informação da RTP e de diretor da RTP3 no início desta semana.

Eu disse, não uma, não duas, mas três vezes, publicamente que tínhamos de fazer alguma coisa na RTP3, que continua a afundar nas audiências. Recentemente teve meio ponto de audiência, é algo que não existe. Temos um problema na RTP3 e temos de o resolver. Não me dou por vencido e mais, dentro do caderno de encargos que apresentei ao diretor indigitado, um deles, está lá claramente, é recuperar a RTP3 e colocá-la num patamar mais condigno”, afirmou o presidente da RTP em entrevista ao Expresso.

Além do plano de rescisões, a empresa tem em curso investimentos de cerca de 16 milhões na remodelação de instalações, nomeadamente os estúdios, e na compra de material. Nicolau Santos refere que foi pedido – e já autorizado pelo Governo – um financiamento de 40 milhões de euros. Em 2025, a RTP deverá ter um prejuízo de 18,2 milhões de euros, interrompendo 15 anos consecutivos de lucros, estima o presidente. O regresso aos lucros deverá acontecer em 2027.

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Chineses montam laboratório para indústria aeroespacial e oceânica no Alto Minho

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Junho 2025

Projeto vai nascera no Aeródromo de Cerval como resultado de uma parceria entre a Universidade do Minho, a UTAD, o IPVC, as câmaras de Valença e Vila Nova de Cerveira, a CEVAL e a chinesa MicroSat.

O Alto Minho vai acolher um laboratório internacional dedicado à engenharia aeroespacial e ao desenvolvimento de tecnologias ligadas às energias oceânicas. O projeto, anunciado esta semana pelo município de Valença, resulta de uma parceria entre a chinesa MicroSat e várias instituições portuguesas de ensino superior e engenharia.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Valença dá conta de uma reunião realizada na terça-feira que juntou representantes da Universidade do Minho, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, da Ordem dos Engenheiros da Região Norte, e da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), que formam o consórcio AEROPLANUM. Do lado chinês, participa a MicroSat, uma entidade ligada ao setor espacial.

O Aeródromo de Cerval – considerado um dos mais importantes da Península Ibérica, com cerca de 60 aeronaves inscritas – é apontado como a possível localização para o futuro laboratório inserido na iniciativa STARLAB. Segundo a autarquia, a comitiva teve “a oportunidade de ver, in loco, o potencial deste espaço para o possível acolhimento deste tipo de centros de excelência”.

O objetivo deste projeto é “desenvolver tecnologias e sistemas para a exploração e gestão sustentável do espaço e das energias oceânicas, testando soluções tecnológicas inovadoras nestas áreas e sendo o embrião de novas empresas, altamente qualificadas nestas áreas com forte impacto na dimensão tecnológica e de investigação aplicada no campo aeroespacial”, lê-se no comunicado.

Para o presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, citado em comunicado, esta parceria vai atrair “tecnologia, conhecimento e investimento”, com o aeródromo da região do Alto Minho a servir como “elemento âncora estratégico ao serviço” do concelho.

“O nosso objetivo é desenvolver soluções tecnológicas que possam servir tanto o setor espacial como a exploração sustentável dos oceanos. Queremos trabalhar com instituições portuguesas para construir uma base sólida de investigação aplicada, com impacte internacional”, afirmou, por sua vez, o vice-presidente da MicroSat, Yonghe Zhang, citado pela imprensa local.

A novidade é conhecida poucos dias após ser anunciado que o município de Vila Nova de Cerveira vai ganhar um Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP). Vai atuar como motor de desenvolvimento tecnológico nos setores dos materiais avançados, ecodesign, automação e economia circular, como o ECO noticiou.

A AEROPLANUM – Associação Aeródromo Alto Minho | Galiza, constituída pela CEVAL, pelo IPVC e pelas autarquias de Valença e de Vila Nova de Cerveira, está a liderar o desenvolvimento estratégico do Campo de Aviação Pista do Cerval (UL – LP55), com o objetivo de o transformar num centro de excelência aeronáutico e aeroespacial.

Esse projeto, como sintetiza a mesma estrutura, contempla um modelo integrado que articula iniciativas científicas, tecnológicas, académicas, industriais, turísticas e de lazer, numa perspetiva de valorização territorial e cooperação transfronteiriça.

Nesse âmbito, foi até constituída uma comissão de trabalho multidisciplinar, que integra destacados especialistas nacionais dos setores académico, autárquico e empresarial, com o propósito de “estruturar um projeto sólido e ambicioso” que promova a inovação, a valorização dos recursos regionais e o posicionamento estratégico do Alto Minho nos domínios da aviação, aeroespacial e energias oceânicas.

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“Big Four” multadas em 8,5 milhões por fraude em exames internos

As unidades da Deloitte, PwC e EY nos Países Baixos têm de pagar 8,5 milhões de dólares depois de o regulador ter descoberto que "centenas" de colaboradores cometeram fraude em exames internos.

O regulador norte-americano multou as unidades da Deloitte, PwC e EY nos Países Baixos em 8,5 milhões de dólares (cerca de 7,3 milhões de euros) depois de ter apurado que “centenas” de colaboradores cometeram fraude em exames internos, incluindo em testes relacionados com a ética profissional.

O Financial Times (acesso pago) escreve que o Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB), a entidade que regula as auditoras nos EUA, disse que funcionários, partners e até alguns responsáveis com posições de liderança partilharam respostas de forma indevida ou colaboraram de alguma forma em testes necessários para atingir requisitos internos.

O PCAOB diz ter identificado esta fraude em testes que tinham como objetivo garantir que os colaboradores estavam atualizados sobre os padrões de auditoria e contabilidade e que compreendiam os requisitos de ética profissional. Uma conduta que persistiu entre 2018 e 2022. As empresas disseram que as punições aplicadas aos funcionários envolvidos neste caso variaram entre advertências por escrito a demissões.

No caso da Deloitte, o PCAOB diz que “um membro do conselho executivo que ocupava o cargo de Chief Quality Officer demitiu-se em outubro de 2023 depois de a empresa ter descoberto que recebeu respostas de um teste obrigatório pouco tempo antes de o realizar“.

Um partner da PwC também foi afastado de um “cargo de liderança depois de a empresa ter descoberto que este partner e outro colega se juntaram enquanto faziam um teste obrigatório“, indica o regulador.

Este caso acabou por levar o PCAOB a aplicar uma coima total de 8,5 milhões de dólares. A PwC e a Deloitte terão de pagar três milhões de dólares, cada, e a EY terá de pagar 2,5 milhões de dólares.

O regulador diz que vai impor um programa de supervisão para monitorizar o nível de compliance das três auditoras e “explorar outras mudanças apropriadas na cultura da empresa”.

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⛽ Preços dos combustíveis vão descer na próxima semana

Diesel vai descer 4 cêntimos e gasolina três. A partir de segunda-feira, ao abastecer, deverá passar a pagar 1,562 euros por litro de gasóleo simples e 1,685 euros por litro de gasolina simples 95.

Na próxima semana os combustíveis vão descer com o aliviar da tensão no Médio Oriente e o cessar-fogo entre Irão e Israel. Por isso, se puder, espere pela próxima semana para encher o depósito. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá descer quatro cêntimos a partir de segunda-feira, e a gasolina quatro cêntimos, avançou ao ECO fonte do mercado. É preciso recuar a 14 de abril para encontrar uma descida superior, mas ainda assim não anula a subida desta semana ao nível do diesel.

Assim, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,562 euros por litro de gasóleo simples e 1,685 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Apesar das subidas, e caso se confirmem estes valores, desde o início do ano os preços do diesel desceram 7,1 cêntimos e os da gasolina 6,1 cêntimos.

Os valores podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo subiu 6,7 cêntimos e a gasolina 2,2 cêntimos, subidas inferiores às expectativas do mercado, que apontavam para valorizações de oito e três cêntimos, respetivamente.

Os contratos futuros do brent, que servem de referência para o mercado europeu, estão esta sexta-feira a subir 0,73% para os 68,22 dólares por barril, mas deverão registar a maior queda semanal desde março de 2023, já que a ausência de interrupções significativas no fornecimento do ouro negro devido ao conflito Irão-Israel fez com que qualquer prémio de risco se evaporasse. A queda semanal deverá ser de 12%.

Durante a guerra de 12 dias que começou após Israel ter atacado as instalações nucleares do Irão a 13 de junho, os preços do brent superaram os 80 dólares por barril antes de caírem para 67 dólares, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado um cessar-fogo entre o Irão e Israel.

“O mercado praticamente livrou-se dos prémios de risco geopolítico de há quase uma semana, à medida que regressamos a um mercado impulsionado pelos fundamentos”, disse Janiv Shah, analista da Rystad, citado pela Reuters.

“O mercado também precisa de estar atento à reunião da OPEP+. Prevemos espaço para mais um mês de descontinuação acelerada dos saldos e da estrutura de base, mas a questão-chave é quão fortes se estão a revelar os indicadores de procura de verão”, acrescentou.

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Unicórnio Sword Health paga 1.305 euros de salário de entrada e bónus de 20% a quem vive no Interior

O unicórnio português vai atribuir um "total de 20 bolsas de investigação na área da saúde, tecnologia e inteligência artificial." Tem 100 vagas, a maioria para posições remotas.

A unicórnio Sword Health anunciou que o salário mínimo é de 1.305 euros, sendo que os trabalhadores que optem por residir no interior irão receber um prémio anual de 20%. Empresa quer ainda atribuir 20 bolsas de investigação. E tem 100 vagas para Portugal.

“Impulsionar o crescimento do país não depende exclusivamente do Governo, é também uma responsabilidade das empresas privadas. Estas medidas têm como principal objetivo contribuir para acelerar a prosperidade de Portugal, que acreditamos ser o melhor antídoto contra movimentos extremistas”, afirma Virgílio Bento.

“Esperamos que outras empresas privadas sigam este movimento e que implementem medidas semelhantes, com impacto direto e mensurável na qualidade de vida dos portugueses, capazes de promover o aumento da prosperidade”, acrescenta o CEO e fundador da Sword Health, citado em comunicado.

O valor do salário mínimo de entrada é 50% acima do mínimo nacional, sendo “será ajustado anualmente, de acordo com a mesma proporção, acompanhando as atualizações feitas ao SMN”, descreve.

“O valor que ultrapassa também o salário médio praticado em Portugal, que, no primeiro trimestre do ano, foi de 1.270 euros, segundo os dados do INE”, destaca fonte oficial da empresa.

Ao valor acresce ainda o subsídio de refeição e os restantes benefícios que fazem parte da compensação oferecida pela Sword, tais como bónus anual, seguro de saúde, acesso às nossas soluções de saúde, formação personalizada em inglês e outras áreas, entre outros”, destaca a mesma fonte.

“O aumento beneficia, sobretudo, colaboradores com determinadas funções ligadas à nossa gestão de supply chain“, refere ainda.

20% de bónus para quem vive no Interior

A empresa vai ainda atribuir “um bónus anual de 20% sobre o salário base a todos os colaboradores que vivam ou decidam mudar-se para o interior de Portugal”, abrangendo a totalidade do país, para combater a desertificação do interior.

O unicórnio português vai atribuir um “total de 20 bolsas de investigação na área da saúde, tecnologia e inteligência artificial”.

“A política de remuneração das 20 bolsas de investigação que vamos atribuir está alinhada com as melhores práticas desta área, inspirada em fundações como a FCT, a La Caixa, entre outras”, diz fonte oficial da empresa quando questionada sobre o montante da bolsa, sem revelar valores.

A empresa, que tem em Portugal cerca de metade dos mais de 1.000 colaboradores, está ainda a recrutar. Tem 100 vagas para “reforçar as equipas de Inteligência Artificial, Tecnologia, Produto e Operações”. A maioria dessas posições para trabalho remoto.

(notícia atualizada às 12h07 com mais informação)

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RTL compra Sky na Alemanha por 150 milhões para enfrentar gigantes do streaming

  • ECO
  • 27 Junho 2025

Fusão une os direitos desportivos premium da Sky – incluindo a Bundesliga, Premier League e Fórmula 1 – com as marcas de entretenimento e notícias da RTL.

O grupo de rádio e televisão alemão RTL, propriedade da Bertelsmann, anunciou esta sexta-feira a aquisição da Sky Deutschland por 150 milhões de euros, numa operação que visa criar um colosso do entretenimento com 11,5 milhões de assinantes pagantes e rivalizar com os gigantes americanos do streaming na Alemanha.

O negócio, que representa a maior transação da RTL desde a sua criação em 2000, inclui uma componente variável que pode elevar o valor total para 527 milhões de euros, dependendo do desempenho das ações da empresa. As ações da empresa estão a valorizar quase 16%.

A fusão une os direitos desportivos premium da Sky – incluindo a Bundesliga, Premier League e Fórmula 1 – com as marcas de entretenimento e notícias da RTL, criando uma oferta que abrange televisão gratuita, televisão paga e streaming, com o intuito de enfrenta uma concorrência feroz dos serviços americanos, com a Netflix e Amazon Prime Video a dominarem o setor.

“A combinação da RTL e Sky é transformacional para o RTL Group. Vai juntar duas das marcas de entretenimento e desporto mais poderosas da Europa e criar uma proposta de vídeo única”, afirmou Thomas Rabe, CEO da RTL Group, em comunicado.

É expectável que esta operação gere 250 milhões de euros em sinergias anuais dentro de três anos, principalmente em termos em “sinergias de custos em todas as categorias”, embora não tenham sido apresentados detalhes sobre a forma de cortes de despesas que vai ser levada a cabo pela estação alemã. Por outro lado, permitirá que o grupo diversifique as suas fontes de receita através de subscrições, distribuição e publicidade.

A receita combinada das duas empresas em 2024 foi de 4,6 mil milhões de euros, sendo que aproximadamente 45% provêm de receitas baseadas em subscrições.

Dana Strong, CEO da Sky Group, sublinhou que este negócio “fornece uma plataforma sólida para o sucesso a longo prazo”. A transação, sujeita a aprovações regulamentares esperadas para 2026, inclui ainda a aquisição da marca de streaming “WOW” da Sky.

RTL planeia pagar “dividendo significativo”

A CEO da RTL disse aos investidores que planeia pagar um “dividendo significativo” aos acionistas no próximo ano e que o grupo de media tem capacidade para financiar confortavelmente os 150 milhões de euros que vai pagar para ficar com a Sky Deutschland.

Na teleconferência, Thomas Rabe admitiu ainda a redução do nível de dívida da RTL. “É claro que também faremos um pagamento significativo de dividendos no próximo ano. Então, por favor, não se preocupem com financiamento“, referiu o CEO logo a seguir ao anúncio do acordo.

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Euribor desce a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 27 Junho 2025

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa desceram nos principais prazos.

As Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação mensal da casa, desceram a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira, mas manteve-se acima de 2% nos dois prazos mais longos.

  • A taxa Euribor a seis meses recuou para 2,036%, menos 0,001 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também para 2,062%, menos 0,011 pontos do que na quinta-feira.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou para 1,939%, menos 0,041 pontos que na quinta-feira e um novo mínimo desde 25 de novembro de 2022.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho, em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Otimismo das empresas contrasta com prudência dos consumidores em junho

As empresas puxam pela economia, mas os consumidores mantêm-se de pé atrás. INE revela otimismo nos negócios e travão no consumo das famílias. Confira os dados.

O indicador de confiança dos consumidores portugueses estabilizou em junho, após ter aumentado em maio, enquanto o indicador de clima económico continuou numa trajetória ascendente, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) nos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores.

A estabilização da confiança dos consumidores no último mês teve origem numa mistura de sinais positivos e negativos. “A evolução observada no último mês resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução passada e das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar”, segundo o relatório do INE. Também “as expectativas sobre a evolução futura da situação económica do país também registaram um contributo positivo, porém muito ligeiro”, refere o INE em comunicado.

No entanto, nem tudo foram boas notícias para a confiança das famílias portuguesas. O documento revela que “as perspetivas sobre a evolução futura de realização de compras importantes por parte das famílias registaram um contributo negativo”, o que sugere alguma cautela dos consumidores em relação a gastos mais avultados.

Um dos dados mais relevantes dos inquéritos de junho prende-se com a evolução das perspetivas sobre os preços. “O saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços diminuiu em maio e junho, após o aumento significativo registado em abril”, indica o INE.

Esta tendência manteve-se nas expectativas futuras, com “o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços também diminuiu nos últimos dois meses, de forma expressiva em maio, depois de ter aumentado de forma pronunciada nos três meses precedentes”.

Esta desaceleração nas expectativas inflacionistas pode ser um sinal de alívio para as famílias portuguesas, que viram o seu poder de compra ser corroído pela subida generalizada dos preços nos últimos anos.

Clima económico em crescimento sustentado

Do lado das empresas, as notícias são mais positivas. “O indicador de clima económico aumentou em junho, prolongando o movimento ascendente observado nos dois meses anteriores”, segundo o INE. Este indicador, que sintetiza a confiança nos principais setores da economia portuguesa, beneficiou de melhorias em três dos quatro setores analisados.

“Os indicadores de confiança aumentaram nos serviços, na indústria transformadora e na construção e obras públicas, tendo diminuído no comércio”, detalha o documento. Esta evolução sugere que a economia portuguesa pode estar a ganhar algum ímpeto, mesmo num contexto internacional ainda marcado pela incerteza.

O setor dos serviços foi uma das principais estrelas de junho. “O indicador de confiança dos serviços aumentou em junho, após ter diminuído nos três meses anteriores, verificando-se contributos positivos das apreciações sobre a atividade da empresa e das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas”. As perspetivas relativas à evolução da procura neste setor mantiveram-se estáveis.

Também a indústria transformadora mostrou sinais positivos. O INE revela que “o indicador de confiança aumentou moderadamente entre fevereiro e junho, tendo as opiniões sobre a evolução da procura global e as perspetivas de produção contribuído positivamente no último mês”.

A construção e obras públicas manteve a recuperação iniciada em maio. “O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou em maio e junho, após ter diminuído nos dois meses precedentes, refletindo o contributo positivo das perspetivas de emprego”, segundo os dados oficiais.

Os dados do INE revelam uma economia em dois tempos: enquanto as empresas mostram crescente otimismo, os consumidores mantêm-se prudentes, especialmente no que toca a grandes compras.

O único setor a registar uma evolução menos favorável foi o comércio. “O indicador do comércio diminuiu nos últimos quatro meses, refletindo nos últimos dois meses os contributos negativos das opiniões sobre o volume de vendas e das apreciações sobre o volume de stocks atual”, indica o relatório do INE. Esta deterioração no setor comercial pode estar relacionada com a maior cautela dos consumidores relativamente a compras importantes, uma tendência que se refletiu também nos inquéritos às famílias.

Uma nota comum a todos os setores empresariais foi a moderação das expectativas sobre os preços. “O saldo de respostas das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu no mês de junho em todos os setores”, refere o INE em comunicado.

Esta evolução pode indicar uma menor pressão inflacionista por parte das empresas, o que seria uma boa notícia para os consumidores, que têm visto o seu orçamento familiar ser pressionado pela subida generalizada dos preços.

Os dados de junho divulgados esta sexta-feira pelo INE revelam uma economia em dois tempos: enquanto as empresas mostram crescente otimismo, os consumidores mantêm-se prudentes, especialmente no que toca a grandes compras.

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QURA: O novo vinho do Douro que junta design e sustentabilidade

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  • 27 Junho 2025

QURA é um novo vinho do Douro que aposta na diferenciação com garrafa reutilizável e personalizável.

QURA é o nome do novo vinho do Douro, que se distingue pelo design invulgar da garrafa e, ainda, pela possibilidade de a reutilizar. O conceito foi idealizado por Mário Rocha, empresário e produtor de vinhos há mais de uma década, juntamente com os enólogos Jorge Alves e Pedro Alves.

Mais do que um vinho, este novo conceito é uma “Lifestyle Therapy”, já que surgiu para criar momentos memoráveis e ser desfrutado em várias ocasiões. O evento de lançamento do QURA, que decorreu no Palácio do Freixo, no Porto, teve como objetivo passar esta mesma mensagem com um sunset junto ao Douro.

Trata-se de um vinho do Douro com “alma”, com preocupação pela sustentabilidade. “A sustentabilidade também foi uma das notas de inspiração do conceito deste vinho. Estabelecemos uma parceria com viticultores do Alto Douro Vinhateiro, uma atitude de responsabilidade social que garante aquisição de uvas num momento de crise do setor“, referiu Mário Rocha, produtor do QURA.

O próprio design do produto pretende comunicar os valores com os quais foi criado. A garrafa tem uma base mais larga do que o habitual em garrafas de vinho, pensada para promover a estabilidade, e tem ainda uma rolha em vidro e silicone com o objetivo de tornar a garrafa reutilizável para colocar outro tipo de bebidas, como sumos, chá ou água.

As garrafas podem ainda ser personalizadas com rótulos desenhados especificamente para alguém ou para uma ocasião especial. E tem também a possibilidade de pedir que a garrafa personalizada por si seja entregue na morada que pretender.

Jorge Alves descreve o QURA como “expressivo, zen, repleto de frescura e de essência própria”: “É um vinho de expressão de território. Apresenta textura de boca surpreendente, e termina com um comprimento de boca quase impossível de encontrar nos vinhos do Douro”.

O QURA está disponível nas variantes Rosé e White. Os vinhos rosé e vinhos brancos QURA têm venda online em www.qurawine.com. Os vinhos tintos Qura Red ficarão disponíveis em outubro.

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Montenegro recusa entregar provas dos trabalhos da Spinumviva à Entidade para a Transparência

  • ECO
  • 27 Junho 2025

Primeiro-ministro interpôs recurso da decisão da Entidade para a Transparência que exigia o envio de provas dos serviços prestados pela Spinumviva aos seus clientes.

A Entidade para a Transparência (EpT) exigiu ao primeiro-ministro o envio de provas dos serviços prestados pela Spinumviva, empresa da sua família, aos seus clientes. No entanto, Luís Montenegro discordou da decisão da EpT, não entregando a prova desses trabalhos e interpondo um recurso no Tribunal Constitucional contra a decisão do organismo, revela o Correio da Manhã (acesso pago).

O recurso deu entrada no Tribunal Constitucional este mês e, segundo informou o Palácio Ratton, “encontra-se a ser tramitado nos termos legais aplicáveis e não foi ainda objeto de apreciação, não se prevendo sequer que possa sê-lo antes do termo das férias judiciais”. De “natureza confidencial”, por “envolver elementos e informações abrangidos pelo sigilo a que se refere o artigo 12.º do Estatuto da EpT”, acrescenta que “não é possível antecipar, nesta fase, qual o sentido da decisão”.

A exigência destas provas ocorreu na altura em que a Entidade para a Transparência obrigou o primeiro-ministro, nos termos da Lei n.º 52/2019, que controla a riqueza dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, a declarar os clientes da Spinumviva, o que Luís Montenegro acabou por fazer no final de abril.

Por outro lado, o Procurador-Geral da República espera que a averiguação preventiva ao caso Spinumviva esteja concluída até 15 de julho, embora não deixe garantias que isso aconteça. Em entrevista à Radio Observador, Amadeu Guerra fala da “admiração por Luís Montenegro”, mas garante que “se houver fundamento para abrir inquérito, [abrirá] inquérito, como é evidente, como acontece para todos os cidadãos”.

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