Defesa nacional emprega 40 mil pessoas. Investimentos podem chegar aos mil milhões

  • ECO
  • 26 Março 2025

Os especialistas antecipam crescimento, em linha com a Europa, mas veem poucas vantagens financeiras em recorrer aos empréstimos da União Europeia.

A indústria da defesa, um segmento de atividade económica diversificado que engloba 40 setores, conta com 380 empresas em Portugal, que empregam cerca de 40 mil trabalhadores, revela esta quarta-feira o Diário de Notícias (DN). Os especialistas antecipam crescimento, em linha com a Europa, mas veem poucas vantagens financeiras em recorrer aos empréstimos da União Europeia (UE).

Em causa está o facto de abranger não só armas, veículos militares e submarinos, mas também construção, rações de combate, entre outras áreas. Em 2019, a defesa gerou vendas acumuladas de 4,75 mil milhões de euros, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

O presidente da IdD Portugal Defence, a holding que gere as participações públicas nas empresas da Defesa, considera que os investimentos anuais podem aumentar, dos atuais 300 milhões de euros programados, para perto de mil milhões até 2029 “sem pôr em causa as contas públicas”.

“Nos vários ramos, temos solicitações e compromissos, principalmente ao nível da NATO, que temos de satisfazer”, justificou Ricardo Pinheiro Alves, em entrevista ao Jornal de Negócios, na qual alerta também que há países europeus que “ignoram” as regras do mercado único na Defesa, “compram claramente aos seus fabricantes e pagam multas se for preciso”.

Questionado sobre o possível desfecho da Cimeira da Nato em junho, na qual as metas podem avançar para 3,5% do PIB, sendo que Portugal estabeleceu chegar a 2029 com 2% do PIB em Defesa, o presidente da IdD disse que “gastar em armas é necessário”, porque “quando estamos a investir na Defesa, há um triplo retorno”.

“Havia a intenção deste Governo de, em 2029, se atingir 2%. Eventualmente esse objetivo vai ser revisto agora em Haia. Ainda não se sabe muito bem. Fala-se nos 3%, 3,5%. O que aconteceu em Portugal, desde o início da democracia, é que se desinvestiu em Defesa ou não se investiu”, defende, em declarações ao matutino económico.

O problema é que, como escreve o jornal Público, as taxas de juros a que Portugal se financia atualmente nos mercados, próximas daquelas a que a Comissão Europeia está a conseguir emprestar dinheiro aos Estados-membros, os empréstimos da UE para a defesa tornam-se menos atrativos.

O país fica com poucas benesses para recorrer ao fundo proposto por Bruxelas para financiar o reforço da despesa europeia. O programa SAFE – Security Action for Europe é uma linha de crédito que pode chegar até 150 mil milhões de euros com maturidades longas de 45 anos.

Do ponto de vista puramente financeiro, não vejo grande vantagem [em Portugal recorrer aos empréstimos do SAFE], porque a diferença de taxas de juro neste momento é muito reduzida e o país até perde flexibilidade na gestão da sua dívida pública”, diz João Moreira Rato, ex-presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, à mesma publicação.

A opinião foi partilhada por Filipe Garcia, presidente da IMF – Informação de Mercados Financeiros, que considera que “a decisão não deve ser só financeira”, embora diga que “Portugal está neste momento com um spread muito parecido ao da UE”.

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Miranda Sarmento apresenta brilharete nas contas públicas. Excedente atinge 0,7%

O INE reviu em alta o saldo das contas públicas do ano passado. É três décimas mais elevado do que as estimativas do Ministério das Finanças. A dívida pública recuou mais e caiu para 94,9% do PIB.

O excedente das contas públicas de 2024 fixou-se em 0,7% do PIB, uma revisão em alta face ao 0,4% do PIB estimado no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), de acordo com a primeira notificação por Procedimento dos Défices Excessivos de 2025 do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quinta-feira.

O ministro das Finanças, que reage daqui a umas horas aos resultados das contas nacionais, já tinha projetado um superávite melhor do que o estimado no OE2025, em torno dos 0,5%. Mas as conclusões do INE apontam agora para um saldo, em contabilidade nacional, aquele que conta para Bruxelas, bem mais favorável para Portugal.

Também o rácio da dívida pública melhorou, caindo para 94,9% do PIB. O OE2025 estimava 95,9%, mas dados do Banco de Portugal (BdP) de fevereiro já previam uma redução para 95,3%, abaixo dos 97,7% do ano anterior e o valor mais baixo desde junho de 2010 (93,6%), isto é, em 14 anos.

“De acordo com os resultados provisórios obtidos neste exercício, as Administrações Públicas (AP) tiveram um saldo positivo de 1.994,2 milhões de euros em 2024, o que correspondeu a 0,7% do PIB (1,2% em 2023). A dívida bruta das AP terá diminuído para 94,9% do PIB (97,7% no ano anterior)”, segundo a mesma nota estatística. O INE lembra que, “nos termos dos Regulamentos da União Europeia”, o instituto “envia ao Eurostat, até ao final do mês corrente, a primeira notificação de 2025 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos (PDE)”.

Esta evolução decorre do aumento da receita total das Administrações Públicas, que ascendeu a 124 mil milhões de euros, um incremento de 6,3% entre 2023 e 2024, o que significa mais 7,4 mil milhões de euros, impulsionada em grande medida pelo aumento da receita corrente, que subiu 7%, correspondendo a mais 7,9 mil milhões de euros.

O incremento da receita corrente “deveu-se à subida significativa das suas três grandes componentes, especialmente as contribuições sociais”, que aumentaram 9,3%, o que representa mais 3.067 milhões de euros, e impostos sobre o rendimento e o património, que se traduziram num incremento de 3,5%, correspondente a mais 1.002 milhões de euros, de acordo com o INE.

Este “comportamento continuou a refletir o crescimento da atividade económica e do mercado de trabalho bem como o aumento dos preços, no caso dos impostos sobre a produção e a importação”, justifica o gabinete de estatísticas.

Em sentido inverso, “a receita de capital teve uma redução face a 2023 (variação de -20,9% e 1.529 milhões de euros), associada a uma diminuição das receitas de Fundos da União Europeia, exceto a receita do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que aumentou 26%”. O INE explica “que esta receita é registada em Contabilidade Nacional no mesmo momento em que ocorre a despesa de capital, garantindo a neutralidade dos fundos europeus no saldo das AP”.

A despesa total das Administrações Púbicas também registou um aumento de 7,6% em 2024 para 122 mil milhões de euros, o que se traduz numa subida dos encargos em 8,6 mil milhões de euros. A contribuir para este resultado, destaque para a despesa corrente que aumentou 9,3 mil milhões de euros (9,1%) em consequência do crescimento das remunerações dos empregados (variação de 8,5%) e da despesa com juros (variação de 6,3%)”, segundo o INE.

Em detalhe, o aumento dos encargos com salários reflete “a atualização generalizada das remunerações dos trabalhadores com vínculo de emprego público e, com menor impacto, do regime especial de aceleração do desenvolvimento das carreiras na Administração Pública (saúde e educação)”.

“No caso das prestações sociais, exceto transferências sociais em espécie, o aumento foi de 4.341 milhões de euros, correspondendo a uma taxa de crescimento de 10,3%, refletindo as atualizações das pensões enquadradas no regime geral da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações, bem como o aumento no número de pensionistas. Relevam ainda os acréscimos nas outras prestações sociais suportadas pela Segurança Social, em particular o abono de família e os apoios às instituições sem fins lucrativos”, salienta o INE.

Também a despesa com juros aumentou. Registou-se uma variação de 6,3% ou 349 milhões de euros, “evidenciando o acréscimo dos juros de Certificados de Aforro e do Tesouro, associados à subida das taxas de juro de referência, bem como ao impacto do pagamento de prémios de permanência das séries de Certificados de Aforro”, indica o o gabinete de estatística.

Na despesa de capital destaca-se um aumento do investimento de 11% impulsionado pela aplicação dos fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No entanto, a redução global deste tipo de encargos em 7,2%, o que representa menos 742 milhões de euros de despesa, está fortemente associada a uma diminuição da rubrica transferências de capital que, em 2023, incluiu um conjunto significativo de operações extraordinárias que totalizaram 1.427 milhões de euros: reprivatização da EFACEC, perdas adicionais de créditos não passíveis de recuperação detidos pela Parvalorem S.A., conversão de ativos por impostos diferidos (DTA) do Novo Banco em crédito tributário reembolsável e ainda o registo de uma sentença do Supremo Tribunal Administrativo, que determinou a devolução do montante pago em 2009 pelos direitos de exploração da concessão da barragem
do Fridão, cuja construção não ocorreu.

(Notícia atualizada às 11h34)

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Tribunal da União Europeia confirma multa de 371 milhões de euros a cartel bancário

O Tribunal de Justiça da União Europeia confirmou uma multa de 371 milhões de euros a sete bancos por práticas anticoncorrenciais no mercado de dívida pública.

O Tribunal de Justiça da União Europeia confirmou esta quarta-feira a decisão da Comissão Europeia de multar sete bancos de investimento por formação de cartel no mercado das obrigações de dívida pública europeias (ODPE). Contudo, as coimas aplicadas ao UniCredit e ao Nomura foram ligeiramente reduzidas, numa decisão que reforça o combate às práticas anticoncorrenciais no setor financeiro.

Entre 2007 e 2011, traders de sete bancos — UBS, Natixis, Unicredit, Nomura, Bank of America, Portigon (antiga WestLB) e NatWest (anteriormente Royal Bank of Scotland) — trocaram informações sensíveis e coordenaram estratégias para obter vantagens concorrenciais nas emissões e negociações de ODPE. Segundo o Tribunal da União Europeia, estas práticas incluíram partilha de dados comerciais confidenciais e manipulação de preços, prejudicando a concorrência em todo o Espaço Económico Europeu (EEE).

“Estas trocas de informações comercialmente sensíveis e as práticas de fixação de preços têm um grau particularmente elevado de nocividade para a concorrência”, sublinhou o Tribunal no acórdão divulgado esta quarta-feira.

O Tribunal de Justiça da União Europeia confirmou que as infrações constituíram uma prática única e continuada, e não foi necessário demonstrar os efeitos concretos destas ações no mercado para justificar as sanções aplicadas.

A Comissão Europeia tinha imposto multas no valor total de 371 milhões de euros a três dos bancos envolvidos: Nomura, UBS e Unicredit. No entanto, o Tribunal decidiu ajustar os valores aplicados ao Nomura e ao UniCredit devido a erros na avaliação inicial da Comissão.

  • Nomura: A coima foi reduzida em 3,1% de 129,6 milhões para 125,6 milhões de euros. O Tribunal considerou que a Comissão não utilizou corretamente os dados fornecidos pelo banco na determinação do montante.
  • Unicredit: A multa foi reduzida em 6,3%, passando de 69,4 milhões para 65 milhões de euros, após o Tribunal concluir que o comportamento anticoncorrencial começou 17 dias depois da data indicada pela Comissão.

Por outro lado, as multas aplicadas ao UBS (172,4 milhões de euros) foram mantidas na íntegra. Os restantes bancos — Bank of America, Natixis e NatWest — não foram multados por razões como prescrição ou colaboração com as autoridades.

O acórdão do Tribunal reforça que as empresas são responsáveis pelas ações dos seus trabalhadores. “Qualquer comportamento anticoncorrencial por parte de um trabalhador é imputável à empresa a que pertence”, lê-se no documento. Esta decisão envia um sinal claro às instituições financeiras sobre a importância do cumprimento das regras da concorrência.

Além disso, o Tribunal confirmou que as infrações constituíram uma prática única e continuada, e não foi necessário demonstrar os efeitos concretos destas ações no mercado para justificar as sanções aplicadas.

Apesar das reduções pontuais nas multas, esta decisão representa uma vitória significativa para a Comissão Europeia no seu esforço contínuo para combater cartéis no setor financeiro. Os bancos têm agora um prazo limitado para recorrer da decisão junto do Tribunal de Justiça da União Europeia, mas apenas em questões de direito.

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F.C. Porto chegou a situação de “desespero absoluto” em novembro com salários em atraso

  • ECO
  • 26 Março 2025

Presidente dos Dragões disse, em entrevista ao JN, que o clube usou o financiamento de 115 milhões levantado em novembro para ajudar a abater o passivo, que, em 11 meses, já baixou 179 milhões.

O F.C. Porto chegou ao passado mês de novembro numa situação que o presidente do clube, André Villas-Boas, descreve como de “desespero absoluto”, com salários em atraso nas modalidades, no futebol, nos funcionários. O líder dos Dragões, que está a implementar um processo de reestruturação financeira, diz que o financiamento de 115 milhões de euros, através da recém-criada sociedade Dragon Notes, que foi constituída em setembro para gerir a participação na StadCo, ajudou o clube a reduzir o passivo, que já baixou 179 milhões em 11 meses.

Chegámos a uma situação, em novembro, de desespero absoluto, com salários em atraso nas modalidades, no futebol, nos funcionários e por isso é preciso ter o respeito por parte dos associados relativamente à situação em que nos encontrávamos”, adiantou Villas-Boas, em entrevista ao Jornal de Notícias. O líder do clube destaca que, “após novembro, se não fosse a credibilidade desta direção e desta administração, jamais o F. C. Porto anterior conseguiria concluir a operação Dragon Notes, que é única no futebol português” e que permitiu ao clube levantar um financiamento de 115 milhões de euros, junto de grandes investidores americanos.

Villas-Boas explicou ainda que este financiamento ajudou a abater o passivo que, no período de 11 meses, se reduziu em 179 milhões de euros. “Isto era totalmente impossível num cenário passado. O F. C. Porto, neste momento, tem os salários todos em dia, não deve nada a clubes, recomprou parte dos seus direitos televisivos que estavam antecipados até 2028 e tem ideia de recomprar ainda mais dívida associada aos direitos televisivos“, acrescentou.

O presidente dos Dragões, que está a realizar um empréstimo obrigacionista de 50 milhões de euros, informou ainda que o clube tem vindo a trocar os empréstimos com custos elevados por outros com melhores condições, de modo a reduzir os custos com a dívida.

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As campanhas mais eficazes de 2024, segundo a WARC

  • + M
  • 26 Março 2025

O WARC Effective 100 consiste num ranking das campanhas, agências, marcas e países mais premiadas do mundo em termos de eficácia. Descubra as campanhas mais eficazes do último ano.

Já são conhecidas as campanhas mais eficazes a nível mundial. De acordo com o ranking WARC Effective 100, a campanha que ganhou mais prémios no último ano ao nível de eficácia é a “ADLaM: An Alphabet To Preserve a Culture”, assinada pela McCann New York para a Microsoft.

Segue-se “A Piece of Me”, da Dentsu Creative Amsterdam para a KPN, e “The cost of beauty”, da Ogilvy London para a Dove. O top cinco fica completo com as campanhas “The cost of beauty”, da Ogilvy London para a Dove, e “It has to be Heinz”, da Rethink Toronto para a Heinz.

Quanto aos anunciantes que se destacaram pela sua eficácia na publicidade no ano passado, de acordo com a WARC (World Advertising Research Center), o McDonald’s conquistou pela primeira vez o lugar cimeiro. Nos primeiros cinco lugares do ranking de marcas surgem depois a Unilever, Anheuser-Busch emBev, PepsiCo e Mondelez Internacional.

Os EUA mantêm o seu domínio no ranking de eficácia, tendo 24 das 100 campanhas do ranking sido feitas no país norte-americano. Aos EUA segue-se a Índia, Brasil, Reino Unido e Colômbia.

Veja as campanhas mais eficazes de 2024:

1. “ADLaM: An Alphabet To Preserve a Culture”, da McCann New York para a Microsoft

Para preservar a língua africana Pular e ajudar a combater o analfabetismo na comunidade guineense, a Microsoft criou o ADLaM, um alfabeto, com o objetivo de o transformar num modo de comunicação reconhecido globalmente e usado digitalmente. A campanha levou o Ministro da Educação a tomar medidas para garantir que o ADLaM seja reconhecido como o alfabeto oficial da língua Pular.

2. “A Piece of Me”, da Dentsu Creative Amsterdam para a KPN

A marca de telecomunicações KPN fez uma parceria com o músico holandês Meau e criou um talk show no TikTok sobre a vergonha de alguns jovens pela divulgação online de vídeos íntimos. O projeto no TikTok envolveu os jovens em conversas moderadas por especialistas, que identificou a vergonha online como um dos problemas mais urgentes enfrentados pelos adolescentes e revelou como as vítimas se costumam sentir deprimidas e até suicidas. A música criada por Meau também atingiu mais de 10 milhões de reproduções, resultando num aumento de 183% nas conversas sobre vergonha online e num aumento de 9% na consideração da marca.

3. “The cost of beauty”, da Ogilvy London para a Dove

A Dove lançou o estudo “Real Cost of Beauty Ideals” para elucidar a sociedade americana de que a insatisfação corporal e a discriminação com base na aparência são uma epidemia silenciosa de saúde pública. A marca trabalhou com cinco jovens que partilharam a sua experiência, veiculou um anúncio de duas páginas no The New York Times, criou ativos de paid social media onde destacou o impacto económico e emocional do ódio à aparência e direcionou o público para uma experiência digital personalizada. A campanha resultou num alcance estimado de 1,9 mil milhões de pessoas, numa cobertura em 104 veículos de comunicação e num aumento de 19 pontos no poder da marca.

4. “Oreo codes”, de VML Commerce New York para a Oreo

A Oreo conseguiu converter compradores de leite em compradores das suas bolachas nos EUA. A marca mantinha 99% de reconhecimento no país mas, apesar da relação simbiótica entre leite e as suas bolachas, ainda havia milhares americanos que compravam leite, mas não bolachas Oreo, com as vendas da marca a entrarem em queda. A marca optou então por fazer uma parceria com três grandes retalhistas norte-americanos, colocando “Oreocodes” nos corredores do leite, o que permitiu aos compradores obter ofertas e promoções de Oreo diretamente das embalagens de leite. A campanha Oreocodes atingiu um ROI (retorno sobre investimento) quatro vezes superior e aumentou os compradores recorrentes em mais de 25%.

5. “It has to be Heinz”, da Rethink Toronto para a Heinz

Com a relevância da Heinz em declínio no Canadá perante um aumento forçado de preços, muitos restaurantes encheram garrafas de Heinz com outro ketchup, o que foi notado pelos consumidores. Para combater esta tendência a Heinz avançou com diversas iniciativas: girou o rótulo das suas embalagens 31 graus para mostrar aos consumidores o ângulo perfeito para tirar o ketchup, criou um quebra-cabeça de 570 peças para entreter os consumidores durante a pandemia, fez parcerias com plataformas de vendas online em segunda mão para vender artigos de moda de alta qualidade manchados com ketchup Heinz. A campanha resultou em mais de 12,5 mil milhões de impressões, um crescimento de 12% nas vendas globais, um aumento de três pontos na perceção de valor e um salto de três pontos na consideração.

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Jovens portugueses consideram notícias “tendenciosas” e “aborrecidas”

  • Lusa
  • 26 Março 2025

A escola, os temas de conversa e a família desempenham um papel importante na procura dos jovens por notícias. Muitos recorrem às redes sociais para "saber o que se passa no mundo".

Os jovens em Portugal consideram as notícias “tendenciosas” e “aborrecidas”, sobretudo sobre política, conclui um inquérito desenvolvido pelo projeto YOUNDigital.

O projeto de cidadania digital YouNDgital inquiriu 1.362 jovens a viver em Portugal, com idades entre os 15 e os 24 anos, e identificou quatro grupos diferentes tendo em conta a forma como encaram as notícias.

O primeiro grupo, designado “Exploradores Digitais Centrados no Lazer”, conta com 50,27% de repostas do sexo masculino que têm interesse em notícias sobre desporto, tecnologia, saúde e entretenimento, sendo que os jovens deste grupo procuram os media para conversar e passar tempo, porque as notícias são “tendenciosas” e “aborrecidas”, sobretudo matéria política.

Este grupo identificou os youtubers como forma de saber “o que se passa no mundo”, sendo que as suas principais fontes de informação são as redes sociais, revelando menos procura por jornais, rádio ou professores.

O grupo “Exploradores Digitais de Temas Variados” integra 59% de repostas dadas pelo sexo feminino e revelou ter interesse em temas como saúde, entretenimento, tecnologia, sociedade, educação e economia, embora procurem os instagrammers para saber “o que se passa no mundo”.

Os jovens deste grupo consideram as notícias “tendenciosas” e com “um impacto negativo” na sua “vida e no estado de espírito”, pois acedem aos meios de comunicação social para conversar e fazer trabalhos escolares, tendo como principal fonte de informação os membros da família.

O terceiro grupo “As Notícias Não São a Minha Praia” tem uma maior percentagem de respostas do sexo masculino, cerca de 61% e o desporto e o entretenimento destacam-se entre os baixos níveis de interesse nos media.

De forma a saber o que se passa no mundo acedem aos youtubers, embora em menor escala do que o primeiro grupo, sendo que partilham a mesma perspetiva sobre as notícias que o grupo anterior, acrescentando que as notícias são aborrecidas, especialmente sobre política.

Este grupo revelou também aceder os meios de comunicação social para conversar e fazer trabalhos escolares, mas com valores globais mais baixos do que o segundo grupo, sendo que têm como fonte de informação os meios de comunicação social, mas em menor escala do que os dois grupos já definidos.

O último grupo identificado pelo estudo é categorizado como “Vislumbre dos Media à Antiga” e demonstrou interesse pelo desporto, entretenimento e alguma atenção à tecnologia.

Trata-se de um grupo mais diversificado do que os grupos um e dois, mas mais alargado em ternos de notícias do que o grupo três, sendo constituído por 50,69% de repostas do sexo feminino e as restantes do sexo masculino.

Este grupo considera que “os jornalistas são mais proeminentes (em comparação com os influenciadores digitais, que aparecem mais nos grupos um e dois)”, sendo que também partilham da opinião de que as notícias “têm um impacto negativo” na sua vida e no seu estado de espírito”, descrevendo os media como “tendenciosos“, tal como nos outros grupos.

Este grupo acede sobretudo os meios de comunicação para conversas e para fazer os trabalhos da escola, tendo como fontes de informação as redes sociais e os familiares.

Assim, o inquérito concluiu que “o destaque dado às notícias não foi evidente nos agrupamentos, com foco nos interesses do indivíduo e não no coletivo“, realçando o importante papel desempenhado pela escola e pela família.

O YouNDigital é um projeto desenvolvido pelo centro de investigação da Universidade Lusófona (CICANT) e conta com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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Pedro Esteves volta a dirigir campanha da AD e já foi exonerado do gabinete do PM

  • Lusa e ECO
  • 26 Março 2025

Coligação que deverá voltar a juntar PSD, CDS-PP e PPM para as legislativas antecipadas de 18 de maio terá como mandatário financeiro e jurídico Ricardo Carvalho.

O diretor de campanha da Aliança Democrática vai voltar a ser o até agora diretor de comunicação do Governo, Pedro Esteves, exonerado destas funções na terça-feira, e como diretor-adjunto o secretário-geral do CDS-PP, Pedro Morais Soares.

De acordo com fonte da direção de campanha da AD, a coligação que deverá voltar a juntar PSD, CDS-PP e PPM para as legislativas antecipadas de 18 de maio terá como mandatário financeiro e jurídico Ricardo Carvalho, deputado e secretário-geral adjunto do PSD, enquanto o mandatário financeiro adjunto será João Viegas, do CDS-PP.

Pedro Esteves tinha sido nomeado para o gabinete do primeiro-ministro a 19 de abril de 2024 — depois de já ter assumido funções de assessor ao lado de Luís Montenegro no PSD — tendo sido exonerado com efeitos a partir de terça-feira, num despacho em que o chefe do Governo expressa o seu público louvor pela “competência, lealdade e elevado empenho” nas funções de diretor de comunicação do executivo PSD/CDS-PP que depois assumiu.

Tiago Varzim, assessor do ministro da Presidência, continuará a ajudar na coordenação da comunicação do governo neste período.

O Presidente da República anunciou em 13 de março que iria dissolver o Parlamento e marcar eleições antecipadas para 18 de maio na sequência da demissão do Governo PSD/CDS-PP. A demissão resultou da rejeição pelo parlamento da moção de confiança ao executivo a 11 de março, anunciada depois de semanas de dúvidas sobre a vida patrimonial e profissional do primeiro-ministro relacionadas com a empresa Spinumviva.

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Hotéis Onyria em Cascais juntam-se à Intercontinental, mas gestão fica com família Pinto Coelho

Apesar da parceria com a Intercontinental, um principais grupos hoteleiros do mundo, a propriedade e gestão mantêm-se no Grupo Onyria e na família Pinto Coelho.

Os hotéis do grupo Onyria em Cascais, o Onyria Quinta da Marinha Hotel e o Onyria Marinha Boutique Hotel na Quinta da Marinha, passam a integrar o IHG Hotels & Resorts, um dos principais grupos hoteleiros do mundo, a Intercontinental (IHG). O acordo em regime de franchising implica um investimento de cinco milhões de euros que será aplicado em decoração, renovação e criação de novos espaços.

“Acreditamos que as marcas da IHG se alinham perfeitamente com a nossa visão de reter a herança cultural do nosso destino e produto, ao mesmo tempo que oferecem experiências autênticas e únicas”, diz o CCO do Grupo Onyria. “E por isso faz todo o sentido esta parceria para o Grupo Onyria, que não só nos traz reconhecimento global, como o acesso aos mais de 145 milhões de membros do IHG One Rewards e uma experiência de luxo elevada para os todos os hóspedes”, explica João Pinto Coelho, citado em comunicado.

Faz todo o sentido esta parceria para o Grupo Onyria, que não só nos traz reconhecimento global, como o acesso aos mais de 145 milhões de membros do IHG One Rewards e uma experiência de luxo elevada para os todos os hóspedes.

João Pinto Coelho

CCO do Grupo Onyria

O grupo liderado por José Carlos Pinto Coelho detalha ainda que “tratando-se de um acordo de franchising, esta parceria com o grupo Intercontinental não implica um contrato de gestão, o que significa que a gestão e propriedade se manterá a cargo do Grupo Onyria e da família Pinto Coelho, que se mantém ativo no desenvolvimento e na procura de novas oportunidades de crescimento”.

O Onyria Quinta da Marinha Hotel passará a integrar a marca Kimpton Hotels & Restaurants e o rebranding será concluído no início de 2026, após obras de renovação. O Kimpton Quinta da Marinha Cascais contará com 198 quartos, dos quais dez serão suítes, e um spa com ginásio renovado. O hotel vai contar ainda com dois restaurantes e dois bares, piscina interior e exterior, campo de golfe de 18 buracos, 12 salas de conferências e uma casa no lago, ideal para reuniões ou eventos.

Onyria Quinta da Marinha HotelGrupo Onyria

Já o Onyria Marinha Boutique Hotel e as Villas (72 quartos e 40 villas) passará a integrar a a Vignette Collection e a chamar-se Onyria Marinha Cascais – Vignette Collection. A mudança ocorrerá ainda antes deste verão.

Em 1986, a família adquiriu uma parcela da Quinta da Marinha, em Cascais, o “primeiro grande projeto na área da gestão hoteleira”, o atual Onyria Quinta da Marinha Hotel. O grupo tem os restaurantes Monte Mar Cascais, Monte Mar Lisboa, Monte Mar Lagos e o Monte Mar Mercado da Ribeira (no Time Out Market, Lisboa).

O Grupo Onyria tem ainda a empresa Serviço Médico Permanente (SMP) que opera na área de assistência médica ao domicílio, telemedicina, segurança e saúde no trabalho. E adquiriu recentemente a operação da Residência Sénior Ofélia, propriedade da Santa Casa Misericórdia de Cascais, após ter criado o Premium Selection – Senior Living, um projeto que pretende atribuir um selo de qualidade aos lares do concelho e agregá-los num portal.

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PRR

Projetos de digitalização da saúde com verbas do PRR com atrasos de três anos

“Por motivos relacionados com atrasos na tramitação procedimental, não foi possível dar cumprimento à execução financeira conforme o escalonamento previsto", justifica portaria do Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde tem mais de seis milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para promover a “transição digital da Saúde”. Com as verbas repartidas por três anos (2021 a 2023) os atrasos na execução obrigaram a uma reprogramação dos encargos. Agora, o SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde tem até 2026 para concluir os projetos.

Por motivos relacionados com atrasos na tramitação procedimental, não foi possível dar cumprimento à execução financeira conforme o escalonamento previsto, pelo que se torna necessário proceder ao reescalonamento do encargo plurianual, de forma a adaptá-lo à execução agora prevista para os contratos”, lê-se na portaria publicada esta quarta-feira em Diário da República.

Em causa estão 6,2 milhões de euros (mais IVA) para “corrigir os constrangimentos que impedem a transição digital no Serviço Nacional de Saúde, incluindo a falta de hardware e software adequados à disposição dos profissionais de saúde, reforçar a uniformização dos sistemas de informação no Serviço Nacional de Saúde e melhorar a experiência do utilizador e o acesso aos dados”.

De acordo com o estabelecido com Bruxelas, este investimento deveria estar concluído até 30 de junho de 2025, mas Portugal já entregou um pedido de reprogramação da ‘bazuca’ que, entre outras alterações, pede a alteração das datas para o cumprimento de determinadas metas e marcos que estão atrasadas. A Saúde beneficia ainda de um reforço de 336 milhões de euros para financiar aquisição de equipamentos hospitalares e equipamento médico pesado no sentido de reforçar o parque tecnológico do Serviço Nacional de Saúde.

Este será um dos casos já que, a portaria atira para 2026 a execução da última tranche de 750 mil euros. Este investimento, constituído por quatro subinvestimentos, vai assim ser executado entre 2023 e 2026 e não entre 2021 e 2023.

As verbas do PRR vão servir para:

  • O “reforço da rede de dados da saúde, numa ótica de melhoria da qualidade do serviço e resiliência dos sistemas informáticos disponíveis no Serviço Nacional de Saúde, de facilidade de utilização de dados em sistemas de apoio à decisão e de garantia da interoperabilidade entre diferentes sistemas de informação e do cumprimento dos princípios de segurança adequados.
  • A comunicação entre os cidadãos e as unidades de saúde será simplificada, uniformizada e digitalizada, através de ferramentas eletrónicas, tais como uma plataforma centrada nos cidadãos e instrumentos de telessaúde para aumentar o acesso a cuidados de saúde.
  • A disponibilização de ferramentas renovadas e interoperacionais aos profissionais de saúde (por exemplo, plataformas de telemonitorização e telerreabilitação, bem como sistemas que melhoram a portabilidade dos dados entre as instalações de cuidados primários, hospitalares e de cuidados continuados integrados) e de formação pertinente em matéria de competências digitais.
  • A promoção da digitalização dos registos clínicos, tendo em vista a realização de atividades de monitorização do desempenho do Serviço Nacional de Saúde.”

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Employee Experience: De diferencial competitivo a necessidade estratégica

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  • 26 Março 2025

Segundo um estudo recente da Gartner, que identifica as principais prioridades dos líderes de RH para 2025, a experiência do colaborador é um dos pilares determinantes para o sucesso organizacional.

Nos últimos anos, a Experiência do Colaborador (Employee Experience – EX) tornou-se um dos temas centrais na agenda dos líderes de Recursos Humanos. Em 2025, essa abordagem deixará de ser um simples fator diferenciador para se tornar uma necessidade estratégica essencial à sustentabilidade das organizações. Segundo um estudo recente da Gartner, que identifica as principais prioridades dos líderes de RH para 2025, a experiência do colaborador é um dos pilares determinantes para o sucesso organizacional, impactando diretamente a retenção de talentos, a produtividade e a inovação.

A Evolução da Experiência do Colaborador

O Employee Experience já não se resume a um conjunto de benefícios ou boas condições de trabalho. Atualmente, representa a totalidade da jornada do colaborador dentro da organização, abrangendo fatores como cultura organizacional, oportunidades de crescimento, tecnologia e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Num contexto em que a personalização e a digitalização assumem um papel de destaque, as empresas apostam cada vez mais em abordagens flexíveis e baseadas em dados para otimizar a experiência dos seus talentos.

Employee Experience como Pilar Estratégico

A correlação entre uma experiência positiva do colaborador e a performance organizacional já não é questionada. Empresas que priorizam a EX registam níveis superiores de engagement, equipas mais produtivas e um alinhamento mais sólido com os objetivos estratégicos da organização.

A tecnologia será um dos grandes aceleradores desta transformação. Soluções baseadas em inteligência artificial, plataformas interativas e automação de processos permitirão personalizar a jornada do colaborador, otimizando tanto o trabalho remoto como os modelos híbridos. Paralelamente, estas ferramentas não só impulsionam a eficiência operacional, como também proporcionam experiências mais fluidas e gratificantes no dia a dia profissional.

Além disso, a cultura organizacional e a EX estarão cada vez mais interligadas. Empresas que conseguem alinhar valores corporativos, comunicação transparente e práticas de reconhecimento ganham uma vantagem competitiva significativa na retenção e desenvolvimento dos seus talentos. A experiência do colaborador deve refletir os princípios da organização em todas as fases do ciclo profissional, desde a atração até ao desenvolvimento e progressão na carreira.

Estratégias para Melhorar a Experiência do Colaborador

Para transformar a experiência do colaborador numa verdadeira alavanca de crescimento, as empresas devem adotar estratégias integradas e orientadas para o futuro.

  • Desenvolvimento de Lideranças Humanizadas: Capacitar os gestores para adotarem práticas de liderança mais empáticas, baseadas em feedback contínuo e reconhecimento estruturado. O investimento em programas de mentoring e coaching será essencial para fortalecer este pilar.
  • Personalização da Jornada do Colaborador: Adaptar planos de desenvolvimento profissional às aspirações individuais, oferecendo modelos de trabalho flexíveis e utilizando tecnologia para recolher insights sobre o bem-estar e a satisfação dos colaboradores.
  • Promoção de um Ambiente de Trabalho Saudável e Inclusivo: Implementar políticas robustas de bem-estar, diversidade e inclusão, garantindo que os colaboradores se sintam valorizados e representados. Criar canais de comunicação eficazes para fortalecer o sentimento de pertença.
  • Integração de Tecnologia na EX: Apostar na automação para reduzir burocracia e potenciar plataformas digitais que promovam a aprendizagem contínua e a colaboração entre equipas. A digitalização do workplace será um fator crítico para a retenção de talentos.
  • Cultura de Feedback Contínuo e Data-Driven: Estabelecer ciclos regulares de avaliação de desempenho, realizar estudos de clima organizacional e utilizar métricas avançadas para medir e otimizar a experiência do colaborador.
  • Alinhamento da EX com a Estratégia Empresarial: As iniciativas de Employee Experience devem estar diretamente ligadas aos objetivos de negócio, garantindo que os colaboradores compreendem e contribuem para o sucesso organizacional. Envolver os talentos nas decisões estratégicas e investir no desenvolvimento interno são fatores críticos para o crescimento sustentável.

A convergência entre cultura organizacional, tecnologia e liderança será essencial para criar um ambiente de trabalho onde os colaboradores se sintam valorizados, motivados e plenamente envolvidos na missão da empresa. As organizações que conseguirem transformar esta necessidade estratégica em ação estarão mais bem posicionadas para prosperar num mercado cada vez mais dinâmico e exigente.

Patrícia Vicente, Manager EY, People Consulting

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“Não gosto quando o escrutínio político se transforma em julgamento popular”, diz Aguiar Branco

  • ECO
  • 26 Março 2025

Na última como presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco diz estar tranquilo com a forma como geriu a discussão da moção de confiança que ditou a queda do Governo.

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, considera que as eleições eram evitáveis. Na sua opinião não havia matéria para o Governo cair, porque, diz, o primeiro-ministro não escondeu nada.

Em entrevista ao podcast da Antena 1 “Política com Assinatura”, a última como presidente da Assembleia da República diz: “Não havia matéria que justificasse que se fosse para eleições”. Critica aquilo que diz serem julgamentos populares que extravasam o escrutínio político acerca da empresa de Luís Montenegro. “Não gosto quando o escrutínio político se transforma em julgamento popular”, diz o responsável. “É perigoso”, acrescenta, porque “nunca se consegue esclarecer nada”.

Aguiar Branco diz estar tranquilo com a forma como geriu a discussão da moção de confiança que ditou a queda do Governo — não foi um momento “dramático”, garante — e acredita que a sua intervenção junto da AD e do PS não teria feito a diferença. Aguiar-Branco recomenda aos partidos que abram o jogo e digam quais os cenários possíveis após as eleições, caso nenhum partido consiga votos suficientes para governar.

E ao contrário do que pensou em 2019, quando abandonou o lugar de deputado e não integrou as listas para as legislativas, Aguiar-Branco admite agora que está disponível para ajudar o país porque “a exigência de intervenção é maior” do que em 2019.

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HR Talks regressa a 9 de abril com debate sobre Liderança e Saúde no Trabalho

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  • 26 Março 2025

O evento decorrerá no Edifício Tejo da AGEAS e promete ser um momento marcante de partilha, reflexão e inspiração sobre o papel da liderança na criação de equipas saudáveis e sustentáveis.

A MindAlliance Portugal promove, no próximo dia 9 de abril, a 3.ª edição dos HR Talks, um encontro exclusivo para líderes empresariais e profissionais de recursos humanos que colocam a saúde no trabalho no centro das suas estratégias de gestão.

O evento decorrerá no Edifício Tejo da AGEAS, com início pelas 9h30, e promete ser um momento marcante de partilha, reflexão e inspiração sobre o papel da liderança na criação de equipas saudáveis e sustentáveis.

Sob o tema “Liderança e Saúde no Trabalho: Como criar equipas saudáveis e de alto desempenho“, o HR Talks contará com um painel de oradores de referência:

  • Susana Miranda, Diretora de Talento na VdA
  • Maria João Maia, Legal e HR Director da AstraZeneca
  • Marco Serrão, Chief People & Spaces Officer da Galp

A moderação estará a cargo de uma Joana Bastos, jornalista, assegurando uma conversa dinâmica e desafiante entre os convidados, que partilharão boas práticas e desafios na construção de culturas organizacionais centradas no bem-estar.

O evento contará ainda com dois momentos de destaque:

  • Abertura oficial por Vanda Antunes, Membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal – Chief Risk Officer
  • Partilha de dados e insights sobre saúde no trabalho, pela especialista Tânia Gaspar, reforçando a importância de decisões informadas e baseadas em evidência científica.

Para além do debate de ideias, esta edição será também uma oportunidade reforçar o papel da MindAlliance Portugal, como movimento de transformação cultural no tecido empresarial português. Ao reunir empresas líderes em diferentes setores, a MindAlliance visa colocar a saúde mental como prioridade estratégica, promovendo uma liderança mais consciente, humana e eficaz.

O HR Talks é um pequeno-almoço executivo, exclusivo para membros da MindAlliance Portugal e convidados, e faz parte da estratégia de reforço da rede nacional de empresas comprometidas com o bem-estar no trabalho.

Garanta já a sua presença e inscreva-se aqui.

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