Hotelaria antecipa Páscoa com taxa de ocupação de 73% e preço médio de 161 euros

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

Em destaque estão também a Grande Lisboa, com 78% de ocupação prevista, e o preço médio mais elevado do país: 210 euros, e o Algarve, com 72% de reservas e um preço médio de 138 euros.

O setor da hotelaria tem boas expectativas para o fim de semana da Páscoa, antecipando uma ocupação de 73% e um preço médio de 161 euros, afirma a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

Em comunicado, a associação indicou que o seu mais recente inquérito, “Balanço Carnaval & Perspetivas Páscoa 2025”, aponta para “uma Páscoa com boas expetativas, tanto durante as férias escolares, 7 a 21 de abril, como no fim de semana, de 18 a 21 de abril”.

Segundo a AHP, que recolheu dados junto de 307 empreendimentos turísticos associados, “a taxa de ocupação nacional prevista, para as férias escolares neste período, ronda os 73%”, sendo que “o preço médio nacional (ARR) poderá fixar-se, de acordo com as reservas pendentes até 13/abril, data de fecho do inquérito, nos 152 euros”.

Já para o fim de semana da Páscoa, as previsões mostram também uma ocupação média de 73%, sendo que “as reservas on the books estavam, na data referida, nos 64%” e o ARR nos 161 euros, “nove euros superior ao ARR previsto para o período das férias”. A análise por regiões “confirma a Madeira como o destino mais procurado, com 83% de taxa de ocupação prevista e um ARR on the books de 152 euros”.

A associação disse ainda que em destaque estão também a Grande Lisboa, com 78% de ocupação prevista e o preço médio mais elevado do país: 210 euros, e o Algarve, com 72% de reservas e um ARR de 138 euros. Outras regiões como o Norte (71%) e Açores (70%) “apresentam igualmente boas perspetivas de ocupação, embora com valores médios mais moderados”.

Quanto ao Centro (56%) e ao Alentejo (61%), “apesar de registarem crescimentos em reservas” apresentam ainda níveis de ocupação abaixo da média nacional, sendo que no caso do Alentejo é “compensado com valores mais elevados no ARR previsto”. A AHP revelou ainda que, no período das férias escolares, o mercado nacional “continua a integrar o top 3 dos mercados emissores, apontado por 77% dos inquiridos, tal como o Reino Unido, para 51%, e os EUA, apontado por 44%”.

Os EUA destacam-se em algumas regiões, apontado por 69% dos inquiridos em Lisboa, tal como o Reino Unido, indicado por 98% dos inquiridos do Algarve e 91% da Madeira.

“Já quanto ao fim de semana da Páscoa, mantém-se Portugal com a mesma percentagem de respondentes, subindo Espanha, mencionada por 47%”, praticamente igual ao Reino Unido, com os EUA e a Alemanha a manterem-se “como mercados internacionais relevantes, com presença significativa em várias regiões do país”.

Os principais canais de reserva continuam a ser o Booking (95%), seguido pelos websites próprios dos hotéis (90%) e pela Expedia (38%), disse a AHP. Quanto ao desempenho do setor no Carnaval, de 28 de fevereiro a 04 de março, este “revelou-se positiva para a hotelaria nacional”.

Segundo a AHP, os principais mercados foram Portugal, Espanha e EUA, sendo que em “algumas regiões, como o Algarve e a Madeira, mercados como Alemanha e Reino Unido também se destacaram”. A taxa de ocupação (TO), em termos nacionais, foi de 65%, “com as regiões da Madeira (80%), da Península de Setúbal (69%) e da Grande Lisboa (68%), a puxar a média para cima”, com a região com TO mais baixa a ser os Açores.

O preço médio por quarto ocupado (ARR) foi de 122 euros, referiu a associação, apontando que “foi na Grande Lisboa que se verificou o valor mais elevado, 161 euros”. Na Madeira e no Norte os valores foram de 134 euros e 130 euros, respetivamente. O RevPAR (receita por quarto disponível) ficou nos 80 euros a nível nacional, tendo sido “mais elevado na Grande Lisboa e na Madeira, atingindo os 110 euros e os 107 euros, respetivamente”.

Citada na mesma nota, a vice-presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, sublinhou “o peso crescente das reservas de última hora, que têm vindo a ganhar expressão nos últimos anos”.

“É por isso expectável que, em algumas regiões e hotéis, a taxa de ocupação venha a aproximar-se dos 100% à medida que nos aproximamos do fim de semana pascal”, conclui.

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Bruxelas atenta a cartas que EUA enviaram a empresas europeias a forçar abandono da diversidade

Fonte oficial da Comissão Europeia garante que está a analisar o impacto das cartas anti diversidade enviadas pelos EUA a empresas do Velho Continente, incluindo em Portugal.

A Comissão Europeia garante estar a atenta às cartas que os Estados Unidos enviaram a empresas em vários países do bloco comunitário (incluindo, em Portugal, conforma avançou o ECO) a informar que estas devem abandonar os seus programas de diversidade, equidade e inclusão. Em resposta enviada ao ECO, fonte oficial do executivo comunitário explica que está a avaliar o impacto dessas missivas.

“Estamos conscientes da situação. Estamos, neste momento, a analisá-la, de modo a perceber, nomeadamente, se e em que medida está a ter impacto nas empresas europeias“, avança fonte oficial da Comissão Europeia, quando questionada se considera estas cartas uma intromissão dos Estados Unidos nas empresas do Velho Continente e que resposta dará.

Ao ECO, o executivo comunitário adianta que essa avaliação está a ser feita em cooperação com os Estados-membros.

No início da semana passada, o ECO avançou em primeira mão que a embaixada norte-americana em Lisboa enviou cartas às empresas portuguesas com contratos públicos com os Estados Unidos, de forma a forçá-las a abandonar as políticas de diversidade, equidade e inclusão.

Isto em cumprimento de uma ordem executiva assinada em janeiro por Donald Trump para “acabar com a discriminação ilegal e restaurar as oportunidades baseadas no mérito“. Em reação, as confederações patronais já deixaram claro que as empresas portuguesas não vão “a reboque dos humores” dos Estados Unidos.

Em contraste, questionado sobre se esta atitude dos Estados Unidos não representa uma intromissão na economia portuguesa, o ministro da Economia, Pedro Reis, foi evasivo e não quis tomar uma posição firme sobre o tema, preferindo não “encontrar pontos de discórdia”.

Esta postura do Executivo português contrastou com a de outros países europeus, cujas empresas também estão a receber missivas semelhantes.

Por exemplo, ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, indicou que o país não recuará “um milímetro” no princípio da diversidade na sociedade, considerando a atitude norte-americana “profundamente lamentável”.

o ministro do Comércio Externo francês, Laurent Saint-Martin, disse estar “profundamente chocado” com a carta enviada pela embaixada norte-americana às empresas francesas e pediu “nenhuma transigência” em relação à lei e aos “valores franceses”.

Em Portugal, vários partidos da oposição (incluindo, o PS) já criticaram a atitude do Governo de Luís Montenegro. “Parece que a política é fechar os olhos, tentar passar despercebido e esperar que a tempestade passe“, atirou, por exemplo, Jorge Pinto, deputado do Livre, em conversa com o ECO.

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Lisboa com sotaque do sul: o novo capítulo do M’AR De AR

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 16 Abril 2025

O M’AR De AR Auria marca o início de um novo ciclo da marca: um rebranding estratégico que alia tradição alentejana, visão contemporânea e hospitalidade consciente no centro de Lisboa.

Com quase três décadas de história no Alentejo, o Grupo M’AR De AR inicia um novo capítulo marcado por uma expansão e um rebranding. A estreia desta nova fase acontece com a abertura do M’AR De AR Auria, em Lisboa, símbolo maior da vontade de crescer com propósito, mantendo a autenticidade que sempre caracterizou a marca. Segundo Rita Rocha de Brito, Brand Manager do Grupo M’Ar de Ar, esta transformação vai muito além da mudança visual. “Trata-se de uma redefinição estratégica da marca”, afirma em conversa com a Fora de Série, sublinhando a nova assinatura institucional — Embracing Horizons — que expressa a ambição de abraçar novos destinos, responder às exigências do viajante contemporâneo e inovar sem perder de vista as raízes.

Apesar de não haver, para já, planos concretos para novas aberturas, o grupo mantém uma atitude de observação ativa, avaliando oportunidades que se alinhem com os seus valores: “autenticidade, respeito pelo lugar e pela cultura, e uma hospitalidade feita com tempo e atenção ao detalhe”, frisa a responsável.

Trazer a alma do Alentejo para Lisboa foi um exercício de subtileza e identidade. No M’AR De AR Auria, essa essência manifesta-se num “serviço acolhedor, tranquilo, atento mas não intrusivo, onde os hóspedes são tratados como convidados. O conforto, a atenção ao pormenor, o ritmo mais humano e a valorização dos pequenos prazeres são elementos centrais da experiência”.

 

A nova unidade incorpora tendências atuais, mas com critério. A personalização é central, permitindo ajustar a experiência às preferências de cada hóspede, desde o pequeno-almoço até às sugestões para explorar a cidade. A tecnologia está presente de forma discreta, pensada para simplificar sem eliminar o contacto humano. A sustentabilidade, por sua vez, não é bandeira publicitária, mas prática quotidiana: gestão de recursos, fornecedores locais, eficiência energética e atenção aos resíduos fazem parte de uma hospitalidade responsável.

Embora o hotel não tenha restaurante próprio, a gastronomia continua a ser um pilar essencial. A apenas 15 minutos a pé está o Degust’AR Lisboa, onde o Chef António Nobre reinterpreta a cozinha alentejana com elegância e afeto. O restaurante é uma extensão da filosofia construída em Évora e integra a estadia dos hóspedes de forma natural. “Esta ligação à terra é ainda reforçada através de colaborações com produtores locais — do azeite às ervas aromáticas — num esforço contínuo para que cada prato conte uma história enraizada e com rosto”, explica Rita Rocha de Brito.

O Grupo acredita que há espaço no mercado lisboeta para uma proposta como esta: uma unidade central, confortável, com identidade vincada, que se posiciona entre o luxo e a hotelaria standardizada. “A expectativa é a de conquistar tanto o público nacional como o internacional, especialmente aqueles que procuram uma experiência autêntica, bem pensada, com alma e propósito”.

O M’AR De AR Auria é uma declaração de intenções: a de continuar a crescer, com os pés na terra, os olhos no horizonte e a alma no Alentejo.

M’AR De AR Auria
R. Pascoal de Melo 132, Lisboa
Telefone: 924 169 060

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Sueca Boliden quer “criar novas oportunidades de desenvolvimento” nas minas de Neves-Corvo

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

O grupo indica que a aquisição do complexo mineiro “consolida a posição da Boliden como a principal empresa de metais de base na Europa”.

A Boliden vai trabalhar “para criar novas oportunidades de desenvolvimento” nas minas de Neves-Corvo, em Portugal, e de Zinkgruvan, na Suécia, que a multinacional sueca controla desde esta quarta-feira, afirmou o presidente executivo.

A aquisição destes dois complexos mineiros “consolida a posição da Boliden como a principal empresa de metais de base na Europa”, disse o grupo, em comunicado enviado esta quarta-feira à agência Lusa. Estes investimentos vão contribuir “para a criação de valor na Boliden desde o início”, argumentou Mikael Staffas, presidente e CEO da multinacional sueca, citado no comunicado.

Tal como nas minas já pertencentes ao grupo, “trabalharemos também a longo prazo para criar novas oportunidades de desenvolvimento” nos complexos mineiros adquiridos, afiançou. A Boliden AB anunciou ter concluído a aquisição dos complexos mineiros de Neves-Corvo, da empresa Somincor, no concelho de Castro Verde, no distrito de Beja, em Portugal, e de Zinkgruvan, na Suécia.

“A aquisição quase duplicará a produção de concentrado de zinco da Boliden e reforçará significativamente a sua produção de concentrado de cobre”, destacou a multinacional. Em 9 de dezembro do ano passado, foi anunciada a celebração de um acordo entre a Boliden AB e a multinacional sueco-canadiana Lundin Mining para a aquisição da mina de cobre e zinco da Somincor, em Portugal, e da mina de zinco de Zinkgruvan, na Suécia.

Na altura, foi divulgado que o negócio ascendia a um montante total de 1,52 mil milhões de dólares americanos (cerca de 1,34 mil milhões de euros, à taxa de câmbio da altura). Também em comunicado divulgado esta quarta, a Lundin Mining anunciou “a conclusão da venda das suas operações de Neves-Corvo, em Portugal, e Zinkgruvan, na Suécia, à Boliden AB”.

“No fecho da transação, a Lundin Mining recebeu receitas em dinheiro no valor de 1,40 mil milhões de dólares (cerca de 1,24 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), que incluem juros acumulados a partir da data de lock-box de 31 de agosto de 2024”, pode ler-se no comunicado consultado pela Lusa.

As empresas referiram que os futuros pagamentos contingentes de “até 150 milhões de dólares” (cerca de 133 milhões de euros à taxa de câmbio atual) estão ligados aos preços das mercadorias e à satisfação de determinadas condições. No comunicado, o presidente executivo da Lundin Mining, Jack Lundin, destacou que “a venda de Neves-Corvo e Zinkgruvan marca o fim de um capítulo fundamental” para a multinacional sueo-canadiana, que “elevou o perfil e lançou as bases para o crescimento” do grupo.

Constituída em 24 de julho de 1980, a Somincor é a concessionária da mina de Neves-Corvo, que produz sobretudo concentrados de cobre e de zinco, assim como prata e chumbo, e onde trabalham cerca de 2.000 pessoas. A empresa esteve ligada ao grupo Lundin Mining durante cerca de duas décadas, sendo a maior mina de zinco na Europa e a sexta maior de cobre também no continente europeu, assim como a maior empregadora da região.

No ano passado, saíram da mina de Neves-Corvo 109.571 toneladas de concentrado de zinco, mais 759 toneladas do que no ano anterior, enquanto no cobre, a produção ficou-se pelas 28.228 toneladas, menos 5.595 do que em 2023.

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Morreu o socialista João Cravinho aos 88 anos

  • ECO
  • 16 Abril 2025

João Cravinho, que integrou os governos de António Guterres e de Vasco Gonçalves, morreu esta quarta-feira aos 88 anos.

O socialista João Cravinho morreu esta quarta-feira aos 88 anos, avança a RTP. A família diz que faleceu “tranquilamente em casa”.

João Cravinho nasceu em Malange, Angola, em 1936, formou-se em engenharia civil pelo Instituto Superior Técnico, Master of Arts (Economics) pela Universidade de Yale e frequentou durante dois anos o programa de doutoramento (D. Phill) em economia da Universidade de Oxford, que abandonou após o 25 de Abril.

Foi diretor geral do Planeamento da Indústria, fundador e diretor do Grupo de Estudos Básicos de Economia Industrial (GEBEI), consultor da OCDE, da UNESCO e da Comissão Europeia. Foi fellow do Institute of Devolopment Studies (IDS) da Universidade de Sussex e professor convidado do ISEG, do ISCTE e da Faculdade de Economia de Coimbra.

Pertenceu ao Movimento de Esquerda Socialista (MES) e à Intervenção Socialista (GIS) antes de entrar em 1976 no Partido Socialista, de que foi dirigente até 2009.

Foi ministro da Indústria e Tecnologia no IV Governo Provisório liderado por Vasco Gonçalves, em 1975. No XIII Governo Constitucional liderado por António Guterres, ocupou o cargo de ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território.

De 2007 a 2011, foi administrador do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), com sede em Londres.

Cravinho, autor de um Plano Anticorrupção, em 2006, foi um um dos rostos socialistas que mais lutou para prevenir e combater a corrupção. Em 2021, João Cravinho acusou o Governo de Sócrates de travar o combate à corrupção.

Com um “olhar visionário” “lutou sempre contra a corrupção”

Uma das primeiras reações à morte de João Cravinho veio do líder do PS, com Pedro Nuno Santos a manifestar “o mais profundo pesar pelo falecimento” do socialista.

“Figura histórica do PS, João Cravinho foi uma referência ética e política para várias gerações. Homem de convicções firmes, com um percurso notável ao serviço da democracia, destacou-se pela sua visão exigente da política como espaço de serviço público e por um olhar visionário sobre a transformação da indústria portuguesa e sobre a mobilidade no território. A sua memória perdurará como exemplo de integridade e compromisso com o bem comum”, escreveu Pedro Nuno Santos na sua página do X.

Quem também expressou a sua tristeza foi o Presidente da República que lembrou João Cravinho como um “político multifacetado que exerceu os mais diversos e exigentes cargos público”.

“Multifacetado, pautou a sua vida por uma defesa incansável da ética na política e na vida pública, lutando sempre contra a corrupção e desempenhando os mais diversos cargos com desassombro e coragem“, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Gestora de ativos do Santander prepara saídas em Portugal

  • ECO
  • 16 Abril 2025

Unidade de gestão de ativos do Santander conta com cerca de três dezenas de trabalhadores no escritório em Lisboa.

A unidade de gestão de ativos do Santander está a preparar saídas em Portugal, onde conta atualmente com 28 trabalhadores, avança a agência Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

Em cima da mesa está a possibilidade de cortar postos na Santander Asset Management em Lisboa, visando a redução de custos, e depois de parte da atividade ter sido transferida para Espanha, de acordo com a agência.

Ainda não há uma decisão tomada, sendo que as negociações continuam em curso, acrescenta. Fonte oficial da Santander AM Portugal indica que “não existe nenhum plano, para além da atividade normal da SAM”.

A Santander AM gere mais de nove mil milhões de euros em ativos, de acordo com a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios. A nível global, a gestora de ativos do banco espanhol tem cerca de 236 mil milhões de euros em ativos sob gestão, sendo liderada por Samantha Ricciardi.

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A engenheira que transforma azeitonas em ouro líquido

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 16 Abril 2025

Produtora de azeite na Quinta de Lemos, Cátia Correia junta ciência, natureza e paixão num ofício que vai do olival à mesa. E se sobrar tempo, sai um pão de ló com azeite. Num Instante.

Há quem veja o azeite apenas como um ingrediente. Cátia Correia vê nele um propósito — e também um pouco de poesia. Nascida em Vale de Cambra, formou-se em Engenharia Agronómica e, desde cedo, trocou os livros pelas oliveiras. É ela quem cuida do olival da Quinta de Lemos com a mesma delicadeza com que escolheria um vinho branco fresco para o frigorífico (sim, está sempre lá) ou prepararia um pão de ló com azeite, a sua especialidade na cozinha.

Desde 2015, quando a Quinta de Lemos apostou no seu próprio lagar, que Cátia é mais do que uma produtora: é uma embaixadora da qualidade, da sustentabilidade e do sabor autêntico. Foi até Itália aprender tudo sobre extração de azeite e hoje conjuga os saberes da terra com a ciência sensorial — também é especialista em análise de azeite, aquela que deteta aromas, texturas e defeitos onde nós só sentimos “azeite bom”.

Mas não se pense que é só trabalho. Se pudesse dominar uma arte de um dia para o outro, seria cozinhar — com um “C” maiúsculo. E se o cinismo a tira do sério num segundo, um copo de vinho do Dão devolve-lhe a serenidade. Já agora, se um dia lhe apetecer roubar algo, que seja um banco. Porque, como ela própria diz com um sorriso: “Se é para roubar sem consequências, que valha a pena!” Conheça-a, num instante.

Quando precisa de se inspirar vai…
À natureza.

Um guilty pleasure?
Tábua de enchidos.

O que é para si o maior luxo?
Uma boa reunião de amigos/família com boa comida e boa bebida.

No seu frigorífico há sempre…
Vinho branco e queijo.

Noutra vida foi?
Psicóloga

Bebida que a define:
Um bom vinho do Dão, vinho com estrutura mas que, no fim, acompanha sempre com uma frescura

Viagem dos sonhos e porquê?
Indonésia, porque concilia duas coisas que amo: natureza e mar.

Última coisa que comprou e adorou?
Uma casa.

O melhor livro que leu este ano e porquê?
Não foi este ano, mas o último livro que consegui ler do início ao fim, foi: “Estou grávida, e agora?”

Quais as apps que mais usa?
WhatsApp, Instagram.

O que melhor sabe cozinhar?
Pão de Ló com azeite.

Se pudesse roubar algo sem consequências, o que seria?
Se é para roubar sem ser apanhada, que seja um banco 😊

O que a tira do sério num segundo?
Cinismo.

Se fosse dono de um museu, qual seria o tema?
Brinquedos de madeira.

Se pudesse dominar uma única arte instantaneamente, qual seria?
Cozinhar.

Sabia que…

…o azeite Quinta de Lemos prima pela alta qualidade e sustentabilidade? A apanha da azeitona, por exemplo, é feita principalmente de forma manual e processada num período máximo de 24 horas, para preservar a maior frescura e qualidade. Todos os azeites são virgem extra, com uma acidez muito baixa (entre 0,09 e 0,12), provenientes de Silgueiros, região de Viseu. Com 2500 oliveiras, o olival é tratado dentro de um programa de proteção integrada, de forma a manter o respeito pelo meio ambiente. Dos 7 hectares do olival, 6 são reconvertidos para a agricultura biodinâmica.

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Portugal recebe mais da UE do que paga. Saldo médio é de 1,6% do PIB

Valores das transferências recebidas por Portugal da União Europeia ultrapassam os valores das transferências enviadas por Portugal para a União Europeia. Média do saldo dos fluxos tem vindo a cair.

A União Europeia (UE) envia mais dinheiro para Portugal do que aquele que o país tem de transferir para Bruxelas, sob a forma de contribuições nacionais, o que tem ajudado as contas externas. Entre 1996 e 2024, o saldo dos fluxos com Bruxelas totalizou, em média, 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), indicam dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Em 2024, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 9.344 milhões de euros, correspondente a 3,3% do PIB, dos quais 3.702 milhões de euros (1,3%) correspondiam ao contributo dos fluxos com a União Europeia.

“No período pandémico, nomeadamente em 2020 e 2021, os fluxos com a União Europeia foram determinantes para os saldos positivos das balanças corrente e de capital, já que as restantes componentes destas balanças apresentaram saldos negativos”, assinala a instituição liderada por Mário Centeno. A média tem vindo a decrescer, tendo passado de de 2,1% entre 1996 e 2005 para 1,5% entre 2006 e 2015 e 1,1% entre 2016 e 2024.

Fonte: Banco de Portugal

Em 2024, o montante total de subsídios atribuídos a Portugal ascendeu a 2.447 milhões de euros, correspondente a 0,9% do PIB. O valor é também a média entre 1996 e 2024, período durante o qual oscilou entre 0,5% e 1,2% do PIB.

O Banco de Portugal assinala ainda que o montante atribuído a beneficiários finais residentes em Portugal de fundos europeus sob a forma de cooperação internacional corrente foi de 663 milhões de euros, ou 0,2% do PIB. A instituição salienta que “o valor mais elevado, verificado em 2021, de 2087 milhões de euros (1,0% do PIB), ocorreu devido à atribuição de fundos comunitários no âmbito do programa Apoiar (financiado pelo FEDER), instrumento de apoio à tesouraria das empresas dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19”.

As atribuições registadas na balança de rendimento secundário têm representado, em média, 0,3% do PIB desde 1996. O regulador destaca que a atribuição de fundos da UE pode também ser registada na balança de capital, na rubrica de ajudas ao investimento, como é o caso dos montantes atribuídos no âmbito do Fundo de Coesão e Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), bem como dos programas Horizonte 2020 e Horizon Europe.

Em 2024, os fundos atribuídos aos beneficiários finais registados como ajudas ao investimento totalizaram 2.990 milhões de euros, correspondentes a 1,1% do PIB. O Banco de Portugal destaca que “existe uma tendência de decréscimo na atribuição de fundos inscritos como ajudas ao investimento desde 1996”, tendo estes representado, em média, 1,9% do PIB entre 1996 e 2005 e 1,4% entre 2006 e 2015, mas apenas 1,0% entre 2016 e 2024.

Fonte: Banco de Portugal

Por outro lado, no que toca aos pagamentos de Portugal para a UE destacam-se a contribuição financeira do país para o orçamento comunitário, bem como os direitos aduaneiros e niveladores agrícolas cobrados pelas importações de bens de país extracomunitários, que são uma receita da UE, assinala o Banco de Portugal.

Em 2024, Portugal transferiu 2.428 milhões de euros, ou 0,9% do PIB, para a UE, dos quais 2.059 milhões de euros corresponderam à contribuição financeira para o orçamento do bloco.

“As transferências portuguesas para a União Europeia têm-se mantido relativamente constantes desde o início da série estatística, em 1996, com uma média de 1,0% do PIB e valores compreendidos entre 0,8% e 1,2% do PIB”, refere a entidade liderada por Mário Centeno.

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9 vinhos que não podemos morrer sem saborear<span class='tag--premium'>premium</span>

Três experts em vinhos selecionaram os imperdíveis, aqueles cujo aroma e paladar vamos levar connosco para a eternidade. De Rieslings a Chardonnays, prepare a garrafeira.

Beber um bom copo de vinho tinto, branco ou até espumante é um prazer que desperta os sentidos num jogo de mestria, quase poesia, com notas e aromas que contam histórias da arte de vinificação de cada uma das referências. Para nos conduzir numa viagem, em que as nossas papilas gustativas não ficam indiferentes, desafiamos três especialistas do mundo do vinho a selecionar os imperdíveis, as “estrelas” que temos mesmo de deixar brilhar, nem que seja com um pequeno gole nesta vida. Deixamos aqui o Top 3 de cada um deles. Acompanhe as propostas do enólogo Tiago Macena, prestes a ser o primeiro Master of Wine (MW) em Portugal; do consultor internacional de vinhos Cláudio Martins; e de Sara Rodrigues e Matos, Wine Educator certificada pela Wine and Spirit Education Trust. Apresentações feitas,

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Oposição “convergiu” com Governo por imigração com regras, diz Montenegro

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

Primeiro-ministro sublinha aproximação política às posições do Governo nos últimos meses e insistiu na necessidade de ser aprovado um retorno mais ágil para quem entra ilegalmente.

O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que o país político convergiu com a linha do Governo por uma imigração regulada e com regras, e insistiu na necessidade de ser aprovado um retorno mais ágil para quem entra ilegalmente.

Estas posições foram defendidas por Luís Montenegro após ter presidido à cerimónia de assinatura para a construção de dois novos centros de instalação temporária (CIT) — um em Lisboa e outro no Porto –, que terão capacidade para acolher mais de 300 pessoas — projeto avaliado em 30 milhões de euros e que tem financiamento do PRR.

No discurso que proferiu no Ministério da Administração Interna, tendo a ouvi-lo os ministros da Presidência (António Leitão Amaro), da Administração Interna (Margarida Blasco) e da Coesão (Castro de Almeida), assim como responsáveis das diferentes forças de segurança, Luís Montenegro insistiu em duas medidas que o seu Governo minoritário não conseguiu fazer passar no parlamento, durante a legislatura que agora termina.

“Apesar de termos terminado com o mecanismo da manifestação de interesse, que era o objeto principal da entrada desregulada de imigrantes em Portugal, houve um eixo da estratégia que não foi executado. Infelizmente não dependia só do Governo, dependia da Assembleia da República. Esse eixo era a criação da Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP e a agilização dos processos de retorno de cidadãos que se encontram de forma ilegal no nosso país“, apontou.

No entanto, para o primeiro-ministro, além de o Governo ter cumprido grande parte do seu plano de ação para uma imigração com regras e humanista, verificou-se também uma aproximação política à linha que adotou nos últimos 11 meses.

“Se há nota dominante que os últimos meses trouxeram ao ambiente político português é que, não obstante, uns falarem um pouco mais alto do que outros e não obstante uns esticarem um bocadinho mais a linguagem do que outros, a verdade é que esta linha de regulação, de humanismo, de criação de regras, de aplicação de regras, de consequência no cumprimento do conteúdo das regras, hoje é uma nota dominante no discurso político de praticamente todos”, sustentou.

Para Luís Montenegro, estamos mesmo perante “uma conquista do país”, porque o país “convenceu-se e conseguiu convergir”.

“Importa fazer a pedagogia, de uma forma serena, de uma forma moderada, de uma forma humanista, dizendo àqueles que chegam a Portugal, que cumprem as regras e que querem oferecer a sua força de trabalho, que são bem-vindos, que nós precisamos do seu trabalho, precisamos do seu contributo e que queremos que a sua integração e o seu acolhimento possam ser plenos”, acentuou.

Depois, demarcou-se dos extremos políticos, embora sem mencionar os partidos visados pelas suas afirmações. “Não vale a pena assustarmos o nosso povo com o contrário daquilo que somos. Somos um povo aberto ao mundo, que construiu pontes em todos cantos do mundo. Somos um povo com uma cultura de relação que não é compaginável com um território fechado. Nós estamos abertos a acolher, só que não podemos confundir essa abertura com uma desregulação completa”, completou.

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Pedro Nuno promete aumentos permanentes das pensões e critica “bónus pontuais” da AD

Pedro Nuno Santos defende aumentos permanentes das pensões, sempre que possível, em contraste com suplementos "pontuais" realizados pelo Governo atual e já prometidos pela AD no programa eleitoral.

Caso vença as eleições marcadas para maio, o secretário-geral do PS promete levar a cabo “aumentos permanentes” das pensões, “sempre que a economia portuguesa o permitir”. Em declarações aos jornalistas no Largo do Rato, em Lisboa, Pedro Nuno Santos aproveitou também para criticar os “bónus pontuais” já prometidos pelo PSD e CDS-PP aos reformados.

“Ainda temos muitos portugueses com pensões muito baixas. Defendemos que, sempre que possível, sejam feitos aumentos extraordinários. Durante os Governos do PS de António Costa, em oito anos, fizemos seis aumentos extraordinários além do previsto na lei. E, na oposição, fizemos uma proposta para isso mesmo, que teve os votos contra da AD“, lembrou o líder socialista, esta quarta-feira.

“Sempre que a economia portuguesa nos permitir, vamos fazer mesmo aumentos permanentes. Ao contrário daquilo que é a estratégia da AD, que é dar bónus pontuais. O que precisamos é de aumentos permanentes”, sublinhou Pedro Nuno Santos.

Há vários anos que a lei tem prevista uma fórmula para a atualização automática das pensões, com base na inflação e no crescimento da economia. Mas raras têm sido as vezes em que tem sido aplicada de forma normal.

Depois de vários anos suspensa, durante o período de crise, com os Governo de António Costa voltou a ser aplicada, mas, em paralelo, foram realizados aumentos extraordinários das reformas mais baixas, conforme referiu esta tarde Pedro Nuno Santos.

Já com o Executivo de Luís Montenegro, a fórmula foi respeitada, mas voltou a haver um aumento extraordinário paralelo — desta vez, decidido pelo Parlamento (por proposta socialista) e à revelia do próprio Governo, que defendia a aplicação de um bónus pago uma única vez aos pensionistas.

Aliás, no programa eleitoral da AD – Coligação PSD/CDS, consta a intenção de repetir esse suplemento. “Na medida em que a execução orçamental do ano permita, assume-se o compromisso de atribuir um suplemento extraordinário às pensões e reformas, em moldes semelhantes ao realizado em outubro de 2024“, lê-se no documento que foi apresentado no fim da semana passada por Luís Montenegro.

É essa intenção que o líder socialista atacou esta quarta-feira, avisando, além disso, que há razões para “temer que, caso a AD vença as eleições” parte do sistema da Segurança Social seja privatizado. “Defendemos o caráter público, sem diminuir ou fragilizar o sistema público de pensões”, defendeu, em contraste, Pedro Nuno Santos.

Montenegro acusado de se “venturizar” em “muitas matérias”

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerou também esta quarta-feira que “em muitas matérias” o primeiro-ministro, Luís Montenegro, “se venturizou”, defendendo que os socialistas têm “uma posição equilibrada” sobre imigração.

No final de uma reunião com a presidente da direção da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!), Pedro Nuno Santos foi questionado sobre a posição defendida esta manhã por Luís Montenegro de que o país político convergiu com Governo por uma imigração com regras. “Isso é um absurdo, é uma demonstração de um ego muito grande, que não corresponde à realidade”, começou por responder.

Segundo o líder socialista, “o PS tem uma posição equilibrada sobre imigração”. “Em muitas matérias o que aconteceu foi que Montenegro se venturizou, e não o contrário“, acusou, numa referência ao presidente do Chega, André Ventura.

Para o primeiro-ministro, além de o Governo ter cumprido grande parte do seu plano de ação para uma imigração com regras e humanista, verificou-se também uma aproximação política à linha que adotou nos últimos 11 meses.

“Se há nota dominante que os últimos meses trouxeram ao ambiente político português é que, não obstante, uns falarem um pouco mais alto do que outros e não obstante uns esticarem um bocadinho mais a linguagem do que outros, a verdade é que esta linha de regulação, de humanismo, de criação de regras, de aplicação de regras, de consequência no cumprimento do conteúdo das regras, hoje é uma nota dominante no discurso político de praticamente todos“, sustentou o chefe do Governo.

Para Luís Montenegro, estamos mesmo perante “uma conquista do país”, porque o país “convenceu-se e conseguiu convergir”.

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Investimento na rede com impacto de 0,1% na fatura de eletricidade até 2030

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

No parecer da ERSE, o impacto em termos de preços finais de venda a clientes finais, previsto para 2030 face a 2025, representa uma variação média anual entre 0,0% e 0,2% para os vários segmentos.

O impacto estimado do investimento na Rede Nacional de Distribuição na fatura da eletricidade das famílias, entre 2025 e 2030, será de 0,1% (anualizado), clarificou esta quarta-feira a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

“A ERSE clarifica que o impacto tarifário nos preços finais de venda aos consumidores domésticos, resultante da proposta de Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Distribuição (RND) do setor elétrico, para o período 2026-2030 (PDIRD-E 2024), será, em média, de 0,1% (valor anualizado) entre 2025 e 2030″, informou o regulador, em comunicado.

Esta clarificação surge na sequência de uma notícia do Jornal de Negócios, publicada na terça-feira, a dar conta de que os investimentos da E-Redes vão agravar o preço da eletricidade.

A proposta de PDIRD-E 2024 sobre a qual a ERSE emitiu parecer, em 10 de abril, apresenta para o período de 2026 a 2030 um cenário de investimento num montante total de 1.607,6 milhões de euros a custos, tendo em vista a necessidade de responder aos desafios impostos às redes de distribuição com a descarbonização e eletrificação.

No parecer da ERSE, o impacto em termos de preços finais de venda a clientes finais, previsto para 2030 face a 2025, representa uma variação média anual entre 0,0% e 0,2% para os vários segmentos de clientes.

A ERSE estimou ainda que, no acumulado dos cinco anos, a proposta representa um aumento de 0,7% na fatura, mas sublinhou que esta variação “poderá ainda ser mitigada se a procura se revelar superior aos cenários adotados até 2030, como seja um ritmo mais acelerado, a médio prazo, da eletrificação da sociedade”.

O regulador da energia lembrou que em 2026 se inicia um novo período regulatório, que “representará uma oportunidade para o seu aperfeiçoamento tendo em vista a suavização dos impactes tarifários deste plano de investimento ao longo do período de regulação”.

Adicionalmente, acrescentou, este aumento não tem em consideração alterações de preços das restantes componentes que compõem o preço final dos clientes, esperando-se descidas nos sobrecustos da produção com remuneração garantida e no preço da energia nos mercados grossistas, “caso não surjam situações emergentes extraordinárias derivadas do contexto geopolítico internacional, o que poderá contribuir para mitigar os aumentos estimados pela ERSE”.

No parecer divulgado em 10 de abril, a ERSE tinha considerado que, no global, a proposta de PDIRD-E é adequada, mas apontou melhorias.

O regulador recomendou, assim, que seja realçado o nível em que se prevê recorrer a modelos dinâmicos de gestão inteligente das redes e que o operador da RND apresente uma estimativa anual da extensão da rede que prevê operar.

Por outro lado, sugere que o operador identifique novos casos de “potencial recurso” a soluções de flexibilidade e que aprofunde o seu conhecimento sobre metodologias de planeamento baseadas em critérios probabilísticos.

Já sobre o investimento na renovação de ativos, a ERSE considerou ser adequada a opção em adotar uma metodologia assente na condição física dos ativos em detrimento da sua idade, MAS defendeu que a resposta às necessidades de investimento deve ser desfasada no tempo, permitindo “alisar o impacto desse investimento em sede tarifária”.

“Sobre as necessidades de investimento com foco na qualidade de serviço técnica, não obstante o caminho já percorrido nesse domínio, a ERSE recomenda que, na versão final da proposta de PDIRD-E 2024, sejam identificadas situações de alimentação às redes de BT [baixa tensão] em que possa ser necessário proceder ao reforço da alimentação a partir da rede MT [média tensão]”, acrescentou.

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