Greve parcial na CP levou à supressão de mais de 70% dos comboios até às 8h00

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Nas ligações urbanas de Lisboa, dos 111 comboios previstos foram suprimidos 76, e nos do Porto foram cancelados 31 dos 52 programados.

A greve parcial dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras levou hoje à supressão de 178 comboios dos 250 programados (71,2%) entre as 00h00 e as 8h00, segundo dados da CP enviados à Lusa.

De acordo com a transportadora, nas ligações urbanas de Lisboa, dos 111 comboios previstos foram suprimidos 76, e nos do Porto foram cancelados 31 dos 52 programados.

Nos regionais estavam programados 67 e foram suprimidos 52.

A CP – Comboios de Portugal indicou que todos os comboios de longo curso (13) foram efetuados entre as 00h00 e as 8h00.

Contactada pela Lusa hoje de manhã, Luís Bravo do SFRCI – Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que convocou a greve parcial, adiantou que a adesão à paralisação dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05:00 de hoje e que termina às 8h30, é de 100%, estando a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos.

Os maquinistas e os revisores da CP cumprem hoje o penúltimo dia de greve em defesa de aumentos salariais e da negociação coletiva, uma paralisação que tem gerado vários constrangimentos à circulação.

As greves convocadas por vários sindicatos da CP tiveram início em 7 de maio e prolongam-se até quarta-feira.

Desde segunda-feira e até quarta-feira são cumpridos os serviços mínimos, entretanto, decretados pelo Tribunal Arbitral.

Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais, a implementação de um acordo de reestruturação das tabelas salariais e a defesa da negociação coletiva.

O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) cumpre hoje o quarto dia de greve ao trabalho suplementar, a decorrer até quarta-feira, enquanto o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) iniciou no domingo uma greve de revisores e trabalhadores de bilheteiras.

A greve parcial de revisores e bilheteiras, que teve início no dia 11 e termina na quarta-feira, decorre entre as 05:00 as 08:30.

Ao longo da última semana, a CP — Comboios de Portugal tem vindo a alertar para as perturbações geradas por estas greves.

A greve dos maquinistas e dos revisores suprimiu, na segunda-feira, a circulação de 632 comboios (59%) dos 1.071 programados até às 19:00, sobretudo urbanos de Lisboa, indicou a CP.

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Santa Casa lucra 30,3 milhões em 2024. Jogos entregam ao Estado quase 900 milhões

Após o recorde de 2019, os jogos sociais da SCML alcançaram o segundo melhor resultado da sua história em termos de vendas brutas, com um volume de 3,1 mil milhões.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) teve um resultado líquido de 30,3 milhões de euros em 2024, o que representa um disparo de 1.112% em relação ao lucro de 2,5 milhões de euros registado no ano anterior. A organização sem fins lucrativos, prestadora de apoios sociais e responsável por lotarias e apostas, alcançou as melhores contas desde o período pré-pandemia.

O valor faz com que a SCML se encontre em “em boas condições” para cumprir um dos principais objetivos do plano de reestruturação: obter, em 2027, um saldo de gerência no valor de 100 milhões de euros, informou a instituição liderada por Paulo Alexandre Duarte de Sousa, no relatório financeiro e de gestão publicado esta terça-feira.

O investimento fixou-se em 22,6 milhões de euros em 2024, sendo que sobressaiu a área do património, com 7,4 milhões de euros alocados a obras de reabilitação em prédios de rendimento, além de 4,4 milhões para a atividade. Nota ainda para a verba de um milhão de euros de investimento em jogo responsável.

Por sua vez, os 4,8 milhões de euros em receitas de capital deveram-se essencialmente aos desinvestimentos em participações não estratégicas, como o Fundo Core Restart e a clínica CUF de Belém.

O provedor da SCML referiu que 2024 foi “o melhor ano, em termos financeiros, dos últimos cinco”. “Nos últimos quatro anos, a Santa Casa teve um período difícil e, se não fosse a ajuda da Segurança Social, teria acumulado 130 milhões de prejuízos”, afirmou Paulo Sousa, em conferência de imprensa.

A despesa corrente aumentou 1,12%, para 253,8 milhões, tendo os gastos com o pessoal (161 milhões) sido o principal contributo, à semelhança do que tem vindo a acontecer nos últimos anos. Segundo o provedor, a subida residual é uma boa notícia, até porque é uma “opção de gestão claramente assumida” ter a “possibilidade de remunerar melhor quem aqui trabalha”.

Sobre a meta dos 100 milhões prevista no plano de reestruturação, o administrador da SCML com o pelouro do Empreendedorismo e Economia Social revelou que, no primeiro trimestre, o montante já era de 81 milhões de euros.

“Convém que a Santa Casa tenha uma almofada financeira. Com o confinamento e o apagão percebemos que existem elementos estranhos que requerem reconstruir as disponibilidades financeiras para outros desafios que possam surgir“, assinalou Luís Rego, em declarações a partir da Sala de Extrações da Lotaria Nacional, na antiga Casa Professa de São Roque, em Lisboa.

Em causa estão oito objetivos, quatro programas operacionais, 19 medidas e 100 medidas para recuperar a tesouraria da Santa Casa nos próximos dois anos. A título de exemplo, é preciso atingir a rentabilidade mínima de 4% da carteira de imóveis e obter uma taxa de crescimento anual a distribuir aos beneficiários de 10 milhões. Cada norma tem um orçamento e um responsável atribuído.

Jogos entregam ao Estado quase 900 milhões

Os Jogos Santa Casa alcançaram o segundo melhor valor da sua história, após o recorde em 2019, em termos de vendas brutas, com um volume de 3.142,9 milhões de euros, correspondendo a 895,7 milhões de euros entregues ao Estado, através da Distribuição de Resultados a Beneficiários (673 milhões) e do Imposto do Selo (211,6 milhões), o maior de sempre gerado pela venda dos jogos sociais.

Recordista em 2024 foi mesmo o valor de prémios pagos pelos Jogos Santa Casa aos apostadores, totalizando 2.073,2 milhões de euros. A performance positiva dos jogos sociais permitiu elevar o volume de remunerações pagas a mediadores para níveis históricos: 247,9 milhões.

Para o provedor da Santa Casa, este regresso à trajetória de crescimento é um “sinal de regularização da atividade e inversão do declínio dos jogos no período Covid e pós-Covid”.

No portefólio dos jogos, a Santa Casa destacou o EuroDreams, lançado no final de 2023, por ter registado vendas de 106 milhões no primeiro ano completo. Quanto à célebre lotaria nacional, as vendas caíram 3,1%, em termos homólogos, para 78 milhões, ao passo que a lotaria instantânea – vulgarmente conhecida como “raspadinha” – cresceu apenas 0,6%, de 1.836 para 1.848 milhões, embora continue a representar a a maioria (58,8%) da panóplia de jogos da SCML.

O Placard, que enfrenta uma significativa concorrência nas apostas desportivas online, contraiu 10% para 425 milhões (vendas) em 2024.

Notícia atualizada às 11h01

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IP perdeu 257 milhões com descontos nas Scut em quatro anos

  • ECO
  • 13 Maio 2025

Empresa prevê que seja estabelecido com o Estado “um mecanismo suscetível de assegurar a compensação pela perda de receita associada aos descontos nas portagens” até ao fim de 2025.

A introdução de descontos nas portagens das ex-Scut, a partir de julho de 2021, resultou na perda direta de 257,2 milhões de euros de receita potencial para a Infraestruturas de Portugal (IP) no acumulado até dezembro de 2024, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). A conclusão consta no relatório e contas relativo ao ano passado da empresa liderada por Miguel Cruz, quando ainda não tinham sido eliminados na totalidade os pagamentos nestas vias.

No final de 2023, a IP já alertava que a perda direta de receita potencial associada à aplicação do desconto de 50% no tarifário das ex-Scut era de 107,6 milhões de euros, em termos acumulados. O que significa que, em apenas um ano e com o reforço dos descontos para 65%, houve um aumento de quase 140% na perda de receita, ou seja, cerca de 150 milhões de euros.

A 1 de janeiro deste ano, as portagens foram eliminadas nas sete concessões, o que, segundo o Governo, significa uma perda de receita de 180 milhões de euros. Por isso, o Conselho-Geral e de Supervisão (CGS) da IP, no parecer ao relatório e contas de 2024, recomenda ao Estado que, “face à relevância do valor”, seja “encontrada uma solução estrutural que restabeleça o equilíbrio financeiro da IP”. No documento, a própria empresa afirma que, “até ao fim de 2025 será estabelecido”, em articulação com o Estado, “um mecanismo suscetível de assegurar a compensação pela perda de receita associada aos descontos nas portagens”.

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Mesmo com AD em queda, PS arrisca pior resultado desde 1987. Chega volta aos 18%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Maio 2025

Apesar de recuar para os 32% nas intenções de voto, a coligação liderada por Luís Montenegro mantém uma vantagem de quase sete pontos percentuais face aos socialistas.

Mesmo com a Aliança Democrática (AD) em queda há vários dias, atingindo agora os 32%, o PS não consegue aproveitar para subir as intenções de voto e caiu para os 25,1%, arriscando ter o seu pior resultado em legislativas dos últimos 38 anos, segundo a sondagem diária da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF, a TVI e a CNN Portugal. É preciso recuar a 1987, ano da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva, para encontrar um resultado inferior (22,2%); e ainda antes, em 1985, os socialistas ficaram-se pelos 20,8%.

O Chega, por sua vez, está novamente no patamar do resultado alcançado nas últimas eleições, de 18%, uma subida de quase três pontos percentuais em dois dias e que, a confirmar-se, o deixa mais perto de manter os 50 deputados no Parlamento. Segue-se, com 6,9%, a Iniciativa Liberal (IL), um resultado que reforçaria a posição do partido liderado por Rui Rocha face às legislativas de 2024, mas que ainda fica longe de permitir à coligação formada pelo PSD e o CDS alcançar uma maioria com o apoio dos liberais.

À esquerda, o Livre (4,5%) surge no quinto lugar das intenções de voto, seguido pela CDU (3,3%), o Bloco de Esquerda (2,4%) e o PAN (1,8%). Porém, é preciso ter em atenção o número de indecisos, que volta a crescer, para 17,5%, o mesmo nível do arranque da sondagem diária. As mulheres continuam a mostrar-se mais hesitantes do que os homens, mas, no que diz respeito à faixa etária, são agora os mais velhos (55 ou mais anos) os mais indecisos (19%). A nível regional, Lisboa está em destaque, com quase um em cada quatro eleitores sem saber em quem vai votar (23%).

Noutra sondagem, da Intercampus para o Correio da Manhã, a CMTV e o Jornal de Negócios, mas que avalia as preferências quanto aos cenários de governabilidade, perante o cenário de nem o PS nem a AD obterem mais do que 115 dos 230 deputados, mais de 60% dos inquiridos defende que o partido ou coligação que perder as eleições deve deixar o outro governar, mesmo que sem maioria absoluta. Ou seja, os portugueses entendem que o Executivo deve ser liderado por quem conquistar o maior número de votos.

Por outro lado, a possibilidade de um bloco central (AD e PS) é rejeitado por mais de 57,5% dos inquiridos, enquanto perto de 70% rejeitam uma eventual união entre a coligação formada pelo PSD e o CDS e o Chega, que permitisse a criação de uma maioria absoluta. O trabalho de recolha de dados decorreu entre os dias 24 de abril e 5 de maio, quando já os debates televisivos entre todos os partidos com assento parlamentar tinham sido realizados.

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‘Rei dos Frangos’ só aceita vender todas as ações do Benfica e no mínimo a 12 euros

  • ECO
  • 13 Maio 2025

O empresário refere que a última vez que foi abordado para vender a sua participação foi no final do ano passado por investidores norte-americanos, mas não chegaram a estar valores em cima da mesa.

José António dos Santos, empresário conhecido como “Rei dos Frangos” que detém 16,38% do capital da Benfica SAD (entre participação individual e o conjunto de ações pertencentes ao Grupo Valouro), diz que ou vende todas as ações ou não vende nada, e que só de 12 euros “para cima” cada uma — quando no mercado estão a valer cerca de quatro euros.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, o empresário refere que a última vez que foi abordado para vender a sua participação foi no final do ano passado por investidores norte-americanos, mas não chegaram a estar valores em cima da mesa. José António dos Santos acredita ainda que se o Benfica obtiver bons resultados no Mundial de Clubes, o preço das ações da SAD podem “subir de divisão” no campeonato dos mercados.

O empresário considera que o Benfica “não tem” poder de vetar a entrada de novos investidores, mas isso não é um problema, na sua opinião porque uma vez que o clube tem 63% das ações da SAD nenhum outro acionista vai poder mandar. O Rei dos Frangos estranha a opção do fundo americano de comprar 3,28% a 7,07 euros por ação se com 3% “não faz nada de nada, nem lugar [na administração] tem sequer”. “Esse valor que deram valoriza muito mais o Benfica a nível internacional”, disse, numa entrevista em que faz uma “boa” avaliação do mandato de Rui Costa como presidente – “até agora” – mas recusa fazer comparações com a de Luís Filipe Vieira “para não arranjar um 31”.

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Autarcas de todo o país reúnem-se no 2.º Local Summit

  • ECO
  • 13 Maio 2025

Carlos Moedas, Basílio Horta e Nuno Piteira Lopes são alguns dos nomes já confirmados no 2.º Local Summit, que decorre a 27 de maio, no CCB, em Lisboa.

Depois de uma estreia com casa cheia em 2024, o Local Summit está de volta. No dia 27 de maio, o Centro Cultural de Belém recebe a segunda edição do evento que junta os principais protagonistas da governação local para debater o presente e o futuro das cidades e das freguesias portuguesas.

Num momento em que as autarquias têm um papel determinante na resposta aos desafios da habitação, da mobilidade urbana e do desenvolvimento sustentável, o Local Summit 2025 pretende ser novamente o espaço de debate sério, plural e construtivo sobre as prioridades do poder local.

Vão estar em destaque temas como a crise no acesso à habitação, os modelos de mobilidade nas cidades, o planeamento urbano, e o papel das autarquias na coesão territorial e no crescimento económico.

Ao longo da manhã, teremos em palco autarcas de todo o país, bem como especialistas e líderes de opinião que acompanham de perto a realidade do poder local.

A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

PROGRAMA

09h30 Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas e Habitação

10h00 Estratégias e Modelos Locais para a Habitação
Bruno Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Mondim de Basto
Luís Menezes Leitão
, Presidente da Associação Lisbonense de Proprietários
Patrícia Viana, Sócia da Abreu Advogados
Ricardo Leão, Presidente da Câmara Municipal de Loures
Moderação: Mónica Silvares, Editora Executiva do ECO

10h45 Coffee-break

11h00 Mobilidade Urbana e Planeamento Sustentável nas Autarquias
Ana Paula Vitorino, Presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes
Faustino Gomes, Presidente do Conselho de Administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa
Luís Nobre, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo
Nuno Piteira Lopes, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais
Moderação: Ana Batalha Oliveira, Editora do Capital Verde

11h45 O Papel das Autarquias no Desenvolvimento
Basílio Horta, Presidente da Câmara Municipal de Sintra
José Manuel Silva, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra
José Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro
Rogério Bacalhau, Presidente da Câmara Municipal de Faro
Moderação: Alexandre Batista, Editor do Local Online

12h45 Encerramento
Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

A 2.ª edição do Local Summit, uma iniciativa do ECO, conta com o apoio da Abreu Advogados e da Tabaqueira.

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Hoje nas notícias: ‘Rei dos Frangos’, IP e legislativas

  • ECO
  • 13 Maio 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

José António dos Santos, acionista que detém 16,38% do capital da Benfica SAD, só aceita vender toda a sua participação ou nenhuma, e “no mínimo” a 12 euros por ação. A Infraestruturas de Portugal (IP) perdeu 257 milhões de euros de receita potencial desde a introdução de descontos nas portagens das antigas Scut. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

‘Rei dos Frangos’ só aceita vender todas as ações do Benfica e no mínimo a 12 euros

José António dos Santos, empresário conhecido como ‘Rei dos Frangos’ que detém 16,38% do capital da Benfica SAD (entre participação individual e o conjunto de ações pertencentes ao Grupo Valouro), diz que ou vende todas as ações ou não vende nada, e que só de 12 euros “para cima” cada uma — quando no mercado estão a valer cerca de quatro euros. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o empresário refere que a última vez que foi abordado para vender a sua participação foi no final do ano passado por investidores norte-americanos, mas não chegaram a estar valores em cima da mesa. José António dos Santos acredita ainda que se o Benfica tiver bons resultados no Mundial de Clubes, o preço das ações da SAD podem “subir de divisão” no campeonato dos mercados.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

IP já perdeu 257 milhões com descontos nas Scut

A introdução de descontos nas portagens das antigas Scut, a partir de julho de 2021, resultou na perda direta de 257,2 milhões de euros de receita potencial para a Infraestruturas de Portugal (IP) no acumulado até dezembro de 2024. A conclusão consta no relatório e contas relativo ao ano passado da empresa liderada por Miguel Cruz, quando ainda não tinham sido eliminados na totalidade os pagamentos nestas vias. No final de 2023, a IP já alertava que a perda direta de receita potencial associada à aplicação do desconto de 50% no tarifário das ex-Scut era de 107,6 milhões de euros, em termos acumulados. O que significa que, em apenas um ano e com o reforço dos descontos para 65%, houve um aumento de quase 140% na perda de receita, ou seja, cerca de 150 milhões de euros

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Quem perder as eleições deve deixar governar

Perante o cenário de nem o PS nem a Aliança Democrática (AD) obter mais do que 115 dos 230 deputados, a maioria dos inquiridos da sondagem da Intercampus defende que o partido ou coligação que perder as eleições deve deixar o outro governar, mesmo que sem maioria absoluta. Ou seja, os portugueses entendem que o Executivo deve ser liderado por quem conquistar o maior número de votos. A possibilidade de um bloco central (AD e PS) é rejeitado por mais de 57% dos inquiridos, enquanto perto de 70% rejeitam uma eventual união entre a coligação formada pelo PSD e o CDS e o Chega, que permitisse a criação de uma maioria absoluta.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

PS arrisca pior resultado em 38 anos e AD cai há cinco dias. Chega volta aos 18%

Mesmo com a Aliança Democrática (AD) em queda há vários dias, chegando aos 32%, o PS não consegue aproveitar para subir as intenções de voto, arriscando ter o seu pior resultado em legislativas dos últimos 38 anos, segundo a sondagem diária da Pitagórica. Os socialistas continuam a tendência decrescente e estão agora com 25,1%, enquanto o Chega está novamente no patamar alcançado nas últimas eleições (18%). Seguem-se a Iniciativa Liberal (6,9%), o Livre (4,5%), a CDU (3,3%), o Bloco de Esquerda (2,4%) e o PAN (1,8%). Se estes resultados se reproduzissem nas urnas, a coligação PSD/CDS e os liberais não conseguiriam maioria.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Portugal demorou mais três horas do que Espanha para reiniciar energia

Espanha conseguiu arrancar com as suas centrais em black-start uma hora depois do apagão, enquanto Portugal demorou quase quatro horas para arrancar com a primeira central e quase cinco horas para arrancar com a segunda, ou seja, o quádruplo do tempo do país vizinho. As conclusões constam do relatório preliminar da ENTSO-E, a associação europeia que junta as empresas gestoras da rede de transporte de eletricidade e que é responsável pela investigação ao apagão. Somente pelas 15h11 e 16h26 é que “as duas centrais com capacidade black-start em Portugal tiveram sucesso no seu processo de arranque após tentativas prévias sem sucesso, permitindo iniciar a restauração do processo em Portugal com duas ilhas”, segundo a ENTSO-E.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Navigator investe 30 milhões na fábrica de Setúbal para reforçar produção de papel de embalagem

Nova linha de produção deverá arrancar no terceiro trimestre de 2026, com uma capacidade de produção anual de 100 mil toneladas. Navigator posiciona-se como o 4.º maior produtor europeu neste mercado.

A Navigator vai investir 30 milhões de euros na reconversão de uma máquina na fábrica de Setúbal, que vai permitir à papeleira reforçar a aposta na produção de papéis para embalagens flexíveis (papéis Kraft), permitindo à empresa portuguesa posicionar-se como o quarto maior produtor europeu neste mercado. A nova linha, com uma capacidade de produção anual de 100 mil toneladas, deverá arrancar no terceiro trimestre de 2026.

A reconversão vai transformar a PM3 (Paper Machine n.º 3), localizada no complexo industrial de Setúbal, na maior máquina de produção de papéis de embalagem de baixas gramagens no sul da Europa, adianta a papeleira em comunicado. “Com este investimento, a Navigator afirma-se como o quarto maior produtor europeu de papéis de embalagem de baixas gramagens, consolidando a sua presença num segmento em claro crescimento, após seis anos de presença neste mercado”, acrescenta em companhia.

“A reconversão permitirá a produção de papéis numa gama de gramagens compreendida entre 30 e 90 gramas por metro quadrado, respondendo à crescente procura por soluções sustentáveis, nos diversos segmentos alimentar e não alimentar, e na sequência da tendência de migração para soluções de base natural, renovável e biodegradável”, detalha ainda.

A Navigator, que fechou o primeiro trimestre com uma quebra dos lucros de 25% para 48,3 milhões, com a papeleira a sentir “um significativo arrefecimento da atividade económica” nos seus principais mercados, nota que esta máquina é altamente “versátil” e permitirá produzir diferentes tipos de papel consoante a evolução da procura no mercado, uma flexibilidade que reforça a competitividade da empresa “num contexto de elevada volatilidade e ajustamento de portefólio”.

Segundo o mesmo comunicado, o custo de produção vai beneficiar da integração de pasta da Navigator e de consumos de madeira significativamente inferiores aos da concorrência, “entre 2,35 e 2,85 metros cúbicos de madeira por tonelada de pasta, comparando com os 5,0 a 5,5 metros cúbicos típicos da fibra de pinho europeu”.

Instalada em 1990, a PM3 tem sido alvo de sucessivas modernizações em 1997, 2003, 2007 e 2018. A nova intervenção “vai contribuir para a expansão do portfólio de produtos sustentáveis e de soluções inovadoras baseadas na fibra de Eucalyptus globulus, uma realidade comprovada pelo crescimento contínuo da gama gKRAFT™ e pelo bom desempenho dos produtos de baixas gramagens”, explica a papeleira.

A Navigator tem vindo a consolidar a sua posição enquanto fornecedor de embalagens que substituem as de plástico de origem fóssil por alternativas renováveis, recicláveis e biodegradáveis, desenvolvidas “a partir de matéria-prima proveniente de florestas plantadas e geridas de forma responsável”.

O novo investimento na reconversão da máquina instalada na unidade de Setúbel irá permitir “à empresa responder de forma rápida e eficiente às exigências crescentes do mercado de embalagens flexíveis, possibilitando maior flexibilidade na gestão dos seus ativos industriais e uma transição fluida entre a produção de papéis de impressão e escrita e de papéis de embalagem, de acordo com a evolução das condições de mercado”, remata a Navigator em comunicado.

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Fundo americano King Street investe 40 milhões em hotéis e hostels em Portugal

A gestora de investimentos norte-americana pretende adquirir e reabilitar imóveis hoteleiros em zonas 'premium' de Lisboa e Porto através da empresa espanhola Room00.

A gestora de investimentos norte-americana King Street Capital Management anunciou esta terça-feira um investimento de até 400 milhões de euros no grupo espanhol Room00, que gere hotéis boutique e hostels na Península Ibérica. Para Portugal, estão previstos cerca de 10% (40 milhões de euros) deste valor, avançou a ECO a empresa com sede em Nova Iorque.

A verba servirá para financiar a estratégia de expansão pan-europeia da Room00, permitindo-lhe crescer em mercados-chave como Espanha, Portugal e Itália. Os fundos serão sobretudo utilizados para comprar e reabilitar imóveis hoteleiros em zonas premium em cidades como Lisboa, Porto, Madrid, Barcelona, Milão, Roma e Florença.

A Room00 pretende alargar o seu portefólio para 200 ativos e 15 mil quartos nos próximos quatro anos no sul da Europa, bem como 20 ativos (imóveis) e mil quartos em Londres, onde a empresa prevê abrir a sua primeira unidade turística até ao final deste ano.

Atualmente, o grupo fundado em Madrid em 2012 tem mais de 2.500 quartos e 50 ativos em operação ou em desenvolvimento, integrados num portefólio de marcas criadas para dar resposta a diferentes perfis de viajante: Room00 Hostels, Toc Hostels, Room Select Hotels e Letoh Letoh (hotéis boutique com quartos tradicionais e outros compostos por beliches). Em comum têm o design contemporâneo e a localização urbana privilegiadas.

“A Room00 continuará a seguir o seu modelo de crescimento baseado em contratos de arrendamento e gestão hoteleira, passando agora também a ter capacidade para adquirir imóveis diretamente”, informou a empresa, em comunicado enviado aos meios de comunicação social.

Em Itália, escolheu a Kryalos SGR (de Milão) para estruturar um veículo de investimento imobiliário dedicado. No que diz respeito a Portugal, deverá ser feita uma seleção de outra gestora de fundos de investimento imobiliários, embora ainda não se saibam detalhes.

O CEO da Room00, Ignacio Requena, considera que este investimento da King Street “valida” o modelo de negócio da empresa e “permitirá acelerar o crescimento através da aquisição de ativos estratégicos, atrair os melhores talentos e abrir novas oportunidades de colaboração com investidores que partilham” a sua visão de longo prazo quer a nível interno quer para o setor de hospitalidade urbana e lifestyle.

“Vemos a Room00 como uma das plataformas mais fortes, inovadoras e escaláveis no panorama da hospitalidade europeia. O seu modelo operacional totalmente integrado e a aposta estratégica em localizações centrais tornam-na um parceiro valioso para a nossa estratégia de crescimento no imobiliário europeu”, afirmou Paul Brennan, sócio co-responsável da área de Imobiliário da King Street, citado na nota de imprensa.

A Room00 contou com a assessoria da GRC IM, CBRE e das sociedades de advogados Garrigues, Cuatrecasas e Across Legal, enquanto a Uría Menéndez e a Allen & Overy Shearman prestaram apoio jurídico à King Street, que tem mais de 28 mil milhões de dólares (25 mil milhões de euros) sob gestão. A EY assegurou a due diligence financeira e a PwC a estruturação fiscal.

Já no verão do ano passado, a Room00 e o grupo Dorsa Holding fizeram um negócio com o intuito de crescer em Portugal: adquiriram 100% das ações da TOC Hostels, dos empresários Ignacio Catalán e Salvador Torrens, por 20 milhões de euros, para consolidar e expandir a marca a nível ibérico e em Itália. A previsão é que gere 70 milhões de euros de receitas no primeiro ano de atividade sob a nova estrutura acionista.

Dois meses depois, o grupo Room00 comprou a concorrente catalã do negócio dos hostels, a Casa Gracia, por 10 milhões de euros.

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A medida de Carlos Moreira da Silva para o próximo Governo

  • ECO
  • 13 Maio 2025

O ECO pediu a várias personalidades uma medida essencial para o próximo Governo. A proposta de Carlos Moreira da Silva, presidente do BRP, centra-se na simplificação e alívio fiscal.

Portugal precisa de um choque fiscal positivo que devolva ambição à sociedade, margem de desenvolvimento às famílias e de ganhos de escala às empresas. Se queremos salários mais altos, mais investimento, mais inovação, temos de mudar o sistema que penaliza quem cria valor e quer mais. É tempo de premiar o mérito, a vontade e quem faz, em vez de o castigar.

Hoje, um trabalhador que tenta sair do salário mínimo vê 60% de um aumento ir para o Estado. Um empregador que procura crescer vê a sua taxa de IRC aumentar para quase 1,5 vezes quando a empresa começa a gerar valor e a ganhar condições para crescer. Um jovem qualificado e que sonhe com um futuro melhor do que o dos pais, hesita em ficar em Portugal porque cá leva menos dinheiro para casa e custa-lhe mais ser bem-sucedido. Isto não é só injusto. É insustentável!

Temos que deixar de discutir o salário mínimo, onde temos mais de 1/5 da população ativa presa. Temos que passar a discutir como fazer crescer o salário médio. E por isso, no IRS, propomos a isentar quem ganha até 1,5x o salário médio (ou seja até cerca de €2.000 brutos/mês), libertando da carga fiscal os rendimentos mais baixos e incentivando a progressão profissional. Criamos com esta medida espaço de crescimento e progressão para 61% dos agregados familiares do país. Juntamente com esta medida, propomos uma redução imediata do número de escalões de 9+2 para 6 escalões, com convergência para um máximo de 3 até 2030 – que é o que têm 15 dos 27 países da UE. Engana-se quem pensa que o número de escalões tem qualquer coisa que ver com a progressividade (ou falta dela) do sistema. Portugal é hoje o segundo país da UE com mais escalões de IRS (apenas superado pelo Luxemburgo, o país com PIB per capita mais alto da Europa). O resultado é um sistema incompreensível, com penalizações desproporcionadas mesmo para rendimentos médios. Esta simplificação alinha-nos com boas práticas internacionais e reforça a justiça fiscal, sobretudo para a classe média.

No IRC, propomos eliminar a lógica progressiva que castiga o sucesso, e, caminhar para uma taxa única. Mesmo depois da enorme discussão em torno do OE2025 que viu a taxa base de IRC descer 1 ponto percentual, Portugal é, em 2025, o segundo país da OCDE com a taxa estatutária de IRC mais elevada, atingindo 30,5% quando se consideram a taxa base (20%), a derrama municipal (até 1,5%) e a derrama estadual (até 9%). Além disso, somos o país da OCDE com mais taxas distintas de IRC – o que contribui para termos um dos sistemas fiscais mais complexos do mundo, ocupando o 35.º lugar em 38 países no Índice de Competitividade Fiscal Internacional.

O atual sistema penaliza o crescimento empresarial: quanto mais uma empresa cresce, mais é penalizada – contrariando o que o país precisa. Queremos que as pequenas empresas se tornem médias, as médias se tornem grandes, e que as grandes cheguem a globais. As grandes empresas portuguesas do Business Roundtable Portugal (BRP) são mais produtivas, pagam salários 2x superiores à média do setor privado português, investem e pagam mais impostos e geram mais valor para a economia. Precisamos de mais escala e de maior número de empresas grandes, e não de um sistema que castiga as empresas com impostos e contribuições extraordinárias.

Precisamos todos – Governo, Assembleia da república e os portugueses – de ter um sentido de urgência para a transformação do país. Do nosso lado, o BRP e as suas empresas estão prontos para agir lado a lado, com determinação e compromisso. Com melhores salários, mais qualificação, mais investimento, mais riqueza para todos. Portugal não pode continuar a castigar quem faz bem. É tempo de libertar o mérito e celebrar o sucesso das Pessoas e Empresas.

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ManpowerGroup abre novo centro no Porto. “Vai ser espinha dorsal das nossas operações financeiras na Europa”

ManpowerGroup inaugura novo centro para "centralizar e agilizar" principais processos financeiros, como gestão de faturas e 'reporting' financeiro. Quer chegar a 300 trabalhadores até ao fim de 2026.

A consultora de recursos humanos ManpowerGroup escolheu a cidade do Porto para instalar o seu novo centro, que servirá de “espinha dorsal” às suas operações financeiras em toda a Europa. Marta Cavagnet, diretora de global business services, avança ao ECO em primeira mão que o objetivo é atingir 300 trabalhadores até ao fim de 2026.

Marta Cavagnet é director of global business services do ManpowerGroup

“O novo campus europeu de global business services do ManpowerGroup é uma estrutura que reúne equipas multidisciplinares para centralizar e agilizar os principais processos financeiros, tais como contabilidade geral, gestão de faturas, reporting financeiro, tesouraria, data analytics e master data management“, explica a responsável.

Segundo Marta Cavagnet, além desta vertente mais operacional, este novo centro (cuja inauguração acontece esta terça-feira, dia 13 de maio) representará uma “visão estratégica mais abrangente”, assente nas pessoas, conhecimento e inovação.

“Enquanto consultora global de recursos humanos, a nossa atividade principal é o talento. O campus permite-nos maximizar o valor das pessoas excecionais que reunimos, juntando as suas capacidades num único centro para criar uma base comum de conhecimento“, sublinha a diretora.

É uma estrutura que reúne equipas multidisciplinares para centralizar e agilizar os principais processos financeiros, tais como contabilidade geral, gestão de faturas, reporting financeiro, tesouraria, data analytics e master data management.

Marta Cavagnet

Director of Global Business Services

Por outro lado, o ManpowerGroup está a contar que este novo centro tenha um papel relevante na transformação tecnológica da gestão financeira, “trabalhando em colaboração, adotando ferramentas digitais e criando processos inteligentes e capacitados pela tecnologia que permitem uma melhor tomada de decisões e o crescimento do negócio”.

“Portanto, embora esta seja uma operação financeira na sua essência, é também um investimento estratégico na forma como preparamos o nosso negócio e os nossos colaboradores para o futuro”, assinala Marta Cavagnet, que não revela, porém, o valor investido neste novo campus.

Base de talento leva a escolha pelo Porto

A diretora Marta Cavagnet adianta ao ECO que foram várias as razões que explicam a escolha do Porto para este novo campus, a começar pelo encaixe entre o talento disponível e a própria cultura desta consultora de recursos humanos.

“Reconhecemos nos trabalhadores portugueses um forte sentido de lealdade, vontade de crescer e o desejo de contribuir ativamente para um objetivo maior. Estas são exatamente as qualidades que valorizamos nas nossas equipas e que são fundamentais para construir uma base sólida para um centro global como este”, salienta a responsável.

Por outro lado, sendo uma “cidade multicultural“, o Porto oferece “o ambiente centro para cultivar o tipo de diversidade” que esta consultora precisa. “Como esta é uma operação de global business services, estaremos em contacto com clientes e equipas de toda a Europa, e precisamos de uma localização que possa naturalmente apoiar essa mentalidade internacional“, aponta a mesma diretora.

Na mesma linha, as “fortes competências linguísticas” dos profissionais do Porto ajudaram o ManpowerGroup a escolher esta cidade, a par dos “elevados padrões de educação“, e do “ecossistema empresarial próspero“.

“Todos estes fatores fazem com que seja uma escolha inteligente e estratégica, mas, mais importante ainda, é um local onde sabemos que os nossos colaboradores se sentirão em casa e com potencial para crescer“, enfatiza Marta Cavagnet.

Chegar aos 300 trabalhadores até ao fim de 2026

O novo campus do ManpowerGroup no Porto abre esta terça-feira com 75 profissionais, mas o objetivo é chegar aos 300 trabalhadores até ao final do próximo ano.

O recrutamento continua a ser uma prioridade central, e estamos no bom caminho para alcançar os 300 trabalhadores até ao final de 2026. Dependendo da forma como as nossas operações evoluírem, vemos potencial para aumentar ainda mais nos anos seguintes”, conta a diretora Marta Cavagnet.

Queremos pessoas com vontade de aprender, crescer e que tenham uma mentalidade colaborativa, inovadora, orientada para a tecnologia e para o crescimento.

Marta Cavagnet

Director of global business services

Questionada sobre os perfis procurados para essas vagas, a responsável salienta que haverá um “especial foco” na área financeira e business services.

“Vamos estar a recrutar para funções mais tradicionais — como analistas de créditos e cobranças em áreas de pagamentos e recebimentos, ou processamento de faturas — bem como perfis mais híbridos, que combinem competências financeiras com conhecimentos de gestão de dados e ferramentas digitais. Também estamos à procura de pessoas em áreas como master data, reporting e análise“, detalha Marta Cavagnet.

“Queremos pessoas com vontade de aprender, crescer e que tenham uma mentalidade colaborativa, inovadora, orientada para a tecnologia e para o crescimento“, salienta a mesma, adiantando também que as parcerias académicas são fundamentais para a estratégia de talento do ManpowerGroup.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 13 de maio

  • ECO
  • 13 Maio 2025

Ao longo desta terça-feira, 13 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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