Brexit: May não abdica de mercado único europeu
O secretário de Estado de Theresa May responsável pelo Brexit afirmou que o Reino Unido quer permanecer no mercado único europeu. David Davis falou em contribuição para a UE como contrapartida.
O responsável pelo processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), David Davis, assegurou esta quinta-feira que o Governo inglês está disposto a contribuir para a UE para ter o melhor acesso possível ao mercado único europeu. Contudo, Davis não referiu especificamente se esses contributos seriam pagamentos monetários para o orçamento anual dos Estados-membros.
O secretário de Estado do Brexit, citado pela Bloomberg, referiu que “o principal critério aqui [neste processo] é nós termos o melhor acesso possível aos bens e serviços do mercado europeu”. Foi esta a resposta de David Davis depois de confrontados pelos deputados sobre a possibilidade de o Reino Unido vir a contribuir para a UE de modo a ter acesso ao mercado único livre de tarifas.
O principal critério aqui [neste processo] é nós termos o melhor acesso possível aos bens e serviços do mercado europeu.
Essa é, aliás, uma prioridade. O Governo inglês quer garantir que as empresas britânicas consigam continuar a transacionar os bens e serviços sem impedimentos do lado da Europa. É também essa a vontade dos investidores, banqueiros, empresários e dos mercados que reagiram de forma positiva às palavras de David Davis. A libra está a entrar no mês de dezembro a valorizar 1,16% face ao dólar.
Apesar de não indicar de que forma é que esse contributo para a União Europeia pode vir a materializar-se, David Davis garantiu que o objetivo principal do seu mandato é assegurar que os deputados britânicos e os membros do Governo britânico, mais do que os políticos da União Europeia, têm a palavra final sobre como é gasto o dinheiro dos impostos dos contribuintes.
Editado por Paulo Moutinho
O jornalismo continua por aqui. Contribua
Sem informação não há economia. É o acesso às notícias que permite a decisão informada dos agentes económicos, das empresas, das famílias, dos particulares. E isso só pode ser garantido com uma comunicação social independente e que escrutina as decisões dos poderes. De todos os poderes, o político, o económico, o social, o Governo, a administração pública, os reguladores, as empresas, e os poderes que se escondem e têm também muita influência no que se decide.
O país vai entrar outra vez num confinamento geral que pode significar menos informação, mais opacidade, menos transparência, tudo debaixo do argumento do estado de emergência e da pandemia. Mas ao mesmo tempo é o momento em que os decisores precisam de fazer escolhas num quadro de incerteza.
Aqui, no ECO, vamos continuar 'desconfinados'. Com todos os cuidados, claro, mas a cumprir a nossa função, e missão. A informar os empresários e gestores, os micro-empresários, os gerentes e trabalhadores independentes, os trabalhadores do setor privado e os funcionários públicos, os estudantes e empreendedores. A informar todos os que são nossos leitores e os que ainda não são. Mas vão ser.
Em breve, o ECO vai avançar com uma campanha de subscrições Premium, para aceder a todas as notícias, opinião, entrevistas, reportagens, especiais e as newsletters disponíveis apenas para assinantes. Queremos contar consigo como assinante, é também um apoio ao jornalismo económico independente.
Queremos viver do investimento dos nossos leitores, não de subsídios do Estado. Enquanto não tem a possibilidade de assinar o ECO, faça a sua contribuição.
De que forma pode contribuir? Na homepage do ECO, em desktop, tem um botão de acesso à página de contribuições no canto superior direito. Se aceder ao site em mobile, abra a 'bolacha' e tem acesso imediato ao botão 'Contribua'. Ou no fim de cada notícia tem uma caixa com os passos a seguir. Contribuições de 5€, 10€, 20€ ou 50€ ou um valor à sua escolha a partir de 100 euros. É seguro, é simples e é rápido. A sua contribuição é bem-vinda.
Obrigado,
António Costa
Publisher do ECO
Comentários ({{ total }})
Brexit: May não abdica de mercado único europeu
{{ noCommentsLabel }}