Corretora Seguramos ultrapassa 10 milhões de receitas e vai comprar Setseguros

A corretora liderada por Mário Ramos superou os 10 milhões de receitas em 2024 e já concretizou a primeira aquisição deste ano através da Setseguros.

A corretora Seguramos vai adquirir a Setseguros, corretora baseada em Setúbal e liderada por Vitor Silva. O negócio já obteve autorização da ASF, entidade supervisora do setor, e será a primeira aquisição de 2025 para a corretora de Mário Ramos que está, ela própria – segundo fontes diversas do mercado – em negociações com outra empresa para uma possível fusão ou alienação.

Mário Ramos, CEO da Seguramos, continua em onda de aquisições para subir no top 10 da corretagem de seguros em Portugal.

A Setseguros é uma corretora criada em 1997 e com uma receita de comissões de 544 mil euros em 2024, mais 8% que um ano antes, tendo como principais fornecedores a Fidelidade, Lusitania, Generali e Ageas. O EBITDA – indicador de referência para a valorização de mediadoras de seguros – atingiu 57.488 euros no ano passado, valor semelhante ao registado em 2023.

Os resultados líquidos, de 32 mil euros, apesar de superiores aos obtidos no ano anterior, foram afetados em consequência de uma coima de 20 mil euros aplicada pela ASF por “incumprimento do dever de publicação, no respetivo sítio da Internet, dos documentos de prestação de contas, por referência aos exercícios económicos de 2018, 2020, 2021, 2022 e 2023”. Esta situação está regularizada e já inclui o relatório de 2024 da Setseguros.

Já em 2025 a Setseguros separou o património imobiliário do negócio segurador criando uma nova empresa, pelo que a corretora de seguros licenciada pela ASF – e alvo de aquisição pela Seguramos – avançou com um projeto de cisão, do qual resultou a redução do capital social por cerca de de 218 mil euros, o valor líquido dos imóveis registados em ativos fixos tangíveis transferidas para uma nova empresa constituída para esse fim.

Por seu lado a Seguramos, entidade compradora, apresentou 10,4 milhões de euros de receitas no ano passado, valor superior em 16,7% ao conseguido em 2023. Também o EBITDA cresceu para 2,7 milhões de euros e os resultados líquidos quase atingiram um milhão de euros, foram de 997,9 milhões, mais 12,5% que em 2023.

Em 2024 a Seguramos adquiriu a Euriseguros, com escritórios em Rio Tinto, Monção e Viana do Castelo e a M.L. Palhares com base na cidade de Fafe. Já neste ano avança com a aquisição da Setseguros.

A corretora tem 18 escritórios próprios e um total de 105 colaboradores, considerando as sociedades adquiridas em 2024 e indica um total de 100 mil clientes, dos quais 12 mil são empresas e 88 mil particulares.

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Cavaco Silva defende reforço da zona euro para responder a Trump

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

O antigo Presidente diz que para reforçar a defesa na União Europeia "só há uma solução", a mutualização da dívida europeia, com a emissão de "uma dívida comum".

O ex-Presidente da República Aníbal Cavaco Silva defendeu esta quarta-feira que perante a “situação internacional muito complexa”, agravada pela reeleição de Donald Trump nos EUA, a Europa deve “renovar a sua ambição” e reforçar a zona euro.

“O que é mais importante como primeiro passo será reforçar a zona euro, que é o núcleo duro” da União Europeia (UE), onde “existe uma partilha de soberania” mais forte, disse Cavaco Silva, referindo-se ao conjunto dos países que têm a moeda única europeia.

“Precisamos aqui de uma frente europeísta que possa travar movimentos populistas e eurocéticos, avançando numa zona euro mais aprofundada”, acrescentou o antigo chefe de Estado e ex-primeiro-ministro, num debate em Toledo, Espanha, sobre os 40 anos da assinatura do tratado de adesão dos dois países da Península Ibérica à UE, em junho de 1985.

Em declarações aos jornalistas no final do debate, em que também participou o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González, Cavaco Silva explicou que defende o aprofundamento da zona euro (nomeadamente, completar “a arquitetura” da união económica e monetária ou do mercado de capitais) para “que se reforce a posição do euro como uma moeda mundial, para que ganhe força no diálogo internacional com os outros blocos económicos e em particular com os Estados Unidos e a sua nova administração”.

Durante o debate, o ex-Presidente português considerou as tarifas comerciais anunciadas por Trump “a decisão mais irracional” que se poderia imaginar, tanto “para os Estados Unidos, como o mundo geral”, e que põe em risco “o futuro do dólar como moeda mundial”. Cavaco Silva referiu ainda o desafio que enfrenta atualmente a Europa com a necessidade de reforçar capacidades em segurança e garantir a sua própria defesa, assim como outras necessidades de financiamento para aumentar a competitividade do bloco comunitário.

A este propósito, lembrou que o designado “relatório Draghi” sobre a competitividade europeia sublinhou o “problema do custo da energia” e quantificou em 800 mil milhões euros os recursos financeiros necessários para a Europa “recuperar o atraso” em relação a países como a China ou os EUA.

Os líderes europeus são capazes de perceber aquilo que é preciso fazer”, mas “não sabem onde encontrar o dinheiro”, disse Cavaco Silva, que defendeu que “só há uma solução”, a mutualização da dívida europeia, com a emissão de “uma dívida comum“, como aconteceu na resposta à crise provocada pela pandemia de covid-19.

Para o antigo Presidente da República, a emissão de dívida comum europeia não pode ser feita “a título excecional” e “para responder às insuficiências em matéria de defesa e segurança da UE é preciso recorrer a dívida comum emitida nos mercados financeiros internacionais”, algo que também seria um “contributo importante para aproximar o mercado do euro do mercado de emissões em dólares”.

Depois de, tal como Felipe González, manifestar por diversas vezes preocupação com o momento geopolítico atual, insistindo no avanço dos populismos e dos eurocéticos, Cavaco Silva sublinhou que, porém, a história da integração europeia e da UE é “uma história de sucesso” e mostrou-se otimista.

“A União Europeia passou por muitas crises (…), mas uma coisa pode dizer-se: nunca parou, em cada crise ganhou nova ambição para se renovar” e a ideia de que “não soube responder” às crises “não é verdade”, considerou.

Cavaco Silva, que foi primeiro-ministro na primeira década de integração de Portugal na UE, realçou os benefícios da entrada no bloco comunitário e do acesso a fundos europeus, mas considerou que igualmente importantes foram as “reformas estruturais” que o país fez naquela época, sem as quais “não teria tirado todo o benefício da adesão”, sendo que “a primeira grande revolução” foi a revisão constitucional para eliminar a “irreversibilidade das nacionalizações” ou acabar com “o monopólio estatal da televisão”, a par de “muitas outras reformas no sistema fiscal, financeiro ou educativo”.

O ex-Presidente, que nos dez anos à frente do Governo teve como homólogo em Espanha o socialista Felipe González, destacou, por outro lado, que a entrada na UE mudou também as relações económicas e políticas entre os dois países, que sempre “coordenaram posições” nas “grandes questões europeias” e “se reencontraram” após décadas de ditaduras.

Felipe González, por seu turno, lembrou que a entrada de Portugal na UE “se resolveu” antes de 1985, mas atrasou-se porque teve de esperar por Espanha, por decisão das instituições europeias, que quiseram que a entrada dos dois países ocorresse em simultâneo. O ex-chefe do Governo espanhol considerou, como Cavaco Silva, que perante a geopolítica atual é necessário das “um novo avanço” à construção europeia, incluindo na área da defesa e segurança.

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Cristina Rôla assume comunicação da SIVA de forma interina

  • + M
  • 11 Junho 2025

A atual diretora de marketing das marcas Seat e Cupra assume interinamente a responsabilidade pela área de comunicação do grupo que detém outras marcas como Volkswagen, Audi, Škoda ou Lamborghini.

Perante a saída de Teresa Lameiras da direção de comunicação e marca, recai sobre Cristina Rôla, atual diretora de marketing das marcas Seat e Cupra, a responsabilidade pela área de comunicação do grupo SIVA|PHS.

Cristina Rôla assume o cargo “com efeitos imediatos e de forma interina“, acumulando a nova responsabilidade com as suas atuais funções, “assegurando a consistência da comunicação das oito marcas do Grupo e dando continuidade ao alinhamento organizacional e estratégico na comunicação do grupo“, refere em comunicado a SIVA, que conta no seu portefólio com as marcas Seat, Volkswagen, Audi, Škoda, Bentley, Lamborghini, Volkswagen Veículos Comerciais e Cupra.

“É com entusiasmo que aceito o desafio de assumir a responsabilidade pela área de comunicação da SIVA|PHS, nesta fase transitória, dando continuidade ao excelente trabalho desenvolvido até ao momento”, diz Cristina Rôla, citada em comunicado.

Tendo iniciado o seu percurso no grupo SIVA em maio de 2022, Cristina Rôla trazia consigo mais de 17 anos de experiência nas áreas de marketing e comunicação no setor automóvel, incluindo vários anos no Grupo BMW, onde assumiu funções na área da comunicação corporativa e depois nos departamentos de marketing das marcas BMW e Mini.

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Parlamento da Dinamarca aprova diploma para permitir bases militares dos EUA no país

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

Os críticos dizem que a aprovação do diploma cede a soberania dinamarquesa aos EUA, que não escondem o interesse no território da Gronelândia. A lei aprovada amplia um acordo militar anterior.

O parlamento da Dinamarca aprovou esta quarta-feira um projeto de lei para permitir bases militares dos Estados Unidos em solo dinamarquês, após o Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterar a pretensão de anexar a Gronelândia, território semiautónomo pertencente ao reino.

Os críticos da medida dizem que a aprovação de tal diploma cedeu a soberania dinamarquesa aos Estados Unidos. A legislação aprovada amplia um acordo militar anterior, assinado em 2023 com o Governo do Presidente Joe Biden, nos termos do qual as tropas norte-americanas tinham acesso generalizado às bases aéreas do país escandinavo.

Os novos termos deste diploma vão no sentido do desejo de Trump de tomar o controlo da ilha ártica estratégica e rica em minerais, mesmo sendo os Estados Unidos e a Dinamarca aliados na NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

O diploma seguirá agora para o Rei dinamarquês, Frederik X, para promulgação. Noventa e quatro deputados votaram a favor dele e apenas 11 votaram contra.

O primeiro-ministro da Gronelândia, Jens-Frederik Nielsen, afirmou já que as declarações dos Estados Unidos sobre a ilha foram desrespeitosas e que esta “nunca, jamais será uma propriedade que possa ser comprada por qualquer pessoa”.

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Filomena Cautela dá voz a campanha ok! seguros “Tudo está ok, se tiver ok!”

  • ECO Seguros
  • 11 Junho 2025

A campanha parte da autoconsciência emocional “eu estou ok, se tu tiveres ok”, onde joga com a dualidade entre o estado emocional de estar bem e a proteção prática de ter seguro.

A ok! seguros lança campanha multimeios com o objetivo de amplificar a relação entre estar tranquilo e ter um seguro da empresa. Criada pela agência Judas e concretizada pela Trix com a voz de Filomena Cautela, a campanha da ok! seguros terá presença em TV, rádio, outdoors, digital e redes sociais, avança a seguradora em comunicado.

Marta Vicente, head of marketing & digital experience da Ok! seguros: “A mensagem reforça a ideia de que a confiança e a tranquilidade nascem de sabermos que estamos protegidos — e que os que nos são próximos também estão”.

Sob o mote “Tudo está ok, se tiver ok!”, a campanha da marca da Fidelidade parte da autoconsciência e compreensão emocional “eu estou ok, se tu tiveres ok”, onde joga com a dualidade entre o estado emocional de estar bem e a proteção prática de ter seguros da empresa.

A nova campanha é a evolução do conceito apresentado em 2024 “estar ok” agora “ligando o bem-estar de cada um ao conforto dos outros e humaniza os seguros, num formato muito próximo e emocional”, lê-se no comunicado.

A campanha centra-se em três histórias que envolvem diferentes coberturas comercializadas pela empresa: seguro automóvel, para a casa e de viagem.

“A mensagem reforça a ideia de que a confiança e a tranquilidade nascem de sabermos que estamos protegidos — e que os que nos são próximos também estão. Os seguros ok! são, por isso, o ponto de partida para enfrentar o dia a dia com mais segurança“, avançou Marta Vicente, head of marketing & digital experience da ok! seguros.

A seguradora sublinha “também a qualidade dos seus serviços de assistência e a promessa de uma resposta rápida e sempre próxima dos seus clientes, perante os imprevistos” na campanha.

“Os serviços de apoio ao cliente e de assistência são a nossa primeira linha de resposta e aquilo que verdadeiramente materializa a importância dos seguros na vida das pessoas. E é precisamente nesses momentos – os chamados momentos da verdade – quando os clientes mais precisam de nós, que conquistamos a sua confiança”, reforça Marta Vicente.

A ok! seguros é uma marca do grupo Fidelidade com foco na venda de seguros através de canais digitais.

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EUA fecham acordo com China. Tarifas fixadas em 55%

Trump adiantou que o acordo com a China "está feito", depois de as duas delegações que estiveram em negociações em Londres terem informado sobre um “acordo de princípio” esta terça à noite.

“O acordo com a China está feito”. Foi desta forma que Donald Trump anunciou numa publicação que Washington chegou a entendimento com Pequim sobre as tarifas. Os EUA vão aplicar uma taxa aduaneira de 55% às importações chinesas, enquanto os produtos norte-americanos que entrarem na China vão pagar 10%.

O acordo foi fechado depois dos negociadores de ambos os países terem anunciado uma aproximação no tema das tarifas, sem darem detalhes sobre o que estaria em cima da mesa. Donald Trump disse, no seu perfil na TruthSocial, que o acordo está fechado, sujeito a “aprovação final” dos dois presidentes, e a China vai fornecer aos EUA as “terras raras necessárias com antecedência”.

Do lado dos EUA, Washington vai permitir a entrada de estudantes chineses nas universidades americanas.

Já as tarifas sobre produtos chineses caem para 55%, após as negociações, enquanto os produtos dos EUA vão ter uma taxa de 10% à entrada no mercado chinês. Não se sabe quando as novas taxas entram em vigor. Donald Trump terminou a sua publicação dando nota que “a relação é excelente! Obrigado pela atenção!”, acrescentou.

O acordo surge depois de as delegações dos EUA e da China, reunidas durante dois dias em Londres para resolver as diferenças comerciais entre os dois países, terem anunciado esta terça-feira à noite um acordo de princípio, deixando a validação para os respetivos presidentes.

“As duas partes chegaram a um acordo de princípio sobre uma estrutura geral […] e reportarão essa estrutura geral aos seus respetivos líderes“, adiantou à imprensa o representante do Comércio Internacional da China, Li Chenggang.

O secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, manifestou confiança de que a questão dos envios chineses de terras raras — considerada demasiado limitada pelas autoridades norte-americanas — “será resolvida através da implementação desta estrutura geral” de acordo.

Lutnick liderou a delegação norte-americana, juntamente com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, enquanto o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, um confidente próximo do Presidente Xi Jinping, liderou a comitiva chinesa.

Esta segunda ronda de negociações entre as duas maiores potências económicas mundiais começou na segunda-feira e aconteceu cerca de um mês depois de uma reunião entre delegações da China e dos Estados Unidos em Genebra.

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PAN quer proibir transporte de animais de companhia no porão dos aviões

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

"As companhias aéreas devem permitir o transporte de animais de companhia na cabine, devendo ser transportados em transportadoras adequadas que garantam segurança e conforto", defende o PAN.

O PAN quer proibir o transporte de animais de companhia no porão dos aviões, defendendo que “não são mercadoria”, e defende que a viagem se faça na cabine “em transportadoras adequadas que garantam segurança e conforto”.

A deputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza, Inês de Sousa Real, vai entregar no parlamento um projeto de lei que visa regular o transporte aéreo de animais e quer proibir “o transporte de animais de companhia no porão das aeronaves, salvo em situações de emergência”.

As companhias aéreas devem permitir o transporte de animais de companhia na cabine, devendo ser transportados em transportadoras adequadas que garantam segurança e conforto, e que possam ser acomodados de forma segura”, lê-se também na iniciativa à qual a Lusa teve acesso.

O partido quer que as companhias aéreas ofereçam “alternativas para o transporte seguro de animais na cabine, considerando o tamanho, peso e características” de cada um e que, quando o transporte não porão “se mostre absolutamente necessário”, garantam “sistemas de supervisão contínua para acompanhar as condições do animal durante o voo”, mecanismos para “intervenção rápida em caso de emergência” e a “possibilidade de informar imediatamente o detentor sobre quaisquer situações adversas que possam ocorrer com o animal durante o voo”.

O PAN recebeu esta quarta-feira no parlamento Teddy, um cão de assistência de uma criança autista de 12 anos, que foi impedido de viajar com a família na cabine, num voo da TAP do Brasil para Portugal. O cão acabou por ficar longe da menina durante quase dois meses, tendo chegado no final de maio a Portugal.

Inês de Sousa Real falou com a família, a quem entregou a iniciativa, que apelidou de “Lei Teddy”. Aos jornalistas, a deputada defendeu que “os animais não são mercadoria, não faz qualquer sentido que não exista uma regulamentação da legislação que permita que as famílias, em particular, no caso dos cães de assistência, incluindo assistência emocional, viajem com os animais na cabine”.

Inês de Sousa Real salientou que o Código Civil “reconhece que os animais são seres vivos dotados de sensibilidade” e que este ano se assinalam 30 anos da lei de proteção animal. E considerou que a legislação deve também permitir que “todos os animais de companhia, de forma, evidentemente, regulamentada, com regras, com higiene, com segurança para todos os passageiros e para os próprios animais, possam viajar na cabine com os seus detentores”.

“Isto é uma questão de sensibilidade e de empatia”, defendeu, apelando aos restantes partidos que “votem a favor desta iniciativa, seja para que os animais de companhia não tenham que ser tratados como mercadoria, seja para que famílias como a da Alice possam viajar em segurança e com estabilidade emocional que estes casos pedem”.

Renato Sá, pai da menina, agradeceu a Inês de Sousa Real a atenção que o partido deu ao caso e disse estar emocionado. Já em declarações aos jornalistas, mostrou-se “muito feliz e com uma expectativa muito grande de que outras crianças, e adultos também, possam beneficiar desta lei”.

Renato Sá deixou também um repto para que o projeto de lei seja aprovado por unanimidade. “Eu penso que esse projeto é uma questão suprapartidária, acho que não é questão de governo ou oposição, isso é uma necessidade, isso é um direito das pessoas com deficiência. Eu não acredito que nenhum deputado vai ser contrário a uma iniciativa como essa”, defendeu.

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Europeus confiam mais em marcas que conheçam pelos media tradicionais

Os media tradicionais primam pela diferença no que diz respeito a levar os consumidores a confiar em marcas que não conheçam. A rádio é o meio que transmite mais confiança aos europeus nesta campo.

Os consumidores europeus continuam a confiar mais nos media tradicionais, como seja a televisão linear, a rádio, o cinema e a imprensa, graças à sua credibilidade já estabelecida, à sua regulação e aos padrões profissionais dos conteúdos.

O estudo “The New Life of The Living Room 2025“, do grupo alemão RTL, evidencia ainda que o fosso entre a media tradicional e as redes sociais está a aumentar em comparação com o estudo do ano passado, “à medida que o ceticismo em relação às redes sociais cresce devido à desinformação, notícias falsas e falta de regulação”.

Mas os media tradicionais continuam também a primar pela diferença no que diz respeito a levar os consumidor a confiar em marcas que não conheçam. Neste campo, a rádio é o meio que transmite mais confiança aos europeus, com 67% a dizerem que confiam numa marca que não conhecem depois de ouvirem um anúncio seu na rádio, num reforço de seis pontos percentuais (pp) face ao ano passado.

A rádio é seguida de muito perto pela televisão (66%, mais 6 pp que no ano passado), cinema (65%, mais 5 pp) e jornais e revistas (64%, mais 6 pp).

O estudo — que inquiriu 12.500 pessoas, distribuídos entre 14 países europeus, onde não se inclui Portugal (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Noruega, Polónia, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido) e também os Estados Unidos –, sublinha também a existência de uma “diferença significativa” na perceção dos consumidores em relação a anúncios na televisão linear e anúncios noutros meios de comunicação.

Mais de metade dos inquiridos espera que os anúncios na televisão linear sejam divertidos, emocionantes e informativos. Isto indica um envolvimento mais forte com anúncios transmitidos na televisão, uma vez que o público “exige padrões mais elevados de um meio percebido como competente e confiável”.

Na verdade, 67% dos europeus espera que os anúncios em televisão linear sejam informativos, enquanto 57% esperam que sejam divertidos. Estas percentagens são bastante mais reduzidas junto do streaming, por exemplo, ou ainda mais nas diferentes redes sociais.

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Grupo LLYC compra brasileira Digital Solvers

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

A aquisição "está em linha com o Plano Estratégico da LLYC e com o compromisso de investir até 40 milhões de euros em crescimento inorgânico em mercados de elevado potencial".

A LLYC comprou a brasileira Digital Solvers, empresa de experiências digitais de comunicação. Com esta aquisição, “a LLYC reforça a sua proposta de soluções integradas de marketing e inovação e dá mais um passo na sua estratégia de crescimento no Brasil, mercado onde está presente desde 2008”.

De acordo com um comunicado, nos termos do acordo, “a LLYC adquire uma participação inicial de 60% do negócio da Digital Solvers, por um preço baseado no desempenho do EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] nos próximos dois anos”, sendo que a empresa passa a fazer parte do grupo LLYC e “continuará a operar sob a marca Digital Solvers by LLYC, dirigida pelos sócios Guilherme Corrêa, Luiz Marcelo Siqueira e Thiago Leal Teles”.

O negócio representará um “nível de faturação anual acima dos 6,5 milhões de euros, mais de 90 clientes e uma equipa consolidada de 85 colaboradores, reforçando principalmente a sua estrutura de marketing, tecnologia e criatividade”.

A aquisição, salienta a LLYC, “está em linha” com seu plano estratégico e com o “compromisso de investir até 40 milhões de euros em crescimento inorgânico em mercados de elevado potencial“, sendo a 14.ª operação da LLYC nos últimos 10 anos e a segunda no mercado brasileiro.

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Novo fornecedor da Autoeuropa pode receber 125 de 475 trabalhadores da Vanpro

  • Lusa
  • 11 Junho 2025

A Brose Sitech, que vai produzir os assentos do novo modelo híbrido do T-Roc para a Autoeuropa, "disponibilizou 125 vagas para trabalhadores que poderão sair da Vanpro no início de novembro".

A Comissão de Trabalhadores da Vanpro, empresa que fornece assentos de automóvel à Autoeuropa até final deste ano, já tem um compromisso do novo fornecedor de disponibilização de 125 vagas para os seus 475 trabalhadores que vão ser despedidos.

“A Brose Sitech, que irá desenvolver os assentos do novo modelo híbrido do T-Roc produzido na fábrica da Autoeuropa, disponibilizou 125 vagas para trabalhadores que poderão sair da Vanpro no início de novembro e que poderão ingressar na Brose Sitech”, disse esta quarta-feira à agência Lusa Sónia Almeida, da Comissão de Trabalhadores da Vanpro, ressalvando que as 125 vagas estão sujeitas a concurso.

“Para os outros trabalhadores, estamos a explorar outras hipóteses, junto de outros fornecedores do parque industrial. Já fizemos algumas reuniões com outros fornecedores, e também com a Autoeuropa, para ver quais são as possibilidades que existem para as pessoas da Vanpro, mas até agora só temos o compromisso das 125 vagas da Brose Sitech”, acrescentou Sónia Almeida, salientando que a “direção da Vanpro também tem estado a desenvolver esforços nesse sentido”.

A Brose Sitech foi a empresa escolhida pela Autoeuropa para produzir os assentos do novo modelo híbrido do T-Roc atribuído à fábrica da Volkswagen em Palmela, pelo que a Vanpro, que tinha a Autoeuropa como único cliente, vai cessar a atividade até final deste ano e proceder ao despedimento coletivo de 475 trabalhadores, conforme noticiou o Jornal de Negócios.

A Comissão de Trabalhadores admite a preocupação com o futuro da grande maioria dos trabalhadores da Vanpro e promete continuar a desenvolver esforços para encontrar soluções, mas também alimenta a esperança de que possam surgir novas oportunidades de emprego para muitos destes trabalhadores a partir de 2027, quando começar a ser produzido o novo veículo elétrico na fábrica da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal.

Por outro lado, a Comissão de Trabalhadores já conseguiu um acordo com a direção da Vanpro para o despedimento coletivo dos 475 trabalhadores. “Conseguimos um acordo para o despedimento coletivo, com uma compensação de 1,2 salários por cada ano de trabalho, numa altura em que a indemnização de lei seria, na Vanpro, entre 0,4 e 0,6 salários por ano, dependendo da antiguidade do trabalhador”, disse Sónia Almeida.

“Está ainda garantido um prémio de, pelo menos, 1.800 euros, sendo que ainda estamos a negociar a possibilidade de aumentar este valor”, acrescentou a representante dos trabalhadores da Vanpro.

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Bancos centrais enchem (cada vez mais) os cofres com ouro. Euro perde brilho

Guerra na Ucrânia e as tarifas aceleraram as compras de ouro pelos bancos centrais. Estes reforços, associados aos máximos do ouro, levaram o metal dourado a ultrapassar o peso do euro nas reservas.

O ouro já é o segundo ativo com maior peso nas reservas dos bancos centrais. Num período marcado por crescentes tensões geopolíticas e pela ameaça de novas tarifas, o metal dourado superou o euro nas reservas, impulsionado pelos reforços por parte dos bancos centrais e pela escalada dos preços para sucessivos máximos históricos.

“O peso do ouro nas reservas estrangeiras oficiais totais – incluindo divisas e reservas de ouro – aumentou para 20% no final de 2024, ultrapassando a do euro, devido aos preços e compras de ouro historicamente elevados”, adianta o Banco Central Europeu num novo relatório divulgado esta quarta-feira.

Os cálculos do BCE dão conta que, no final do ano passado, os bancos centrais aumentaram as suas reservas em ouro para mais de 1.000 toneladas, duplicando o nível registado na década anterior. Isto, num período em que as cotações do metal dourado dispararam cerca de 30%.

Ouro é o segundo maior ativo de reserva dos bancos centrais

Fonte: BCE

Com base nos preços de mercado, o peso do ouro nas reservas, de 20%, superou o do euro, que se manteve nos 16%. Segundo o BCE, os bancos centrais têm hoje quase tanto ouro nos “cofres” como tinham em 1965, na era de Bretton Woods do pós-guerra. Recorde-se que até 1971 as taxas de câmbio globais eram fixadas em relação ao dólar americano, que por sua vez podia ser convertido em ouro a uma taxa de câmbio fixa.

As reservas em ouro, que atingiram um máximo nas 38 mil toneladas em meados dos anos 60, subiram para 36 mil toneladas em 2024, diz o BCE.

Conflitos e tarifas impulsionam procura… e os preços

A compra de ouro pelos bancos centrais disparou nos últimos três anos, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, com estas entidades e os investidores a procurarem refúgio no metal precioso.

“A procura por ouro para reservas monetárias aumentou acentuadamente após a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022 e permaneceu alta. No entanto, as compras de ouro para consumo e investimento em joias continuaram a representar a maior parte da procura global”, escrevem Anja Brüggen, Maurizio Michael Habib, Roger Gomis e Alessandro Vallin, num artigo publicado no relatório do BCE.

Os mesmos especialistas explicam que, “em 2024, a queda na procura por consumo de joias, particularmente na China, foi compensada por uma maior procura por investimento. A participação combinada de ambas as categorias permaneceu em 70% da procura global”.

O BCE refere ainda que “pesquisas recentes indicam que a imposição de sanções financeiras está associada a aumentos na participação das reservas do banco central em ouro”. “Em cinco dos dez maiores aumentos anuais na participação do ouro nas reservas cambiais desde 1999, os países envolvidos enfrentaram sanções no mesmo ano ou no ano anterior”, justifica.

Segundo o mesmo relatório, os países que estão geopoliticamente mais próximos da China e da Rússia registaram os maiores aumentos do peso do ouro nas reservas desde o último trimestre de 2021.

A forte procura pelo metal precioso tem puxado os preços para níveis inéditos. Desde o início do ano, o ouro escala 27%, tendo já chegado a superar a fasquia dos 3.500 dólares.

“As tensões geopolíticas e as incertezas em relação às perspetivas económicas globais a longo prazo têm reforçado o apelo do ouro como ativo de refúgio”, explica Ricardo Evangelista, CEO da Activtrades Europe.

Já por outro lado, “o apetite pelo risco tem aumentado, impulsionado pelo otimismo renovado em torno das negociações comerciais entre os EUA e a China, que poderão evitar uma guerra comercial em larga escala entre as duas maiores economias do mundo — uma dinâmica que favorece ativos de risco, como as ações, em detrimento do ouro”.

A escalada dos preços tem valorizado as reservas do Banco de Portugal. O ouro detido pelo banco central valia 30,9 mil milhões de euros no final do ano passado, com as reservas detidas pelo banco central a valorizarem 34,5% em relação a 2023.

O Banco de Portugal detinha 382,7 toneladas de reserva de ouro em dezembro de 2024.

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Franceses do BPCE lideram corrida para a compra do Novobanco, avança Bloomberg

  • ECO
  • 11 Junho 2025

Dono do Natixis está a tentar fechar um acordo com a Lone Star. Americanos ainda estão a considerar um possível IPO. Decisão sobre futuro do Novobanco deverá ser tomada nos próximo dias.

Os franceses do BPCE lideram a corrida pela compra do Novobanco, avança a Bloomberg, citando fontes próxima do processo. O dono do Natixis está à frente do Caixabank e está a tentar fechar um acordo com a Lone Star. Os americanos ainda estão a considerar uma eventual colocação em bolsa.

O fundo norte-americano, que controla 75% do Novobanco, deverá tomar uma decisão nos próximos dias em relação ao futuro da instituição financeira portuguesa.

A Bloomberg adianta ainda que as discussões continuam em curso e que as negociações ainda podem cair por terra. Nenhum dos intervenientes envolvidos neste processo quis fazer qualquer comentário.

A casa de investimento JB Capital avaliou o Novobanco entre 5,5 mil milhões de euros e sete mil milhões, segundo uma estimativa publicada em março.

O BPCE já está presente em Portugal através de um centro tecnológico do Natixis, localizado no Porto. Assim, a aquisição do Novobanco permitiria alargar a atividade à banca comercial no mercado português.

Para trás na corrida pelo Novobanco estará o grupo espanhol Caixabank, que detém o BPI. O governo português manifestou a oposição a um negócio envolvendo um banco de Espanha, pois resultaria num reforço da presença espanhola no sistema bancário nacional dos 30% para os 50%, de acordo com o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento. O Estado controla os outros 25% do Novobanco através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças e do Fundo de Resolução.

Além da venda direta, a Lone Star está a explorar uma oferta pública inicial (IPO) do Novobanco. O ECO avançou na semana passada que o banco e os assessores financeiros estavam a trabalhar no sentido de ter tudo pronto para avançar com o IPO na próxima semana ou na seguinte, caso o fundo americano avance para essa opção.

(Notícia atualizada às 14h46)

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