É oficial. PSD propõe novamente Aguiar-Branco para presidente da Assembleia da República

Votação ocorre terça-feira, dia de tomada de posse da nova legislatura. PSD e Aguiar-Branco contactaram PS e Chega para tentar garantir que reeleição será à primeira votação.

O PSD propôs a recondução de José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República, depois de contactos com o PS e o Chega. A decisão foi comunicada oficialmente esta segunda-feira à tarde ao grupo parlamentar pelo presidente dos sociais-democratas, Luís Montenegro, embora já fosse dada como certa.

A eleição do presidente e vices-presidentes da Assembleia da República tem lugar na terça-feira, dia da tomada de posse da nova legislatura, e, antes disso, o PSD e José Pedro Aguiar-Branco fizeram contactos junto de grupos parlamentares, nomeadamente o PS e o Chega, para tentar garantir uma reeleição à primeira.

José Pedro Aguiar-Branco já tinha manifestado disponibilidade para se recandidatar e o PS indicou que não irá criar obstáculos. Também o presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta tarde que o partido votará favoravelmente ao nome proposto pelo PSD. De qualquer forma, a votação é secreta e no ano passado o atual presidente da Assembleia da República só foi eleito à quarta tentativa, cenário que o PSD quer agora evitar.

“Estou absolutamente convencido de que não acontecerá. Tive oportunidade de falar com as lideranças dos demais grupos parlamentares e com alguns líderes partidários e estou convencido que a normalidade democrática vai imperar e José Pedro Aguiar Branco vai ser amanhã [terça-feira] eleito presidente da Assembleia da República”, afirmou o líder da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, em declarações aos jornalistas à saída da reunião.

Na anterior legislatura, o PSD e o PS chegaram a acordo depois de o Chega à última hora ter rasgado o entendimento que tinha firmado com os sociais-democratas. Perante o impasse, Luís Montenegro e o ex-secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, estiveram reunidos para tentar encontrar uma solução e acabaram por concordar com uma solução de rotatividade com dois anos para cada partido, à semelhança do que acontece no Parlamento Europeu. A solução acabou por ser interrompida com a demissão do Governo e que desencadeou as legislativas de 18 de maio.

Hugo Soares adiantou ainda que o partido irá propor para primeira vice-presidente da mesa a deputada Teresa Morais, que também já ocupava esta função na passada legislatura.

Em entrevista à agência Lusa, divulgada no domingo passado, o antigo ministro social-democrata, que nas eleições legislativas encabeçou a lista da AD pelo círculo de Viana do Castelo, afirmou que se recandidata às funções que ainda exerce para procurar concluir matérias que considera importantes e que foram interrompidas, como a reforma da justiça e as iniciativas para aproximar o parlamento dos cidadãos.

“Acho que a função de presidente da Assembleia da República talvez seja neste momento das mais exigentes no que diz respeito ao próprio regime democrático, porque tem uma dimensão conceptual, mas tem também uma dimensão operacional. É no parlamento que se têm de fazer consensos e criar maiorias, que se tomam medidas que depois impactam na vida dos cidadãos e se faz o escrutínio da ação do Governo – isto é nuclear no que diz respeito à qualidade do regime democrático”, advertiu.

José Pedro Aguiar-Branco diz mesmo sentir “essa responsabilidade sobre os ombros”. “Das minhas decisões, se vier a ser eleito, do que eu digo, do que eu faço e do que eu permito, impacta muito naquilo que tem a ver com a qualidade do regime democrático. É muito trabalhoso mas a democracia dá muito trabalho”, realçou.

Confrontado com as críticas da esquerda por, alegadamente, não ter travado o chamado “discurso de ódio” no parlamento ao longo do último ano, o presidente da Assembleia da República declarou que vai manter a mesma linha de rumo, que classifica como de equidistância em relação a todos os deputados.

Eu pautei a minha intervenção – e pautarei o meu desempenho – por aquilo que é importante para a dialética democrática, para o debate democrático, para a liberdade de expressão, para que todos possam no parlamento serem a voz daqueles que representam e não propriamente para estar contra o partido A, B ou C”, sustentou.

José Pedro Aguiar-Branco avisou mesmo que se podem correr “sérios riscos caso se entenda que será um presidente da Assembleia da República que tem o juízo ou o poder de censura em relação a uma intervenção [de um deputado], dizendo que ela é isto ou aquilo do ponto de vista criminal”. “Não tenho esses poderes, porque não sou Ministério Público”, alegou.

Hugo Soares é recandidato a líder parlamentar

Hugo Soares anunciou ainda que irá apresentar nos próximos dias a recandidatura à liderança do grupo parlamentar do PSD. “Apresentarei nos próximos dias a minha recandidatura a presidente da bancada parlamentar“, disse aos jornalistas no fim da reunião do grupo social-democrata, afastando qualquer vontade de assumir a pasta de ministro dos Assuntos Parlamentares.

Significa que é [na bancada parlamentar] aqui que me sinto bem e posso continuar a ajudar o país, em primeiro lugar, e o Governo”, justificou.

Em 2024, a direção do grupo parlamentar do PSD foi eleita com 76 votos a favor e um branco, o correspondente a 98,7% de votos favoráveis.

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Rússia propõe à Ucrânia cessar-fogo parcial de dois a três dias

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

A delegação de Moscovo entregou à parte ucraniana um memorando em duas partes, que aborda a suspensão total das hostilidades.

A Rússia propôs esta segunda-feira à Ucrânia um cessar-fogo parcial “de dois a três dias em certos setores da frente de batalha”, durante a segunda ronda de conversações em Istambul, anunciou o chefe da delegação russa.

Após a reunião, Vladimir Medinsky indicou em conferência de imprensa que a delegação de Moscovo entregou à parte ucraniana um memorando em duas partes, que aborda a suspensão total das hostilidades. “A segunda parte inclui os passos para um possível e completo cessar-fogo”, disse Medinsky.

O negociador russo descreveu o plano de cessar-fogo como detalhado e inclui duas alternativas. “O lado ucraniano vai estudá-lo e responder. Veremos”, afirmou. Além disso, a Rússia propôs também à Ucrânia um “cessar-fogo específico”, de dois a três dias em determinados setores da frente, para que os comandantes possam recolher os corpos dos seus soldados” caídos em combate.

Isto será agora discutido pelos nossos especialistas militares com os ucranianos”, adicionou Medinsky, explicando que em certas zonas a situação sanitária é perigosa e existe “o risco de uma epidemia”, pelo que, curtas tréguas permitiriam que estes corpos fossem rapidamente retirados.

Nesse sentido, disse que os russos entregarão unilateralmente 6.000 corpos de soldados e oficiais na sua posse, o que foi confirmado pela delegação de Kiev no final da reunião. “Na próxima semana, vamos entregá-los ao lado ucraniano para um enterro adequado. Não sei se têm corpos. Também os aceitaremos”, afirmou Medinsky.

O negociador de Moscovo confirmou ainda que ambos os lados concordaram em trocar todos os prisioneiros de guerra até 25 anos e todos os prisioneiros feridos ou doentes. “É um gesto humanitário da nossa parte”, referiu, dando conta de que serão pelo menos mil pessoas de cada lado.

Medinsky anunciou que, durante pouco mais de uma hora de negociações, ambos os lados concordaram em criar comissões médicas permanentes que, “sem esperar por grandes decisões políticas”, elaborarão listas para a troca de soldados gravemente feridos.

O chefe da delegação russa referiu também que Moscovo vai analisar uma lista de 339 crianças ucranianas deportadas que os enviados de Kiev entregaram com vista a facilitar o regresso. “A Rússia estudará todos os casos da lista ucraniana, sem exceção”, afirmou Medinsky, referindo que “não há uma única criança roubada, há crianças que foram salvas e retiradas das zonas de combate”.

Este dossiê das crianças ucranianas levou a que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitisse em março de 2023 mandados de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e contra a comissária dos Direitos da Criança, Maria Lvova-Belova. Na conferência de imprensa que decorreu em paralelo no fim da reunião em Istambul, o chefe da delegação ucraniana, Rustem Umerov, declarou que esta situação das crianças ucranianas é uma condição fundamental para o progresso em direção à paz.

O ministro da Defesa ucraniano afirmou ainda que propôs um novo encontro, a decorrer entre 20 e 30 de junho, ao mais alto nível, com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e os homólogos russo e norte-americano, Vladimir Putin e Donald Trump, respetivamente.

A proposta deste encontro tripartido foi igualmente avançada pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, com a possível reunião a decorrer em Istambul ou em Ancara. A ronda anterior, também realizada em Istambul em 16 de maio, já tinha levado a uma troca de mil prisioneiros de cada lado, sem resultar num cessar-fogo, após mais de três anos da invasão russa da Ucrânia.

As negociações de hoje decorreram um dia após um ataque de ‘drones’ ucranianos a quatro aeródromos militares russos, destruindo ou danificando numerosas aeronaves, incluindo a milhares de quilómetros da frente de batalha. Em alguns setores da frente, porém, Kiev enfrenta dificuldades, uma vez que as tropas de Moscovo avançaram nos últimos dias, particularmente na região de Sumy, no norte da Ucrânia.

A Rússia insiste em resolver as “causas profundas” do conflito e exige, além do controlo das províncias de Donetsk, Lugansk, no norte da Ucrânia, e de Zaporijia e Kherson, no sul, além da península da Crimeia, que Kiev renuncie à NATO e aos seus planos de militarização. Estas condições são inaceitáveis para a Ucrânia, que pretende a retirada total das tropas russas do seu território, bem como garantias de segurança, apoiadas pelo Ocidente, como a proteção da NATO ou a presença de tropas ocidentais no terreno, que Moscovo descarta.

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PLMJ assessora parceria entre a equipa de gestão e o Fundo Mercúrio, gerido pela Oxy

A equipa da área de Corporate M&A da PLMJ responsável por esta transação foi composta por Duarte Schmidt Lino, sócio e co-coordenador da área.

A PLMJ assessorou a compra de duas sociedades da divisão de moda do Grupo Sonae, em especial a MO e a ZIPPY, pela anterior equipa de gestão (liderada por Francisco Sousa Pimentel, atual CEO da MO), em parceria com o Fundo Mercúrio, entidade gerida pela Oxy Capital, S.G.O.I.C.

A equipa da área de Corporate M&A da PLMJ responsável por esta transação foi composta por Duarte Schmidt Lino, sócio e co-coordenador da área, Filipa Martinho, consultora sénior, Manuel Sequeira, associado coordenador, Leonor Melo Bento, associada sénior, e Tiago Belinha, advogado-estagiário. O Grupo Sonae foi assessorado pela Morais Leitão.

Advocatus Summit 2021 - 20/21MAI21
Duarte Schmidt Lino, sócio co-coordenador de Corporate M&A PLMJHugo Amaral/ECO

A produção plena de efeitos da transação, prevista para o final do primeiro semestre de 2025, depende da verificação das habituais condições suspensivas e do cumprimento de requisitos legais, nomeadamente a notificação prévia da transação à Autoridade da Concorrência e a comunicação de uma decisão de não oposição.

A MO e a ZIPPY, retalhistas de relevo no setor da moda e acessórios que contam com mais de 120 lojas em Portugal e com parte do negócio dedicado a retalhistas internacionais de destaque, continuarão a ser lideradas pelas respetivas equipas de gestão, em especial por Francisco Sousa Pimentel.

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Venda de carros em Portugal acelera 16,5% em maio

No mês passado foram matriculados 27.043 carros carros em Portugal, uma subida de 16,5% face ao período homólogo. No acumulado do ano, as vendas subiram 3,6%.

As vendas de automóveis em Portugal continuam a aumentar. No mês de maio, foram matriculados 27.043 carros, o que representa um aumento de 16,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, revelam os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). Elétricos totalizaram 19% das vendas de veículos ligeiros de passageiros.

No acumulado do ano, foram colocados em circulação 116.656 novos veículos, o que representou um aumento de 3,6% relativamente ao mesmo período do ano anterior.

De janeiro a maio deste ano, 65,8% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos. Apenas no quinto mês do ano, o peso dos elétricos foi de a 19% do mercado.

No que respeita aos automóveis ligeiros de passageiros novos, em maio foram matriculados em Portugal 23.545 unidades, o que representa uma subida de 18,6% face ao mesmo mês do ano de 2024. O Peugeot 2008 foi o ligeiro de passageiros mais vendido em maio, totalizando 899 unidades vendidas em maio, seguido do Renault Clio (629) e Dacia Sandero (604).

No acumulado do ano, matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 100.842 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 4,8% relativamente a período homólogo.

O mercado de ligeiros de mercadorias registou, no quinto mês do ano, uma evolução positiva de 4,2% face ao mês homólogo do ano anterior, situando-se em 2.863 unidades matriculadas.

Em termos acumulados, o mercado atingiu 13.034 unidades, o que representou uma queda de 2,5% face ao mesmo período do ano de 2024.

Quanto ao mercado de veículos pesados, o qual engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, em maio verificou-se um aumento de 2,3% em relação ao mês homólogo de 2024, tendo sido comercializados 635 veículos desta categoria. Nos cinco meses do ano, as matrículas desta categoria totalizaram 2.780 unidades, o que representou uma variação negativa do mercado de 8,5% relativamente ao mesmo período de 2024.

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Sociedade de advogados PLEN assessora a Draycott na aquisição da Verescence

A PLEN, através de uma equipa liderada pela partner Marta Leitão, tem vindo a acompanhar a Draycott ao longo de vários anos como parceiro jurídico estratégico.

A PLEN, sociedade de advogados assessorou juridicamente a Draycott na aquisição da Verescence, empresa líder mundial em embalagens de vidro para a indústria de cosmética e perfumaria de luxo.

A operação, avaliada em 490 milhões de euros, representa a maior transação de ‘private equity’ protagonizada por um fundo de capital de risco português e envolveu uma estruturação jurídica de elevada sofisticação.

Com sede em França – e presença industrial em Espanha, nos Estados Unidos da América e na Coreia do Sul -, a Verescence foi adquirida à Stirling Square Capital Partners, numa operação que também contou com o co-investimento da Movendo Capital.

A PLEN, através de uma equipa liderada pela Partner Marta Leitão, tem vindo a acompanhar a Draycott ao longo de vários anos como parceiro jurídico estratégico. Esta relação de confiança e profundo conhecimento mútuo permitiu garantir uma assessoria altamente personalizada e totalmente alinhada com a visão e os objetivos do cliente ao longo de todo o processo.

“Esta operação é um reflexo do que se constrói com relações de parceria de longo prazo: confiança mútua, alinhamento estratégico e a capacidade de enfrentar juntos desafios complexos. É um orgulho para a nossa equipa continuar a acompanhar a Draycott em marcos tão significativos”, destaca Marta Leitão, Partner da PLEN, a propósito desta operação que envolveu valores recorde em Portugal.

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Ventura anuncia voto a favor de Aguiar-Branco como presidente da Assembleia

Presidente do Chega garante que dará anuência à nova entrada em função dos órgãos indicada pelo PSD e não irá propor um nome próprio à presidência da Assembleia da República.

O líder do Chega, André Ventura, anunciou esta segunda-feira que o partido vai votar favoravelmente a proposta do PSD para recondução de José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República, não apresentando por isso um candidato próprio, mas sim um nome para vice-presidente.

“O Chega dará anuência à nova entrada em função dos órgãos indicada pelo partido mais votado. O Chega indicará também os seus nomes nessa composição na Assembleia da República e dissemos de forma clara e objetiva ao presidente da Assembleia da República e ao líder da bancada do PSD que a nossa preocupação não é essa, é sim resolver os problemas das pessoas”, afirmou André Ventura em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos, no Parlamento.

A indicação oficial do PSD sobre o nome proposto ainda não foi dada, uma vez que o grupo parlamentar só se reúne às 17 horas, mas o nome de José Pedro Aguiar-Branco é já dado como certo. André Ventura afirmou que durante a manhã garantiu ao PSD e a José Pedro Aguiar-Branco que “essa anuência seria feita e desejar também ao novo presidente um bom mandato”.

Na anterior legislatura, o PSD e o PS chegaram a acordo depois de o Chega à última hora ter rasgado o entendimento que tinha firmado com os sociais-democratas e apresentado um nome próprio: Rui Paulo Sousa, que teve 50 votos.

Na altura, perante o impasse, Luís Montenegro e o ex-secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniram-se e concordaram com uma solução de rotatividade com dois anos para cada partido, à semelhança do que acontece no Parlamento Europeu, uma vez que apenas tinham uma diferença de dois deputados. A solução acabou por ser interrompida com a demissão do Governo e que desencadeou as legislativas de 18 de maio.

André Ventura salienta agora que o partido, que tem uma diferença de 30 deputados face ao PSD/CDS-PP, “não fez nenhuma exigência ao partido mais votado em matéria de rotatividade”. A votação terá lugar na sessão plenária desta terça-feira, numa semana que deverá terminar com a posse do novo Governo.

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IL define privatização da TAP e reforma de mercado de arrendamento como prioridades

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

Outra das medidas prioritárias para a IL é a reforma do mercado de arrendamento, com o partido a já ter defendidor o descongelamento do valor das rendas e a redução da tributação em 15%.

A IL define a privatização da TAP e a reforma do mercado de arrendamento como prioridades para o início desta legislatura, além da revisão constitucional e do regresso da comissão de inquérito à Santa Casa da Misericórdia.

Numa nota enviada à agência Lusa, a IL indica que, entre as prioridades que definiu para o início da legislatura, está a privatização da TAP, que constava no programa eleitoral do partido para as legislativas, a par de outros processos de privatização, como a RTP, Caixa Geral de Depósitos (CGD) ou CP – Comboios de Portugal.

Outra das medidas prioritárias para a IL é a reforma do mercado de arrendamento, sem especificar de que maneira, apesar de, no programa eleitoral, o partido defender o descongelamento do valor das rendas, a redução da tributação em 15% e a criação de um Código Único do Arrendamento.

A IL promete também defender o direito à propriedade privada, retomando um projeto de lei que já tinha apresentado na última legislatura e que propunha o agravamento de penas para quem ocupa ilegalmente casas.

Outra das propostas que a IL vai recuperar da última legislatura é a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito à Santa Casa da Misericórdia, cujos trabalhos já tinham começado na anterior legislatura, mas que acabou por ‘cair’ com a dissolução da Assembleia da República.

O partido vai também insistir com a reforma do sistema eleitoral, com a criação de um círculo de compensação nacional, e vai propor a criação de uma comissão eventual de desburocratização do Estado.

A revisão constitucional vai ser outra das prioridades da IL nesta legislatura, tal como já tinha sido anunciado pelo ex-líder da IL, Rui Rocha, que anunciou a demissão este sábado.

A IL pretende reduzir o “papel central” do Estado que considerou estar plasmado na Constituição, assegurar que a propriedade privada passa a constar no capítulo dos direitos, liberdades e garantias pessoais, e retirar do preâmbulo a menção “caminho para uma sociedade socialista”.

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Kgsa assessora a Litehaus, uma startup do setor da construção e tecnologia imobiliária

A operação contou com a assessoria da sócia Cláudia Raposo Correia, responsável pelas áreas de Societário e M&A, Tecnologia & Media na kgsa.

A kgsa – Sociedade de Advogados assessorou a Litehaus, uma startup inovadora no setor da construção e tecnologia imobiliária, na sua ronda de investimento pre-seed no valor de €1,46M, que envolveu investidores de referência como a portuguesa Explorer Investments, a Cornerstone VC do Reino Unido.

A operação contou com a assessoria da sócia Cláudia Raposo Correia, responsável pelas áreas de Societário e M&A, Tecnologia & Media na kgsa.

Este investimento vai permitir à Litehaus acelerar o desenvolvimento do seu negócio pelo qual se propõe transformar o modo como se concebem, constroem e adquirem imóveis, através de uma plataforma digital que liga proprietários de terrenos, promotores imobiliários e empresas de construção a arquitetos, engenheiros e designers, permitindo uma gestão integrada e transparente de prazos, custos e progresso das obras.

Para a sócia da kgsa, que tem já assessorado a Litehaus em outras operações no mercado de investimentos, “estamos muito contentes por continuar a participar no desenvolvimento da Litehaus e de contribuir para o objetivo de ser tornar a empresa com o mais rápido crescimento do sector de construction tech na Europa. A assessoria a este tipo de transações é mais uma prova do envolvimento da kgsa no ecossistema de venture capital e de startups, tanto em Portugal como no mercado europeu.”

A transação mereceu a referência da TechCrunch, umas das principais publicações digitais sobre tecnologia e startups, o que sublinha a crescente atenção dada ao setor de construction tech e ao modelo inovador da Litehaus.

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CMVM assina protocolo com 45 gestoras para alargar resolução alternativa de litígios

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

As gestoras comprometem-se a acolher pedidos de resolução de litígios, com valores até 30.000 euros, apresentados pelos investidores.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) assinou esta segunda-feira um protocolo com 45 sociedades gestoras de organismos de investimento coletivo para alargar a resolução alternativa de litígios.

“A CMVM assinou hoje um protocolo com 45 sociedades gestoras de organismos de investimento coletivo com o objetivo de alargar o âmbito de aplicação dos mecanismos de resolução alternativa de litígios (RAL), promovendo práticas mais eficientes na resolução de conflitos entre estas entidades e os investidores não profissionais”, anunciou, em comunicado.

No âmbito deste protocolo, as gestoras comprometem-se a acolher pedidos de resolução de litígios, com valores até 30.000 euros, apresentados pelos investidores e sobre atividades associadas à gestão de organismos de investimento coletivo ou outros serviços prestados por estas.

As sociedades podem recorrer à rede de arbitragem de consumo ou assegurar a ligação a pelo menos uma entidade que ofereça serviços de mediação e arbitragem. Este protocolo está inserido no objetivo de disponibilizar procedimentos alternativos aos meios judiciais, que sejam eficazes e acessíveis.

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Concorrência abre investigação aprofundada à compra do portal imobiliário Kyero pelo Idealista

Regulador adianta que "operação de concentração em análise suscita sérias dúvidas", o que justificou a abertura de uma investigação, para avaliar o impacto na concorrência.

A Autoridade da Concorrência decidiu abrir uma investigação aprofundada na operação de aquisição da sociedade britânica Portal47, que detém a plataforma imobiliária Kyero, pelo Idealista, por considerar que existem “sérias dúvidas” sobre se a operação vai criar entraves à concorrência.

A entidade informou esta segunda-feira que “adotou uma decisão de passagem a investigação aprofundada na operação de concentração Idealista/Portal47“.

A AdC considera que “a operação de concentração em análise suscita sérias dúvidas, à luz dos elementos recolhidos, e em atenção aos critérios definidos no artigo 41.º, quanto à sua compatibilidade com o critério estabelecido no n.º 3 do artigo 41.º do mesmo diploma, no que respeita ao(s) mercado(s) relevantes identificados”.

Este artigo – nº 3 do artigo 41 – refere que “são autorizadas as concentrações de empresas que não sejam suscetíveis de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste”. Ora, isto significa que o regulador tem dúvidas sobre o impacto desta concentração na concorrência.

O portal de anúncios imobiliários Idealista notificou, em janeiro, a AdC sobre a aquisição da sociedade britânica que detém o portal Kyero, uma plataforma online de anúncios classificados imobiliários, destinada a particulares que residam na Alemanha, no Reino Unido e no norte da Europa que pretendam comprar ou arrendar um imóvel em determinados países do sul da Europa, mais concretamente, em França, Itália, Portugal e Espanha.

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Leitão Amaro garante que “praticamente todas as manifestações de interesse estão decididas”

Imigração. Governo "herdou" 446 mil pendências de manifestações de interesse, dos quais 165 mil foram logo extintas. As demais deram lugar a 252 mil atendimentos e 150 mil pedidos já foram deferidos.

O ministro da Presidência garantiu esta segunda-feira que, neste momento, “praticamente todas as situações de manifestações de interesse estão decididas“, sendo que cerca de metade dos pedidos foi rejeitado. O balanço foi feito no dia em que se assinala um ano do plano para as migrações desenhado pelo Governo de Luís Montenegro.

“Praticamente todas as situações de manifestações de interesse estão decididas, com um pequeno grupo que será resolvido nos dois meses que faltam até cumprir um ano“, sublinhou esta tarde António Leitão Amaro, em conferência de imprensa.

Já o secretário de Estado Adjunto da Presidência, Rui Freitas, detalhou que o atual Governo “herdou” 446.921 pendências de manifestações de interesse, “e não as 300 mil de que se falava”.

Destas, 165 mil pedidos foram extintos num primeiro momento, enquanto 274 mil deram lugar a agendamentos. Esses agendamentos resultaram em cerca de 253 mil atendimentos, enquanto 21 mil outras pessoas falharam o atendimento, isto é, até pagaram as taxas, mas não compareceram nos serviços na data marcada, nem pediram o reagendamento.

Entre os 252 mil atendimentos, 184 mil já têm uma decisão, dos quais 150 mil receberam “luz verde”, até ao momento. Restam, assim, cerca de 69 mil processos de manifestação de interesse que aguardam decisão, indicou o secretário de Estado.

Balanço das manifestações de interesse

Das 446.921 das pendências, resultaram 274 mil agendamentos;
Destes, resultaram 253 mil atendimentos;
Destes, 184 mil já foram decididos (e 69 mil aguardam decisão);
Destes, 150 mil receberam resposta positiva.

Rui Freitas salientou ainda que as nacionalidades mais preponderantes nas manifestações de interesse são o Brasil, a Índia, o Bangladesh, o Nepal e o Paquistão.

No caso dos cidadãos brasileiros, já foram decididas quase 74 mil pendências de manifestação de interesse, das quais 68 mil receberam “luz verde”. Ou seja, neste caso, a taxa de rejeição foi de 7,4%.

Já nas demais nacionalidades referidas, a taxa de rejeição foi mais expressiva. Entre os cidadãos da Índia, por exemplo, dos quase 29 mil pedidos decididos, só 15 mil foram deferidos, situando-se a taxa de rejeição em 46,4%.

Questionado sobre estas diferenças, o ministro da Presidência explicou as rejeições dizem respeito a casos em que existem ordens precedentes de outros países de que estas pessoas não podem estar no espaço Schengen.

“Com a mobilização de toda a sociedade, levamos a cabo durante estes meses das mais fortes e bem sucedidas operações de resposta do Estado a processos atrasados“, sublinhou ainda Leitão Amaro, defendendo que esta operação “dá confiança aos portugueses de que o Estado consegue fazer bem”.

Num ano, fez-se muito, mudou-se de forma drástica, mas com bom senso e ponderação a política de imigração, sabendo que ainda há muito para fazer.

António Leitão Amaro

Ministro da Presidência

“Num ano, fez-se muito, mudou-se de forma drástica, mas com bom senso e ponderação, a política de imigração, sabendo que ainda há muito para fazer“, acrescentou o mesmo.

Uma das tarefas ainda por concluir é relativa aos títulos CPLP. Depois de ter atendido todas as pendências de manifestações de interesse, a estrutura de missão já começou, entretanto, a lidar com esses títulos: de 210 mil processos pendentes, 115 mil já foram atendidos, realçou o ministro da Presidência.

Por outro lado, o referido secretário de Estado destacou que foi possível “multiplicar por sete a capacidade de atendimento da AIMA”. “É um aumento sem precedentes na Administração Pública. Foi conseguido em tempo recorde e com a entrega de resultados”, assinalou.

No total, esta operação da AIMA custou 25 milhões de euros ao Estado, tendo gerado, contudo, 82,3 milhões de euros em receitas (taxas que o Estado até já devia ter recebido, se os processos tivessem sido agendados no tempo devido), acrescentou Rui Freitas.

“Balanço não se pode fazer pela quantidade”

Na conferência de imprensa desta segunda-feira, o ministro da Presidência foi também questionado sobre o protocolo de cooperação para a migração laboral regulada, conhecida como “via verde” para contratar imigrantes.

Como o ECO avançou em primeira mão, na construção, esse regime já permitiu a atribuição de um visto, havendo outros processos pendentes. E na agricultura, dois processos (referentes a 12 trabalhadores) também já foram enviados para a Direção-Geral dos Assuntos Consulares.

Não fizemos o acordo para que se entrasse à vontade em Portugal. Não fixamos nenhum objetivo [de atribuição de vistos]. Podemos ter é ideias sobre a capacidade de integração do mercado de trabalho português”, argumentou Leitão Amaro. “O balanço não se pode fazer pela quantidade“, insistiu.

(Notícia atualizada às 17h50)

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Fundação Millennium bcp e Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros celebram 30 anos de atividade em campanha

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  • 2 Junho 2025

Para comemorar estas três décadas, o Millennium bcp apostou no lançamento da campanha “30 Anos# a partilhar consigo”, desenvolvida pela sua direção de comunicação e pela DCE Loving Brands.

A Fundação Millennium bcp e o Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (NARC) estão a comemorar 30 anos de atividade, data assinalada em campanha.

Ao longo de três décadas, desde que obras de remodelação num edifício do bcp na baixa de Lisboa puseram a descoberto estruturas arqueológicas, a Fundação tem apoiado iniciativas de valorização cultural e patrimonial, com destaque para projetos museológicos e de recuperação de património.

Além disso, a Fundação Millennium bcp tem vindo também a “desenvolver atividades nas áreas da arquitetura, das artes plásticas, da música, da dança e do teatro, promovendo ainda projetos editoriais e literários, bem como iniciativas no campo do conhecimento e da solidariedade social, onde dedica especial atenção às crianças, à saúde, à deficiência e ao combate à pobreza”, refere-se em nota de imprensa.

“Nestes 30 anos, a Fundação tem procurado afirmar uma ação consistente e responsável, dedicada à valorização do património nacional, ao apoio às artes e à construção de uma sociedade mais justa, solidária e sustentável. O Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros, um projeto pioneiro desenvolvido pelo Millennium bcp, é um claro exemplo do nosso compromisso com a preservação da memória coletiva“, diz António Monteiro, presidente da Fundação Millennium bcp, citado em comunicado.

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Para celebrar 30 anos destas atividades, o Millennium bcp apostou no lançamento da campanha “30 Anos# a partilhar consigo”, desenvolvida pela sua direção de comunicação e pela DCE Loving Brands. A mesma marca presença em imprensa, redes sociais e sucursais do banco.

Integrada também nas comemorações, a Fundação já inaugurou a exposição coletiva “Caminhos”, patente na Galeria Millennium bcp, no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), com 31 obras da coleção Millennium bcp. Nesta mostra é abordado o tema da paisagem e da natureza, com inspiração no pensamento do escritor e naturalista Henry David Thoreau (1817-1862).

Em 2015 a Fundação Millennium bcp foi distinguida com a Medalha de Mérito Cultural e, em 2018, elevada a membro-honorário da Ordem do Infante D. Henrique.

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