Faltou à abertura, mas compensou a ausência com uma visita de três horas e meia. Entre pitch, experiências e perguntas, Costa elogiou a evolução do Web Summit e reforçou o papel de "montra" do evento.
Mais ou menos a meio do caminho, Yordie Kidane aproxima-se de António Costa.
“Hi! Where are you from?”
“From Portugal”, responde o primeiro-ministro.
“I’m Yordie, nice to meeting you”.
“I’m António, and I’m the prime minister”
Yordie sorri, meio envergonhada, percebendo o porquê daquele aparato com mais de três dezenas de pessoas entre jornalistas, câmaras, assessores e outros membros da equipa do primeiro-ministro português, startups e curiosos. Depois, muito rapidamente, passa o telemóvel a quem primeiro se oferece para fotografar: Pedro Siza Vieira. O ministro da Economia toca no ecrã do telemóvel, ativa a função de fotografia e dispara. Yordie não podia perder a fotografia com o primeiro-ministro português.
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O cenário repetiu-se vezes sem conta. António Costa esteve esta quarta-feira à tarde, a sua estreia na edição deste ano do Web Summit e recém-regressado de Praga, na República Checa, onde participou na cimeira dos “Amigos da Coesão”. E tirou selfies com todos os que lhe pediram.
À chegada ao Parque das Nações, Paddy Cosgrave, CEO e cofundador do Web Summit e Artur Pereira, country manager do Web Summit para Portugal, já o esperavam entre o Altice Arena e a FIL. Acompanhado do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, Costa e Paddy trocaram ideias sobre a edição deste ano e sobre o crescimento do evento. Depois, o primeiro-ministro seguiu visita para o lado da FIL e o irlandês voltou à base, no Altice Arena, onde ainda decorriam conferências no palco principal.
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“Vou tendo a mesma sensação que fui tendo nas anteriores: é a de que cada ano há uma dinâmica maior, maior vibração neste nosso ecossistema e, há cada vez mais estrangeiros, não só a virem ao Web Summit mas também a mudarem-se para Portugal para criarem as suas empresas e negócios”, disse o primeiro-ministro, em conversa com o jornalistas e, enquanto durava a visita.
António Costa visitou, além de stands de empresas como a Google ou a Microsoft, com quem tem desenvolvido parcerias — no caso da Google, com o Ministério da Cultura e, no caso da Microsoft, com startups que intervêm e têm impacto na administração pública — como também passou e ouviu pitch de startups em desenvolvimento em Portugal, que contam com o apoio da associação Startup Portugal, responsável por criar e implementar a estratégia nacionais para o empreendedorismo.
“Temos aqui vários exemplos, desde o Canadá a Cabo Verde, e isso é muito importante porque significa que hoje, muito graças também ao Web Summit, estamos a ser reconhecidos internacionalmente como uma grande plataforma do ecossistema de empreendedorismo e inovação a nível mundial”, assinalou.
Ausente da sessão de abertura da maior conferência de tecnologia e empreendedorismo, que decorreu na passada segunda-feira, o primeiro-ministro atravessou os quatro pavilhões da FIL fazendo um autêntico roteiro por dezenas de startups baseadas em Portugal, empresas que, no ano passado, representaram 1,1% do PIB nacional.
“Paddy disse-me que está muito satisfeito, que este ano tem sido mais uma vez um excelente ano e uma excelente edição, e que vai continuar a crescer”, disse o primeiro-ministro, “Esse processo é uma negociação que está em curso com a AIP e que há-de chegar a bom porto. Não estou a dizer que o pavilhão se vai estender daqui ao Porto, era um bocadinho longe de mais, mas… vai chegar a um bom destino“, brincou mais uma vez António Costa.
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"Web Summit continua a ser uma grande montra para a abertura de Portugal e para que o mundo inteiro descubra Portugal como um grande lugar para a criação de tecnologia e de excelência da qualidade dos nossos recursos humanos.”
Em francês, em inglês e em português. Durante três horas e meia, o primeiro-ministro, o ministro da Economia e as respetivas comitivas visitaram stands, cumprimentaram e ouviram pitch de mais de uma dezena de empreendedores e recolheram cartões de visita. Aos jornalistas, António Costa disse que cada edição do evento — desde que o Web Summit se mudou, em 2016, para a capital portuguesa — é uma experiência nova.
“Felizmente a energia continua muito forte e, sobretudo, o Web Summit continua a ser uma grande montra para a abertura de Portugal e para que o mundo inteiro descubra Portugal como um grande lugar para a criação de tecnologia e de excelência da qualidade dos nossos recursos humanos”, avaliou, acrescentando: “Isso faz com que, não só tenhamos vindo a encontrar muitos estrangeiros que vieram cá abrir a sua startup como também grandes multinacionais que estão a contratar mais engenheiros e quadros portugueses e a criar mais e melhor emprego. E isto é fundamental para que todos os jovens possam encontrar em Portugal plena realização profissional e pessoal para o seu futuro”.
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Entre empreendedores e ideias de negócio em fase Alpha e Beta — as duas denominações do Web Summit que distinguem estágios de desenvolvimento e dimensão dos negócios destas empresas em exposição –, António Costa teve tempo para “testar” alguns dos serviços oferecidos. “Com isto já não se fazem queixas do SEF”, brincou o primeiro-ministro, depois de ver como funciona a nova tecnologia da Visionbox, em parceria com a Vinci, pensada para os aeroportos de futuro e que serve para controlo nos aeroportos através de tecnologia de reconhecimento facial. “Este é que é o sempre andar”. Foi mesmo.
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Três horas e meia em dezenas de pitch: Costa elogiou, comentou e até tirou selfies no Web Summit
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