Economia britânica sem sinais de impacto do Brexit
Famílias e empresas aumentaram gastos no terceiro trimestre. Afinal, o Brexit não assustou a economia britânica. Mas efeitos da saída da União Europeia só deverão ser sentidos em 2017.
Naquele que foi o primeiro retrato completo à economia do Reino Unido após o referendo do Brexit, os números até foram positivos. A riqueza produzida pelos britânicos cresceu 0,5% no terceiro trimestre, num sinal de confiança dos agentes económicos em relação a saída da União Europeia.
"O investimento dos empresários manteve-se em bom plano logo após do referendo à União Europeia, embora seja provável que muitas destas decisões de investimento tenham sido tomadas antes do dia da votação.”
Os gastos das famílias britânicas aumentaram 0,7% face ao trimestre anterior. E o investimento das empresas cresceu 0,9%, segundo os dados revelados esta sexta-feira pelo instituto de estatísticas britânico.
“O investimento dos empresários manteve-se em bom plano logo após do referendo à União Europeia, embora seja provável que muitas destas decisões de investimento tenham sido tomadas antes do dia da votação“, referiu Darren Morgan, estatístico da agência britânica. “Isso, juntamente com o crescimento dos gastos dos consumidores devido ao aumento do rendimento das famílias e com um desempenho forte na indústria de serviços, manteve a economia a expandir-se em linha com a média histórica“, acrescentou.
Na sua revisão bi-anual, o gabinete de responsabilidade orçamental britânico baixou esta quarta-feira as suas previsões para o crescimento da economia no próximo ano para 1,4%, justificando esse corte no outlook com a incerteza dos empresários que deverá levar ao adiamento do investimento, enquanto a queda da libra deverá restringir os consumidores ao aumentar os custos dos produtos importados.
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