Santa Casa vende 12 imóveis num ano por quase 13 milhões. “Processo vai continuar sem urgência desmedida”, diz provedor

A alienação de património imobiliário da SCML irá continuar nos próximos dois anos para atingir 100 milhões de euros. Prioridade será ativos "muito degradados" e terrenos para construção.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vendeu 12 imóveis no ano passado, tendo encaixado quase 13 milhões de euros. A alienação de património imobiliário da SCML irá continuar, pelo menos nos próximos dois anos, de forma a atingir 100 milhões de euros.

“[A venda] vai continuar, como está previsto no plano, até ao final de 2027, para poder totalizar cerca de 100 milhões de euros. É um processo que estamos a gerir com relevância, mas sem urgência desmedida, porque neste momento os meios libertos estão a fazer claramente face às necessidades de investimentos”, disse o provedor da SCML, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Questionado sobre o futuro do património, Paulo de Sousa confirmou que o plano de reestruturação da Santa Casa prevê, como meio de reforço de tesouraria e financiamento de investimento previsto, alienações de “ativos” que não são relevantes para a sua atividade.

Por exemplo, participações que a SCML há mais de 10 anos das quais nunca obteve dividendos nem são críticas para o desempenho da instituição, de acordo com o provedor. Ou “ações de cotadas e não cotadas que estão e não fazem sentido estar” no portefólio, exemplificou Paulo de Sousa, em declarações aos jornalistas partir da Sala de Extrações da Lotaria Nacional, na antiga Casa Professa de São Roque.

Depois de vender a participação que detinha na CUF Belém, a Santa Casa pretende desfazer-se de ativos imobiliários “muito degradados e que exijam um montante de investimento elevado” ou tenham prazo de execução que inviabiliza a recuperação, bem como terrenos para construção, porque os prazos de licenciamento são longos.

Atualmente, a SCML tem 664 imóveis na sua posse, maioritariamente (509) urbanos. Em comparação com 2023, no ano passado havia menos 30% arrendados (31 imóveis), sendo que as rendas pagas totalizaram 2.001.223,70 euros, acima dos anteriores 1.695.163,78 euros. Em termos de contratos de arrendamento, manteve 717 ativos, concluiu obras em três prédios e chegou ao final do ano passado com 14 obras em curso, que ainda decorrem.

Segundo o mais recente relatório de gestão de contas, a 4 de dezembro de 2024 realizou-se uma hasta pública para venda de sete imóveis urbanos que estiveram em proposta, divididos pelos concelhos de Oeiras, Amadora, Loures, Odemira e Seixal.

Novos financiamentos “em aberto”

A SCML admitiu ainda recorrer a mecanismos de financiamento bancário e não bancário para os próximos projetos, embora garanta não ter nenhuma operação fechada ou em vias de ser concluída.

A Santa Casa não tem praticamente endividamento [apenas reabilitação urbana], porque não precisa, mas não quer dizer que não possa ter. Está tudo em aberto. As várias oportunidades que surgirem poderão resultar em algum tipo de endividamento ou não”, esclareceu o administrador da SCML com o pelouro do Empreendedorismo e Economia Social.

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Viana do Castelo aprova protocolo para criação de base naval no porto comercial da cidade

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, realça que a posição do município neste protocolo “é simbólica”, uma vez que a decisão de instalação da base naval cabe à Marinha e à APDL.

A Câmara de Viana do Castelo aprovou nesta terça-feira o protocolo de cooperação entre o município, a administração da Administração dos Portos de Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e a Marinha para a instalação, no porto comercial da cidade, de uma base ponto de apoio naval.

O documento, aprovado por unanimidade em reunião ordinária do executivo municipal, que decorreu a bordo do navio-escola Sagres, atracado em Viana do Castelo a propósito das comemorações nacionais da Marinha, refere que as “partes reconhecem a oportunidade de colaboração com o objetivo de identificar uma instalação adequada para a edificação de um ponto de apoio naval da Marinha”, na cidade.

Na apresentação do ponto, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse que a posição do município neste protocolo “é simbólica”, uma vez que a decisão de instalação da base naval cabe à Marinha e à APDL.

O autarca socialista explicou que o protocolo fica hoje formalizado com a aprovação em reunião camarária, mas o processo de instalação da base naval na cidade teve início há cerca de nove meses com o anterior Chefe de Estado-Maior Armada, Gouveia e Melo, e teve continuidade com o Almirante Jorge Manuel Nobre de Sousa.

“É uma decisão estratégica que concorre para o reconhecimento que a Marinha tem por Viana do Castelo”, afirmou, destacando a construção nos estaleiros da WestSea de seis Navios Patrulha Oceânicos (NPO) para a Marinha Portuguesa.

Para Luís Nobre, “a presença contínua da Marinha vem potenciar uma posição estratégica de Viana do Castelo no setor da construção naval e poderá criar condições para o aparecimento de atividades conexas, diversificar e qualificar mão-de-obra”.

Segundo Luís Nobre, o grupo de trabalho, cuja constituição está prevista no protocolo, “já está a trabalhar há nove meses” e integra “até dois representantes de cada uma das partes”, sendo que a coordenação cabe a “um dos representantes da Marinha”.

O grupo de trabalho tem de realizar “as reuniões que se revelem necessárias”, sendo que, no “final de cada trimestre, remeterá um relatório com a atualização dos trabalhos desenvolvidos aos órgãos decisores das partes”.

Concluída a “avaliação”, o grupo de trabalho terá de elaborar e entregar, às partes, “no prazo de 12 meses, um relatório final”.

O protocolo exige às três partes o dever de “confidencialidade sobre toda a informação e documentação, técnica e não técnica, comercial ou outra, oficial ou não, independentemente do suporte em que se encontre”.

Cerca de 1.100 militares vão participar nas comemorações do Dia da Marinha que decorrem em Viana do Castelo a partir de quarta-feira e até dia 20, “para estreitar laços com a sociedade”.

O Dia da Martinha é assinalado, anualmente, a 20 de maio, data que marca a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498.

O programa das comemorações na capital do Alto Minho, “para todas as idades e de participação gratuita, pretende promover o contacto direto da população com a Marinha”.

Entre as ações previstas, há visitas a navios, incluindo o Navio-Escola Sagres, batismos de mar, batismos de mergulho, exposições temáticas em vários pontos da cidade, atividades pedagógicas, o concerto da Banda da Armada com a cantora Gisela João, cerimónias oficiais”.

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eDreams passa a integrar seguros de viagem da AXA Partners nas suas plataformas

  • ECO Seguros
  • 13 Maio 2025

A parceria prevê que a filial do Grupo Axa ofereça soluções personalizadas de seguros e de assistência. A cobertura inclui cancelamentos de viagens, emergências médicas e perda de bagagem.

A Axa Partners firmou um acordo com a eDreams Odigeo para se tornar parceira de seguros das principais marcas de viagens do grupo em 15 países da Europa, incluindo em Portugal. O acordo contempla que a seguradora passará a oferecer coberturas de viagem para os clientes da eDreams, Opodo, GO Voyages e Travellink.

Adelane Mecellen, regional CEO da AXA Partners: “Esta parceria com a eDreams ODIGEO, um líder no setor com uma forte presença a nível mundial, permite-nos expandir o nosso alcance na oferta de produtos de seguros e serviços de assistência mais acessíveis”.

De acordo com o comunicado, a parceria prevê que a filial do Grupo Axa ofereça soluções personalizadas de seguros e de assistência. A cobertura inclui cancelamentos de viagens, emergências médicas e perda de bagagem. O seguro está incorporado diretamente na plataforma, permitindo ao cliente comprá-lo online, associando-o ao bilhete.

O objetivo da parceria é reforçar a proteção e flexibilidade das viagens dos clientes.

“Esta parceria com a eDreams ODIGEO, um líder no setor com uma forte presença a nível mundial, permite-nos expandir o nosso alcance na oferta de produtos de seguros e serviços de assistência mais acessíveis, garantindo que cada viagem é apoiada pela eficiência e fiabilidade que os nossos clientes esperam. Juntos, estamos a oferecer segurança, conveniência e paz de espírito”, afirmou Adelane Mecellen, regional CEO da AXA Partners.

Por sua vez, César Friol, Chief Ancillaries officer da eDreams ODIGEO assinala: “Ao unir forças com a AXA Partners, estamos a combinar os pontos fortes de dois líderes do setor para oferecer mais valor e inovação aos viajantes. Esta parceria exemplifica os nossos valores fundamentais de proporcionar escolha e flexibilidade, garantindo que os nossos viajantes desfrutam do mais alto nível de proteção e tranquilidade”.

Antes do acordo com a Axa, eram os seguros de viagem da Europ Assistance vendidos nas plataformas da eDreams ODIGEO.

A Axa é uma companhia de seguros global sediada em Paris, França, opera em 64 países e oferece serviços como seguros de vida, saúde, propriedade e acidentes, além de gestão de investimentos. Em 2024, o faturamento global da Axa foi de 110 mil milhões, representando um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. O lucro líquido também aumentou 11%, alcançando 7,9 mil milhões de euros. A seguradora possui diversas sucursais ao redor do mundo, incluindo Portugal a Axa France IARD – Sucursal localizada em Lisboa e atua principalmente no setor de seguros não vida.

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Governo de Albuquerque promete obras do PRR na Madeira executadas na íntegra até 2026

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Governo da Madeira indica que as obras financiadas pelo PRR, incluindo 805 casas nos 11 concelhos do arquipélago, no valor de 130 milhões de euros, estarão prontas dentro do prazo limite.

Num momento em que o país acelera obras para conseguir terminar os projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dentro do prazo limite para receber as verbas europeias, o Governo da Madeira garante que todas as obras financiadas na região vão ser executadas até meados de 2026, incluindo 805 casas distribuídas pelos 11 concelhos do arquipélago, no valor de 130 milhões de euros.

“A meta é para cumprir. É a nossa máxima prioridade, porque não houve até à data abertura da Comissão [Europeia] para alargar o prazo do PRR”, disse o secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Rodrigues, nesta terça-feira, reforçando: “Os projetos do PRR não podem, nem vão falhar da nossa parte”.

O governante falava no decurso de uma visita a um empreendimento habitacional em fase de conclusão, no Funchal, constituído por 60 frações, que serão entregues nos próximos meses âmbito do programa Renda Reduzida.

Trata-se de um investimento de 14,7 milhões de euros, financiado pelo programa aprovado no seguimento da crise pandémica.

“Só no concelho e cidade do Funchal, no âmbito da Renda Reduzida, contamos entregar até meados do próximo ano, com o fim do PRR, cerca de 250 habitações para ajudar a nossa população e, sobretudo, as famílias mais jovens”, explicou Pedro Rodrigues.

O governante adiantou que, no total, o Governo da Madeira prevê construir 805 casas em toda a região, das quais 150 já foram entregues, maioritariamente no concelho de Câmara de Lobos, na zona oeste da ilha.

“Vai minorar o problema da habitação, não o resolve”, avisou, para logo acrescentar: “Não se consegue resolver o problema da habitação, nem cá nem em lado nenhum, em quatro anos, mas estamos a trabalhar muito (…), estamos a contar dar muitas novas soluções à nossa população”.

Pedro Rodrigues sublinhou que a solução ao nível da habitação passa por criar e reforçar parcerias entre os setores privado, público e cooperativo.

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Portugal “está absolutamente inclinado para Lisboa”, considera ministro das Infraestruturas

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

"O barato sai caro se não tivermos uma visão integrada", considera o governante, que falava no Congresso Rodoferroviário Português, a decorrer em Lisboa até dia 15.

“O território está absolutamente inclinado para Lisboa, temos que o reequilibrar para a Área Metropolitana do Porto, e depois fazer um reequilíbrio para o resto do território e cada um tem a sua especificidade”. O ministro das infraestruturas e Habitação, em declarações nesta terça-feira no Congresso Rodoferroviário Português, defende ainda ser necessário “potenciar ao máximo os investimentos em termos de infraestruturas”, que Pinto Luz admite que não são baratos, “mas são investimentos no futuro de todos nós”.

“O barato sai caro se não tivermos uma visão integrada”, reiterou o ministro, defendendo que o Governo que sair das eleições de 18 de maio deve ter em conta este desafio.

Na sua intervenção na abertura deste congresso, que decorre até dia 15, o ministro falou ainda sobre a sustentabilidade económico-financeira das infraestruturas que se constroem, dando como exemplo a discussão à volta das portagens.

“Grande parte destas infraestruturas que alimentam o tecido territorial injustiçado não têm tráfego suficiente para sustentabilidade económico-financeira, é uma não discussão, não há equilíbrio e repartição de risco equilibrada como temos nas áreas metropolitanas”, apontou Pinto Luz.

O governante abordou também a situação da região em torno do futuro aeroporto Luís de Camões, na zona de Alcochete. A localização está “absolutamente definida e cristalizada”, pelo que já é possível definir território com uma visão estrutural. Para o ministro, não podem ser criados “guetos onde há grandes infraestruturas” que depois podem não ter impactos se não existir uma visão geral.

Já quanto ao investimento na ferrovia, referiu a “aposta nos centros logísticos no território, para a alta velocidade não cair de para-quedas num território não infraestruturado”.

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Dom Pérignon reúne estrelas do mundo artístico em nova campanha

  • + M
  • 13 Maio 2025

Este "diálogo" entre a marca de champanhe e rostos famosos já vem de há décadas e incluiu colaborações com figuras como Lady Gaga, Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat, David Lynch ou Karl Lagerfeld.

A marca de champanhe Dom Pérignon lançou uma nova campanha recheada de estrelas do mundo artístico e cultural. A atriz Tilda Swinton, a cantora Zoë Kravitz, o músico Anderson .Paak, a estrela do punk Iggy Pop, o artista Takashi Murakami, o dançarino e coreógrafo Alexander Ekman e a chef Clare Smyth são os rostos da iniciativa.

A este conjunto de celebridades, junta-se ainda o chef de cave da Dom Pérignon, Vincent Chaperon, que é responsável por supervisionar todos os aspetos da produção do champanhe da marca e que também participa no projeto.

Além de um conjunto de fotografias com as diferentes personalidades — pela lente da reconhecida fotógrafa Collier Schorr –, a campanha “A criação é uma jornada eterna” conta ainda com um vídeo onde os artistas refletem sobre o conceito de criação e exploram a essência da sua criatividade. A diretora Camille Summers-Valli foi a responsável por registar os testemunhos em vídeo, tendo a condução das entrevistas sido feita por Jefferson Hack. O vídeo pode ser visto aqui.

A marca do grupo de luxo LVMH pretende assim promover um ambiente íntimo entre os seus produtos e a criatividade, aludindo a uma relação que tem estabelecido com a arte e a cultura. “Estes retratos e filmes capturam momentos de profunda intimidade, revelando como cada criador, à sua maneira, se torna parte da jornada contínua que molda o legado da Dom Pérignon“, refere a marca em comunicado.

Este “diálogo” entre a marca de champanhe e rostos famosos já vem de há décadas e incluiu colaborações com figuras como Lady Gaga, Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat, David Lynch ou Karl Lagerfeld.

Para assinalar o momento, a Dom Pérignon vai também lançar quatro novas safras: Dom Pérignon Vintage 2008 — Plénitude 2, Dom Pérignon Vintage 2017, Dom Pérignon Vintage 2018 e Dom Pérignon Rosé Vintage 2010, segundo a Harper’s Bazaar.

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Transporte de passageiros recupera e volta a crescer para o melhor março de sempre

Depois de uma desaceleração em fevereiro, os aeroportos nacionais receberam 5,4 milhões de passageiros. França continua a ser o principal país de origem e destino.

Depois de uma desaceleração em fevereiro, o número de passageiros nos aeroportos nacionais voltou a aumentar em março. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), passaram pelos aeroportos nacionais 5,4 milhões de passageiros, mais 2,1% que no período homólogo. Trata-se do melhor mês de março de sempre.

“Após um máximo mensal histórico no mês de janeiro e um ligeiro decréscimo no mês de fevereiro, verificou-se um novo máximo mensal histórico do número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais no mês de março“, refere o INE, nas estatísticas rápidas do transporte aéreo divulgadas esta terça-feira.

O desembarque médio diário subiu para 88,2 mil passageiros, em março, acima dos 86,5 mil registados em março do ano passado. No mesmo mês, aterraram nos aeroportos nacionais 18,7 mil aeronaves em voos comerciais, o que representa um crescimento de 2,5% face ao período homólogo.

Cerca de 82,5% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,3 milhões de passageiros (+2,4%), sendo na maioria provenientes do continente europeu (67,9% do total). O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,5% do total de passageiros desembarcados (+4,8%).

No que diz respeito aos passageiros embarcados, 82% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,2 milhões de passageiros, mais 3% que em março de 2024. Destes, mais de 69% (69,2%) tina como destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 3% face a março de 2024. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (8,6% do total; +1,2%).

No acumulado do trimestre, o aeroporto de Lisboa movimentou 54,6% do total de passageiros (7,6 milhões), mais 1,4% que no primeiro trimestre de 2024. Já o aeroporto de Faro registou um crescimento de 4% no movimento de passageiros (1,2 milhões; 8,9% do total) e o aeroporto do Porto concentrou 23% do total de passageiros movimentados (3,2 milhões) e um aumento homólogo de 2,6%.

Em termos de países, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado um ligeiro crescimento no número de passageiros desembarcados (0,4%) e um decréscimo (-1,3%) no número de passageiros embarcados face ao mesmo período de 2024.

O Reino Unido e Espanha ocuparam a 2ª e 3ª posições, como principais países de origem e de destino, seguidos pela Alemanha. A 5ª posição foi ocupada pelo Brasil enquanto país de origem e pela Itália enquanto país de destino dos voos.

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Famílias portuguesas com maior aumento do rendimento real entre países da OCDE

Rendimento real das famílias portuguesas aumentou 6,7% no conjunto de 2024, tendo sido esse o maior salto registado entre os vários países da OCDE.

As famílias portuguesas foram as que mais viram os seus rendimentos reais crescerem no último ano, entre os vários países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, em causa está uma subida de 6,7%, em resultado do aumento dos salários e da baixa dos impostos.

“No conjunto de 2024, todos os países, exceto dois, registaram um crescimento do rendimento real. Portugal verificou o maior reforço (6,7%), em consequência, sobretudo, da remuneração dos empregadores e da diminuição dos impostos“, explica a OCDE, numa nota enviada esta manhã às redações.

Neste pódio liderado por Portugal, aparecem ainda Espanha (com um aumento de 3,55% do rendimento real dos agregados) e a Hungria (3,1%), sendo que a OCDE sublinha que a subida dos rendimentos foi observada num momento em que na maioria dos países a inflação estava a desacelerar.

Por outro lado, foi na Austrália que o rendimento real das famílias mais encolheu no último ano. Em causa está um recuo de 1,8%, o que resultou do aumento dos juros e dos impostos, de acordo com a nota divulgada esta manhã.

Já o outro país da OCDE onde o rendimento real das famílias emagreceu em 2024 foi a Finlândia, com uma diminuição de 0,44%.

No conjunto da OCDE, 2024 foi sinónimo de um aumento de 1,8% do rendimento real das famílias, acelerando face à subida de 1,7% que tinha sido registada em 2023.

(Notícia atualizada às 11h38)

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INE confirma que inflação acelerou para 2,1% em abril

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Maio 2025

A taxa de inflação acelerou duas décimas e situou-se nos 2,1% em abril, após três meses consecutivos de abrandamento.

A taxa de inflação homóloga foi de 2,1% em abril, mais 0,2 pontos percentuais do que em março, confirmou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) coincide com o valor da estimativa rápida divulgada pelo gabinete estatístico no início deste mês.

O indicador de inflação subjacente — que exclui produtos mais voláteis, como alimentos e energia — também registou uma variação homóloga de 2,1% em abril, que compara com 1,9% no mês anterior.

Fonte: INE

A taxa de inflação dos produtos energéticos diminuiu, por sua vez, para -0,1%, enquanto a inflação dos produtos alimentares não transformados acelerou para 3,2% — e não para 3,3%, como o INE tinha estimado inicialmente. Em março, as taxas de inflação destes produtos foram de 0,1% e 2,8%, respetivamente.

As classes de despesas de “restaurantes e hotéis”, “habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis” e “bens alimentares e bebidas não alcoólicas” tiveram as maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC. Em sentido contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a do “vestuário e calçado”.

Na variação em cadeia, ou seja, entre março e abril, o gabinete estatístico também confirma que os preços do cabaz de bens e serviços aumentaram, em média, 0,7%. Em março, a taxa em cadeia tinha sido de 1,4%.

A variação média nos últimos 12 meses foi de 2,4% em abril, valor idêntico ao mês anterior.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, indicador que permite comparações entre os Estados-Membros da União Europeia, teve, segundo o INE, uma variação homóloga de 2,1%, acelerando face aos 1,9% de março e inferior em 0,1 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.

(Notícia atualizada às 11h17)

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Taxas usadas no crédito da casa sobem em todos os prazos

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

As taxas Euribor, que são usadas no cálculo da prestação mensal dos empréstimos à habituação, subiram nos prazos a três, a seis e a 12 meses.

As Euribor, as taxas usadas como indexante no cálculo da prestação mensal dos empréstimos da casa, voltaram a subir nos principais prazos.

  • A taxa Euribor a seis meses avançou até aos 2,131%, mais 0,010 pontos.
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu para 2,107%, mais 0,040 pontos do que na segunda-feira.
  • A Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, também avançou para 2,143%, mais 0,004 pontos.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Chega é um partido que, “ao longo do tempo, tem partilhado conteúdos falsos”, apontam docentes

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Enquanto os partidos tradicionais fazem "uma espécie de propaganda", o Chega destaca-se por partilhar conteúdos com mensagens que são baseadas em factos que não são verdadeiros, dizem docentes.

Professores e investigadores universitários das ciências políticas e desinformação, ouvidos pela agência Lusa, consideram que o Chega toma uma posição diferente em matéria de desinformação face aos restantes partidos políticos.

O vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, Nelson Ribeiro, considera que “o Chega tem sido, talvez, o partido que se tem destacado bastante” no que diz respeito à apresentação de uma versão da informação que tende a favorecer a perspetiva do partido.

Nelson Ribeiro diz que o Chega é um partido que, “ao longo do tempo, tem partilhado conteúdos falsos, ou seja, conteúdos com mensagens que são baseadas não em factos verdadeiros, mas em factos que são criados, por exemplo sondagens que depois se percebia que não existiam ou que eram feitas por empresas que não estavam credenciadas em Portugal para se poder dizer que, de facto, eram sondagens legítimas”.

Por sua vez, para o docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro João Pedro Batista “os partidos tradicionais (…) por exemplo, o PS, o CDS, o PSD, etc. acabam muito por fazer uma espécie de propaganda, não tanto utilizar desinformação ou ‘fake news’”, estando em causa o que o chama de “autopromoção” e sobretudo “retransmissão daquilo que acontece nas televisões”.

Em relação aos novos partidos, João Pedro Batista salienta o caso do Chega, referindo que o partido “que apresentou uma sondagem online, com participação das redes sociais, que dava o Chega como vencedor das eleições”, sendo que esta sondagem não tem fundamento porque tem “como base uma participação nas redes sociais”.

Aquilo que está em causa para o professor é um fenómeno de notícias contrafeitas, com tudo para parecerem uma notícia credível, mas que contém informação falsa, até porque “a própria sociedade está mais predisposta a aceitar a mentira como algo normal de uma ação política”.

Neste sentido, o professor caracteriza o Chega como um partido “no mundo da pós-verdade, ou seja, que não se interessa com a verdade”, pois recorre à mentira, aos conteúdos enganadores e descontextualizados com mais frequência “porque também este tipo de estratégia já está normalizada e já é mais aceitável hoje em dia”.

Já a investigadora de comunicação política no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Susana Salgado, por seu turno, destaca que “o Chega tem um órgão de informação próprio e é muito proficiente na utilização das redes sociais e tem assim recursos para moldar os temas da forma que melhor serve os seus interesses”.

Seguindo a mesma linha de pensamento, a investigadora também refere que se se tiver em consideração que a “desinformação também inclui esconder informação relevante para evitar perda de apoio eleitoral, então a desinformação é comum a todos os partidos e candidatos”.

As eleições legislativas decorrem no próximo domingo, 18 de maio, e concorrem 21 forças políticas: AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM, PLS e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

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Energia e banca são os setores com maior transparência fiscal

Um estudo da KPMG revela que 63% das empresas que divulgam informações fiscais afirmam que tal teve um impacto positivo na sua reputação junto dos investidores, reguladores e clientes.

A transparência fiscal é um pilar estratégico cada vez mais relevante para os maiores grupos empresariais da Europa, ajudando a melhorar a sua reputação nos mercados onde atuam, revela um estudo da KPMG e do European Business Tax Forum (EBTF). A energia e a banca são os setores que lideram em termos de divulgação fiscal.

A análise, que abrangeu 185 multinacionais de 21 países europeus, incluindo Portugal, mostra que “63% das empresas que divulgam informações fiscais afirmam que essa prática teve um impacto positivo na sua reputação nos mercados onde atuam”, sendo que os “grupos de energia e serviços financeiros lideram em termos de divulgação fiscal, apresentando níveis de compliance acima da média“.

“As empresas destes setores parecem demonstrar uma maior maturidade e compromisso com práticas fiscais responsáveis, indo muitas vezes além das exigências legais”, refere o estudo divulgado pela KPMG e pelo EBTF.

O relatório “identifica também uma tendência crescente de adoção da transparência fiscal, com 72% das empresas a reportarem de acordo com os standards da Global Reporting Initiative (GRI) — um aumento face aos dados de 2022″.

“Em geral, as empresas cotadas em bolsa divulgam políticas de governance fiscal mais transparentes, revelando níveis superiores de divulgação tanto qualitativa como quantitativa, o que reflete uma maior pressão regulatória e dos stakeholders sobre estas entidades”, conclui a análise, apontando Dinamarca e Espanha como os dois países em maior destaque no campo das divulgações qualitativas e quantitativas e entre os setores analisados.

“Este estudo mostra-nos que um governance fiscal robusto importa vantagens para as empresas, designadamente nas seguintes dimensões: redução dos riscos fiscais, minimizando posições incertas, litígios e potenciais contingências; identificação atempada de oportunidades fiscais, promovendo eficiência fiscal alinhada com a estratégia de negócio e um reforço do compliance fiscal”, afirma Tomás Costa Ramos, diretor de international tax da KPMG em Portugal.

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