Guterres toma posse como secretário geral da ONU

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2016

António Guterres vai tomar posse como secretário-geral da ONU, numa cerimónia em que Portugal estará representado pelo Presidente da República e pelo primeiro-ministro.

António Guterres vai tomar hoje posse como secretário-geral da ONU, numa cerimónia em que Portugal estará representado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa.

A cerimónia acontece às 10:00 (17:00 de Lisboa) na sede da ONU, na sala da Assembleia Geral, perante representantes dos 193 Estados-membros, e é antecedida por uma homenagem ao secretário-geral cessante, Ban Ki-moon, que fará o seu último discurso como secretário-geral perante o plenário.

No discurso inaugural e depois de fazer o juramento sobre a Carta das Nações Unidas, o novo secretário-geral da ONU deverá traçar as linhas mestras do seu “programa de governo”, desde a resposta às crises globais até ao muito aguardado e muito adiado processo de reforma da pesada maquinaria institucional da organização de 71 anos.

Desde que foi aclamado pela Assembleia-geral da ONU em outubro, António Guterres já tratou de visitar as capitais e de se reunir com os líderes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.

Um dos primeiros atos de António Guterres depois de tomar posse deverá ser o anúncio da nomeação do vice-secretário-geral e do seu chefe de gabinete, com analistas a anteciparem que os dois lugares-chave serão ocupados por mulheres. Guterres já afirmou que as questões de igualdade de género no interior da ONU vão merecer atenção particular no seu mandato.

A ministra do Ambiente da Nigéria, Amina Mohammed, é tida como a principal candidata ao cargo de vice-secretário-geral.

António Guterres, 67 anos, vai iniciar o seu mandato de cinco anos a 1 de janeiro de 2017, três semanas antes da tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos da América, em Washington.

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Guterres agradece a Angola apoio decisivo na sua escolha como secretário-geral da ONU

O futuro secretário-geral das Nações Unidas transmitiu o "profundo reconhecimento pela solidariedade" que o país liderado por José Eduardo dos Santos deu à sua candidatura à ONU.

O futuro secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, transmitiu hoje a Angola o seu “profundo reconhecimento pela solidariedade” que deu à sua candidatura, que considerou ter sido “decisiva” para a sua escolha na ONU.

Na sua intervenção na sessão solene de abertura da XI conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Brasília, Guterres deixou uma “palavra de especial agradecimento ao país-membro que no Conselho de Segurança das Nações Unidas pôde ser um pilar essencial” da sua candidatura.

“Peço ao senhor vice-presidente de Angola que transmita ao Presidente José Eduardo dos Santos o meu profundo reconhecimento pela solidariedade que Angola sempre testemunhou e que foi, eu diria, decisiva em relação à minha eleição”, sublinhou, dirigindo-se a Manuel Vicente, que representa na cimeira as autoridades angolanas.

O secretário-geral designado agradeceu também aos governos e aos povos da CPLP “a enorme solidariedade” que disse sentir na sua candidatura a secretário-geral das Nações Unidas.

“Todos os países da CPLP participaram nesse momento, inesquecível para mim, em que a Assembleia-Geral decidiu, por aclamação, a minha eleição”, recordou.

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Obama felicita António Guterres

  • Leonor Rodrigues
  • 19 Outubro 2016

O Presidente dos Estados Unidos congratulou o novo secretário-geral das Nações Unidas numa conversa por telefone.

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, felicitou na terça-feira o novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres.

Obama comprometeu-se a apoiar continuamente os esforços da ONU, nomeadamente no que diz respeito às alterações climáticas, migração, desenvolvimento sustentável, ajuda humanitária e prevenção de conflitos, de acordo com o comunicado da Casa Branca citado pela Bloomberg.

Em destaque esteve ainda “a importância de se reforçar as reformas da ONU, incluindo garantir uma manutenção da paz eficaz e responsável e fortalecer e modernizar as instituições”.

Esta quarta-feira realiza-se um encontro informal com António Guterres, que toma posse no primeiro dia do próximo ano, onde os Estados-membros vão poder fazer questões ao novo secretário-geral, que será uma boa “oportunidade para uma interação inicial” e para “o apoiar na preparação para o cargo”, segundo a Organização, citada pela Lusa.

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ONU: Guterres promete “abordagem humilde”

Após seis votações, Guterres conseguiu a nomeação na semana passada e esta quinta-feira foi confirmado pela Assembleia Geral da ONU. Esta é a reta final de um processo que começou a 12 de abril.

António Guterres promete uma “abordagem humilde” enquanto secretário-geral. No discurso após ter sido confirmado como líder da ONU, o ex-primeiro-ministro diz sentir a “profunda responsabilidade” do cargo que assume em 2017.

“Estou ciente dos desafios da ONU e as limitações do secretário-geral”, admitiu Guterres. No entanto, referiu que as portas do seu gabinete vão estar abertas e promete ser uma “ponte de consensos”.

“O que aconteceu à dignidade humana?” É a questão que o próximo secretário-geral deixa à Assembleia Geral da ONU. Guterres falou das suas visitas a zonas de guerra enquanto Alto Comissário da ONU para os Refugiados.

António Guterres avisou que não se pode ficar “imune” ao que acontece nas guerras, “cada vez mais complexas”, classificando-as de “insuportáveis” do ponto de vista humano por alimentarem o ódio. “Não aceitem os comportamentos repugnantes que possam prejudicar os heróis ao serviço da ONU”, apelou.

Além disso, Guterres vincou a importância da igualdade de género, reconhecendo os vários “obstáculos” que as mulheres enfrentam em todo o mundo.

Em vez de a reprimir, o ex-primeiro-ministro quer promover a diferença: “A diversidade é uma mais-valia e não uma ameaça. As sociedades multiétnicas, multirreligiosas e multiculturais unem, não afastam”, argumentou. Guterres quer uma diplomacia “capaz de promover a diversidade”.

António Guterres foi oficialmente aprovado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O ex-Alto Comissário da ONU para os Refugiados foi recomendado para o cargo pelo conselho de Segurança da ONU a 6 de outubro. Guterres sucede a Ban Ki-moon a 1 de janeiro de 2017.

“António Guterres é assim confirmado por aclamação para o cargo de secretário-geral da ONU no período 1 de janeiro de 2017 até 31 de dezembro de 2021”, afirmou o presidente da Assembleia Geral da ONU. Peter Thomson apelidou este dia de “histórico” por causa do processo de transparência desta eleição presenciado pelos representantes dos 193 estados membros. Thomson sublinhou a “vasta experiência” de Guterres.

A 19 de outubro há nova reunião com a assembleia para preparar trabalho do próximo ano.

A cerimónia começa com um tributo ao Rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, que morreu esta quinta-feira aos 88 anos. Em Nova Iorque está Augusto Santos Silva, o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Em declarações esta tarde, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que este foi “o maior combate da sua vida”, referindo-se à eleição de António Guterres. O Presidente da República elogiou a “capacidade de luta” do próximo secretário-geral da ONU.

O Palácio de Belém pendurou a bandeira da ONU voltada para a rua no torreão central do muro. Ao lado está a bandeira de Portugal, sendo que ambas vão ser iluminadas até à meia-noite, de acordo com a Lusa.

Editado por Mónica Silvares

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